Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Erros coletivos


Erros todos cometemos, sem qualquer dúvida, mas há alguns erros, em particular, que mudam nosso padrão vibratório em função da quantidade de pessoas que são prejudicadas em decorrência de alguns que são cometidos em circunstâncias peculiares.

Não se pode dizer que esses erros são fenômenos decorrentes desta época que vivenciamos no Século XXI, pois, na verdade, a humanidade sempre foi pródiga neles.

Talvez agora sejam mais divulgados, mas sabe-se lá quantos inúmeros equívocos propositais já foram cometidos pelos Seres humanos no correr de tantos milênios, não é verdade?

Entretanto, em uma circunstância específica a consciência fica com informações contidas que poderiam ser divulgadas (ou não) em função das características de determinados erros, que infringem a várias pessoas o ônus do erro de apenas uma.

E o quê fazer?

Denunciar o promotor do engano?

Ou não?

Vamos ver o que nos dita o Espírito São Luiz em O Evangelho Segundo o Espiritismo | Bem-aventurados os Misericordiosos | Capitulo X

III – É Permitido Repreender Os Outros?

SÃO LUIS / Paris, 1860

19 – Ninguém sendo perfeito, não se segue que ninguém tem o direito de repreender o próximo?

Certamente que não, pois cada um de vós deve trabalhar para o progresso de todos, e sobretudo dos que estão sob a vossa tutela. Mas isso é também uma razão para o fazerdes com moderação, com uma intenção útil, e não como geralmente se faz, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a censura é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda cumprir com todas as cautelas possíveis; e ainda assim, a censura que se faz a outro deve ser endereçada também a nós mesmos, para vermos se não a merecemos.

*

SÃO LUIS / Paris, 1860

20 – Será repreensível observar as imperfeições dos outros, quando disso não possa resultar nenhum benefício para eles, e mesmo que não as divulguemos?

Tudo depende da intenção. Certamente que não é proibido ver o mal, quando o mal existe. Seria mesmo inconveniente ver-se por toda a parte somente o bem: essa ilusão prejudicaria o progresso. O erro está em fazer essa observação em prejuízo do próximo, desacreditando-o sem necessidade na opinião pública. Seria ainda repreensível fazê-la com um sentimento de malevolência, e de satisfação por encontrar os outros em falta. Mas dá-se inteiramente o contrário, quanto, lançando um véu sobre o mal, para ocultá-lo do público, limitamo-nos a observá-lo para proveito pessoal, ou seja, para estudá-lo e evitar aquilo que censuramos nos outros. Essa observação, aliás, não é útil ao moralista? Como descreveria ele as extravagâncias humanas, se não estudasse os seus exemplos?

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SÃO LUIS / Paris, 1860

21 – Há casos em que seja útil descobrir o mal alheio?

Esta questão é muito delicada, e precisamos recorrer à caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, não há jamais utilidade em divulgá-las. Mas se elas podem prejudicar a outros, é necessário preferir o interesse do maior número ao de um só. Conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois é melhor que um homem caia, do que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas. Em semelhante caso, é necessário balancear as vantagens e os inconvenientes.

Fica, então a cargo do bom senso e da consciência de cada um a determinação de denunciar ou não a quem tenha cometido uma falta que possa ter consequências coletivas.


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