Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Às vezes quando você perde, você ganha!



O Amor Além da Vida

excerpts

André Luiz veio auxiliar a completar a obra kardequiana. Projetou e publicou, através das mãos de Chico Xavier, o contexto da obra básica. Foi rejeitado, inicialmente, por alguns e até mesmo Herculano Pires teve a oportunidade de criticar seus livros, chamando-o de neófito, vindo a se retratar, expontaneamente, alguns anos após.

O livro Nosso Lar traz uma série de informações que podem ser consideradas como arrojadas para a década de 40 do século XX, quando foi publicada pela primeira vez. O veículo chamado aeróbus - um ônibus flutuante, é um exemplo.

Dentro dessas informações, a presença de animais no plano espiritual é citada por ele, em mais de uma ocasião, mas não é, de modo algum priorizada, apenas deixa claro que alguns animais podem estar entre os desencarnados, em Nosso Lar, por conta da assistência dos grupos de Espíritos que cuidam desses nossos irmãos da natureza, ainda em plano evolutivo inferior ao nosso, com o objetivo de ajudar em trabalhos dos mais variados, como, por exemplo, a busca, no umbral, de pessoas que possam ser resgatadas para as colônias ou cidades espirituais e outras tarefas.

São princípios espirituais que, em alguns casos, participam da Vida humana na Vida eterna, transitoriamente, a título de auxílio para a humanidade desencarnada.
A imensa maioria dos seres do reino animal, é reencarnada imediatamente ou quase imediatamente, não há como precisar, por conta desses Espíritos que têm a atribuição de cuidar deles.

Podemos nos preocupar com esta citação de André Luiz, já que Kardec é enfático, na questão de número 70, quando responde sobre o destino dos animais: "A matéria inerte se decompõe e vai formar novos seres; o princípio vital retorna à massa."?
De modo algum! Kardec não elimina a possibilidade de que alguns possam ser úteis e colaboradores da tarefa humana na Vida espiritual, no chamado estado errante, sob a tutela de Entidades Espirituais mais preparadas e que gerenciem a Vida na Terra dos nossos irmãos do reino animal.

Também não elimina a possibilidade de que existam colônias ou organizações espirituais, elaboradas pela humanidade desencarnada. Cita, de modo direto que o ser humano desencarnado "Volta a ser Espírito ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos que ela havia deixado temporariamente", após a morte do corpo, mas não impõe nenhum obstáculo quanto à possibilidade de que esta humanidade (no aspecto coletivo) se organize em agrupamentos que guardem entre si afinidades e consitua colônias ou mesmo cidades espirituais. Uma citação não exclui a outra, como no caso dos animais.

Pode parecer difícil crer que existam animais na Vida Eterna. Mas também é difícil crer na existência de edifícios, casas, vilas, aeróbus, hospitais e tantas outras coisas que muitos Espíritos desencarnados vêm nos contar, depois de Kardec.

Não podemos ficar parados esperando VER as coisas e agir como críticos contumazes, mas entender a coerência do trabalho do Espírito, no montante de sua obra como um todo, em suas paricularidades e detalhes. Claro que se virmos um equívoco grosseiro, devemos rejeitar a proposta, como o próprio Kardec nos ensina. Mas não é o caso de André Luiz.

Muitos querem que Kardec esteja ultrapassado e colocam, infiltados em seus textos, conteúdo que ele não nos deixou como herança. Mas não é o caso de André Luiz, que está em pleno acordo com Kardec. Em gênero, grau e número.

Mais: os animais encarnados têm um espectro de visão, audição, olfato e tato que diferem muito do nosso e podem, ocasionalmente, ver, ouvir ou sentir o cheiro dos Espíritos, sem que para isso sejam considerados médiuns. Apenas vêm, ouvem ou sentem o cheiro, como o fazem com o restante à nossa volta e que nós não nos damos conta, por não termos competência orgânica para isso. No filme, o cão vê seu dono, por conta desta situação. Nao por ser médium. É fato natural para os seres do reino animal, que têm uma percepção diferente da percepção humana.


Precisamos lembrar de que o filme "O amor além da Vida" não é espírita, é espiritualista! Tendo isso em mente, nem tudo o que está no filme poderá ser justificado pela codificação espírita ou por alguma obra acessória como as de André Luiz e, se vier a ser, talvez não tenhamos lembrança de todas para poder atestar as circunstâncias das imagens evocadas no filme.

Mas, com relação à situação da cena em que o personagem de Robin Williams está em seu quadro, pisoteando a tinta e tudo mais, não passa de uma experiência individual, resultado da criação mental dele mesmo na qual ele mergulha, ainda impregnado dos conceitos da Vida terrena (como encarnado), que o impedem, por exemplo, de "caminhar sobre as águas", como faz o personagem de Cuba Gooding Jr diante dele em uma determnada cena.

Há uma obra de Yvonne Pereira, na qual ela relata a existência de um Espírito que vivia, após sua morte, por longo período ligado à sua chácara (criação mental dele) e que foi necessário "comprar" a chácara, para que o Espírito conseguisse sair deste quadro mental no qual ele se mantinha retido por longo período. Mais uma, lembrando Kardec: “(...) o Espírito age sobre a matéria ; tira da matéria cósmica universal os elementos necessários para formar, como quiser, objetos com a aparência dos diversos corpos da Terra. Pode também operar, pela vontade, sobre a matéria elementar, uma transformação íntima que lhe dê certas propriedades. Essa faculdade é inerente à natureza do Espírito, que a exerce muitas vezes de maneira instintiva e, portanto, sem o perceber quando se faz necessário.(...) .

Como se vê, as questões de cunho pessoal e o poder de criação mental transcendem, ainda, nosso entendimento e aceitação, enquanto estamos atrelados às injunções da carne e temos um certo "receio" de aceitar as novidades, agindo como padres quevêdos da Vida.

Para que o Espírito desencarnado (errante) possa agir como tal, precisará de consciência sobre seu estado, que, como afirma Kardec, "Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo.", ou seja, há um período de adaptação, variável para cada um de acordo com sua consciência, condição moral e potencial adquirido em função das variadas encarnações. Não há mistério algum sobre este ponto: é simples de entender.

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