Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 30 de junho de 2010

NA SEARA DE LUZ

Não percas tempo no caminho da vida, porque o dia responderá pelos minutos.
Não te esqueças do poder do trabalho.
Não desista de aprender, convencido de que nada se perde.
Não hostilizes criatura alguma, poque o ódio começa onde termina a simpatia.
Não fujas à escravidão do dever para que a tua liberdade seja digna.
Não amasses o pão de tua alegria nas lágrimas dos semelhantes.
Não espere pelo dia de amanhã, a fim de praticar o bem ou ensiná-lo.
Não gastes somente com a tua vida o que poderia servir para sustentar dez outras.
Não reclames exclusivamente em teu favor, em caso algum.
Não uses a verdade apenas para exibir a tua superioridade ou pelo simples prazer de
ferir.
Não imponhas restrições ao bem de todos, para que o bem possa contar realmente
contigo.
Não elogies a ti mesmo.
Não clames contra a ausência dos outros, porque provavelmente os outros
esperam por teu concurso.
Não abras a tua janela na direção do pântano.
Não duvides da vitória final do bem.

do livro Cartas do Coração
Francisco Cândido Xavier / Emmanuel

terça-feira, 29 de junho de 2010

Nostalgia e Depressão

As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.

O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.

Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia.

A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser. lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.

Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional.

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.

Esse deperecimento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos.

A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional.

Tenha-se em mente um instrumento qualquer. Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz respeito. Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve.

Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e enarmonias perturbadoras na conduta psicológica.

No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida.

À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo.

Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos.

A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente.

O som provém do instrumento. O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização.

Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se - tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades - contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a da carga emocional perturbadora.

Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.

É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo.

Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.

Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo.

Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm.

Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmônicos...

Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina, determinando-se por não continuar a existência. A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio.

Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido.

Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição.

Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos.

O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da autocompaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.

Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força.

Naturalmente, quando o processo se instala - nostalgia que conduz à depressão - a terapia bioenergética (Reich, como também a espírita), a logoterapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis.

A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais complexidades e dificuldades de recuperação.

Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.

O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais.

* * *


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Amor Imbatível Amor.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Anote Hoje

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Amanhece

sábado, 26 de junho de 2010

Perante o divino mestre





"Que Mal fez ele? — perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais Seja Crucificado!"

Jesus Cristo!...

Condenado sem culpa, vencido e vencedor...

Profundamente amado, violentamente combatido!

De todos os títulos, preferiu o de Mestre, conquanto devesse, nas Provas Supremas, reconhecer-se abandonado pelos discípulos.

De todas as profissões praticou, um dia, a de carpinteiro, ciente de que não teria para a ministração de seus apelos e ensinamentos nem culminâncias de poder terrestre e nem galerias de ouro, mas, sim, pobres barcos talhados em serviço de enxó e a golpes de formão...

Soberano da Eternidade, permitiu se lhe aplicassem a coroa de espinhos, deixando-se alçar num sólio constituído de dois lenhos justapostos, em dois traços distintos...

Ele que se declarou enfeixando o caminho, a verdade e a Vida, deu-se na Estrema Renúncia, em penhor de semelhante revelação, suspenso nas horas derradeiras, sobre o traço vertical que simbolizava a Fé, a erigir-se em Caminho para o Céu, e sobre o traço horizontal, que exprimia o Amor, alimentado a Vida, na direção de todas as criaturas, como a dizer-nos que Ele era, na Cruz, a verdade torturada e silenciosa, entre a Fé e o Amor, a sustentar-se claramente erguida para a justiça Divina, batida e suplicada pelos homens, mas de braços abertos.

* * *

Emmanuel

Mensagem retirada do livro "Perante Jesus" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

ALLAN KARDEC

Hyppolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 03/10/1804 em Lion (França), já era, aos 18 anos, mestre Colegial de Ciências e Letrase, desde os 20 anos, renomado autor de livros didáticos, alcançando, pouco mais tarde, notoriedade na profissão de educador, na qual fora aprimoradamente preparado na Suíça.

Lingüista exímio, Denizard conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês, italiano, espanhol, além do holandês. As qualidades de homem bom, gentil e jovial, aliavam-se seu refinado bom-senso e seu discernimento criterioso, características marcantes de sua personalidade de homem de saber.

Em 1855, como professor de francês, aritmética, pesquisador de astronomia e magnetismo, foi convidado por um amigo a assistir às manifestações das chamadas mesas girantes, atrações públicas que ocorriam nos salões da capital francesa. Rivail era discípulo de Pestalozzi - chamado de o pai da pedagogia moderna - e casado com Amélie Gabrielle Boudet. Deveras já ouvira sobre o assunto das mesas girantes e não entendia ao certo do que se tratava. Homem criterioso, Rivail não se deixava levar por modismos e como cientista estudioso do magnetismo humano acreditava que todos os acontecidos poderiam estar ligados à ação das próprias pessoas envolvidas, e não de uma possível intervenção espiritual. O professor Rivail, então, participou de algumas sessões e algo começou a intrigá-lo. Percebeu que muitas das respostas emitidas através daqueles objetos inanimados fugiam do conhecimento cultural e social dos que faziam parte do "espetáculo". Como os móveis, por si só, não poderiam mover-se, fatalmente havia algum tipo de inteligência invisível atuando sobre os mesmos, e respondendo aos questionamentos dos presentes.

Rivail presenciava a afirmação daqueles que se manifestavam, dizendo-se almas dos homens que viveram sobre a Terra. Foi então, que uma das mensagens foi dirigida ao professor. Um ser invisível disse-lhe ser um Espírito chamado Verdade e que ele, Rivail, tinha uma missão a desenvolver, que seria a codificação de uma nova doutrina .

Atento aos dizeres do Espírito, e depois de muitos questionamentos à entidade, pois não era homem de impressionar-se com elogios, resolveu aceitar a tarefa que lhe fora incumbida.

O Espírito de Verdade disse-lhe ser de uma falange de Espíritos superiores que vinha até aos homens cumprir a promessa de Jesus, no Evangelho de João, capítulo XIV; versículos 15 a 26: "E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque habita convosco e estará em vós... Mas, aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".
Através dos Espíritos, Rivail descobriu que em uma de suas encarnações anteriores foi um sacerdote druida, de nome Allan Kardec.

Foi então que resolveu adotar este pseudônimo durante a codificação da nova doutrina, que viria a se chamar Doutrina Espírita ou Espiritismo. Kardec assim procedeu para que as pessoas, ao tomarem conhecimento dos novos ensinamentos espirituais, não os aceitassem por ser ele, um conhecido educador que as estivesse divulgando. Mas sim, que todos os que tivessem contato com a Boa Nova a aceitassem pelo seu teor racional e sua metodologia objetiva, independente de quem a divulgasse ou a apoiasse.
A Codificação

A partir daí foram 14 anos de organização da Doutrina Espírita. No início, para receber dos Espíritos as respostas sobre os objetivos de suas comunicações e os novos ensinamentos, Kardec utilizou um novo mecanismo, a chamada cesta-pião: um tipo de cesta que tinha em seu centro um lápis. Nas bordas das cestas, os médiuns, pessoas com capacidade de receber mais ostensivamente a influência dos Espíritos, colocavam suas mãos, e através de movimentos involuntários, as frases-respostas iam se formando. Julie e Caroline Baudin, duas adolescentes de 14 e 16 anos respectivamente, foram as médiuns mais utilizadas por Kardec no início.

Com o decorrer do tempo, a cesta-pião foi dando lugar à utilização das próprias mãos dos médiuns, fenômeno que ficou conhecido como psicografia.
Todas as perguntas e respostas feitas por Kardec aos Espíritos eram revisadas e analisadas várias vezes, dentro do bom senso necessário para tal. As mesmas perguntas respondidas pelos Espíritos através das médiuns eram submetidas a outros médiuns, em várias partes da Europa e América. Assim, o codificador viajou por cerca de 20 cidades. Isso para que as colocações dos Espíritos tivessem a credibilidade necessária, pois estes médiuns não mantinham contato entre eles, somente com Kardec.

Disto, estabeleceu-se dentro da Doutrina Espírita que qualquer informação vinda do Plano Espiritual só terá validade para o Espiritismo se for constatada em vários lugares, através de diversos médiuns, que não mantenham contato entre si, pois, assim, há o controle sobre a veracidade das informações. Fora isso, toda comunicação espiritual será uma opinião particular do Espírito comunicante.

Com todo um esquema coerentemente montado, Allan Kardec preparou o lançamento das cinco Obras Básicas da Doutrina Espírita. O primeiro livro da Codificação foi publicado em 18 de abril de 1857: O Livro dos Espíritos. Posteriormente foram lançados os demais, ou seja, O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865), e A Gênese (1868). Estes livros contêm toda a teoria e prática da Doutrina, os princípios básicos e as orientações dos Espíritos sobre o mundo espiritual e sua constante influenciação sobre o mundo material.

Durante a Codificação, Kardec lançou um periódico mensal chamado "Revista Espírita", no ano de 1858. Nele, comentava notícias, fenômenos mediúnicos e informava aos adeptos da nova Doutrina o crescimento da mesma e sua divulgação. Servia várias vezes como fórum de debates doutrinários, entre partidários e contrários ao Espiritismo. A Revista Espírita foi a semente da imprensa doutrinária.

No mesmo ano, Kardec viria a fundar a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Constituída legalmente, a entidade passou a ser a sociedade central do Espiritismo, local de estudos e incentivadora da formação de novos grupos.
Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, aos 65 anos, vítima de um aneurisma. Sua persistência e estudo constantes foram essenciais para a elaboração do movimento espírita e organização dos ensinos do Espírito de Verdade.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO

456. Os Espíritos vêem tudo o que fazemos?
- Podem vê-lo, pois estais incessantemente rodeados por eles. Mas, cada um só vê aquelas coisas a que dirige a sua atenção, porque eles não se ocupam das que não lhes interessam.

457. Os Espíritos podem conhecer os nossos pensamentos mais secretos?
- Conhecem, muitas vezes, aquilo que desejaríeis ocultar a vós mesmos; nem atos, nem pensamentos podem ser dissimulados para eles.

INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE OS NOSSOS PENSAMENTOS E AS NOSSAS AÇÕES:

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
- Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?
- Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre um mesmo assunto, e freqüentemente bastante contraditório. Pois bem, nesse conjunto, há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas idéias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?
- Quando o pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso.
De resto, não há grande interesse para vós nessa distinção e é freqüentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mal caminho, sua responsabilidade será maior.

463. Diz-se algumas vezes que o primeiro impulso é sempre bom; isto é exato?
- Pode ser bom ou mal, segundo a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom para aquele que ouve as boas inspirações.

464. Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau Espírito?
- Estudai a coisa: os bons Espíritos não aconselham senão o bem; cabe a vós distinguir.

466. Por que permite Deus que os Espíritos nos incitem ao mal?
- Os Espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância do homem no bem. Tu, sendo Espírito, deves progredir na ciência do infinito, e é por isso que passas pelas provas do mal, para chegar ao bem. Nossa missão é a de colocar-te no bom caminho, e quando más influencias agem sobre ti, és tu que a chamas, pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer; eles não podem ajudar-te no mal, senão quando tu desejas o mal. Se és inclinado ao assassínio, pois bem, terás uma nuvem de Espíritos que entreterão esse pensamento em ti; mas também terás outros que tratarão de influenciar-te para o bem, o que faz com que se reequilibre a balança e te deixe senhor de ti. É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

467. Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal?
- Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.

469. Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
- Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitem em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles vos atacam na vossa fraqueza. Eis porque Jesus vos faz dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”

Colaboradora: Mariana Terán
Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Educandário de luz

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.

Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.

Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.

Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.

Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.

Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.

E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.

Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.

Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.

Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.

* * *

Emmanuel

Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Você mesmo

Lembre-se de que você mesmo é:
o melhor secretário de sua tarefa,
o mais eficiente propagandista de seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios,
o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos
outros.
Não se esqueça, igualmente, de que:
o maior inimigo de suas realizações mais nobres,
a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa,
a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições
e o destruidor de suas oportunidades de elevação.

— é você mesmo.

* * *

André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MÉDIUNS

Médiuns Médium que apenas vê é um espectador.
Médium que somente ouve é precioso registro de sons.
Médium que apenas fala é um disco importante.
Médium que somente escreve é máquina comum.
Médium que apenas medita é uma flor imóvel.
Médium que somente sonha é um visionário.
Médium que apenas ensina é valioso cabide de máximas religiosas e
filosóficas.
Médium que somente crê é uma esperança imprecisa.
Médium que apenas indaga é um companheiro fascinado por mentiras
brilhantes.
Médium que duvida de si mesmo é um barco sem bússola.
Entretanto, o médium que vê e socorre; que ouve e ajuda; que fala e serve; que escreve e materializa os princípios superiores; que medita e trabalha; que sonhe e edifica sob a inspiração do Alto; que ensina o bem e pratica-o; que crê e age de acordo com a própria fé; que indaga e valoriza o tempo com esforço sério nas aquisições de amor e sabedoria; que acolhe a dúvida construtiva por algumas horas e consagra a benção dos dias ao santo labor da caridade e da luz, nos serviços de elevação da Terra, será sempre instrumento primoroso do Cristo, em qualquer tempo e lugar, cooperando com ele, nosso Mestre e Senhor, na redenção do homem e na glorificação da Vida.

Do Livro Cartas do Coração
psicografia de Francisco Cândido Xavier
Espírito André Luís

sábado, 19 de junho de 2010

Louvar a Deus

Eloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.

Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.

Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.

Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.

Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, o vêem como perseguidor, ou como o
Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar suas pesadas penas.

Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-Lo como Pai, protetor e soberanamente bom e justo.

Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus. Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.

Porém, há que se perguntar: Qual a melhor maneira de se louvar a Deus? Como devo eu louvar a Deus? Devo mesmo fazê-lo?

O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.

Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.

Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.

O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.

Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao autor da vida e às Suas obras.

Assim estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.

Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.

Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações mais simples do nosso cotidiano.

Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-Lo nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.

fonte: Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

História de uma vida

Tudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o óvulo, e outro de meu pai, o espermatozoide. Como dois apaixonados se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota d'água.
Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo no mundo espiritual.
Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um grão de areia. Iniciei então, uma longa viagem. Empurrado para diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.
Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das paredes. Já contava com três dias de vida.
Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos 9 dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro de diâmetro. Fui crescendo e aos 12 dias de vida já tinha o dobro do tamanho: um milímetro.
Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o de que precisava.
Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura alegria quando os testes deram positivo. Agora era meu pai a querer saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos castanhos ou azuis.
Quando ele perguntou: Como será ele? - fui logo respondendo: Tenho forma da letra C, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um centímetro de tamanho.
Não sei se me ouviram mas o que sei é que redobraram cuidados e recomendações.
Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco gramas.
Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.
Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava por mim.
Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso reencontro?
Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última semana de espera.
Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro dia de vida, nos braços de minha mãe.
* * *
Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase sempre, personalidades amigas com as quais já vivemos em outras eras.
Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de felicidade.
Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho, ternura e abrigo.
Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para retornar à vida física.

Disponível no livro Momento Espírita vol 1, ed.Fep.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Oração Diante da Palavra.

Senhor!

Deste-me a palavra por semente de luz.

Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.

Ensina-me a falar para que se faca o melhor.

Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.

Onde a irritação me procure induze-me ao silencio,e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.

Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste á edificação do bem, no momento exato,e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.

Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.

Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.

* * *

Meimei

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Perante o divino mestre.

"Que Mal fez ele? — perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais Seja Crucificado!"

Jesus Cristo!...

Condenado sem culpa, vencido e vencedor...

Profundamente amado, violentamente combatido!

De todos os títulos, preferiu o de Mestre, conquanto devesse, nas Provas Supremas, reconhecer-se abandonado pelos discípulos.

De todas as profissões praticou, um dia, a de carpinteiro, ciente de que não teria para a ministração de seus apelos e ensinamentos nem culminâncias de poder terrestre e nem galerias de ouro, mas, sim, pobres barcos talhados em serviço de enxó e a golpes de formão...

Soberano da Eternidade, permitiu se lhe aplicassem a coroa de espinhos, deixando-se alçar num sólio constituído de dois lenhos justapostos, em dois traços distintos...

Ele que se declarou enfeixando o caminho, a verdade e a Vida, deu-se na Estrema Renúncia, em penhor de semelhante revelação, suspenso nas horas derradeiras, sobre o traço vertical que simbolizava a Fé, a erigir-se em Caminho para o Céu, e sobre o traço horizontal, que exprimia o Amor, alimentado a Vida, na direção de todas as criaturas, como a dizer-nos que Ele era, na Cruz, a verdade torturada e silenciosa, entre a Fé e o Amor, a sustentar-se claramente erguida para a justiça Divina, batida e suplicada pelos homens, mas de braços abertos.

* * *

Emmanuel

Mensagem retirada do livro "Perante Jesus" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Perante o divino mestre.

"Que Mal fez ele? — perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais Seja Crucificado!"

Jesus Cristo!...

Condenado sem culpa, vencido e vencedor...

Profundamente amado, violentamente combatido!

De todos os títulos, preferiu o de Mestre, conquanto devesse, nas Provas Supremas, reconhecer-se abandonado pelos discípulos.

De todas as profissões praticou, um dia, a de carpinteiro, ciente de que não teria para a ministração de seus apelos e ensinamentos nem culminâncias de poder terrestre e nem galerias de ouro, mas, sim, pobres barcos talhados em serviço de enxó e a golpes de formão...

Soberano da Eternidade, permitiu se lhe aplicassem a coroa de espinhos, deixando-se alçar num sólio constituído de dois lenhos justapostos, em dois traços distintos...

Ele que se declarou enfeixando o caminho, a verdade e a Vida, deu-se na Estrema Renúncia, em penhor de semelhante revelação, suspenso nas horas derradeiras, sobre o traço vertical que simbolizava a Fé, a erigir-se em Caminho para o Céu, e sobre o traço horizontal, que exprimia o Amor, alimentado a Vida, na direção de todas as criaturas, como a dizer-nos que Ele era, na Cruz, a verdade torturada e silenciosa, entre a Fé e o Amor, a sustentar-se claramente erguida para a justiça Divina, batida e suplicada pelos homens, mas de braços abertos.

* * *

Emmanuel

Mensagem retirada do livro "Perante Jesus" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Circuito

Os amigos constituem, por si,
um banco providencial
em que usufruis
a possibilidade
de sacar
os melhores recursos
para a sustentação
da própria vida.

Todos eles são capazes
de funcionar,
proveitosamente,
em teu benefício.

Entretanto,
para que isso aconteça, não
olvides a própria dedicação
e assiduidade nos depósitos.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
2a edição. Jabaquara, SP: CEU, 1981.

domingo, 13 de junho de 2010

TUDO VEM DE DEUS

Diz o apóstolo Paulo em sua epístola a Felipe: “Eu semeio, eu planto. Apolo rega, mas o produto é de Deus”. Deus rege sobre todas as coisas que nós encontramos na Terra.
Tudo em a Natureza procede de Deus.
O planeta Terra procede de Deus, mesmo sendo Jesus, o Governador Planetário co-Criador do planeta, desde imemoriais tempos de sua formação, a Terra procede de Deus.
Quando eu planto, quando eu coloco a semente na Terra, quando qualquer pessoa rega e cuida, a planta só nasce, alcança a luz, cresce, floresce, porque Deus assim o quer.
Se não for a vontade de Deus nenhuma folha cai de uma arvore.
Entendendo assim de uma forma muito simples, nos parece que tudo já está pré-determinado, que não é necessário fazer qualquer movimento para que as coisas aconteçam, porque há um pré-destino para tudo.
Mas, atentem para o detalhe da mensagem de Paulo: eu planto, eu semeio.
As traduções dos evangelhos podem mostrar a frase um pouco diferente, mas a essência é essa: eu planto.
Essa colocação de Paulo nos faz refletir que Deus é a Causa de tudo, é o Causador de tudo.
Mas, Ele nos permite participar, como permitiu a Jesus co-criar.
Tudo vem de Deus, é verdade, mas Ele nos dá a chance de participar.
E, nossa participação, enquanto espíritas cristãos?
Nós precisamos começar a plantar hoje, agora, a caridade.
Porque não há nada melhor do que a pratica da caridade.
Nós temos aprendido sobre a caridade, temos aprendido sobre a fraternidade,sobre o perdão.
Temos aprendido uma serie de coisas que nos enriquecem o íntimo.
Mas, nós temos realmente, temos efetivamente, colocado em pratica esse aprendizado magnífico que o espiritismo nos dá?
O espiritismo nos dá a semente, nos dá o potencial.
Como Deus nos permite participar do processo criativo do Universo, nos cabe, efetivamente, colocar a semente na Terra.
A melhor semente de todas, que o Cristo nos deixou, é o Amor.
Para podermos um dia, termos o Amor frutificando em nossa existência, precisamos colocar a verdadeira semente da caridade em solo fértil.
Qual o solo mais fértil que cada ser humano tem? O próprio coração espiritual.
Vamos pegar essa semente magnífica que a Doutrina Espírita nos dá, esta benção que Jesus nos deixou, à cerca de cento e cinqüenta anos, através deste extraordinário codificador que foi Kardec, a caridade.
Vamos semear a caridade em nosso próprio coração.
Você meu irmão, você minha irmã, que tem ouvido tanto sobre a caridade, comece.
Não percam mais tempo, é hora de colocar em pratica, você já tem algum conhecimento, já tem condição de começar a plantar, na expressão de Paulo, Apolo, irá regar.
Quem é Paulo? Quem será que é Apolo? São os Espíritos do bem, representados na formalidade de um deus da mitologia grega, da mitologia pagã.
São os bons espíritos que irão nutrir a nossa caridade, o nosso coração e aquilo que florescer de dentro dele, ainda é de Deus.
Que Deus nos abençoe.


Em nome de Jesus a minha gratidão
José Cintra Filho

Psicofonia recebida no NEPT em 02/06/2010

sábado, 12 de junho de 2010

É razoável pensar nisto

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.

A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.

A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.

A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio. É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É refugio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista. É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

* * *

André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desejos

Desejo é realização antecipada.

*

Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.

*

Como você pensa, você crê, e como você crê, será.

*

Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.

*

Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.

*

O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.

*

Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.

*

A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.

*

O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objeto a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.

*

A sentença de Jesus: "procura e achará" equivale a dizer: "encontrarás o que desejas".

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
42a edição. Uberaba, MG: CEC, 1996.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Bênção do Trabalho

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.

SENDA DE PERFEIÇÃO

Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda de perfeição.

* * *

Meimei

(Mensagem do livro "Pai Nosso", recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Mente em Ação

Mais graves que as viroses habituais são aquelas que têm procedência no psiquismo desvairado.

Por ser agente da vida organizada, a mente sadia propicia o desenvolvimento das micropartículas que sustentam com equilíbrio a organização somática, assim como, através de descargas vigorosas, bombardeia os seus centros de atividade, dando curso a desarmonias inumeráveis.

Mentes viciosas e pessimistas geram vírus que se alojam no núcleo das células, e as destruindo se espalham pela corrente sanguínea, dando surgimento a enfermidades soezes.

Além desta funesta realização, interferem na organização imunológica e, afetando-a, facultam a agressão de outros agentes destruidores, que desenvolvem síndromes cruéis e degenerativas.

Além dos vícios que entorpecem os sentimentos relevantes do homem, perturbando-lhe a existência, o tédio e o ciúme, a violência e a queixa, entre outros hábitos perniciosos, são responsáveis pela desestruturação física e emocional da criatura.

*

O tédio é resultado da ociosidade costumeira da mente acomodada e preguiçosa.

Matriz de muitos infortúnios, responde por neuroses estranhas e depressivas, culminando com o suicídio injustificável e covarde.

Entregue ao tédio, o paciente transfere responsabilidades e ações para os outros, deixam dose sucumbir na amargura, quando não se envenena pela revolta contra todos e tudo.

*

A mente, entregue ao ciúme, fomenta acontecimentos que gostaria se realizassem, afim de atormentar-se e atormentar, aprisionando ou perseguindo a sua vítima.

Por sua vez, desconecta os centros de equilíbrio, passando à condição de vapor dissolvente da confiança e do amor.

*

A violência é distúrbio emocional, que remanesce do primitivismo das origens, facultando o combustível do ódio, que se inflama em incêndio infeliz, a devorar o ser que o proporciona.

Quando isto não ocorre, dispara dardos certeiros nas usinas da emoção, que se destrambelha, gerando vírus perigosos que se instalam no organismo desarticulado e o vencem.

*

A queixa ressuma como desrespeito ao trabalho e aos valores alheios, sempre pronta a censurar e a fiscalizar os outros, lamentando-se, enquanto vapores tóxicos inutilizam os núcleos da ação, que se enferrujam e perdem a finalidade.

*

Há todo um complexo de hábitos mentais e vícios morais, prejudiciais, que agridem a vida e a desnaturam.

É indispensável que o homem se resolva por utilizar do admirável arsenal de recursos que possui, aplicando os valores edificantes a serviço da sua felicidade.

*

Vives consoante pensas e almejas. consciente ou inconscientemente.

Conforme dirijas a mente, recolherás os resultados.

Possuis todos os recursos ao alcance da vontade.

Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença.

Tem em mente, no entanto, que o teu destino é programado pela tua mente e pelos teus atos, dependendo de ti a direção que lhe concedas.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A Grande Pergunta

E por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu digo?
- Jesus. (LUCAS, 6:46)


Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.

Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.

É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.

Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.

Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.

Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.

É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
17a edição. Lição 47. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Convívio

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, auxilie-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.

* * *

Xavier, Francisco Candido. Da obra: Tempo e Nós.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
IDEAL.

sábado, 5 de junho de 2010

Bilhete Fraterno

Meu amigo, prossigamos

No trabalho, dia a dia,

Procurando com Jesus

A verdadeira alegria.

Se no caminho despontam

Problemas a resolver,

Perseveremos no bem

Cumprindo o nosso dever.

A dor faz parte da vida...

Ninguém vive sem lutar,

Mas é feliz quem já sabe

Esquecer e perdoar.

Incompreensões? Dissabores?

Não desistas de servir.

Silencia e segue em frente

Na construção do porvir.

Amanhã, após a noite,

Que a morte impõe aos teus passos,

Encontrarás, redivivo,

O Cristo a estender-te os braços!

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Brilhe vossa Luz.
Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha.
4a edição. Araras, SP: IDE, 1987.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A MELHOR ESCOLHA

De acordo com as recomendações do apóstolo Tiago, em seu evangelho, no primeiro capitulo, versículo quarto; é recomendável, que nós desenvolvamos a paciência com a maior intensidade possível para que a nossa vida tenha um desenrolar de melhores condições.
É verdade, que a paciência é um atributo humano de inspiração divina.
É verdade, que nós temos a oportunidade de conhecer a palavra paciência, com muita freqüência, ouvindo a recomendação de alguém ou lendo algum tipo de livro, que fale sobre a paciência, como as obras espíritas o fazem tão bem.
Mas, também é verdade, que paciência não é um verbo que nós costumemos conjugar com muita freqüência. Na verdade, nós evitamos conjugar a paciência.
Nós queremos que os outros tenham paciência, mas nós outros não as temos.
Não temos a paciência das mais variadas formas, por exemplo; nós aspiramos, em algum momento da vida por um ideal superior, mas se não tivermos paciência para cultivá-lo, não o alcançaremos.
Nós também sonhamos, profundamente, com a instituição onde possamos transitar, construída uma sede própria, e, no entanto, se não fizermos a nossa parte e não dermos tempo ao tempo, com paciência, não teremos essa instituição.
Nós também desejamos muito que nossos filhos sejam vencedores na vida, na experiência humana, mas, se não tivermos a paciência de educá-los, como alcançaremos tal objetivo?
Muitas vezes, quando jovens nós temos ainda a expectativa de determinada profissão, mas se nós não nos dermos, a oportunidade, através do recurso da paciência, como alcançar tal procissão?
A paciência é a viga do tempo. O tempo constrói tudo no seu devido tempo, é verdade, mas sem paciência nada construímos.
E, no entanto, continuamente, nós nos debatemos porque queremos as coisas, as circunstâncias resolvidas para ontem.
Nós nos esquecemos de que um dos maiores atributos que podemos adquirir e talvez dos mais fáceis, seja a paciência.
A caridade não é fácil, a fraternidade não é fácil, a bondade menos ainda.
A paciência talvez seja um dos recursos mais acessíveis para a existência terrena, e, ainda assim, percorremos muitas encarnações para poder entender a paciência e praticar a ciência da paz.
Em todas as circunstancias por mais que seja atribulada a vida, não há nada melhor do que desenvolver a ciência da paz, com a paciência.
O paciente vive tranqüilo, sereno, prolonga a sua vida e melhora a sua qualidade de vida.
O ansioso não. Ele não só encurta a vida como prejudica e não vive bem, vive agitado, temeroso e preocupado.
O paciente não. Ele aguarda, aguarda a oportunidade apropriada para falar.
Aguarda a oportunidade adequada para viver, para fazer, para se relacionar.
É um paciente.
A paciência na verdade, é um recurso muito claro daquele que já adquiriu um pouco de esperança, porque o paciente tem esperança. Se não tivesse esperança, não estaria paciente.
O ansioso não tem esperança.
O ansioso se perde querendo resolver as coisas antecipadamente.
O paciente aguarda, porque sabe que mais adiante irá encontrar a solução, ou a solução irá encontrá-lo.
André Luiz recomenda, de uma forma muito simples, que muitas vezes sem fazermos nada, a vida se resolve.
Que Jesus nos abençoe.


Psicofonia recebida no Nept em 12/05/2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Efetivamente

Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras.

Defender não é gritar. É prestar mais intenso serviço às causas e às pessoas.

Ajudar não é impor. É amparar, substancialmente, sem pruridos de personalismo, para que o beneficiado cresça, se ilumine e seja feliz por si mesmo.

Ensinar não é ferir. É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.

Renovar não é destruir. É respeitar os fundamentos, restaurando as obras para o bem geral.

Esclarecer não é discutir. É auxiliar, através do espírito de serviço e da boa-vontade, o entendimento daquele que ignora.

Amar não é desejar. É compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar ao próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.

* * *

André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Inteligência Espiritual

No livro QS – Inteligência Espiritual, lançado no ano passado – a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para o português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou a EXAME em Porto Alegre durante o 300 Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suíça, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo. Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas idéias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos
lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador.. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o dnos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo
2. São levadas por valores. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência
7. Perguntam sempre "por quê?"
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10. Têm compaixão

terça-feira, 1 de junho de 2010

Perdoar

“Perdoar é muito difícil”.

Esta é a conclusão que finalizamos muitas vezes, pra nós mesmos, quando estamos na situação de quem é acusado, de quem é criticado ou ofendido.

Como perdoar o acusador, o crítico ou o ofensor se somos nós as vítimas, o alvo de quem o faz?

Arrumamos mil desculpas:
- Como perdoar, se ou fui o agredido?
- Como perdoar, se a calúnia de outrem me leva a difamação?
- Como perdoar, se perante a sociedade, minha imagem maculou-se, se o véu que me cobria das minhas aparências foi rasgado, tornando-me transparente à tantas acusações?
- Como perdoar, se sou tão imperfeito, mas, mais imperfeito que eu é quem me ofendeu?
- Como perdoar o próximo, se este próximo, algumas vezes, não é tão próximo a mim, não exigindo desta maneira o meu perdão imediato?
- Como perdoar e “oferecer a outra face”, se meus desejos são contrários, e meu desejo real é a agressão física a outrem?

Enfim são tantas as desculpas, que passamos uma encarnação inteira neste desculpismo, que nos trará, a nós mesmos, às consequências desta “falta de perdão”.

Sem contar as consequências físicas, através das doenças, que criaremos para nós mesmos, levamos esta “falta de perdão” para nossos túmulos, cravando em nossa consciência e em nosso corpo espiritual, os males resultados desta ação.

Resultado: Vamos reencarnar novamente com todos aqueles desafetos que deixamos de perdoar.

Isto é um castigo?

Não irmãos, o castigo está na má escolha de nossas ações, porque Deus é bondade, e nos permite o retorno à carne, para que possamos reparar as nossas faltas, para que possamos aprender na carne, o que na carne desprezamos.

Esforça-te pois na senda o perdão.

Esforça-te em perdoar os vossos inimigos, enquanto ainda estiveres entre eles, porque sabeis que a morte física não nos livrará do seu livre-arbítrio impensado ou vítima do seu próprio desculpismo.

Esforça-te por perdoar, porque perdoando aos que te fizeram padecer, na mesma medida, serás perdoado, aos que fizeram tu, padecer.

Esforça-te amigo! Tendo sempre em Jesus Cristo, o exemplo e o modelo do verdadeiro perdão.

Que Deus, em sua infinita bondade, te fortifique no desejo do amor ao próximo e no desejo do perdão.


Amigo Bernardo
PSICOGRAFIA – NEPT – 26.03.10