Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Estudo Doutrinário


Desde o evento ocorrido em 18/04/1857, com o lançamento ao mundo do Livro dos Espíritos, que se faz necessário a todos nós o estudo de maneira metódica e sistematizada da notável obra, que veio desvendar os mistérios do mundo invisível, mas para isso não basta apenas seguir para a casa espírita e lá se reunir em conversas improfícuas a respeito de assuntos que em nada se assemelha a um grupo de estudos como tem que ser, conforme nos esclareceu o codificador no Livro dos Médiuns, Capítulo III - Do Método, quando nos assevera:

“Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Quem, pois, seriamente queira conhecê-lo deve, como primeira condição, dispor-se a um estudo sério e persuadir-se de que ele não pode, como nenhuma outra ciência, ser aprendido a brincar.”

Por essa razão, é que toda casa espírita deve ter por meta principal a divulgação da doutrina espírita, e para isso, preciso se faz que o quanto antes, providencie implantar em suas dependências o estudos das obras básicas que compõem o pentateuco espírita, zelando pela fidelidade doutrinária ali contida, oferecendo a seus trabalhadores e assistentes, a oportunidade do esclarecimento fundamentado nos princípios cristãos que ela ensina.

Só alicerçados e fundamentados nos princípios espíritas é que pode o candidato a discípulo do Cristo, melhor servi-lo, tirando em primeiro lugar lições para seu próprio burilamento, pois como assegurou o Mestre de Nazaré, “conheceis a verdade e a verdade vos libertará”, partindo daí em diante em direção ao necessitado para também o informar das lições do evangelho, que por certo muito lhes serão úteis.

Deve também a casa espírita, promover seminários, congressos, workshops, ou outros quaisquer eventos que tenham por finalidade facilitar a compreensão doutrinária que professamos, não permitindo no entanto que nessas oportunidades o assunto previamente elaborado para o estudo, seja desviado de seu foco central, pois não faltarão aqueles que não se preocupam em estudar a doutrina e ainda servem de instrumento da espiritualidade inferior, interferindo no andamento das atividades doutrinárias com o fito único, de desviar a atenção dos participantes e dificultar-lhes a compreensão da matéria ali estudada.

Torna-se imprescindível que, os responsáveis por essa tarefa sejam pessoas com capacidade de observação, para no instante oportuno, interromperem a conversa paralela e retornar ao cerne do assunto estudado, para isso precisam ter prévio e sólidos conhecimentos da doutrina a fim de identificar a necessidade da interferência no momento adequado, não permitindo que os estudos sejam desviados da linha traçada para o evento em realização, não alongando discussões estéreis com assuntos que embora façam parte das lições da doutrina, não estão em análise na presente ocasião. E mesmo diante de todo o cuidado que tem que ter a casa espírita com relação aos seus estudos doutrinários, ainda assim não logrará a total isenção de forças contrárias aos seus esforços e anseios de tornar melhor a todos do grupo, em virtude do nível moral de cada um dos participantes a requerer atenção e carinho sem dispensar a disciplina e severidade que se fazem indispensáveis a qualquer grupo de estudos sérios, de dignas intenções, a esse respeito no mesmo Capítulo, anteriormente citado, encontramos as elucidações de Kardec, que não nos deixam a mínima dúvida sobre o assunto:

“Entre os que se convenceram por um estudo direto, podem destacar-se:

1º Os que crêem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos.

Chamar-lhes-emos espíritas experimentadores.

2º Os que no Espiritismo vêem mais do que fatos; compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência que lhes exerce nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O avarento continua a sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas imperfeitos.

3º Os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as conseqüências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso, única que os pode elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e coibir seus maus pendores. As relações com eles sempre oferecem segurança, porque a convicção que nutrem os preserva de pensarem em praticar o mal.

A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.

4º Há, finalmente, os espíritas exaltados.A espécie humana seria perfeita, se sempre tomasse o lado bom das coisas. Em tudo, o exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infunde confiança demasiado cega e freqüentemente pueril, no tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, com extrema facilidade e sem verificação, aquilo cujo absurdo, ou impossibilidade a reflexão e o exame demonstrariam. O entusiasmo, porém, não reflete, deslumbra. Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil à causa do Espiritismo. São os menos aptos para convencer a quem quer que seja, porque todos, com razão, desconfiam dos julgamentos deles. Graças à sua boa-fé, são iludidos, assim, por Espíritos mistificadores, como por homens que procuram explorar-lhes a credulidade. Meio-mal apenas haveria, se só eles tivessem que sofrer as conseqüências. O pior é que, sem o quererem, dão armas aos incrédulos, que antes buscam ocasião de zombar, do que se convencerem e que não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns. Sem dúvida que isto não é justo, nem racional; mas, como se sabe, os adversários do Espiritismo só consideram de bom quilate a razão de que desfrutam, e conhecer a fundo aquilo sobre que discorrem é o que menos cuidado lhes dá”.

Que nos mantenhamos em permanente vigilância, no intuito de levar a efeito o estudo da doutrina espírita, com a observância da disciplina, regularidade, seriedade, e acima de tudo a pesquisa nos conceitos e fundamentos do Espiritismo, para que a fidelidade doutrinária seja a bandeira que desfraldaremos com convicção e alegria na certeza da vitória final do bem que ele nos ajudará a alcançar.




José Francisco

Jesus propõe: você aceita?


Seria impossível mensurarmos a grandeza dos ensinamentos do Mestre Jesus, mas podemos afirmar que a Sua proposta é nortear o comportamento individual de cada um de nós, proporcionando- -nos ensinamentos que provocam profundas reflexões e ensejam orientações que despertam para o desenvolvimento espiritual.

Para lograr objetivos, a mensagem do Evangelho fundamenta- se em dois grandes aspectos: a autoridade moral e a autoridade espiritual.

A primeira refere-se à exemplificação dos ensinamentos através dos atos; a segunda, interagente com a primeira, além de denotar a grandeza moral do Cristo, que transcende aos atos e palavras, faculta a modificação do ser, pelo envolvimento fluídico que provoca a Sua superioridade espiritual.

A exemplo disso nos narra Lucas (19:1-10) a passagem de Jesus por Jericó:

"E tendo Jesus entrado em Jericó, ele atravessava a cidade. Havia lá um homem chamado Zaqueu, era rico e chefe dos publicanos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, pois era de baixa estatura. Correu então à frente e subiu num sicômoro para ver Jesus que iria passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, levantou os olhos e disse-lhe: ‘Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa’. Ele desceu imediatamente e o recebeu com alegria. À vista do acontecido todos murmuravam, dizendo: ‘Foi hospedar-se na casa de um pecador!’ Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: ‘Senhor, eis que dou a metade de meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, restituo- -lhe o quádruplo’. Jesus lhe disse: ‘Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido’."

O diálogo, aparentemente simplista, revela grandes ensinamentos, por muitos ainda despercebidos, mas que destacam o ensinamento moral e o ensinamento espiritual.

O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus revela predisposição à mudança dos atos, pois a simples presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões.

Outro ponto indiscutível é que a mudança de Zaqueu já fazia parte dos objetivos do Mestre, tanto que, ao entrar em Jericó, percebe-o facilmente em cima de uma árvore ansioso por um olhar, ao que Jesus corresponde, demonstrando profundos conhecimentos de psicologia transpessoal: levanta o olhar e a ele se dirige dizendo: "Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa".

O vocábulo casa, neste caso, adquire outra conotação, visto que vem antecedido de uma afirmativa verbal - "pois hoje devo ficar em tua casa".

Na frase, o verbo devo é aplicado no sentido de certeza e não de hipótese.

Entendemos, com isso, que o Mestre se refere à casa mental de Zaqueu, pois a hospedagem que desejava Jesus não era apenas no lar físico, mas principalmente no seu coração, a fim de que este se modificasse.

Convém ressaltar a imensa facilidade com que Jesus manipula os fluidos, pois subentende- se que ele altera a psicosfera pessoal de Zaqueu, permitindo que este compreenda a mensagem de natureza espiritual na sua perfeita essência. E ele a entende, como se Jesus a propusesse: "Desce depressa, pois hoje devo ficar em teu coração para sempre."

O envolvimento fluídico na questão é tão patente, que bastaram alguns momentos em contato com o Mestre para que se processassem profundas modificações morais em Zaqueu, não apenas pelo compromisso público de restituir quadruplamente (segundo a lei de Moisés), àqueles a quem prejudicou, mas por despertar nele o sentimento de caridade e desprendimento, levando-o a doar aos pobres metade dos bens que lhe pertenciam.

A autoridade espiritual de Jesus se faz presente, ao afirmar: "A salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido".

Apesar de demonstrar claramente que conhecia as mazelas que marcavam o caminho espiritual de Zaqueu, percebia nos seus pensamentos a vontade de mudar.

Se não fosse verdade estaria Jesus interferindo no livre-arbítrio daquele, modificando-o intimamente contra a sua vontade.

A receptividade de Zaqueu às sugestões fluídicas do Mestre modifica instantaneamente seu comportamento para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo, aproveitando o momento e aquela encarnação e por conseguinte reformando-se pela conversão, através de atos e não de promessas.

É oportuno recordarmos que a passagem de Zaqueu é de grande alcance e importância na condução de nossas ações.

Subir no sicômoro representa a predisposição para a mudança, que funciona como agente facilitador da reforma íntima, reforma esta que se constitui no preparo da morada de nossos corações, onde o Cristo com certeza pode pedir pousar.

Comece seu ano aceitando a proposta do Cristo, que já dura dois mil anos e permita a mudança de seu íntimo, para que não somente o próximo ano seja melhor, mas sua vida inteira!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Bíblia Espírita?


Aqueles que gostam muito da Bíblia se comportam como gladiadores, manuseando-a como espada flamejante contra os que não se arrimam nela, tendo por alvo predileto os espíritas.

Entendemos que os seguidores da Doutrina Espírita não devem temer a Bíblia, nem as ameaças das penas que dela efluem, dardejadas pelos biblidólatras.

Um espírita, ao ser questionado sobre qual seria a Bíblia dos espíritas, pode responder sem vacilar: "nenhuma".

Esta resposta se alinha com o pensamento espírita, uma vez que não é aquele livro a baliza para o comportamento dos seguidores de Kardec.

No seu conteúdo, a Bíblia guarda coisas boas e más, contém contradições e absurdos científicos de tal monta que não pode ser levada a sério e, muito menos causar temor aos espíritas.

Como exemplo dos disparates, basta comparar o que diz o versículo 18 do Capítulo I, de João, onde está escrito: "ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito que está no seio do Pai, é que o revelou".

Pois bem, aí está dito que ninguém viu a Deus; agora, leiamos o que está em Êxodo, XXXIII, versículo 11: "falava o Senhor a Moisés, face a face...".

Vê ou não vê, fala ou não fala, face a face?

De qualquer modo, mostra uma das milhares de contradições do livro, que pode ser bom, mas não é a palavra de Deus e não pode servir para condenar ninguém.

Além da arca de Noé, com trezentos côvados de comprimento, por trinta de largura e quinze de altura que dá um volume aproximado de cento e trinta mil metros cúbicos, para comportar sete casais dos animais puros, dois casais dos impuros, de todos os que existiam, bem como alimento para quarenta dias e noites, da Torre de Babel, que embora indo aos Céus não deixou vestígios, da parada do sol e da lua, como absurdos científicos, temos, ainda, o conciliábulo de Deus com um espírito mentiroso, para espalhar mentiras pelo mundo e que está em I, Reis, Capítulo XXII, versículos 19 a 23, onde, entre outras besteiras, lemos: " Micaias prosseguiu: Ouve, pois, a palavra do Senhor: vi o Senhor assentado no seu trono (e veja que Deus nunca foi visto), e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda.

Perguntou o Senhor: quem enganará a Acabe, para que suba e caia em Ramote - Gileade? Então saiu um espírito e se apresentou diante do Senhor e disse: Eu o enganarei.

Perguntou-lhe o Senhor: com o quê? Respondeu ele: sairei e serei espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Disse o Senhor: tu o enganaras; e ainda prevalecerás; sai e faze-o assim.

Eis que o Senhor pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o que é mau contra ti".

Crendo, como cremos, que Deus é sabedoria e bondade infinitas, não poderíamos admitir que Ele se mancomunasse com espíritos mentirosos, para espalhar mentiras e fazer o mal.

Por estas e outras, tenho a Bíblia como um livro humano, com virtudes e defeitos, não a tomando como norma de comportamento.

Por isso, não devem causar temores, as ameaças de penas eternas brandidas pelos seus idólatras.

Preferimos continuar crendo num Deus de Justiça, que não mente, não faz guerra e não condena seus filhos à perdição eterna.



Esse Capelli

sábado, 28 de dezembro de 2013

Passes no Centro Espírita


Quando certo órgão físico apresenta-se dolorido, fica identificado, com antecedência, que um problema qualquer está surgindo e que é preciso providências.

Assim são a dor de dente, a úlcera, a cefaléia, uma articulação enrijecida, dores diversas.

Vejam que não estamos falando em profilaxia, que consiste em examinar-se antes de sentir qualquer sintoma de doença, em inteligente trabalho de prevenção.

Estamos nos referindo aos quadros que já mostram a existência de problemas.

Os males do espírito também se identificam por meio de órgãos enfermos.

Não há patologia física, mas apesar de o corpo ainda estar saudável, o inquilino não está cuidando da casa como deveria. A está poluindo e não a mantém dentro dos princípios de higiene.

Sujo o corpo, pelos desequilíbrios, começam os distúrbios do espírito.

Assim é que rapidamente a pessoa começa a ficar insatisfeita com a sua vida.

Nada do que ela tem lhe causa prazer.

Chega a desagradar-se até do próprio nome, ainda que seja bonito.

Olha a vida com óculos negros e o colorido do mundo começa a dissipar-se.

Sente-se um abandonado.

Por essa razão, não podemos deixar que cresçam em nós os maus pensamentos.

Eles são a negação da fé.

Se ao rezar a oração do Pai Nosso concordamos que seja feita a vontade de Deus e não a nossa, temos que confirmar na prática, ainda que essa vontade não coincida com o que esperamos. As doenças físicas são o registro das enfermidades espirituais.

Uma vez nascidas na mente, e não nos referimos ao cérebro físico, elas lesam os órgãos do perispírito, os centros de forças, ou chacras como preferem alguns, até chegar aos tecidos e causar lesões.

É comum certas pessoas se dirigirem ao médico, em face de dores que as incomodam e, após os exames e as radiografias, o doutor afirmar que elas não têm nada.

Na verdade não têm, ainda.

Os sintomas estão nas telas fluídicas, duplo etéreo, perispírito, ou em uma ou mais camadas sutis que formam o homem juntamente com o corpo de carne.

As enfermidades já nasceram e estão se dirigindo para o corpo, mas seu trajeto pode ser interrompido.

Esta é a razão por que o passe aplicado no centro espírita, que se destina a fortalecer magneticamente o assistido ou equilibrá-lo moral ou psiquicamente, tem sua eficiência.

Funciona como um processo de reversão e a doença que já vinha caminhando em direção à matéria física começa a desintegrar-se no caminho até desaparecer.

Por isso a medicina do futuro é a psicossomática. O médico que não tratar da alma juntamente com o corpo, está condenado ao fracasso.

A afirmativa de que não há doenças, mas doentes, cada dia é melhor compreendida.

Ninguém espere sua obsessão ficar grande para correr no centro em busca de socorro.

Observe-se, e toda vez que perceber algo estranho, vá buscar ajuda nessas casas, que são todas filiais ou departamentos da mesma casa matriz de Jesus.

E as sementes que fazem nascer as grandes árvores da obsessão, são a sonolência sem razão, irritabilidade, incapacidade de dizer uma prece ou ler um livro edificante, desinteresse pela vida, preguiça, cansaço sem causa que justifique, mania de perfeição, avareza mesmo nas coisas mais miúdas, insistir em ser dono da verdade, queixas insistentes de dores reais ou imaginárias.

Em uma análise do que acima foi mencionado, todos argumentarão que se esses são os sintomas do desequilíbrio espiritual, que nos levam aos processos obsessivos, então a humanidade sofre de obsessão crônica e epidêmica.

E se nos perguntassem, responderíamos que sim.

Em razão dos valores que o mundo elegeu como básicos, onde o egoísmo ultrapassou os limites do suportável para uma convivência, não há espírito pisando o chão deste planeta que possa garantir-se sadio.

Esta afirmativa em nada desmerece o homem da Terra, que aqui reencarnou por ser gêmeo dela. Mas considerando-se a longevidade do espírito, não restrita aos poucos minutos espirituais de uma encarnação, o esforço de melhoramento deve fazer parte das nossas metas.

Quem menosprezar as coisas miúdas, taxando-as de insignificantes e secundárias, é sério candidato a perder-se no labirinto de suas próprias aflições.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Consequências


As explicações do Espiritismo sobre a crença na vida futura, não se fundamentam em teorias nem em sistemas preconcebidos, mas nas constantes observações oferecidas pelas almas que deixaram a matéria e gravitam na erraticidade nos diferentes planos evolutivos.

Há quase século e meio, essas informações são cuidadosamente anotadas, comparadas e selecionados e formam um compêndio que esclarece devidamente o estado das almas no mundo espiritual.

Quando levamos em conta a universalidade das informações, observamos que as pessoas que viveram em diferentes raças, credos, condições sociais ou intelectuais, religiões, e mesmo ateus, confirmam que a sua situação atual é decorrência do seu próprio passado.

Ao reencarnar, o espírito vem com uma programação geral, tendo como base os velhos erros e acertos, sem que isso determine um destino fatalista.

Submete-se às provas e expiações que mais possam ajudá-lo a livrar-se do passado delituoso e fazê-lo avançar na escala espiritual.

Há vezes que, além dos fatos da encarnação imediatamente anterior, há outros pendentes de outras passagens pelos planetas que já podem ser enfrentados.

Porém, se forem penosos, só poderão ser atendidos por um espírito amadurecido e com capacidade para vencer problemas mais graves.

Se ele ainda não tem condição, as provas e as expiações serão ainda suaves, em atenção à pouca capacidade do espírito, no atual momento, e as mais difíceis ficam para outra oportunidade.

A vida do espírito na erraticidade e a sua intenção ou não, conhecimento ou não, aceitação ou não de encarnar depende da situação em que se encontra. A maioria dos que desencarnam na Terra continuam imperfeitos e sofrem na espiritualidade todas as conseqüências dos defeitos que carregam. É este grau de pureza ou impureza que o faz feliz ou infeliz no plano espiritual.

Para ser ditoso o espírito necessita da perfeição.

Como isso é raro neste mundo, é fácil concluir-se que a erraticidade que circunda o planeta é ainda um vale de lágrimas, semelhante ao mundo material.

É essa comunidade que nos rodeia e influencia os nossos pensamentos, exigindo de nós muita oração e vigilância.

A compreensão e a crença nessa verdade farão os homens melhorar para sofrer menos.

Cada um tratará de construir com sabedoria seu próprio futuro para ficar livre das dores.

Estas notícias deixam claro que não há castigo de Deus porque Deus é a Lei.

Não pune nem dá prêmios.

Toda imperfeição, e as faltas dela nascidas, embute o próprio castigo em condições naturais e inevitáveis.

Assim como toda doença é uma punição contra os excessos, como da ociosidade nasce o tédio, não é necessária uma condenação especial para cada falta ou para cada pessoa em particular.

Quando segue a lei o homem pode livrar-se dos problemas pela sua vontade. Logo, pode também anular os males praticados e conseguir a felicidade.

A advertência dos espíritos nessa nossa escalada é objetiva e segura. Dizem que “o bem e o mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos, é, portanto, o resultado de uma imperfeição.” Observem que não basta não fazer o mal. É preciso fazer o bem.

Os espíritos advertem, também, que não é suficiente que o homem se arrependa do mal que fez, embora seja o primeiro e importante passo; são necessárias a expiação e a reparação.

Quando falta ao espírito a crença na vida futura, fica difícil ele lutar por algo que não acredita e, nesse caso, pratica o mal sem preocupar-se com futuras conseqüências.

Por isso, é comum aos espíritos atrasados acreditarem que continuam vivos, materialmente, mesmo após a desencarnação.

Continuam com as mesmas necessidades que tinham quando eram humanos. Sentem fome, frio e enfermidades, como qualquer encarnado.

Tudo o que acontece a qualquer um de nós está inscrito na nossa consciência.

Dela não podemos fugir por mais longe que estejamos do lugar onde cometemos as faltas.

A solução para ter a consciência tranqüila é reparar os erros e desfazer-se do presente que nos atormenta.

Quanto mais demoramos na reparação mais sofremos.

Não devemos adiar.

Nas suas lições, já nos ensinou Jesus: “Reconcilia-te com teu adversário enquanto estás a caminho.”

No próprio capítulo em questão de “O Céu e o Inferno”, há uma indagação que todos nós certamente já fizemos algum dia: Por que tanto sofrimento? “Deus não daria maior prova de amor às suas criaturas criando-as infalíveis, perfeitas, nada mais tendo a adquirir, quer em conhecimento quer em moralidade?”

Mas a resposta é óbvia.

Deus poderia tê-lo feito, mas não o fez para que o progresso constituísse uma lei geral.

Deixou o bem e o mal entregue ao livre-arbítrio de cada um, a fim de que o homem sofresse as dores dos seus erros, mas também o prazer dos seus acertos.

E dando “a cada um, segundo as suas obras, no Céu como na Terra.”

Esta é a Lei da Justiça Divina.

Se assim não fosse, a vida não teria sentido.

O sofrimento, em resumo, é inerente à imperfeição.

Livre-se o homem da imperfeição pela sua própria vontade e anulará os males dela decorrentes; conquistará nesse momento a sonhada felicidade.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O crivo da razão


Inúmeras vezes ouvimos falar no “Crivo da Razão”.

Convém avaliarmos o significado da palavra RAZÃO.

O que entendemos por razão?

O que significa a recomendação do Espírito Erasto: “É preciso tudo fazer passar pelo crivo da razão”.

Duas palavras, portanto, precisamos conhecer: razão e racionalidade.

Diante disso vamos verificar o que a Filosofia estabelece para tais conceitos, vamos tentar também estabelecer o papel real do aspecto filosófico espírita.

Palavras como razão e lógica têm sido muito empregadas nos textos e nas exposições espíritas.

A palavra RAZÃO tem sua origem em duas fontes que têm sentidos equivalentes.

Uma é a palavra latina RATIO e a outra fonte é a palavra grega LOGOS. São palavras substantivas derivadas de dois verbos que apresentam sentidos muito parecidos.

LOGOS vem do verbo LEGEIN – que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular; o outro verbo é REOR que significa: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular.

Na origem, RAZÃO, significa capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correta e claramente, para pensar e dizer as coisas tais como são.

A RAZÃO é uma maneira de organizar a REALIDADE pela qual esta se torna compreensível.

É, também, a confiança de que podemos ordenar e organizar as coisas porque são organizáveis, ordenáveis, compreensíveis nelas mesmas e por elas mesmas, isto é, as próprias coisas são racionais.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Súplica do Natal


Na noite santificada,
Em maravilhas de luz,
Sobem preces, cantam vozes
Lembrando-Te, meu Jesus!

Entre as doces alegrias
De Teu Natal, meu Senhor,
Volve ao mundo escuro e triste
Os olhos cheios de amor.

Repara conosco a Terra,
Angustiada e ferida,
E perdoa, Mestre Amado,
Os erros de nossa vida.

Onde puseste a alegria
Da paz, da misericórdia,
Desabam tormentas rudes
De iniqüidade e discórdia.

No lugar, onde plantaste
As árvores da união,
Vivem monstros implacáveis
De dor e separação.

Ao longo de Teus caminhos
Sublimes e abençoados,
Surgem trevas pavorosas
De abismos escancarados.

Ao invés de Teus ensinos
De caridade e perdão,
Predominam sobre os homens
A sombra, o crime, a opressão.

Perdoa, Mestre, aos que vivem
Erguendo-Te a nova cruz!
Dá-nos, ainda, a bonança
De Tua divina luz.

Desculpa mundo infeliz
Distante das leis do bem,
Releva as destruições

Da humana Jerusalém...
Se a inteligência dos homens
Claudicou a recaiu,
A Tua paz não mudou
E ao Teu amor não dormiu.

Por isso, ó Pastor Divino,
Nos júbilos do Natal,
Saudamos a Tua estrela
De vida excelsa e imortal.

Que o mundo Te guarde a lei
Pela fé que nos conduz
Das sombras de nossa vida
Ao reino de Tua luz!...



Casimiro Cunha / Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um conquistador diferente


Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e distribuem graças e honrarias, cobertos de insígnias e incensados pelas frases lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno, exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva, perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.

Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das amargas lições da morte.

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida, a amargura e a derrota, à frente dos gregos.
Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.

Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.

Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises, constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno Senado.

Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma influência de que raros homens puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente, numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.

Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e cruéis para os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.

Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade, sempre deixam algum bem no campo das relações humanos, pelas novas estradas abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o progresso amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis sinais.

Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou “amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava, separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.

Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia, consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo, prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia, fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas da morte.

Irmão X / Francisco Cândido Xavier

domingo, 22 de dezembro de 2013

Jesus para o homem


O Mestre desceu para servir.
Do esplendor à escuridão...
Da alvorada eterna à noite plena...
Das estrelas à manjedoura...
Do infinito à limitação...
Da glória à carpintaria...
Da grandeza à abnegação...
Da divindade dos anjos à miséria dos homens...
Da companhia de gênios sublimes à convivência dos pecadores...
De governador do mundo a servo de todos...
De credor magnânimo a escravo...
De benfeitor a perseguido...
De salvador a desamparado...
De emissário do amor à vítima do ódio...
De redentor dos séculos a prisioneiro das sombras...
De celeste pastor à ovelha oprimida...
De poderoso trono à cruz do martírio...
Do verbo santificante ao angustiado silêncio...
De advogado das criaturas a réu sem defesa...
Dos braços dos amigos ao contacto de ladrões...
De doador da vida eterna a sentenciado no vale da morte...
Humilhou-se e apagou-se para que o homem se eleve e brilhe para sempre!
Oh! Senhor, que não fizeste por nós, a fim de aprendermos o caminho da Gloriosa Ressurreição no Reino?

Psicografia Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Trabalho


O trabalho está alicerçado em princípios morais, principalmente no amor, e, por isto mesmo, ao lado da oração, é um dos maiores antídotos contra o mal, pois que corrige imperfeições e disciplina a vontade.

“A ociosidade é a casa do demônio” é a máxima popular que bem explica que quando nada se faz se faz muito mal, pois que aí estão o egoísmo, o pensamento deprimente, a negatividade e as tentações.

O trabalho, entretanto, longe de ser apenas aquele de ordem material, física, é também aquele que se desenvolve através de ações inteligentes, intelectuais, objetivando a cultura, a arte, o conhecimento, o desenvolvimento e a ciência.

O trabalho do homem objetiva a transformação para melhor.

Desdobra-se o arquiteto para produzir imóveis cada vez mais modernos e adequados à realidade de um local e época; o economista busca ajustar as riquezas sociais a fim de que haja sempre progresso financeiro.

O carpinteiro trabalha em móveis de estrutura rígida que se lhe justifiquem a tarefa e estejam íntegros para o ambiente a que se propõem.

O médico trabalha com afinco para salvar vidas e fazer a prevenção.

O cientista submete-se a buscas longas, aparentemente intermináveis, com o fim de ampliar e melhorar as condições de vida do planeta e seus habitantes.

Todos motivam-se por atividades instintivas de conservação da vida e de conhecimento social.

Esta é a ação natural e primeira do homem: produzir para suprir suas necessidades imediatas.

Podemos ver que a própria evolução material do homem está ligada diretamente ao trabalho.

Com os tempos e as reencarnações, as evoluções oriundas do trabalho intelectual, produzindo melhoramento da forma de produzir, pois que ao homem cabe a missão de trabalhar pela melhoria do planeta.

Assim, podemos dizer que o trabalho remunerado é a forma que o homem tem de modificar o meio que vive e produzir a melhoria do Planeta.

Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica.

Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual.

Modernamente a este trabalho dá-se o nome de trabalho voluntário.

Ele ascende no sentido vertical da vida e modifica, transforma o homem de dentro para fora, superando a si mesmo como instrumento da misericórdia divina.

Emmanuel, no livro Perante Jesus nos fala do trabalho voluntariado explicando–nos como nos chega a remuneração mais do que compensadora por trabalharmos pelo simples prazer de servir, desinteressadamente.

Quando o trabalho se transforma em prazer de servir surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a justiça divina nos procura no endereço exato para a execução da sentença que determinamos a nós próprios, segundo a lei de causa e efeito, se nos encontra a serviço do próximo, manda a justiça divina que seja suspensa a execução, por tempo indeterminado.

Assim, podemos entender que todo mal que cometemos estamos nos sentenciando de forma a constituir dívida correspondente a que estamos obrigados a pagar pela lei de causa e efeito.

É dando que se recebe, nos ensinou Jesus.

O que fazemos ao próximo volta com a mesma intensidade.

O trabalho é alimento da alma e cumpre-nos observar que o trabalho desinteressado não é objeto de troca ou remuneração, de quaisquer espécies.

Precisamos compreender que doar trabalho é doar amor, boa vontade, sem escolher a quem e muito menos julgando o merecimento deste ou daquele para quem está rendendo o trabalho.

As pessoas nem imaginam o bem que estão fazendo a si próprias quando se dedicam a realizar algum trabalho sem a respectiva recompensa financeira. O Voluntariado é hoje uma verdadeira explosão, uma vez que está transformando hábitos, sobretudo quando realizado por jovens. É uma característica comum aos jovens a vontade de ajudar, de ser útil, de diminuir a dor alheia, praticando assim a solidariedade. O incentivo cabe a nós, mais velhos, exerce-lo.

Querem eles oferecer um pouco do seu tempo, uma parcela apenas do fruto de sua profissão, um pedacinho de seu coração a instituições voltadas para causas nobres ou que cuidem de seres humanos com provas dolorosas.

O voluntariado espírita é essencialmente um doador de seu próprio trabalho e a princípio poucos são os que percebem, mas são felizes porque têm algo para oferecer; sobra-lhes boa vontade e disposição.

As maravilhosas obras beneméritas e de caridade erguem-se no planeta, materializando pensamentos de bondade.

Todos somos chamados a produzir obras de trabalho desinteressado, aquele que é abnegado e exige a doação plena.

Ao trabalho voluntariado todos fomos chamados, basta parar para pensar que esta é a mais pura verdade.

Entretanto, aos que deixaram passar a oportunidade, conclamamos agora: venha compor esta fileira.

Deixe as desculpas do “não tenho tempo”, “meus filhos são pequenos”, “meu marido é sistemático”, “quando aposentar vou ajudar vocês”, “minha família necessita de mim”.

Estas são apenas umas das muitas desculpas usuais e corriqueiras daqueles que fogem, adiam a tarefa do auxílio. É necessário se conscientizar da responsabilidade que temos em relação ao próximo.

A firmeza de propósitos, o espírito de altruísmo precisam ser ativados. O maior beneficiado é sempre quem auxilia.

Emmanuel, no Livro Pronto Socorro recomenda: “Não te esqueças do tempo e auxilia agora”.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Por um mundo melhor


As afeições entre familiares são sempre confecções dos anos de convívio entre as pessoas que contituem o núcleo familiar, evidentemente.

Com o passar do tempo mães e filhos, irmãos e irmãs, cônjuges em geral vão definindo entre si quel o valor das relações e às custas do que lutamos para buscar equilíbrio no núcleo da família.

As disposições individuais entretanto são daqueles obstáculos que mais impressionam para estabilizar relações e aproximar corações, já que cada participante de uma família costuma se comportar como portador da verdade em detrimento das experiências alheias!

O egoísmo, o orgulho e a vaidade são as estacas que funcionam como âncoras que impedem quaisquer movimentos de evolução em termos familiares, concorrendo para o retardamento das providências liberatórias que seriam consequências naturais das quitações familiares concorridas no correr de várias reencarnações.

Para que se possa melhorar o mundo é preciso fortalecer a instituição familiar e para esta finalidade o ser individual necessita quebrar as algemas que o impedem de enxegar o próximo!

Para que as afeições familiares possam ser concretizadas a criatura humana necessita libertar-se do véu do egoísmo com urgência.

Tudo se encadeia, mas qualquer processo de evolução começa dentro de cada um de nós, portanto, se queremos uma família mais unida e uma sociedade equalitária temos de mudar nosso mundo interno.

E começar o mais cedo possível!




Mensagem recebida em 20 de dezembro de 2013
Herculanum

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013


Muitas pessoas nos interrogam como conquistar a fé.

É uma pergunta muito pertinente, afinal de contas não há uma regra única para que possamos conquistar, efetivamente, a fé.

Mas nós podemos observar quando alguém já conquistou a fé. Talvez isto nos ensine a conquistá-la.

Nós podemos observar, por exemplo, que aquela criatura que não fica retida apenas na leitura, aprendendo sobre a doutrina, aprendendo sobre o Evangelho, sem praticar, ainda não está disposto à fé.

Nós entendemos também, que aquele irmão que se deixa levar pela emoções passionais, que se conduz para os labirintos das paixões, ligado ao prazer permanente do corpo e da organização fisiológica, ainda não está preparado para a fé.

Nós também notamos que os egoístas, aqueles que só pensam em si mesmos, também não estão em condições de ter fé.

Da mesma maneira nós podemos observar que aquele que tem o padrão de pensamento mergulhado na tristeza, não tem fé.

Aquele que é insatisfeito, irritadiço, que sempre tem razão em tudo, também não tem fé.

Aquele que não tem a menor tolerância com o que quer que seja ou com quem quer que seja, também não fé.

Bom, nós já vimos aqueles que não têm fé. Se nós nos deixarmos levar um pouco mais pelas divagações, nós veremos ainda outras coisas, mas aquele que tem fé, o que faz?

É bem simples, ele segue o Cristo, sem reclamar, sem se queixar, sem praguejar, confiante, servindo, sempre tentando ser útil na seara do Cristo.

Que Jesus nos abençoe!


Mensagem recebida no NEPT em 18 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cautela


Mediunidade é, antes de tudo, sintonia!

Muitos médiuns são sinceros sevidores das Almas em sofrimento e no entanto sofrem diante de seu trabalho tão dedicado, pois não conseguem não captar as emoções e os sofrimentos de quem venha em sua procura seja para um desabafo, seja para um tratamento efetivo de problemas espirituais.

É interessante recomendar que estes "médiuns esponja" aprendam a não absorver as intensas dificuldades que seus assistidos apresentam, através do estado mental de prece permanente que é preciso para que se possa manter o equilíbrio e o próprio trabalho mediúnico.

Este estado mental de prece permanente não se trata de um modo de prece contínua, fazendo, por exemplo, o "Pai Nosso" continuamente, mas sim uma forma de vigilância, na qual a mente permaneça ligada aos Bons Amigos Espirituais do invisível para os encarnados, sem perder tal sintonia.

Isso exige treino, dedicação, estudo e disciplina em tarefas mediúnicas!

Não se iluda o bem intencionado médium do Bem acreditando que basta estar ali, disposto para o trabalho, para que as benesses do Amor venham a se depositar sobre seu trabalho caridoso de assistência amorosa ao irmão necessitado.

Evidente que somos todos assistidos permanentemente, mas se não contribuirmos com nossas boas disposições para um serviço de efetiva qualidade, ficarmos à mercê de nossas próprias imperfeições, já que fazemos sintonia com facilidade quando emitidos ondas mentais de qualquer espécie, sendo procurados por nosso pares espirituais, que nos encontram em função dessas emissões, sejam elas construtivas ou não.

Então é necessário, sim, que o médium faça sua parte no trabalho mediúnico e tenha não somente boa vontade, mas também disciplina mental para que seu trabalho seja frutífero sem abalar suas próprias estruturas mentais!

É necessário criar mentalmente uma espécie de campo mental que isole do sofrimento alheio para que se possa amparar ao próximo!

A criação deste campo mental exige que se tenha compaixão, é verdade, mas exige ainda mais a disciplina do bom trabalhador que evita o comprometimento com os processos de ação e reação pelos quais as outras pessoas venham a passar.

Cada um de nós tem suas provas!

Podemos ser ajudados, mas sem comprometer a outrem!

Se o médium conseguir este isolamento amoroso, terá condição de ouvir e sugerir, sendo inspirado pelas Entidades Espirituais amorosas que o circundam no momento do antendimento!

Se vier a se contaminar com as emoções alheias, não será um bom instrumento para o trabalho mediúnico, correndo risco de adoecer espiritual e materialmente, deixando de ser um bom instrumento para o serviço na Seara do Mestre.

Por isso recomendamos que o trabalho mediúnico seja sempre executado no ambiente do Centro Espírita, onde são reunidas as forças de Jesus para o trabalho de assistência ao necessitado, evitando-se o costume equivocado da mediunidade no Lar, que deveria ser sempre om reduto de repouso para o médium e não um local que se transforme em pronto-socorro para Almas em sofrimento.

Quer ser instrumento do Bem?

Sirva ao Bem com disciplina, sempre!




Mensagem recebida em 18 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Hipocrisia


Fingimento, falsidade, fingir sentimentos, crenças e qualidades de que não dispõe é do que se trata a hipocrisia.

O hipócrita é um mentiroso confesso!

Mas há um detalhe do que pode se entender como hipocrisia que não se encaixa neste contexto real e é quando temos de conviver com alguém de quem não gostamos muito apenas para cumprir compromissos de trabalho ou social.

Neste caso, não se trata de hipocrisia, mas de diplomacia!

Sim, ser educado ou educada em determinadas situações não é hipocrisia, mas sim uma questão de bom senso, pois não há sentido em se fazer de difícil em situações delicadas nas quais é necessário manter uma postura educada!

A hipocrisia, antes de tudo, é uma atitude na qual temos por intuíto o prejuízo de uma relação e quando não se aplica este objetivo, ao contrário, há uma tentativa de preservar o ambiente que se frequenta, o correto é afirmar que há uso correto da inteligência emocional em detrimento de emoções e sentimentos íntimos que não têm importância em determinado contexto.

E não há nada melhor do que usar a razão no lugar de emoções infelizes, colocar em primeiro lugar a devida importância dos demais presentes e da situação em si mesma, acima dos interesses pessoais, pois assim gera-se a oportunidade de viver melhor e conviver bem!

O hipócrita é aquele que se utiliza de sarcasmo, ironia, maledicência e até mesmo de maldade no convívio com os demais.

Se não se está usando destes artifícios no relacionamento interpessoal, pode-se dizer que o Bem-Viver está em primeiro plano para o próprio bem estar e para o bem estar de todos os que convivem em determinadas situações.

Algo parecido com o desejável "faça ao próximo somente aquilo que você deseja para você mesmo"!



Mensagem recebida no NEPT em 17 de dezembro de 2013
Júlio César

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Consciência e a Paz


Diz-se que o termo consciência é referido à qualidade da mente, à qualidade moral de cada indivíduo e algumas vezes a referência é diretamente ligada à autocrítica, o que em verdade é a mesma coisa em todos os casos.

Ela funciona como se fosse um ser crítico dentro de cada um de nós e pode vir a nos cobrar em determinadas situações de uma maneira um tanto exagerada, fazendo com que nos sintamos culpados por algo que, na verdade, foge do nosso controle e da nossa intervenção.

Ela também precisa ser equilibrada para evitar que tenhamos transtornos de pensamento que nos levem a perturbações indevidas.

Desta forma, diante de alguma "crise de consciência" devemos fazer uma pergunta a nós mesmos: 'diante de uma sensação de culpa eu tive alguma intenção de prejudicar alguém'?

É, meu irmão e minha irmã, culpa é uma criação de nós mesmos!

Quando temos um sentimento destrutivo com relação a alguém, podemos, sim, sentir culpa...

Quando tivemos a oportunidade de auxiliar e não o fizemos por negligência proposital, também...

Quando fizemos algo que efetivamente tenha prejudicado uma pessoa, da mesma forma...

Mas temos as artimanhas de "gerar" culpas mesmo diante de situações sobre as quais não temos o menor controle, como quando alguém vem a falecer e "ficamos sentindo" que "poderíamos ter feito algo mais pela pessoa"!

Certamente caímos numa daquelas três situações já colocadas anteriormente: 'poderíamos ter feito algo por esta pessoa'?

Realmente?

Ou é apenas criação da nossa sensação própria de "impotência" diante da Vida, pois afinal de contas, não temos o poder de decidir a imensa maioria das situações que surgem em nossa Vida?

Não podemos esquecer de que mal podemos controlar a nossa própria vontade em muitos casos!

Se você quer viver em Paz, mas em Paz mesmo, comece com um dos exercícios mais importantes para a Vida: não cultive culpas inúteis e questione-se sempre se em qualquer situação seu desejo íntimo era o de prejudicar alguém.

Se não era: relaxe!

Pode ser que você seja responsável por algo, pode sentir-se responsável, mas culpado não!

Muitas vezes vemos alguém muito amado sofrendo e cultivamos a culpa...

Mas, por qual razão?

Este mesmo ser amado foi quem escolheu seu caminho, sua trilha, sua jornada e nada podemos fazer para demovê-lo de seus passos se ele mesmo não quiser!

Então depende dele mudar!

Para você resta estar ao lado, como amigo, como amiga, presente, sem críticas, sem desespero, confiante e em condições de ajudar nas horas que seja feita a solicitação!

Nada de se transformar em algoz, criticando, ofendendo, perturbando, pois a criatura que você ama já tem perturbações o bastante para resolver!

Seja amigo, seja amiga!

Dê exemplo com compaixão, presença, boa vontade para auxiliar!

Estenda a mão sempre, sem se indispor, pois assim, se os fatos não se concretizarem de modo favorável, você não terá a mínima necessidade de se sentir culpado ou culpada em qualquer momento de sua própria Vida.

Nada melhor do que a consciência tranquila, com a sensação de ter dado o melhor de si mesmo em todas as circunstâncias da Vida para viver em Paz!

Nada melhor!



Mensagem recebida no NEPT em 16 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

sábado, 14 de dezembro de 2013

Sorria


Ao acordar sorria!

Durante o dia sorria!

Carregue com você seu sorriso como cartão de visitas para que possa recepcionar a todos que encontre com boa vontade e, de algum modo, favoreça seu próprio dia!

Uma face taciturna afasta as pessoas, ainda que exista uma razão muito óbvia por detrás dela...

Pense bem: quanto mais amigos ao seu redor, melhor para a Vida!

Um sorriso aproxima e acolhe!

Mesmo que seja um sorriso muito discreto, dentro de um semblante de dor ele é acolhedor e transmite confiança e alento, mas uma fácies de dor cria uma barreira e não permite a aproximação a não ser de quem se abale e possa lhe perguntar se está tudo bem, no objetivo de tentar lhe ajudar.

A fácies dolorida transmite necessidade!

A fácies sorridente, ou pelo menos serena, transmite confiança e calor humano!

Não se faz referência ao famoso "sorriso amarelo", mas à autêntica emoção de quem é portador de alegria de viver, ainda que suportanto os absolutamente normais fardos que a própria Vida oferece.

Nada hipócrita, mas verdadeiro, nascido de dentro e da conquista da confiança em si mesmo, em Deus e no próprio futuro, por consequência!

O semblante sereno inspira serenidade e conquista corações!



Mensagem recebida em 14 de dezembro de 2013
Júlio Cesar

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cuidados


A verdade é como um diamante!

Lindo de olhar em uma vitrina!

Mas é reconhecidamente um dos materiais mais duros da Natureza; tão duro que é utilizado para o trabalho de corte de pedras, tais como o mármore e o granito.

Pode ser aplicado, também, para o corte de metais, tamanha sua dureza!

A verdade é assim, também!

Dura de tal modo que pode cortar corações, pode despedaçar vidas!

Há quem defenda a verdade em quaisquer circunstâncias: sempre!

Há quem não pense assim...

Levando em conta que cada Ser Humano tem sua experiência própria da Vida, então cada um tem, de certa forma sua versão e sua visão sobre fatos que pode presenciar e experimentar.

Desta forma, pode-se imaginar que cada um de nós carrega consigo "sua verdade", seu modo de ver os fatos, as circunstâncias.

Assim como você pode aceitar determinado fato, determinada experiência da Vida, com naturalidade, eu poderia ter constrangimentos para compreender a mesma coisa e, assim, se tivéssemos uma conversa sobre este assunto, certamente teríamos um debate e, como cada um de nós dois julga-se portador da "verdade" a respeito deste assunto, iríamos gerar algum grau de desconforto entre nós, que seria realmente desnecessário e improdutivo.

Isso é muito comum quando se toca no assunto religião: quem vivencia as experiências das igrejas reformadas tem consigo determinados conceitos (preconceintos?) quando se fala sobre Espiritismo e quem é Espírita não compactua com as opiniões mais rígidas que apresentam os seguidores da Bíblia do ponto de vista protestante ou evangélico, como se diz atualmente.

Exatamente por esta razão é melhor não entrar em conversa que se conduza a discussão e que possa levar a desentendimento e incompreensão.

Provavelmente nenhum dos dois lados esteja com a Verdade!

O mesmo pode-se dizer muitas vezes sobre fatos!

Até mesmo fatos fotografados ou filmados apresentam "interpretações" a respeito do que se vê!

Quem aparece nas imagens dá uma versão dos fatos totalmente diferente do que se vê, embora para muitas outras pessoas a verdade seja outra diametralmente oposta...

Pode-se compreender, portanto, que embora muitas vezes saibamos "a verdade" sobre determinado assunto, nem sempre a nossa verdade é aquela que seja aceita para muitos ou mesmo para todas as demais pessoas.

Galileu Galilei apresentou a teoria heliocêntrica na idade média e foi obrigado a renegar suas próprias teorias por força das imposições da igreja na época.

Ele sabia a verdade, mas recuou ante a imposição de uma prisão domiciliar e riscos para sua própria vida, por ter sido denominado herége.

A moral da história é a seguinte: a verdade precisa ser colocada no momento oportuno, mas nem sempre conseguimos perceber qual é este momento, então, algumas vezes, no ímpeto de expor "verdades", seja pela razão que for, cometemos um equívoco expondo algo que somente nós compreendemos gerando problemas para nós mesmos!

Verdade mesmo só com o Cristo-Jesus!

Se você sabe de algo "diferente" tome muito cuidado, tenha muita cautela para expor o que sabe e tente descobrir o melhor momento e melhor forma para fazer isso, para reduzir ao máximo possível as chances de causar transtornos ainda maiores do que aqueles gerados pela ausência da "verdade".



Mensagem recebida no NEPT em 13 de dezembro de 2013
Herculanum

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

ESTUDO DO LIVRO – A CAMINHO DA LUZ (Espírito de Emmanuel) 19ª. parte


Vamos começar uma nova etapa do nosso estudo.

Aprenderemos sobre as grandes religiões do passado e quais foram as primeiras organizações religiosas.

A palavra religião vem do latim, “religare” que tem o significado de religação.

Essa religação se refere aquilo que liga o homem a Deus, ou a criatura ao Criador.

Para os homens esta “ponte” é feita na figura de Jesus, que disse: “Ninguém vai ao Pai senão por mim” e “Eu sou o caminho para a verdade e para a vida”.

Mas, não podemos confundir Jesus com uma religião, Ele não é religião, mas, sim, um Espírito puro que liga o homem, Espírito ainda imperfeito a Deus.

Foi entre os povos primitivos do oriente, que começaram as primeiras organizações religiosas.

Toda criatura tem em si, desde os primeiros tempos o “sinal” ou a “semente” divina.

Jesus em sua imensa misericórdia por nós, sempre enviou seus emissários para orientar aqueles Espíritos que estavam começando sua jornada na Terra.
Nos primórdios da humanidade, devido a ausência da escrita, as tradições passavam de geração em geração, através da palavra falada, e das pinturas rupestres, feitas nas rochas registrando o cotidiano e costumes dos povos primitivos.

Com a “descoberta” da escrita que foi aproximadamente em 3.500 a.c., e deu-se com a cooperação dos Espíritos remanejados de Capela, o que foi de fundamental importância para o progresso da humanidade, pois, os homens passaram a registrar sua história, acontecimentos, tradições, costumes, etc..

O surgimento da escrita é um marco importante na história do mundo, por demarcar a separação entre pré história e história.

A história das religiões, confunde-se com a história da humanidade, porque desde os primórdios, os homens acreditavam que os fenômenos naturais, como, a chuva, o vento, os raios, eram controlados por deuses e espíritos.

Esses deuses e espíritos habitavam as rochas, as árvores, as águas e cada deus tinha uma atribuição diferente.

Os homens primitivos acreditavam que fazendo oferendas para esses deuses conseguia agradá-los e conseguia favores deles também.

Daí nasceram os rituais, com cantos, danças, sacrifícios e magias.

As grandes civilizações antigas, Egito, Índia, Grécia, China e Roma eram politeístas, possuindo vários deuses temidos e adorados, que todos se esforçavam para agradá-los e não ofendê-los.

Essas religiões antigas acreditavam na existência da vida após a morte, onde os bons eram recompensados e maus punidos.

Devido a isto, é que os egípcios mumificavam seus mortos.

Foi o povo hebreu, como aprendemos anteriormente, que introduziu a crença no Deus Único, Criador de todo o Univervo (Jeová).

Os egípcios deixaram seus registros religiosos, nos papiros, os chineses no I Ching, e os indus nos Vedas, que em sânscrito significa conhecer.

Os Vedas estão divididos em quatro livros e foram escritos por volta de 1.500 a.c..

Eles formam o extenso sistema de escrituras sagradas do induísmo, e representam a mais antiga literatura em língua indo-europeia.

Os Vedas foram escritos pelos grandes mestres do hinduísmo.

Eles se basearam na sabedoria dos Sastras, que são obras que regulam o comportamento dos que seguem o hinduísmo.

Há três espécies de Sastras, que determinam este comportamento: virtude, interesse e prazer.

Dharma: código de conduta moral, que ensina como os homens devem se conduzir para ser justo.

Artha: que é a conquista material, que ensina a maneira como enriquecer e a arte de governar.
Kama: desejo, luxúria (apego aos prazeres carnais), que ensina a ciência do prazer.

Não podemos confundir: karma e dharma.

Karma: é o que devemos pagar diante das leis divinas, pelo mau uso de nosso livre arbítrio.

Dharma: é a nossa missão no mundo.

Podemos ver que a idéia religiosa, já veio com o homem, surgiu junto com a humanidade.

A religião é o alicerce, a base para todos os homens, como criaturas divinas, trazem em si a “marca” de seu Criador, acreditando na existência de um ser superior e poderoso.

Essa ligação entre criatura e Criador é fundamental para todas as realizações dos homens na Terra.

Ao falarmos de religião, não podemos esquecer dos Espíritos que foram remanejados de Capela, para nossa Terra.

Eles tiveram papel fundamental na formação das religiões.

Quando estes Espíritos foram desencarnando no Sistema de Capela, para reencarnarem na Terra, na região do Irã e do Pamir, que é uma cordilheira situada na Ásia Central.

O Pamir estão entre as montanhas mais altas do mundo.

Eles se reuniram com nosso amado Mestre Jesus.
Quando Jesus se reunia com estes Espíritos, remanejados de Capela, Ele encorajava-os e orientava-os, na sua missão.

Sim, os capelinos também foram missionários, pois, vinham ajudar no progresso dos povos primitivos, que aqui viviam.

Jesus prometeu a eles, que viria no futuro trazer sua lição de amor para os homens, e obedecendo as determinações de Espíritos Superiores, os Capelinos que para cá vieram, não esqueceram as promessas de Jesus.

Podemos dizer que o “véu do esquecimento”, nestes Espíritos era mais sutil e eles tinham em seus espíritos a lembrança de seu passado mais viva e clara.

Lembram que para ser um sacerdote no antigo Egito era exigido testes rigorosos?

Os Espíritos vindos de Capela tinham o maior cuidado ao passar seus conhecimentos.

Os capelinos quando aqui estavam encarnados e olhavam as estrelas a brilharem no infinito, sentiam saudade do “paraiso perdido”, que ficou para trás, mas, a lembrança das promessas do Cristo, os confortava.

Emmanuel nos conta que as civilizações antigas possuiam mais fé, colocavam a intuição acima da razão.

As civilizações antigas viviam, vamos assim dizer, subordinadas aos seus deuses, pois, os Espíritos que vieram de Capela criaram o politeísmo pra facilitar o entendimento daqueles povos primitivos, que já acreditavam que as forças da natureza eram dirigidas por deuses ou espíritos.

Por exemplo: quando caia uma tempestade, eles achavam que era uma manifestação do deus responsável pela chuva, quando tinham uma boa colheita, agradeciam ao deus da lavoura, e assim por diante.

Os povos primitivos agradeciam, louvavam, faziam pedidos e temiam seus deuses.

Mas, a esperança na vinda do Messias,( que significa, o ungido ou consagrado, o libertador) era a força que aqueles povos tinham para enfrentar suas dores e dificuldades, e os sustentava nas suas realizações.

Cada povo, cada civilização aguardava a vinda do Cordeiro de Deus, dentro de suas concepções.

Até breve.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mente ocupada


A mente que não está preenchida com pensamentos mais interessantes é vasto campo para a imaginação e fértil solo para as infestações espirituais, favorecendo claramente a instalação de processos obsessivos de graus variados, podendo até mesmo permitir processos de fascinação e de subjugação, esta última conhecida popularmente como possessão.

A criatura que deseja reduzir os riscos para a instalação de tais processos insidiosos e perniciosos precisa fazer o possível para preencher seus pensamentos com objetivos úteis e produtivos, sendo que um dos mais importantes é, certamente, o famoso trabalho voluntário.

Mas mesmo o trabalho voluntário necessita de algumas diretrizes para que possa ser correto e ao mesmo tempo produtivo para quem doa e para quem recebe, pois, ainda que possa estar sendo feito com muita boa vontade, se não tiver disciplina, não dará conta de auxilar em seu principal propósito, que é o de manter a mente ocupada com fatores úteis para seu próprio trabalhador, no caso o servidor voluntário, como prefiro denominar.

Disciplina, aliás, é sempre o fundamento mais importante para qualquer expressão de serviço, seja ele voluntário ou não!

Para começar, é de se sugerir que algum trabalho desta ordem seja sempre ligado a alguma Instituição, a alguma Entidade de cunho social que possa determinar fundamentos, propósitos e diretrizes para que tal tarefa possa ser executada com correção, aja vista que quando um grupo se reúne para tal finalidade, sem alguma vinculação com uma Empresa, necessitará de uma liderança, algo que nem sempre é simples de se estabelecer, graças às naturais dificuldades que temos com relação à aceitação de tal liderança e mesmo à instalação de melindres comuns entre todos nós na vida corrente.

Assim, uma Instituição representaria um papel diretivo que consolidará regras mais bem estabelecidas para uma pessoa ou um grupo que deseje, por alguma razão, específica ou não, efetuar um serviço assistencial que beneficie uma determinada população ou até mesmo o próprio funcionamento de tal Instituição, já que o organismo da mesma (Instituição) certamente necessita de mão de obra para seu funcionamento.

Descaracteriza-se, assim, as eventuais más impressões que uma liderança "forçada" possa imprimir entre os participantes de uma tarefa de cunho filantrópico e ao mesmo tempo há o potencial para auxiliar à própria máquina administrativa da Casa que acolha tal voluntariado.

Seguir regras em um trabalho voluntário é ter horário para começar e para terminar, ter higiene mental durante a tarefa executada, respeitar a todos que coparticipam do trabalho, respeitar aos assistidos em todos os sentidos, dispor de boa vontade, tentar manter o foco do trabalho o tempo em que se esteja executando a tarefa, afastar maledicência e amargura nos contatos interpessoais, ter higiene física, trajar roupas dignas que respeitem aos demais, afastar-se dos hábitos menos felizes, como o tabagismo e o cultivo de pensamentos infelizes, por exemplo, e sempre, mas sempre, sem exceção, ser gentil em todas as colocações que possa fazer ao próximo.

Não é fácil, mas é confortador e preenche a Alma com alegria quando se pode ver o resultado de aliviar dores alheias, além de ser enorme aprendizado ao se poder vivenciar que podemos ser úteis, ainda que inicialmente para pessoas que não fazem parte de nosso convívio habitual.

É um começo para que se crie os costumes de viver bem e de servir sempre!

Mas acima de tudo é um excelente antídoto para as obsessões!




Mensagem recebida no NEPT em 11 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O Espírita no Mundo


Uma determinada pessoa tem uma visão muito crítica a respeito de dirigentes espíritas e afirma que tais pessoas não deveriam se expor e tampouco expor aos próprios centros que dirigem quando da oportunidade de ir ou frequentar festas, festividades, encontros e "bailes" que apresentam efetivamente grau variado de sensualidade e ingestão de alcoólicos, além de pessoas no mesmo ambiente que fazem uso de entorpecentes.

Mas, ao mesmo tempo, esta pessoa era dirigente espírita e gostava muito de dançar...

Claro que tinha imensa vontade de ir a tais festividades, mas controlava-se até em demasia, "para dar o bom exemplo"!

É o caso de se questionar a validade desta postura exagerada diante das experiências que a Vida oferece para todos nós.

O que importa realmente é questionar a nós mesmos com relação a todas essas oportunidades de convívio com pessoas queridas pode nos oferecer.

Sim, questionar a nós mesmos se nós, ao irmos a uma festa qualquer, por exemplo, estaremos lá ingerindo alcoólicos em excesso, se estaremos participando do consumo de entorpecentes ou mesmo distribuindo sensualidade por todos os poros da pele!

Se nossa postura é adequada, correta, respeitosa e dentro de limites que nos permita conviver com as pessoas a quem queremos bem, não há nada de errado em passar uma noite com gente querida!

Precisamos lembrar a existência de uma expressão: puritanismo, que nasceu de um grupo de religiosos que tinham posturas radicais que dariam importância para o comportamento excessivamente contido quanto às questões da sensualidade e da moral cristã.

Os puritanos eram, também, uma doutrina fundada por um francês no século XVII, mas tomaram fama pela sua postura radical quanto aos "bons costumes", deixando de compartilhar com a vida social da época.

Os Espíritas, os autênticos Espíritas, entretanto, não precisam se comportar como puritanos, de modo algum!

Basta ter bom senso e equilíbrio em suas atitudes, para não comprometer a si mesmos, ao centro espírita que eventualmente dirijam ou frequentem, além, evidentemente, da própria Doutrina que desejam seguir: a Doutrina Espírita!

O Espírita vive sem excessos.

Busca o equilíbrio que o mantenha lúcido e consciente de seus pensamentos, de suas palavras e de seus gestos para com os semelhantes, nunca faltando o respeito para com Instituição alguma ou com quem quer que seja.

Não vive em orações exteriores, mas em postura contemplativa diante de si, do próximo e do Criador!

Nào precisa tolher seu convívio social, pois sabe que é o "homem do Mundo" e faz parte dele e de seus compromissos, sempre com o pé no chão e com responsabilidade!

Dança, brinca, tem alegria e festeja!

Sem abusos, sem excessos!

Com o sincero desejo de aproveitar o convívio com as pessoas que quer bem para compartilhar os bons momentos que a Vida oferece nestes encontros!



Mensagem recebida em 10 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Interferências


Uma pessoa que é considerada de bem, mas que quando fica muito nervosa "perde as estribeiras" e ofende com palavrões e se transforma "em outra pessoa" pode ser médium de alguma Entidade Espiritual em desequilíbrio, com a qual tem sintonia plena, particularmente nos momentos nos quais dá vazão aos seus instintos primitivos.

Mas pode, também, estar transmitindo as impressões dele mesmo!

É isso: pode não se tratar de uma manifestação mediúnica, mas de uma manifestação anímica, quer dizer, o repositório de palavrões e de reações em desarmonia estão nascendo de dentro dela mesma, de suas entranhas espirituais, mostrando quem está realmente debaixo daquela postura educada e conservadora, dando sinais de que há MUITO o que transformar, ainda, como acontece com a maioria de todos os humanos que circundam a Terra, ainda!

Colocar todas as responsabilidades de atitudes em desequilíbrio nos ombros de desencarnados é uma atitude simplista e pode até ser considado como uma postura de "caridade" com relação à criatura em desatino, mas há que considerar que, ainda que fossem interferências espirituais, haveria plena sintonia entre o Espírito que vive no mundo material e aqueles que o circundam na Vida Maior.

Todo e qualquer comportamento equivocado que possamos ter nasce dentro de nós mesmos e, a partir daí, damos vazão às eventuais interferências em consonância com nossa mente!

Uma pessoa não pode afirmar que seus instintos agressivos são mais fortes do que ela, pois qualquer um de nós tem todas as condições para controlar quaisquer pensamentos, palavras e atitudes.

Sempre!

Por baixo da educação social à qual normalmente todos somos obrigados a nos esconder está a verdadeira personalidade que se exterioriza em momentos oportunos mostrando quem efetivamente somos!

Ao sentar ao volante de um veículo, por exemplo, muitos se sentem com algum grau de poder inexplicável e passam a pensar, falar e agir como se todos à sua volta fossem néscios, partindo para atitudes que não fazem reconhecer que aquela pessoa que está ao volante de um veículo é a mesma pessoa gentil de quando sai dele e caminha pelas vias públicas ou com quem nos relacionamos na vida social e mesmo no Centro Espírita!

Infelizmente este tipo de postura gera ao seu redor, sempre, algum grau de desarmonia e desajuste!

Não pense que o simples falar palavrões é inócuo para sua Vida, pois não é!

As palavras de baixo nível vibratório são verdadeiros imãs que atraem vibrações semelhantes para a sua Vida!

Seu comportamento sempre atrairá Entidades Espirituais que vibram em condições semelhantes e isso certamente gerará problemas para você!

Cuide do que pensa, seja referente ao que for!

Quanto mais você cuidar de seus pensamentos, melhores serão as chances de que as "boas vibrações" lhe acompanhem!

Não é necessário que você seja passivo nos acontecimentos de sua Vida e deixe "tudo passar".

Mas, é recomendado que sua postura seja o mais equilibrada posssível para que você viva melhor!

Lembre-se de que irritabilidade não passa de ingenuidade e que isso demonstra imaturidade para com a própria experiência de Vida.

Não permita que qualquer baixa vibração interfira em sua mente, mantendo-a livre de vibrações desequilibradas!





Mensagem recebida em 09 de dezembro de 2013
Militão Pacheco

sábado, 7 de dezembro de 2013

Francisco de Assis


Fundador da Ordem dos Frades menores.

Nasceu em Assis, Itália, em 1181 e morreu em Porciúncula em 1226. Foi canonizado em 1228. Comemora-se o seu dia em 04 de outubro.

Francisco Bernadone era filho de um rico comerciante de tecidos. Teve uma juventude frívola e descuidada em companhia de outros jovens boêmios.

A experiência nas lutas entre Assis e Perúgia e a séria enfermidade conseqüente levaram-no à conversão.

Um dia, na Igreja de São Damião, pareceu-lhe ouvir uma imagem de Cristo dizer-lhe: - "Francisco, restaura minha casa decadente."

Tomou no sentido literal as palavras que ouvira e vendeu mercadorias da loja de seu pai para reformar essa igreja.

Como resultado, seu pai repudiou-o e deserdou-o. O jovem saiu de casa, sem dinheiro algum, para unir-se à "Irmã Pobreza".

Três anos mais tarde, autorizado pelo Papa Inocêncio III, Francisco e seus onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.

Começou assim a Ordem dos Frades Menores.

A sede era na Capela Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, perto de Assis.

O número de candidatos à ordem era muito grande e, sendo assim, foi aberto outro convento, em Bolonha.

Por toda a Itália os irmãos conclamavam o povo, de classe baixa ou alta, à fé e à penitência. Recusavam posses, conhecimentos humanos e mesmo promoção eclesiástica.

Poucos dentre eles tomaram as ordens sacras. O próprio Francisco de Assis nunca foi sacerdote.

Em 1212 ele e CLARA fundaram a primeira comunidade das clarissas. Nessa época, por duas vezes Francisco tentou ser missionário entre os muçulmanos, sem resultado.

Só conseguiu seu intento, em parte, quando acompanhou os cruzados de Gautier de Brienne ao Egito, em 1219.

Pessoalmente, solicitou permanência ao Sultão Malek al-Kamel, mas não teve sucesso, tanto entre os sarracenos ou com os próprios cruzados, e, depois de visitar a Terra Santa, voltou para a Itália.

Já em 1217 o movimento franciscano começara a desenvolver-se como uma ordem religiosa. O número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias.

Grupos de frades foram encaminhados para elas e para fora da Itália, inclusive para a Inglaterra.

Logo após a sua volta do Oriente, Francisco renunciou à liderança da ordem. Entretanto, durante sua ausência, os irmãos criaram algumas inovações e, em conseqüência disso, Francisco, apoiado por seu bom amigo Cardeal Ugolino, apresentou em 1221 uma versão revista da regra.

Tal versão reiterava a pobreza, a humildade e a liberdade evangélica, das quais ele sempre fora um exemplo.

Mas, antes que a nova regra fosse finalmente aprovada, teve de sofrer algumas modificações e ser formalizada para conciliar as diversas opiniões.

Em 1224, enquanto Francisco pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, apareceram-lhe no corpo cicatrizes correspondentes às cinco chagas do Cristo crucificado, fenômeno chamado de "estigmatização".

Os estigmas permaneceram e constituíram uma das fontes de sua fraqueza e dos sofrimentos físicos, que aumentaram, progressivamente, até que, dois anos depois, ele acolheu a "Irmã Morte".

Ao longo dos séculos, a admiração por Francisco de Assis espalhou-se espontaneamente entre os cristãos de qualquer comunhão e, também, entre outras pessoas.

Há uma forte atração no seu "Cântico do Sol", no que sabemos sobre ele por meio das Fioretti ("florzinhas") e do Espelho da Perfeição, na sua simplicidade, integridade, franqueza e nas qualidades líricas de sua vida.

Francisco de Assis, porém, foi mais do que um individualista inspirado: foi um homem de grande introspeção espiritual, cujo consumidor amor por Cristo e pela redenção do homem encontrou expressão em tudo o que disse e fez.

As imagens e pinturas de Francisco de Assis foram e ainda são seguidamente apresentadas com seus estigmas.

Em 1979 o Papa João Paulo II proclamou-o santo patrono dos ecologistas.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Para quê?


Medo do momento seguinte, medo do amanhã, medo do depois-de-amanhã... insegurança, anseio de que tudo possa dar errado... estado de tensão permanente, transpiração excessiva, batimentos cardíacos em rítmo acelerado, cacoetes, unhas roídas, pequeno grau de autoflagelação inconsciente e aparentemente inevitável...

Um grupo de Espíritos observando; de um lado a vibração pelo reequilíbrio, pela sensatez, pelo bom senso e do outro um ou mais companheiros invisíveis instigando mais sofrimento, mas dúvidas, mais medos, menos esperança e até mesmo desespero infundado que confunde a mente e gera ainda mais tensão em círculo vicioso...

Este é o panorama básico de uma criatura que sofre da falta de confiança em Deus, da falta de Fé!

Não é proposital, claro que não!

Afinal, quem é que gosta de se sentir torturado o tempo todo?

Ninguém!

Ou, pelo menos, quase ninguém pois há um grupo de pessoas que sente um mórbido prazer da autotortura, infelizmente.

Há, também, quem se sinta observado, notado e querido ou querida apenas e tão somente por estar em sofrimento e faz questão, para ganhar atenção, de ficar perenemente em estado de alerta e desespero!

Os ganhos aparentes são, na verdade, perdas destrutivas...

Ninguém que vive em estado de ansiedade vive em Paz, ninguém, pois não há como sequer imaginar um estado de equilíbrio quando se cultiva a desarmonia interna, ainda que completamente involuntária e de modo "superior às próprias forças" para reagir, quando se trata de uma obsessão efetiva e contumaz.

O indefeso ansioso é permanentemente inspirado na Fé e no Bem Estar, mas não consegue ouvir os Bons Amigos Espirituais que lhe ensejam a Paz.

Apenas tem atenção para aquelas Entidades, algumas vezes perversas, outras apenas em sintonia com a mesma desesperança, que respiram na mesma faixa vibratória e que muitas vezes apenas se aproximam e cultivam as mesmas desesperanças em conluio insensato e inconsciente.

As perversas são adversários do passado ou podem ser apenas parasitas aproveitadores das fragilidades atuais, como infelizmente ainda há na Humanidade.

As demais são doentes espirituais que consagram tempo perdido a cooperar na dor alheia por julgarem que todos devem sentir a mesma dor que eles mesmos sentem, em processo de "justiça particular", ou ainda por pura e total inconsciência do que fazem, agindo por automatismo e mesmo por loucura.

O ansioso compartilha seus momentos de ansiedade com esta turba de Espíritos em desequilíbrio mantendo seu próprio status de dor em círculo vicioso.

As Entidades Espirituais Amorosas que acompanham simplesmente aguardam a primeira oportunidade para poder intervir em auxílio de qualquer um destes envolvidos no mórbido processo obsessivo.

Respeitam profundamente o momento de cada um, até mesmo em razão de que não há como forçar ninguém a mudar intimamente, não há como forjar uma Alma ou um Espírito para o Amor, para a Liberdade!

Cada um dos envolvidos vai despertando a seu tempo próprio.

Decide pelo cansaço de tanto sofrer a eliminar a dor e desperta de um profundo sono, autêntico pesadelo, por sua livre vontade, como foi durante todo o processo obsessivo.

Neste momento é recolhido pelas Entidades Amorosas, trabalhadoras do Cristo, e levado para um grau acima da consciência humana, onde é alimentado com o Amor que cura, provido por Jesus!

Fortalhecem-lhe as fibras mais íntimas do Ser, inspirando depois de tanto tempo a confiança em si mesmo, a confiança no Mensageiro do Amor, a Esperança, a Paz interior, a Serenidade e o tão necessário equilíbrio!

Uma vez inspirado com tanto carinho, é reconduzido a sua rotina para respirar novos ares e novamente partir para sua batalha interior, na qual se despedirá da ansiedade para cultivar em sua mente cristã a renovada Fé no Criador!

Desliga-se do medo, da desesperança, da insegurança e conecta-se definitavamente ao Senhor da Vida, olhando para o momento seguinte como sendo aquele que será vivido como fruto do momento do agora, que deve ser o melhor possível.

Assim, compreende que a Vida deve servivida em sua plenitude e, para isso, deve vivê-la em Paz, sem medo algum, seguro de que terá de passar pelo que terá de passar, pois há coisas às quais não pode controlar e que a única coisa que pode tentar controlar é ao seu íntimo!

Daí em diante irá realmente buscar a Paz Verdadeira que só encontrará com Jesus!





Mensagem recebida em 06 de dezembro de 2013
Fratelo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Coragem


É preciso ter coragem para começar cada dia ao amanhecer, pois cada dia que se inicia é um novo desafio para cada um de nós.

Algumas vezes temos a impressão de que tudo concorre para que tenhamos desânimo e venhamos a perder o desejo de seguir em frente, tamanhas são as dificuldades que temos para enfrentar.

Mas, dentro de nós há sempre há algo que nos direciona para viver melhor e resistimos à tentação de parar, seguindo em frente!

Ainda bem!

Não viemos para a Vida a fim de errar ou desistir, que é um erro ainda mais sério diante da própria consciência e diante do Criador.

Aqui estamos para conduzir algo maior que simplesmente deixar a Vida correr passivamente.

Mesmo que em algum momento tenhamos limites sérios de mobilidade, precisemos enfrentar uma doença mais séria, algo tenha acontecido a alguém muito querido, possamos ter perdido algo de valor para a nossa rotina, ainda assim, é preciso seguir adiante, com determinação e coragem.

É preciso lembrar que sempre há quem nos estenda a mão para auxilar!

Até mesmo em razão de que a Vida não termina com a morte da organização física!

Ela, a Vida, persiste e muito intensamente!

Há vida plena após a interrupçào da Vida terrena!

Vida ativa, cheia de responsabilidades, de alegrias e, dependendo do que se faz durante a encarnação, tristezas também!

É isso: a Vida após a morte tem correspondência absolutamente direta com aquilo que fazemos durante a vida antes da morte, pois construímos a qualidade da Vida Espiritual durante toda a encarnação, assim como em todos os períodos anteriores em outras encarnações e no interstício entre elas, também na experiência vivida fora da matéria.

E as nossas alegrias são frutos de conquistas particulares e dirigidas ao próximo, desta maneira, não há quem possa ter alegria se não construir pontes que permitam que nós possamos nos unir às demais pessoas com quem possamos conviver!

O convívio com a família é um dos maiores exemplos disso, pois é nela, diante dos familiares, que podemos construir as primeiras pontes de Amor que unem os corações mais próximos!

Estes são os primeiros passos...

Mas, precisamos agir como engenheiros da Vida, construindo ainda mais pontes deste tipo, para que cultivemos o intercâmbio cada vez mais numeroso com o máximo possível de pessoas, saindo do núcleo familiar, indo para a sociedade, em todos os ambientes que possamos desfrutar da companhia de gente com as mais variadas expressões de ideais, por mais diferentes que possam ser de nós mesmos!

É preciso sair do EU, de si mesmo, quebrando as paredes, às vezes as muralhas, que temos a tendência de construir e que nos isolam do Mundo e que têm como tijolos o EGOÍSMO e como amálgama o ORGULHO!

Tais muralhas levam-nos ao isolamento efetivo, pois nos fazem acreditar que sempre estamos com a razão em tudo, que as outras pessoas não têm razão em seus pensamentos, ou que somos perseguidos, que somos vitimas ideais para todas as dificuldades e tantas outras ingenuidades que fazem perder tempo e dificultam a construção das pontes interpessoais!

Saindo do EU, começa o processo de valorização da Vida!

Ninguém evolui se não sair de si mesmo!

Niguém progride se não aprender a conviver bem com os outros!

Ninguém se liberta se não começar a perdoar!

Esta é a Verdadeira Vida Plena que nos leva à união de todos, de mãos dadas, de corações unidos olhando sempre adiante e com objetivos semelhantes!

Esta união, este entrelaçamento de mentes com emoção sincera de bem querer, de bem estar é que nos dá CORAGEM para viver plenamente!

Quem não se une a outrem sem preconceitos, sem reservas, sem respeito, ainda não vive plenamente!




Mensagem recebida no NEPT em 05 de dezembro de 2013
Tagore

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sinais


Veja o símbolo acima e fique sabendo que se trata de um símbolo celta que representa as tríades da vida em eterno movimento e equilíbrio.

Exemplos: · nascimento, vida e morte · corpo, mente e espírito · céu, mar e terra.

Este símbolo, também conhecido como triskele, triskelion ou tryfot, é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo uma graciosa fluidez de movimento.

Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas.

É um dos elementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos.

Você se prende a "sinais", ou seja, a símbolos, a manifestações pelas quais o homem se expressa em desenhos, com variados sentidos e significados, e dá importância para isso no andamento de sua vida?

Há, inclusive, uma certa ciência que estuda tais sinais e explica seus significados, mesmo aqueles da antiguidade mais remota, como você pode ver acima!

Na verdade, muitos sinais continham e contêm realmente significado importante para várias épocas e para várias civilizações!

Mas não como querem muitos, com sentido esotérico, com significados que esbarram no mágico e no sobrenatural!

Se sua espectativa sobre os sinais é esta, então é preciso que você comece a rever seus conceitos sobre eles...

Nenhum símbolo, nem mesmo o mais famoso de todos no Mundo, a "cruz", guarda consigo qualquer poder mágico ou misterioso.

Pode encerrar em si uma história, uma época, um momento, um acontecimento, mas nunca carrega consigo qualquer expressão de poder extraordinário para que possa, por exemplo, "proteger" alguém!

Os símbolos são criados pelo homem e para o homem, sempre!

Nem mesmo objetos, quaisquer que sejam, têm poder de proteção ou de prejuízo para alguém, quem quer que seja.

O verdadeiro poder da humanidade está na mente do Ser Humano, isso sim!

Os símbolos, os sinais, os emblemas, os distintivos, os objetos, enfim, são apenas "instrumentos" da mente humana que consegue crer, ingenuamente que qualquer coisa que seja carregue consigo alguma expressão de força desconhecida.

Por esta razão o Centro Espírita não deve distribuir tal ideia!

E por esta mesma razão o Espírita não deve compartilhas com tais crendices, pois elas não guardam qualquer fundamento!

Creia: o poder para mudar sua vida está em você mesmo, ao cultivar dentro de seu coração espiritual os melhores sentimentos que possa com relação a tudo!

Nada, além de você mesmo, pode ser mais importante para que você fique protegido, pois, mesmo que seu Anjo Guardião queira imensamente lhe ajudar (e quer sempre!) ele somente obterá sucesso SE VOCÊ PERMITIR!

Não adianta carregar um patuá no pescoço, nem tatuar um símbolo qualquer em seu corpo: faça uma tatuagem em sua mente para ser uma criatura melhor a cada dia, a cada momento, para que você se transforme e sua vida evolua!

Este é o caminho da Verdade que o Cristo nos deixou como herança abençoada!

Siga-o!



Mensagem recebida em 04 de dezembro de 2013
Militão Pacheco