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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Apometria: existe, mesmo?
O Espiritismo está infiltrado por idéias curiosas. Esta idéia da apometria é uma infiltração perigosa e muito equivocada.
Citam seus adeptos, dentre eles vários que se dizem espíritas, que poderíamos provocar o “desdobramento” e ir ao “plano astral” para entrar em contato com as entidades espirituais que estariam perturbando as pessoas que passam por processos obsessivos.
O equívoco maior está, particularmente, na questão de provocar-se o desdobramento, que na verdade é um fato, uma característica da Alma, do Espírito encarnado. Todos nós temos a possibilidade de nos desdobrar, muitos de nós intencionalmente, inclusive dirigindo-nos para onde é nosso interesse ir, para contatarmos locais, situações e pessoas (encarnadas ou não) conforme nossas próprias necessidades.
Mas essa expressão “muitos de nós” abrange realmente um número de pessoas que absolutamente não é expressivo ao se considerar o total de pessoas encarnadas que habitam a Terra atualmente (e olhe que este não é um número pequeno!).
A pergunta mais apropriada para esta situação é: quem é “habilitado” para esse desdobramento voluntário? Quem tem a “propriedade” de se desdobrar por conta própria e ir “aonde quer ir” para fazer “o que quer fazer”?
Certamente quem pratica a apometria irá responder que é capaz de se desdobrar e ir aonde quer ir. Vai dizer, também, que tem casos clínicos com os quais é capaz de “provar” que pôde ajudar a curar pessoas através da prática da apometria e, inclusive, é capaz de contar as histórias que vivenciou por conta desses “contatos imediatos” com seres espirituais das mais variadas categorias. Então, quem pratica apometria irá se capacitar para ser instrumento do procedimento, certamente.
O que não quer dizer, em absoluto, que seja uma situação crível. Dizer que se desdobra e que se “movimenta” até o “plano astral” para “lidar” com obsessores envolve pelo menos uma questão: a dúvida! Será que toda história contada é verdadeira? Há como provar que o cidadão trabalhador de apometria esteve onde diz que esteve? Quem pode provar? E, mesmo que ele não diga nada sobre onde esteve e o quê fez, sua proposta é verdadeira? Ele se desdobra, mesmo? Ele vai a algum lugar diferente, realmente?
Procuremos entender: há questões que não são questionáveis, por que são inquestionáveis (perdão pela redundância)!
São situações subjetivas: só a própria pessoa tem a vivência que diz ter. É como ter dor: só quem tem a dor sabe referi-la, mais ninguém! Só quem diz fazer apometria pode dizer como é: mais ninguém!
Não é um fenômeno espírita! Não sei dizer nem mesmo se é um fenômeno! Pode não ser nada além de fruto de uma imaginação qualquer que consolida recursos impassíveis de provas para que possam ser utilizados para curas “diferentes”, “melhores” do que aquelas propostas pelo Espiritismo, como o passe, a evangelização e até mesmo a desobsessão.
Por este aspecto muito prático e objetivo afirmo, sem qualquer dúvida: apometria NÃO É PROCEDIMENTO ESPÍRITA! É procedimento, provavelmente, espiritualista e olhe lá! Quem quer seguir, certamente, irá seguir as diretrizes da apometria, mas que tome ciência de que não está praticando o autêntico Espiritismo!
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