Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Kardec
Lembrando o Codificador da Doutrina Espírita é imperioso estejamos alerta em nossos deveres fundamentais. Convençamos-nos de que é necessário:
Sentir Kardec;
Estudar Kardec;
Anotar Kardec;
Meditar Kardec;
Analisar Kardec;
Comentar Kardec;
Interpretar Kardec;
Cultivar Kardec;
Ensinar Kardec e
Divulgar Kardec.
Que é preciso cristianizar a humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação.
EMMANUEL
O Espírito Santo...
Como interpretar a afirmativa de João: - “Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo?”.
- João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais
perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a
misericórdia de Deus.
fonte: O Consolador - Emmanuel / Chico Xavier
domingo, 27 de julho de 2008
Fluídos
Um fluido é uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Um subconjunto das fases da matéria, os fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e, de certa maneira, os sólidos plásticos. Os fluidos compartilham a propriedade de não resistir a deformação e apresentam a capacidade de fluir (também descrita como a habilidade de tomar a forma de seus recipientes)
O estudioso do Espiritismo precisa lembrar que os conceitos sobre fluídos abrangem pontos de vista diferentes daqueles propostos pela ciência. Kardec os estabeleceu por volta de 1857 e naquele tempo estavam descobrindo os fenômenos do magnetismo e outras forças que atuam de forma invísível para nós, e intuiu-se que o espaço vazio deveria conter algum elemento que fizesse uma ponte entre o imã, por exemplo, e o ferro.
O Fluido Cósmico Universal, é a base de tudo, é o que dá origem a tudo que diga respeito à matéria. Não é um elemento de ligação entre o Espírito e a matéria. É a base de formação da matéria.Isto consta dos estudos d'A Gênese, de Allan Kardec.
Os espíritos vivem numa atmosfera fluídica, dela extraem o que lhes é necessário e agem sobre os fluidos do seu ambiente: comparativamente, enquanto encarnados, estamos envoltos pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que usamos e sobre elas agimos.
Agindo sobre os fluidos, os espíritos influem sobre si mesmos e sobre outros espíritos, e também sobre o mundo fluídico e o mundo material.
QUALIDADE DOS FLUIDOS
Os fluidos em si são neutros. O tipo dos pensamentos e sentimentos do espírito é que lhes imprime determinadas características. Sendo assim, do mesmo jeito que há água pura ou impura para consumo, a pureza ou impureza dos sentimentos do emissor dos fluidos é que determinará a qualidades boa ou má dos fluidos, através da vibração. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Lembrando que "bom" e "mau" dependem do uso do pensamento. Um copo de água (fluido) com açúcar (pensamento) pode ser bom quando usado pra acalmar alguém, mas mau quando dado a uma pessoa diabética.
Os fluidos iguais se combinam; os fluidos contrários se repelem; os fracos cedem aos mais fortes; os bons (de alta vibração) predominam sobre os maus (de baixa vibração). Os fluidos se reforçam em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que recebem do espírito. As condições criadas pela ação do espírito nos fluidos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por ações de outros espíritos.
É com o pensamento e a vontade que o espírito age sobre os fluidos. Ele os dirige, aglomera, dá-lhes forma, aparência, cor e pode até mudar suas propriedades. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. A ação dos espíritos sobre os fluidos pode até ser inconsciente, porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles. Mas também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluidos, sabendo o que realiza e como o fenômeno se processa.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma música, para que esta repercuta na "atmosfera espiritual". É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua mediunidade para tal, sob a aparência que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, outras encarnações. Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então. Isso não quer dizer que ele permaneceu coxo, ou com cicatriz no espírito, mas sim que o espírito, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, fez seu perispírito assumir instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento. Da mesma forma, o pensamento cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento aparecerá com ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, etc. Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos são tão reais como o eram, no estado material, para o homem vivo; mas, por serem criações do pensamento, a existência deles é tão fulgaz quanto for o próprio pensamento.
O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência (a alma). Também o corpo carnal tem sua origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. Mas ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.
Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Ou seja, digamos que em Júpiter exista uma população de Espíritos. Eles terão outra constituição "material" composta a partir dos elementos daqueles ambiente. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo apenas com o nosso corpo carnal, também os Espíritos daqui não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.
A natureza do corpo fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de um mundo para outro. Infelizmente há muitos que, de tão grosseiros, possuem um perispírito tão "pesado" que eles se sentem como que ainda encarnados na Terra (e muitos juram estar vivos, como um certo personagem do filme "O sexto sentido"). Esses Espíritos permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas. Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e até encarnar neles. Tiram dos elementos constitutivos do mundo onde entram os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que se despe temporariamente das suas vestes para envergar trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.
O corpo fluídico de um Espírito também se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio, ou seja, Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que os Espíritos "naturais" desse mundo.
O perispírito absorve com facilidade os fluidos externos porque tem idêntica natureza (também é fluídico). Absorvidos, os fluidos agem sobre o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua qualidade.
No caso de um espírito encarnado (como nós), o perispírito, que nos interpenetra, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo contato molecular. E então, se os fluidos forem bons, produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável; se forem fluidos maus, a impressão é penosa, de desconforto. Se a atuação de fluidos maus for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas (certas moléstias não têm outra causa senão esta). Isso claro, onde houver conflito de pensamentos bons e maus. Se, ao contrário, a pessoa alimentar em seu íntimo os pensamentos mais cruéis e de baixa vibração, sentir-se-á bastante satisfeita com pensamentos semelhantes e incomodada com vibrações harmoniosas e elevadas. Entretanto, como vimos, os pensamentos de baixa vibração corrompem o fluido, afetando assim o perispírito e o corpo físico (caso ainda o tenha). É preciso, então, conseguir energia vital por outros meios, e o vampirismo é geralmente o método mais usado, quando um Espírito absorve as vibrações do outro, seus fluídos, para alimentar-se.
O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver: os peixes vivem na água; os seres terrestres, no ar. O fluido etéreo está para as necessidades do Espírito como a atmosfera para as dos encarnados. Ora, do mesmo modo que os peixes não estão adaptados para viver no ar, e os animais terrestres não podem viver numa atmosfera muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante.
Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para mudarem de meio, precisam antes mudar de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos meios materiais. Por isso um habitante do umbral (a crosta da Terra e localidades próximas vibracionalmente) não se adaptaria ao "paraíso" sem passar antes por uma mudança progressiva. Nosso Lar, cidade espiritual tornada famosa nos meios espíritas pela psicografia de Chico Xavier, está localizada no umbral, muito embora não seja gerenciada por seres trevosos. Ela é uma cidade de transição, para que as pessoas se "depurem" emocional e vibratoriamente, mais ou menos como um indígena que nunca viu os "brancos" convém passar por um período de transição em lugar sossegado para se acostumar aos poucos com os costumes "exóticos" dos caraíbas.
Os locais onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.
Com os seus pensamentos e sentimentos habituais, o espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluidos do seu perispírito e lhes dá características próprias. Está sempre emanando esses fluidos (através das emanações dos seus pensamentos), que o envolvem e acompanham em todos os movimentos. É a sua aura, a sua "atmosfera individual".
Na aura do encarnado, a difusão dos campos energéticos que partem do perispírito envolve-se com o manancial de irradiações das células do corpo. No desencarnado, a aura é resultante apenas das emanações perispirituais.
Conforme o tipo fluídico, as auras se harmonizam ou se repelem. Notem que o Espiritismo não faz muita distinção entre corpos astrais. É espírito (alma) e perispírito (e suas variações). A Teosofia é bem mais rica em identificar os tipos de corpos, cada vez mais sutis, e a separação didática do "eu" do "EU" e "eles" da sua essência Divina, embora seja tudo uma coisa só. Na verdade, o Espiritismo simplifica, torna a compreensão didática e objetiva, reduzindo para o real a questão do entendimento e da existência do “número de corpos”. Reduz-se, assim, os questionamentos inúteis sobre a existência de vários corpos.
Pelo modo de sentir e pensar, estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre nós e os que pensam e sentem igual a nós; ou seja, entramos em sintonia com eles; Produzimos também um certo tipo de fluido e os espíritos que produzam fluidos semelhantes poderão, então "combinar" seus fluidos com os nossos, pois estabelecemos assim afinidade fluídica (mediúnica).
Quando oferecemos sintonia e combinação de fluidos para o mal, dizemos que estamos dando "brecha" aos espíritos inferiores. Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós sobre outrem.
As moscas são atraídas pelos focos de infestação; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada tem que temer da influência dos maus.
O PASSE
É uma transmissão voluntária e deliberada de fluidos benéficos, de uma pessoa para outra.
Seu efeito é:
Bom, quando o paciente está receptivo e assimila bem os fluidos transmitidos; daí a necessidade de um preparo prévio da mente, da fé e da oração para estar apto a receber bem o passe;
Duradouro, quando o paciente mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento) o estado melhor que alcançou com o passe.
Se a pessoa não modificar para melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio espiritual.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Reencarnação Novamente
Reencarnação
Palingenesia – [do grego palin= repetição, de novo + genes(e)= nascimento] – Renascimentos sucessivos dos mesmos indivíduos
Memória Extra-Cerebral.... É este o termo técnico usado por cientistas e parapsicólogos para as lembranças espontâneas de certas crianças que, geralmente a partir do começo da fala - ao redor dos dois anos -, parecem demonstrar recordações referentes a pessoas e fatos existentes e/ou ocorridas antes de seu nascimento (STEVENSON, 1995; ANDRADE, 1993; SHRONDER, 2001). As crianças não dizem lembrar-se que vêem tais pessoas ou fatos, como se falassem de alguém na terceira pessoa, mas afirmam que são estas pessoas e que vivenciaram pessoalmente estes fatos.
Memória extra-cerebral traz o incômodo paradoxo de que as lembranças narradas (e, em vários casos, posteriormente confirmadas através de documentos, etc., como nos clássicos estudos do Dr. Ian Stevenson) não foram registradas através da aparelhagem neuropsicológica do sujeito que as detêm, mas, a principio, pelo “cérebro” e demais órgãos sensoriais de uma outra pessoa, impreterivelmente morta à época em que a criança espontaneamente narra suas lembranças, muitas vezes com referências saudosas a outras famílias e a outros locais que em vários casos não estão em relação com a família da criança hoje (STEVENSON, 1995; ANDRADE, 1993; SHRODER, 2001). Este fenômeno faz questionar se o modelo mecanicista da mente dominante na ciência não será limitado demais, acanhado demais... Pois o fenômeno parece ter um substrato psíquico não necessariamente associado ao sistema nervoso atual da criança que recorda.
Hoje, a pesquisa da Memória Extra-Cerebral adentra os corredores das universidades. Entre estas, temos de destacar as pesquisas iniciadas pelo Dr. Ian Stevenson na Universidade de Virgínia, Estados Unidos, onde foi professor de Psiquiatria e Psicologia e, mais recentemente, chefe da Divisão de Estudos da Personalidade. A Psychical Research Foundation, da mesma universidade, possui uma revista própria, científica, dedicados a todos os aspectos metodológicos da pesquisa que sugiram a sobrevivência após a morte do corpo físico, incluindo todos os fenômenos parapsicológicos, como:
Aparições,
Poltergeists, O vocábulo poltergeist e de origem alemã e composto por duas palavras germânicas: poltern = batedor, brincalhão, galhofeiro etc., e geist = espírito. Esta designação e popular e originou-se da crença de que os fenômenos observados seriam provocados por espíritos de desencarna- dos, por duendes, demônios ou outros seres incorpóreos. Modernamente, há uma apreciável parcela de parapsicólogos que atribui a determinadas pessoas vivas a origem dos fenômenos de poltergeist. Tais indivíduos, denominados epicentro, seriam dotados de excepcional faculdade psicogenética. Em certas ocasiões, essa faculdade se exaltaria em virtude de algum trauma emocional e extravasaria suas energias em forma de ação física sobre os objetos de suas adjacências. Uma das características do poltergeist seria a repetição periódica dos mesmos fenômenos. Em razão disso , e tendo em vista a sua suposta causa psicogenética, os modernos parapsicólogos passaram a designar os fenômenos de poltergeist pela sigla RSPK, da expressão em inglês: "Recurrent Spontaneous Psychokinesis" (psicocinesia recorrente espontânea). Assim, eliminou-se a conotação metafísica, segundo os parapsicólogos ortodoxos, embutida no vocábulo popular poltergeist. Não obstante, a palavra poltergeist ainda e muito usada para designar os referidos fenômenos, tal a sua popularização. Mas, para os parapsicólogos considerados ortodoxos, hodiernamente, o termo poltergeist significa RSPK (psicocinesia espontânea) e não a ação Espíritos brincalhões ou seres incorpóreos.
Memória Extra-Cerebral.
A revista chama-se THETA, não sem razão o nome dado aos prováveis agentes não-físicos causadores de vários dos fenômenos paranormais ligados à teoria da sobrevivência. As pesquisas neste sentido realizadas por pesquisadores da Universidade de Virgínia ganharam o nome de “Projeto THETA”.
Diversos fatores diferenciais são utilizados como métodos e técnicas de indícios de Reencarnação. Citemos:
1. Experiências de Regressão de Memória Artificialmente Provocadas quer seja através de hipnose ou de relaxamento profundo. Tem o inconveniente de que a sugestão da regressão possa provocar lembranças fictícias para atender a expectativa do hipnólogo, mas, ao mesmo tempo, pode atingir realmente instâncias profundas do inconsciente e auxiliar muito na solução de problemas emocionais nos quais as terapias convencionais falharam em resolver (PINCHERLE, 1990);
2. Regressão de Memória Espontânea. Caso raro, em que certas pessoas entram em transe espontâneo e recordam de eventos prováveis de vidas passadas;
3. Memórias Espontâneas. Geralmente ocorrem em crianças e adolescentes que, em dado momento, começam a recordar nitidamente reminiscências ligadas a uma personalidade que elas dizem ser, só que em outro tempo e lugar. Em algumas destas lembranças existem marcas de nascença que, de alguma forma, estão ligados a traumas físicos que as crianças dizem ter causado a morte na sua vida anterior.
Entre os primeiros investigadores europeus a realizar estudos sobre memórias espontâneas ligadas a marcas de nascença, está o Dr. Resart Bayer, psiquiatra e presidente da Sociedade Turca de Parapsicologia. Fala o Dr. Bayer que "Certos sinais ou marcas congênitas, muito evidentes, como cicatrizes, etc., que não têm explicações dentro das leis biológicas mas que obrigatoriamente têm de ter uma causa" geralmente associadas às lembranças espontâneas em sua quase totalidade ligadas a ferimentos e traumas que causaram a morte em outra vida, e obrigam a ciência a ocupar-se com seriedade destes fenômenos. O Dr. Stevenson publicou um livro, em dois volumes, com mais de mil páginas, com casos documentados de memórias espontâneas ligadas a marcas de nascença (STEVENSON, 1997). Estes casos são muito raros, mas o conjunto de casos levantados por Stevenson e colaboradores não podem ser negligenciados como as melhores evidências a favor da hipótese da Reencarnação.
A reencarnação através dos tempos
É plenamente conhecido que a idéia de reencarnação faz parte da cultura dos povos orientais, particularmente aos que adotam religiões e filosofias profundas como o Budismo e a Hinduismo, geralmente vistas como 'exóticas'. Menos reconhecido, porém é o fato de que esta idéia também está presente na herança intelectual do ocidente.
Os gregos, por exemplo, a reconheciam como uma hipótese válida e os órficos , que representavam a casta do sistema religioso mais avançado dos gregos (Reale & Antiseri, volume 1, 1993; Reale, volume I, 1994), expunham sua concepção palingenésica numa roupagem filosoficamente avançada, que influenciou sobremaneira Sócrates e Platão, dentre outros.
Platão, especialmente, nos legou fortemente sua crença na reencarnação, como podemos ver, entre outros diálogos escritos por ele, no Fédon.
Antes dele, Pitágoras também a adotou como condição sine qua non para a evolução plena da alma.
Posteriormente, Plotino e Orígenes, o Cristão, também a divulgariam.
São Clemente de Alexandria (posteriormente cassado pela Igreja Católica) também a considerava uma doutrina de profundo sentido.
Na Europa gaulesa e britânica, os druidas acreditavam na reencarnação em termos semelhantes aos gregos e budistas, e os hebreus, na fase helênica, não a desconheciam, sobretudo pelo intercâmbio com o mundo greco-romano, donde a idéia de ressurreição ter algo confuso da idéia da reencarnação (por isso as passagens em que se diz que Jesus ou João Batista seriam a ressurreição de algum profeta antigo, como se pode ver em algumas passagens dos evangelhos, como em:
Mateus, 17, 11-13;
Marcos, 9, 11-13;
João, 3, 3-7
e Lucas 1, 17).
Enfim, enquanto culturalmente em outras partes do mundo a idéia na reencarnação era discutida e endossada, pelo menos como uma proposta filosófica coerente, ela teve lugar no pensamento ocidental e como parte da doutrina cristã até o segundo Concílio de Constantinopla de 533 DC, quando, por motivos políticos, foi formalmente repudiada pelo clero (Fadiman & Frager, 1986, p. 176).
Mesmo assim, esta idéia persistiu entre as pessoas que tinham acesso aos filósofos clássicos e ao contato com as crenças antigas. Os Cátaros, no século XII, especialmente, tinham uma visão cristã original, onde a idéia da reencarnação era vista como verdade inquestionável. E foi este, entre outras coisas (ameaçando o poder ideológico e econômico da igreja de Roma, principalmente, devido à crescente popularidade que possuía, contestando a hegemonia imperialista típica da Igreja Romana) que levou à única cruzada em solo europeu da história, objetivando a eliminação do pensamento cátaro com uma truculência assassina que parecia prever os posteriores misteres macabros da Inquisição, por parte das forças católicas, num requinte de perversidade aterrador. O movimento cátarista foi um dos muitos precursores da inevitável reforma protestante de Lutero e outros. Posteriormente aos cátaros, outros movimentos sentiram a mão de ferro da inquisição, que teve um de seus mais famosos luminares em Giordano Bruno, queimado em 1600, e que defendia idéias bastante fortes contra o sistema de crenças dogmáticas da Igreja de Roma, o que incluía a reencarnação.
No século passado, o contato com as doutrinas orientais, particularmente a Budista, trouxe à tona novamente o estudo da palingênese, e com desenvolvimento do Espiritismo e de outras correntes de pensamento, estimulou-se um ressurgir do interesse sobre a reencarnação. As similaridades entre o que diz o espiritismo moderno e a concepção budista da reencarnação, que também é evolucionista, não podem ser negligenciadas, ainda que alguns pseudo-intelectuais queiram passar a idéia de que expressem coisas opostas.
Hoje em dia, como vimos, a tese da reencarnação passou da esfera religiosa e filosófica para a área da pesquisa científica. Devemos ficar, pois, atentos ao progresso desta pesquisa, com as conseqüências sem dúvida de grande gravidade que elas poderão trazer à nossa visão de mundo e, conseqüentemente, à forma de como nos comportamos em relação a nós mesmo e a nossos semelhantes. E, como nos falam os Doutores James Fadiman e Robert Frager, "se há a possibilidade de aceitar o fenômeno, então a possível origem da personalidade e das características físicas pode incluir eventos ou experiências de encarnações anteriores. Tudo o que se pode afirmativamente dizer é que existe uma evidência factual que não pode ser facilmente descartada" (Fadiman & Frager, 1986, p. 176)
1 O Orfismo era uma religião de mistério no antigo mundo grego, difundido a partir dos séculos VII e VI Antes da Era Comum. Seu fundador teria sido o poeta Orfeu, que desceu ao Hades e retornou. Os órficos também reverenciam Perséfone (que descia ao Hades a cada inverno e voltava a cada primavera) e Dionísio ou Baco (que também desceu e voltou do Hades). Como os mistérios eleusinos, os mistérios órficos prometiam vantagens no além-vida. Esses cultos de mistérios, que prometiam uma vida melhor após a morte, parecem ter influenciado o início do cristianismo.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Obsessão - mais algumas observações...
Causas Morais:
Imaturidade Espiritual geração de pensamentos inferiores por conta da imaturidade do Espírito, o que faz atrair a companhia de Entidades Espirituais que sintonizam com tais pensamentos.
Erro na estruturação da personalidade, por conta da família mal estruturada ou pela ausência dela, que levam a alterações psicológicas e de personalidade, favorecendo a manutenção do intercâmbio com Entidades Espirituais que conduzam à obsessão.
Causas Cármicas (Ação e Reação, Causa e Efeito)
Refere-se à bagagem espiritual do Indivíduo
Perseguições oriundas do relacionamento entre obsedado e obsessor, ocorridas em vidas passadas, neste ou noutros mundos.
Contaminações espirituais.
Em A Gênese, Capítulo XIV, Allan Kardec fez um importante estudo sobre os fluidos espirituais. Pode se entender daí, que os centros espíritas, as Igrejas, os lares, os locais de trabalho e de diversões, constituem-se em verdadeiros núcleos de “atmosfera espiritual”, criados pelos pensamentos dos que os freqüentam. Nesses ambientes, constituídos por pessoas mais ou menos imperfeitas, associam-se Espíritos desencarnados com tendências semelhantes, compondo um “ambiente espiritual” correspondente.
Auto-obsessões
A mente da pessoa enferma encontra-se numa condição doentia de fixação de pensamento. É uma situação onde ela atormenta a si mesmo com pensamentos dos quais não consegue se livrar. Há casos mais graves em que o paciente não aceita que seu mal resida nele mesmo.
As causas deste tipo de obsessão residem nos seus dramas pessoais, dessa ou de outras encarnações. São traumas, remorsos, culpas e situações provindas da intimidade do seu ser, que lhe prejudicam a normalidade psicológica.
Quando se examina esses casos mediunicamente, pode-se encontrar Espíritos atrasados ou sofredores associados à vida mental dos doentes. Mas, as comunicações indicam que eles estão ali por causa da sintonia mental com o obsediado. Agravam seu mal, mas não são os causadores dele.
A causa central desse tipo de obsessão reside no paciente, que se auto-atormenta, numa espécie de punição a si mesmo. A mente de um auto-obsediado é fechada em si mesma e é preciso abri-la para a vida exterior, se quisermos ajudá-lo.
A psicoterapia convencional pode e deve ser utilizada no tratamento da auto-obsessão. Juntando-se a ela a terapia espírita, fundamentada na evangelização e no ascendente moral, pode-se obter resultados satisfatórios. O tratamento abrirá a prisão psíquica em que o indivíduo vive, libertando-o da escravidão mental. A regra do auto conhecimento citada em O Livro dos Espíritos, questão de número 919 é base para a mudança de postura diante das dificuldades da Vida. Quanto melhor conhecer a si próprio o indivíduo, melhores as chances de mudar tal padrão de auto-obsessão e de conseguir melhorar-se e curar-se.
Os sinais relacionados abaixo podem ser indicadores de processos obsessivos já desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento. Se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar com grande margem de acerto que esteja sob o império da obsessão. São eles:
Depressão, angústia e tristeza (adepressão, como doença, já caracteriza um processo de bases obsessivas ou a própria obsessão).
Pesadelos constantes.
Tendência ao vício e práticas mundanas (sexo, jogo, álcool, drogas, luta insistente pelo poder).
Agressividade freqüente (pessoa irascível).
Abandono da vida social ou familiar (isolamento).
Ruídos estranhos à própria volta (em mediunidade habitual poderemos ter fenômenos dessa natureza ocasionais, sem que se caracterize uma obsessão).
Visão freqüente ou esporádica de vultos escuros que causem mal-estar (podemos “ver” ou notar a presença de Entidades Espirituais que não nos perturbem o que não caracteriza obsessão).
Impressão de ouvir vozes com freqüência e com teor perturbador.
Manias e tiques nervosos.
Cabeça e mãos desocupadas;
Boca maledicente; conversa inútil e fútil, prolongada;
Atitude hipócrita;
Inclinação pessimista;
Apego demasiado a coisas e pessoas;
Comodismo exagerado;
Solidariedade ausente;
Tomar os outros por ingratos ou maus;
Considerar nosso trabalho excessivo;
Desejo de apreço e reconhecimento;
Impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos;
terça-feira, 22 de julho de 2008
EM TI PRÓPRIO.
“De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” — PAULO. (Romanos, 14:12)
Escutarás muita gente falar de compreensão e talvez que, sob o reflexo condicionado, repetirás os belos conceitos que ouviste, através de preleções que te angariarão simpatia e respeito.
Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da certeza de que temos nela preciosa virtude.
Falarás da paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se a ela, no entanto, se no imo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum ente amado, muito pouco perceberás, acerca de calma e tolerância.
Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensinar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima.
Seja qual seja a dificuldade em que te vejas, abstém-te de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio.
Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução fundamental de todos os problemas da vida surgirá de ti mesmo.
Ceifa de Luz- Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Imunização Espiritual
Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças:
que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação
que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;
que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;
que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
que sem amor não há base firme nas construções espirituais;
que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;
que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;
que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;
que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
e que em suma, nos basta pedir aos céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
terça-feira, 15 de julho de 2008
Diante das Ofensas
Não nos é lícito parar a máquina do pensamento para sopesar injúrias e desencantos. Se adversários desejam esmagar-nos através de sarcasmos que, em nos espancando o rosto e o coração, nos façam cair sob agonias morais insustentáveis, oremos por eles, pedindo a Jesus que os abençoe e livre do mal, a fim de que produzam o bem para que o bem permaneça.
Batuíra (espírito)
sábado, 12 de julho de 2008
Testamento Natural
Por muito aspire o homem ao isolamento pertencerá ele à coletividade que lhe plasmou o berço, da qual recebe influência e sobre a qual exerce influência a seu modo.
Alguém pode, sem dúvida, retirar-se da atividade cotidiana com o pretexto de garantir-se contra os erros do mundo, mas enquanto respira no mundo, ainda que o não deseje, prossegue consumindo os recursos dele para viver.
Qualquer pessoa, dessa forma, deixa ao desencarnar, a herança que lhe é própria.
No que se refere às posses materiais, há no mundo testamentos privados, públicos, conjuntivos, nuncupativos, entretanto, as leis divinas escrituram igualmente aqueles de que as leis humanas não cogitam, os testamentos naturais que o espírito reencarnado lega aos seus contemporâneos através dos exemplos.
Aliás, é preciso recordar que não se sabe, a rigor, de nenhum testamento dos miliardários do passado que ficasse no respeito e na memória do povo, enquanto que determinados gestos de criaturas desconsideradas em seu tempo são religiosamente guardados na lembrança comum.
Apesar do caráter semilendário que lhes marcam as personalidades, vale anotar que ninguém sabe onde teriam ido os tesouros de Creso, o rei, ao passo que as fábulas de Esopo, o escravo, são relidas até hoje, com encantamento e interesse, quase trinta séculos depois de ideadas.
A terra que mudou de dono várias vezes não é conhecida pelos inventários que lhe assinalaram a partilha e sim pelas searas que produz.
Ninguém pode esquecer, notadamente o espírita, que, pela morte do corpo, toda criatura deixa a herança do que fez na coletividade em que viveu, herança que, em algumas circunstâncias, se expressa por amargas obsessões e débitos constringentes para o futuro.
Viva cada um, de tal maneira que os dias porvindouros lhe bendigam a passagem.
Queira ou não queira, cada criatura reencarnada, nasceu entre dois corações que se encontram por sua vez ligados à certa família – família que é célula da comunidade.
Cada um de nós responde, mecanicamente, pelo que fez à Humanidade na pessoa dos outros.
Melhoremos tudo aquilo que possamos melhorar em nós e fora de nós.
Nosso testamento fica sempre e sempre que o mal lhe orienta os caracteres é imperioso recomeçar o trabalho a fim de corrigi-lo.
Ninguém procure sonegar a realidade, dizendo que os homens são como as areias da praia, uniformes e impessoais, agitados pelo vento do destino.
A comunidade existe sempre e a pessoa humana é uma consciência atuante dentro dela.
Até Jesus obedeceu a semelhante dispositivo da vida.
Espírito identificado com o Universo, quando no mundo, nasceu na Palestina e na Palestina teve a pátria de onde nos legou o Evangelho por Testamento Divino.
André Luiz
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Decálogo do Aperfeiçoamento
1 –Diminua as próprias necessidades e aumente as suas concessões.
2 –Intensifique o seu trabalho e reduza as quotas de tempo inaproveitado.
3 –Eleva as idéias e reprima os impulsos.
4 –Liberte o “homem do presente”, na direção de Jesus e aprisione o “homem do passado” que ainda vive em você.
5 –Vigie os seus gestos, estendendo os gestos alheios.
6 –Persevere no estudo nobre, reconhecendo na vida a escola sagrada de nossa ascensão para Deus.
7-Julgue a você mesmo e desculpe indistintamente.
8 -Fale com humildade, ouvindo com atenção.
9-Medite realizando e ore servindo.
10-Confie no Amor do Eterno e renda culto diário às obrigações em que Ele Mesmo nos situou.
Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Ideal Espírita
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Conhecimento de Si Mesmo.
Questão 919 de O Livro dos Espíritos:
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
"Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."
a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
"Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: "Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?"
"Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.
"O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhosos julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na poderia ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm. em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
"Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos." SANTO AGOSTINHO.
Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.
sábado, 5 de julho de 2008
Paulo de Tarso
Era inicialmente chamado de Saulo, nascido na cidade de Tarso, capital da província romana da Cilícia, fabricante de tendas. Depois de Jesus, é considerado a figura mais importante do cristianismo.
Era um judeu da Diáspora (Dispersão), de uma importante e rica família. Começou a receber aos 14 anos a formação rabínica, sendo criado de uma forma rígida no cumprimento das rigorosas normas dos fariseus, classe religiosa dominante daquela época, e ensinado a ter o orgulho racial tão peculiar aos judeus da antiguidade.
Quando se mudou para Jerusalém, para se tornar um dos principais dos sacerdotes do Templo de Salomão, deparou-se com uma seita iniciante que tinha nascido dentro do judaísmo, mas que era contrária aos principais ensinos farisaicos.
Dentro da extrema honestidade para com a sua fé e sentindo-se profundamente ofendido com esta seita, que se chamava cristã, começou a persegui-la, culminando com a morte de Estêvão, diácono grego e grande pregador cristão, que foi o primeiro mártir do cristianismo.
No ano de 32 D.C., dois anos após a crucificação de Jesus, Saulo viajou para Damasco atrás de seguidores do cristianismo, principalmente de um, que se chamava Barnabé. Na entrada desta cidade, teve uma visão de Jesus, que em espírito lhe perguntava: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Ficou cego imediatamente. Foi então levado para a cidade. Depois de alguns dias, um discípulo de Jesus, chamado Ananias, foi incumbido de curá-lo. Após voltar a enxergar, converteu-se ao cristianismo, mudando o seu nome para Paulo.
Paulo, a partir de então, se tornaria o "Apóstolo dos Gentios", ou seja, aquele enviado para disseminar o Evangelho para o povo não judeu.
Em 34 D.C., foi a Jerusalém, levado por Barnabé, para se encontrar com Pedro e Tiago, líderes da principal comunidade cristã até então.
Durante 16 anos , após sua conversão, ele pregou no vale do Jordão, na Síria e na Cilícia. Foi especialmente perseguido pelos judeus, que o consideravam um grande traidor.
Fez quatro grandes viagens missionárias: 1ª Viagem (46-48 D.C.), 2ª Viagem (49-52 D.C.), 3ª Viagem (53-57 D.C.), 4ª Viagem (59-62 D.C.), sendo que na última foi à Roma como prisioneiro, para ser julgado, e nunca mais retornou para a Judéia.
Certamente escreveu inúmeras cartas, mas somente 14 destas chegaram até nós, chamadas de Epístolas Paulinas, que são:
Epístola aos Romanos;
1ª e a 2ª aos Coríntios;
aos Gálatas; aos Efésios,
aos Filipenses;
aos Colossenses;
1ª e a 2ª aos Tessalonicenses;
1ª e 2ª a Timóteo;
a Tito;
a Filemon e
aos Hebreus.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
As confusões cármicas...
O Dalai Lama se distanciou nesta quinta-feira da atriz americana Sharon Stone, que no festival de cinema de Cannes afirmou que o terremoto de 12 de maio, na China, no qual morreram mais de 69.000 pessoas, foi um "mau carma" pela política de Pequim no Tibete.
Stone citou o líder espiritual tibetano no exílio como um "bom amigo" no festival francês.
"Sim, conheço esta senhora", confirmou o Dalai Lama em uma entrevista coletiva em Sydney, antes de se distanciar e afirmar que não compartilha o ponto de vista da atriz.
"Do ponto de vista budista todos os acontecimentos são carma", disse o líder tibetano, de 72 anos.
"A tragédia no Tibete, a tragédia em Mianmar, a tragédia na China, tudo isto é carma, mas este tipo de comentário..., não sei", afirmou.
Sharon Stone pediu desculpas pelo comentário, que provocou grande indignação na China e levou a marca de produtos de luxo e moda Christian Dior, da qual a atriz é uma das garotas-propaganda, a retirar os anúncios da estrela do país.
Dalai Lama, líder político do povo tibetano, vive no exílio desde 1951, quando a República Popular da China invade o Tibete sob a alegação de reintegrá-lo “à terra-mãe”. Ocorre que o Dalai Lama também é o representante máximo do Budismo tibetano, e luta pela sua libertação, porém sem ferir os princípios de paz característicos de sua fé.
Por isso, a afirmativa de Sharon Stone, surge como uma centelha perigosa, ao associar os trágicos acontecimentos na China das últimas semanas à maneira como o governo daquele país tem conduzido sua política em relação ao Tibete. Por isso, o líder tibetano esclarece que, do ponto de vista budista, tudo é carma, mas diz não compartilhar do ponto de vista da atriz.
Muitos podem entender que o Dalai Lama apenas procurou ser politicamente correto e não despertar a ira do governo chinês. Mas não teria Jesus sido criticado da mesma forma? O líder budista não poderia, na verdade, deixar de se posicionar, fiel às suas crenças, da mesma forma que o Cristo. Considerar as 69 mil mortes responsabilidade daquele governo seria transferir as conseqüências dos atos de uns para ser assumidas por terceiros.
Perante a Doutrina Espírita, o entendimento é o mesmo. Os sofrimentos pelos quais passamos na Terra têm de ter uma razão, por isso, a Lei de Causa e Efeito é um dos seus princípios básicos. E seria um absurdo considerarmos que se Deus existe – e por ser o Ser Supremo, possui todas as qualidades humanas em grau superior – Ele permitiria que uma Lei sua fizesse alguém sofrer por culpa de outro. Diga-se de passagem que o conceito de carma é bastante semelhante à Lei de Causa e Efeito espírita. Embora seja comumente usada como referência ao que ocorre quando praticamos o mal, a palavra carma, ou karma, significa “ação” em sânscrito, e portanto expressa a idéia de que para toda ação há uma reação, seja esta ação boa ou ruim.
É natural desejarmos que um dia o povo do Tibete seja livre do domínio humano, mas segundo o ensinamento de Jesus e o exemplo do Dalai Lama, mais importante que isso é desejarmos que todos nos libertemos da prisão interior criada por nós mesmos.
este texto é de autoria de José Antonio M. Pereira que é espírita há 28 anos, tendo atuado principalmente na área de evangelização juvenil. Atualmente, é integrante da Casa de Emmanuel, no Rio de Janeiro, e da equipe do Serviço de Perguntas e Respostas do Espiritismo.net, site de onde tiramos esta matéria..
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Reencarnação e Evolução
Urge reparar em que a reencarnação não é mero princípio regenerativo. A evolução natural nela encontra firme apoio.
Criaturas que avultam e bondade, em muitas ocasiões requerem conhecimento nobilitante, e muitas que se agigantaram na inteligência permanecem à mingua de virtude.
Outras inumeráveis, embora detendo preciosos valores, nos domínios do coração e do cérebro, após longo estágio no plano extrafísico, sentem fome de progresso renovador por inabilitadas, ainda, a ascensões maiores e renunciam à tranqüilidade a que se integram nos grupos afins, porque, no cadinho efervescente da carne, analisando, de novo, as próprias imperfeições, testando-lhes a amplitude nas rudes experiências da vida humana, obtendo mais avançado ensejo de corrigenda e transformação.
Isso não significa que a consciência desencarnada deixe de encontrar possibilidades de expansão nas cidades espirituais que gravitam em torno da Terra. Outras modalidades de estudo e trabalho aí lhe asseguram novos fatores de evolução; contudo, escassa percentagem de criaturas humanas, além da morte, adquirem acesso definitivo aos planos superiores.
A esmagadora maioria jaz ainda ligada às ideologias e raças, pátrias e realizações, famílias e lares do mundo.
É por isso que artistas eméritos, ao notarem o curso diferente das escolas que deixaram no Planeta, sentem-se irresistivelmente atraídos para a reencarnação, a fim de preservar-lhes ou enriquecer-lhes os patrimônios.
Cientistas eminentes, interessados na continuidade dos empreendimentos redentores que largaram em mãos alheias, volvem ao trabalho e à experimentação entre os homens, e, no mesmo espírito missionário, religiosos e filósofos, professores e condutores, homens e mulheres que se distinguem por nobres aspirações retornam, voluntariamente, à esfera física, em sagradas lições de auxílio que lhes valem honrosos degraus de sublimação na escalada para a Divina Luz.
Entendamos, assim, que tanto a regeneração quanto a evolução não se verificam sem preço.
O progresso pode ser comparado a montanha que nos cabe transpor, sofrendo-se naturalmente os problemas e as fadigas da marcha, enquanto que a recuperação e a expiação podem ser consideradas como essa mesma subida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.
Se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo.
E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam debitados a compromissos de ontem, porque, com a prudência ou imprudência, com a preguiça e o trabalho, com o bem e o mal, melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo-se que todo dia, no exercício de nossa vontade, formamos novas causas, refazendo o destino.
PARTICULARIDADES DA REENCARNAÇÃO - Perguntar-se-á, razoavelmente, se existe uma técnica invariável no serviço reencarnatório. Seria o mesmo que indagar se a morte na Terra é única em seus processos para todas as criaturas.
Cada entidade reencarnante apresenta particularidades essenciais na recorporificação a que se entrega na esfera física, quanto cada pessoa expõe característicos quando se rende ao processo liberatório, não obstante o nascimento e a morte parecerem iguais.
Os Espíritos categoricamente superiores, quase sempre, em ligação sutil com a mente materna que lhes oferta guarida, podem plasmar por si mesmos, e, não raro, com a colaboração de instrutores da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras experiências, interferindo nas essências cromossômicas, com vistas às tarefas que lhes cabem desempenhar.
Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideismo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno da "ovoidização", sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios orgânicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiental.
Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.
RESTRINGIMENTO DO CORPO ESPIRITUAL - Institutos de escultura anatômica funcionam, por isso, no Plano Espiritual, brunindo formas diversas, de modo a orientar os mapas ou prefigurações do serviço que aos reencarnados competirá, mais tarde, atender.
Corpos, membros, órgãos, fibras e células são aí esboçados e estudados, antes que se definam os primórdios da rematerialização terrestre, porque, nesses casos, em que a alma oscila entre méritos e deméritos, a reencarnação permanece sob os auspícios de autoridades e servidores da Justiça Espiritual que administra recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras edificantes que lhe constem do currículo da existência.
Para isso, os candidatos à reencarnação, sem superioridade suficiente de modo a supervisioná-la com o seu próprio critério e distantes da inferioridade primitivistas que deles faria escravos absolutos da herança física, são admitidos a instituições-hospitais em que magnetizadores desencarnados, bastantes competentes pela nobreza íntima, se incumbem de aplicar-lhes fluidos balsamizantes que os adormeçam, por períodos variáveis, de conformidade com a evolução moral que enunciem, a fim de que os princípios psicossomáticos se adaptem a justo restringimento, em bases de sonoterapia.
Desse modo, regressam ao berço humano, nas condições precisas, recolhidas a novo corpo, qual operário detentor de virtudes e defeitos a quem se concede novo
uniforme de trabalho e nova oportunidade de realização.
André Luiz
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