Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Somos todos irmãos, queiramos ou não...


Mergulhados na Vida material ficam os Seres humanos tomados por uma profunda impressão de que tudo se resume ao que têm de experiência nela.

Dá a impressão de que a Vida é realmente apenas e tão somente o que a Vida material demonstra.

Assim, as pessoas dão importância para coisas que efetivamente não têm importância, a não ser durante esta experiência.

Mas, se cada um pudesse se ver como realmente é, um Espírito, certamente muitos "conceitos" cairiam por terra em suas mentes, em seus íntimos.

Espíritos não têm cor de pele.

Não apresentam sexualidade - embora alguns queiram dizer que sim, o que é ledo engado.

Não se condicionam a partidarismos políticos - apenas enquanto ainda estão apegados às experiências materiais, por imperfeições que são próprias da ilusão que ainda guardam consigo transitoriamente, algo que deixará de fazer parte deles cedo ou tarde, conforme compreendam seu real e verdadeiro estado: o de Espírito!

Assim, na Verdadeira Vida, que é a Vida de Espírito, todos somos iguais. Iguaizinhos enquanto Espíritos!

O que nos diferencia verdadeiramente é nosso estado moral! Apenas isso!

Nada de dar importância para cor da pele, para opção sexual, para escolha política, para time de futebol, para nível social, para títulos acadêmicos... Nada!

Na Vida Maior nos vemos como somos. A nós mesmos e uns aos outros! Somos transparentes. O corpo material não mais nos acolhe e tampouco nos esconde. Não temos mais "esconderijo".

Nesta Vida temos de aprender, temos que gerar vontade dentro de nós para seguir adiante. É possível estagnar, mas o preço para esta escolha não é baixo!

Enfim, enquanto Espíritos, entendemos verdadeiramente que somos todos filhos de um um mesmo Criador!

Então, compreendemos que somos irmãos e que é necessário cultivar sinceramente o espírito de fraternidade, que se ausenta do coração quando estamos mergulhados em um corpo material transitório, mas que necessita ser buscado mesmo nesta fase da Vida.

Vida que não é o que parece na Terra: é muito mais do que isso!

Fomos criados pela Eternidade, para a imortalidade, mas para aprender a amar pela eternidade, pois este é o desejo do Criador!


Psicografia recebida em 30 de novembro de 2016
Albino Teixeira

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Membro-fantasma


Foi o médico norte-americano Silas Weir Mitchell que cunhou a expressão “membro fantasma” depois da Guerra Civil. Ainda não havia, naquela época, os antibióticos, daí as amputações de milhares de membros infectados pela gangrena e muitos soldados voltavam para casa com membros fantasmas.

O cirurgião francês Ambroise Paré (1509-1590) considerado o “pai da cirurgia moderna”, 1 também foi testemunha da persistência da sensação em membros depois de amputados.

Depois de perder o braço direito em um ataque que não deu certo a Santa Cruz de Tenerife, Lord Nelson (1758-1805] sofreu dores terríveis no membro fantasma com a inconfundível sensação de dedos se fincando na palma da mão inexistente. Essas sensações fantasmagóricas levou o ilustre almirante dizer que o membro fantasma era “uma prova direta da existência da alma.” 2 Se um braço pode existir depois de retirado, por que a pessoa inteira não pode sobreviver à aniquilação física do corpo?

O ilustre pensador e Codificador Espírita Allan Kardec vem ao encontro do notável almirante britânico, ratificando e complementando:

“O perispírito é o laço que à matéria do corpo prende o Espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria. É o princípio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no Espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores. No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações.” 3

E mais adiante volta a esclarecer:

“Do mesmo modo, se o Espírito não tivesse perispírito, seria inacessível a toda e qualquer sensação dolorosa.” 4

Segundo o neurologista V. S. Ramachadran não são apenas pernas e braços fantasmas, há muitos casos de seios fantasmas em muitas pacientes que sofreram uma mastectomia radical (retirada da mama). O renomado neurologista registra também um caso de apêndice fantasma onde o paciente se recusava a acreditar que o cirurgião o tinha retirado devido as dores que persistiam.

O neurocirurgião norte-americano Wilder Graves Penfild (1891-1976) durante as décadas de 1940 e 1950, estabeleceu uma distribuição topográfica detalhada das áreas sensoriais e motoras do cérebro, isto é, um mapa desenhado com informações compiladas de cérebros humanos reais. Penfild fez várias cirurgias de cérebro em pacientes sob anestesia local e como em muitas vezes grande parte do cérebro ficava exposta durante a operação, ele aproveitava a oportunidade para fazer experiências que nunca tinham sido tentadas antes. Estimulando regiões específicas dos cérebros de pacientes com um eletrodo e simplesmente perguntando o que sentiam, Penfild trouxe a tona todos os tipos de sensações, imagens e lembranças, e as áreas do cérebro puderam ser mapeadas. Penfield descobriu surpreso que a área envolvida com os lábios ou com os dedos, ocupava tanto espaço quanto a área envolvida com todo o tronco do corpo e concluiu que assim seria porque os lábios e os dedos são altamente sensíveis ao toque e capazes de discriminação muito apurada, enquanto o tronco seria menos sensível. Muito bem!

Essas questões levaram Tim Pons e seus colegas a entrarem na pesquisa:

“Sua estratégia foi registrar sinais dos cérebros de macacos que tinham sido submetidos a uma rizotomia dorsal – um procedimento em que todas as fibras nervosas que transportam informações sensoriais de um braço para a medula espinhal são completamente cortadas. Onze anos depois da cirurgia, eles anestesiaram os animais, abriram seus crânios e fizeram registros a partir do mapa somatossensório. Como o braço paralisado do macaco não estava enviando mensagens ao cérebro, não se esperava registrar quaisquer sinais quando você tocasse na mão inútil do macaco e registrasse a partir da “área da mão” no cérebro. Deveria haver um grande nesga de córtex silenciosa correspondente à área afetada.

De fato, quando os pesquisadores bateram na mão inútil, não houve nenhuma atividade nesta região. Mas, para sua surpresa, eles descobriram que, quando tocaram no rosto do macaco, as células cerebrais correspondentes à mão “morta” começaram a se excitar vigorosamente. (O mesmo aconteceu com as células correspondentes à face, mas isso já era esperado.) Aparentemente, a informação sensorial da face do macaco não somente ia para a área da face no córtex, como aconteceria num animal normal, mas também tinha invadido o território da mão paralisada!” 5

O Dr. Ramachadran resolveu também embarcar na pesquisa e descobre no rosto de Tom (um de seus pacientes com membro fantasma), um mapa completo da mão fantasma e concluiu que a maneira de explicar o toque, que gerou sensações na mão fantasma numa área tão distante do tronco (o rosto), seria no mapeamento peculiar das partes do corpo no cérebro, como rosto se localizando logo abaixo da mão.

Não satisfeito o Dr. Ramachadran continuou a explorar a superfície do corpo de Tom. Quando tocava seu tórax, o ombro direito, a perna direita ou a parte inferior das costas, ele tinha sensações apenas nesses lugares e não no fantasma. Mas pesquisa vai, pesquisa vem e o Dr. Ramachadran descobri um segundo e bem traçado mapa de sua mão desaparecida, agora na parte superior do braço esquerdo, acima poucos centímetros da linha da amputação. Quando tocava a superfície da pele deste mapa no braço de Tom, o Dr. Ramachadran provocava sensações localizadas precisamente em cada dedo. Uau!

Não demorou muito e o neurologista italiano, Dr. Salvatore Aglioti descobriu que muitas mulheres submetidas a mastectomia radical sentiam nítidos seios fantasmas. Procurando por respostas ele resolve pesquisar e descobre que estimulando regiões adjacentes no tórax, isto é, partes do esterno e da clavículas, produzia sensações no mamilo do seio fantasma.

A causa destes fenômenos não é o cérebro, como querem os acadêmicos reducionistas e sim o Espírito via perispírito. Com a palavra Allan Kardec:

“...Ora, não sendo o perispírito, realmente, mais do que simples agente de transmissão, pois que no Espírito é que está a consciência, lógico será deduzir-se que, se pudesse existir perispírito sem Espírito, aquele nada sentiria, exatamente como um corpo que morreu.” 6

Lamentamos profundamente pelo descaso dos neurocientistas que pensam que o cérebro é tudo. As vezes parecem mágicos tentando tirar da cartola não apenas coelhos, mas sim, o segredo da vida. Outras vezes parecem malabaristas e com contorcionismos mentais tentam agradar a gregos e troianos. Parece que agora temos uma neofrenologia!

Mais uma vez vamos ao encontro de Kardec, para ouvir suas advertências:

“Tomando em consideração apenas o elemento material ponderável, a Medicina, na apreciação dos fatos, se priva de uma causa incessante de ação. Não cabe, aqui, porém, o exame desta questão. Somente faremos notar que no conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.” 7

Vale a pena lembrar que no fenômeno da amputação o que é cortado ou retirado é a parte física do corpo. A chave para explicação dos membros ou sensações fantasmas, é o perispírito e fim papo!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Bom senso


A Dourina e a Filosofia Espírita primam sempre pelo equilíbrio, e não pelos extremismos alienantes da rebeldia arrogante, que insulta e violenta a todos com o disparatar do verbalismo inflamado, a incendiar com a discórdia o campo da Paz.

O Movimento Espírita Brasileiro Sempre foi agitado por abusos cometidos pelos pseudo-sábios espíritas, que disseminam absurdos aos montes.

Os fluidistas são estudiosos da obra de Roustaing e os laicistas adversários dos roustainguistas.

Lamentavelmente com esse bate-boca, Kardec é colocado em segundo plano, ou, o que é pior, esquecido.

Fazer do Espiritismo meio de dissensão é, sem dúvida nenhuma, um absurdo dos mais grosseiros.

Allan Kardec, o mestre por excelência, mostrou que a educação espírita se faz de forma integral com Jesus, aliás, esse é o pensamento que dá base a toda Doutrina Espírita.

Então por que toda essa discussão em torno de Jesus?

A religião Espírita é natural, está na Natureza, porque é aonde encontramos as leis de Deus, que também está em nossa consciência. Não vai levar a nada os formalismos desnecessários, e nem a indiferença daqueles que propagam um Espiritismo sem Jesus.

Na introdução de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Kardec em suas primeiras palavras, declara com sabedoria:

“Podem dividir-se em cinco partes as matérias nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ENSINO MORAL. As quatro primeiras têm sido objeto de CONTROVÉRSIAS: a última porém, conservou-se constantemente INATACÁVEL. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sobre o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais constituiu MATÉRIA DAS DISPUTAS RELIGIOSAS, que sempre e por toda parte se originam das questões dogmáticas. Aliás, se discutissem, nele teriam as seitas encontrado a sua própria CONDENAÇÃO, visto que, na MAIORIA, elas se agarram mais à parte MÍSTICA do que à parte MORAL, QUE EXIGE DE CADA UM A REFORMA DE SI MESMO.”


Nem oito, nem oitenta, o Espiritismo deve ser o fiel da balança das leis morais e deixar a intemperança dos ideólogos equivocados, que pensam revolucionar o mundo, em discussões desvairadas desnecessárias dos propagadores da discórdia.

Vamos botar a mão na consciência e lembrar que as leis de Deus, estão escritas em nossa consciência e não esquecer, que Jesus continua senso “o tipo mais perfeito” que ele é para toda humanidade, o guia e modelo que todos devemos seguir.

E para encerrar:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”

sábado, 26 de novembro de 2016

Kardec


“Ah! quando todos os homens compreenderem tudo o que encerram as palavras amor e caridade, na Terra não haverá mais soldados nem inimigos; só haverá irmãos; não haverá mais olhares torvos e irritados; só haverá frontes inclinadas para Deus!"

"Não há fé inabalável senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da humanidade. "

"Os homens não são igualmente ricos por não serem eles igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar."


As frases acima são palavras ditas por Kardec, que denunciam sua extrema inteligência e, por simples que possam parecer, somos muito limitados para compreendê-las totalmente, exigindo de nós freqüente repetição e constantes reflexões.

É bom pensar um pouco mais sobre seu trabalho na Terra, além de analisar sua luta na educação dos homens, que sempre foi seu objetivo primeiro, como se tivesse vindo habitar este inundo corri a missão bem clara de iluminar as almas que aqui se encontram.

Sempre é bom lembrar e reconhecer a importância da existência de Kardec, não só na implantação de uma nova doutrina.

Muito antes de se deparar com os fenômenos das mesas girantes, que em sua época eram motivo de distração e curiosidade entre os homens ociosos e ávidos de divertimento, encontrando por trás deles os Espíritos, sua causa determinante, o professor Hippolyte, seu nome antes de se popularizar como Allan Kardec, fora homem que se destacou pelo seu espírito de método e organização, em vários os campos da Ciência, mostrando-se perseverante na busca da verdade, o que demonstrou em todos os seus trabalhos, entre eles a própria codificação do Espiritismo.

Suas numerosas obras publicadas, de natureza muito diferente umas das outras, como gramática, aritmética, geometria, física, química, astronomia, fisiologia, além de numerosas outras de métodos didáticos, demonstram sua capacidade intelectual.

Sua evolução moral é demonstrada na sua preocupação em esclarecer as massas, o que já fazia desde muito cedo como discípulo de Pestalozzi.

Conciso, profundo, era capaz de se fazer compreendido pela linguagem simples, própria das grandes almas e assim passava seus conhecimentos àqueles que o rodeavam interessados em aprender, pois o saber, nesse tempo, era reservado a uma minoria privilegiada.

Ainda nesta linha de raciocínio, devemos lembrar que esse trabalho era gratuito, em sua própria residência, que se transformara em escola.

Apesar de sua forma humilde de viver, era reconhecido como homem íntegro e honrado, sábio e generoso, por seus trabalhos muito apreciados, o que o fez participar de inúmeras associações entre os intelectuais de seu tempo.

Que possa ssrvir para que, conforme propõe a Revista Espírita de maio de 1869, na biografia de Allan Kardec: sejamos como ele, infatigáveis, tolerantes e solidários, e não temamos seguir-lhe o exemplo, reconsiderando, quantas vezes for preciso, os princípios daquele que matou a morte e mostrou-nos o caminho da perfeição, a serviço de Jesus, renovando nossas esperanças de Paz e Felicidade, além de trazer-nos a compreensão do que nos rodeia e do que nos aguarda como Espíritos eternos, criados para o aperfeiçoamento constante.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Laços de família


Os laços de família não se verificam por acaso: há uma Lei Divina comandando o destino e a união das almas na vida corpórea. Antes de acolhermos nos braços, com ternura, o ser pequenino, pelas vias da maternidade sagrada, idealizamos para ele o melhor: o corpo mais perfeito, a saúde orgânica integral, a inteligência lúcida; mas não devemos esquecer que essa escolha já foi feita realmente por nós, desde muito tempo, sem ilusões e sonhos, na maioria das vezes, antes de reencarnarmos. Deste modo não devemos alarmar-nos com o que os filhos possam trazer para nós de trabalhos dificuldades e problemas, desde tenra idade.

Nossos filhos, em verdade, não são nossos filhos: São filhos de Deus, e temporariamente se encontram sob nossos cuidados. Junto aos filhos simpáticos, pacíficos e obedientes, surgem também aqueles outros que, desde o berço, já começam a provocar preocupações, irritações, tensões emocionais, aborrecimentos, angústias e canseiras físicas e psíquicas, por apresentarem um temperamento forte de rebeldia e desobediência, destacando-se pela insubordinação e leviandade. São os filhos problema que a Lei da Reencarnação trouxe ao nosso convívio familiar, ensejando a oportunidade de renovação de seus destinos. É o reencontro para a reconciliação indispensável entre pais e filhos, em busca de um melhor futuro espiritual. Na intimidade do coração, os pais sempre indagam quem são estes filhos diferentes que trazem uma maior dose de lutas e trabalhos. O mentor espiritual Emmanuel explica: "Os filhos-problema são aqueles mesmos espíritos que prejudicamos, desfigurando-lhes o caráter e envenenando-lhes os sentimentos".

Os filhos difíceis são filhos de nossas próprias obras, em vidas passadas, que a Providência Divina agora encontra a possibilidade de nos unir pelos laços da consanguinidade, dando-nos a maravilhosa chance de resgate, reparação e os serviços árduos da educação.

A primeira atitude construtiva dos pais, ante os filhos rebeldes, é desenvolverem em si mesmos a grande compreensão, para não se deixarem dominar pela revolta e amargura, julgando que são infelizes e perseguidos pela má sorte... O evangelho de Allan Kardec nos ensina: "Não recuseis, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que vos paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que o enviou. Uma intuição imperfeita do passado se revela e dela podeis deduzir que um ou outro já odiou ou foi odiado, que um ou outro veio para perdoar ou para expiar".

Encontramos no livro do espírito André Luiz, "Nos Domínios da Mediunidade" cap. 24, psicografia de Francisco C. Xavier, um fato interessante sobre reencarnação e família. Na encarnação atual, vamos encontrar o pai de nome Júlio, espírita convicto, acometido de paralisia das pernas e que possui quatro filhos desorientados: Américo sofre de perturbação mental. Márcio é vítima do alcoolismo e Guilherme e Benício vivem na leviandade e extravagâncias noturnas. Os Espíritos Superiores revelaram a André Luiz que, em vida passada Júlio, o pai, fora chefe de um grupo de assaltantes e desencaminhou quatro rapazes para aventuras delituosas, os quais, hoje, são seus filhos desequilibrados. Teremos sempre os filhos de que precisamos e merecemos, dentro dos estatutos da Justiça Divina e através dos processos redentores das reencarnações expiatórias.

Os pais espíritas com cérebros esclarecidos e os corações iluminados pela Doutrina Kardecista, devem ficar felizes por encontrarem esta oportunidade grandiosa de cooperar na recuperação de espíritos infelizes; a quem devem e que talvez, há longo tempo, esperam por esta bênção do reencontro.

Walter

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

As duas asas



É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma pedreira. As de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e irregulares, agressivas ao tato.

As pedras de rio são lisas e roliças, já sofreram um polimento natural. Ao longo do tempo, a correnteza das águas vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar-lhes as arestas.

Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as outras, como esferas lubrificadas de um rolimã.

O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado ao do burilamento das pedras de rio.

O Espírito é criado puro e ignorante. Puro, porque não traz qualquer tendência para o mal. ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer conhecimento.

Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida também nos atira uns contra outros: somos levados a conviver entre semelhantes. Em nossa infância espiritual, ainda como pedras-brutas, essa convivência é marcada pelo atrito entre nossas arestas.

A rusticidade do homem das cavernas nos mostra o que foram nossas primeiras encarnações; o instinto animal predominando sobre a razão e o sentimento, a matéria sobre o Espírito, o estado de guerra como condição permanente.

Passaram-se séculos e milênios, abandonamos as cavernas, participamos da construção, do apogeu e da queda de diferentes impérios, vivenciamos diversas culturas.

Com as conquistas da ciência, domesticamos a natureza, transformamos a paisagem ao nosso redor, descobrimos como tornar a existência mais confortável. Observando, no entanto, nosso mundo interior, nos deparamos com a presença incômoda e persistente de imperfeições atávicas, paleolíticas.

A História nos revela que, mesmo após deixar as cavernas, o homem conservou traços do troglodita em sua intimidade espiritual.

Foram nosso orgulho e nosso egoísmo que produziram as guerras, os massacres das Cruzadas, as fogueiras da Inquisição e os horrores da Escravatura.

Ingênuos os que supõem que não estavam lá. Assim, ao longo desses séculos, avançamos muito mais no progresso material, exterior, do que a jornada ética, íntima, do Espírito.

Mas, é necessário começar a jornada íntima e mudar, também, o panorama interior. Quanto mais cedo, melhor para todos nós!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Julgar para variar


Qual de nós é tão bom - puro nos sentimentos para julgar os maus atos de nossos irmãos?

Julgar - condenar o erro dos outros irmãos ou irmãs é tarefa que fazemos com tanta facilidade e frequência.

Então, pergunto:

Por que é tão difícil e quase nunca fazemos esse julgamento a nós mesmos?

Fica a dica.

Maurício
psicografia recebida no NEPT em 18 de novembro de 2016

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Sem receio



Amigos

Não fiquem com receio do porvir.

Fiquem com bom ânimo, muita coragem para enfrentar os altos e baixos da vida, que é normal enquanto humanos.

Se assim não fosse, tudo seria anormal.

Vamos em frente com confiança, Fé e Amor.

Abraços do amigo
Brólio
psicografia recebida no NEPT em 18 de novembro de 2016

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Aos Espíritas


Aos trabalhadores da última hora, a nós mesmos, pois somos todos trabalhadores da última hora, não percamos tempo com mesquinharia, futilidades, conversações malsãs.

O tempo - oportunidade - em fazer o bem está em curso e quiçá seja a última oportunidade de realizar -,efetivar - a tão desejada reforma íntima neste Planeta Terra.

"Os tempos são chegados" e aquele ou aquela que não souber aproveitar os tempos difíceis para se reformar no Bem dificilmente terá a chance de reencarnar nesta Casa - Terra - pois voltarão somente os Espíritos que estiverem aptos a habitar o Planeta na condição de Regeneração.

É sabido por muitos de nós que a transição do Planeta de Provas e Expiações para Regeneração ocorrerá com a mudança de cada ser, ou seja, os Espíritos é quem mudarão a condição do Planeta.

A Regeneração é do Espírito para habitar o Planeta nessa condição.

Aproveitemos todas as oportunidades de praticar o bem, e simultaneamente nos transformarmos em pessoas de bem para retornarmos ao berço - Terra.

Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.

Um amigo de todos.
psicografia recebida no NEPT em 18 de novembro de 2016

sábado, 19 de novembro de 2016

Vagas aspirações


Alegam os mais ferrenhos materialistas que o conhecimento da sobrevivência, — se de fato ela existisse, — não serviria senão para perturbar a visão presente do homem desviando-o da execução pura e simples das tarefas imediatas. Kardec, que condenou a vida contemplativa, e pregou a necessidade da ação contínua, dando o exemplo concreto da sua própria vida de militante espírita, replica: "... a incerteza, no tocante às coisas da vida futura, faz que a homem se lance, com uma espécie de frenesi, sobre as da vida material."

A réplica de Kardec não exige demonstrações. A vida moderna, baseada no materialismo prático do mundo capitalista, vale por uma experiência natural, em escala de assombro. Nunca se viu tamanho frenesi na procura dos bens materiais. A advertência de Bacon: "Busca primeiro as boas coisas do espírito, que o resto será suprido ou não sentirás a sua falta", com base naquela do Cristo: "Busca primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais te será dado por acréscimo", não soa no coração, mas apenas nos tímpanos desatentos do homem moderno. Diante disso, poderíamos esperar do materialismo teórico ou filosófico uma nova aplicação do princípio de Hahnemann, — similia similibus curantur — para curar o mundo desse delírio febril? Kardec diz ainda: "Esse é o inevitável efeito das épocas de transição. O edifício do passado rui, sem que o do futuro esteja construído. O homem é como o adolescente, que não tem mais a crença ingênua dos primeiros anos e não adquiriu ainda os conhecimentos da idade madura. Não possui mais do que vagas aspirações, que não sabe definir."

A sociedade socialista, baseada na filosofia materialista mais avançada, terminaria atormentada por essas "vagas aspirações" de que nos fala Kardec. E mais uma vez surgiria, no seu próprio seio, a luta entre o velho e o novo. A hipótese não é gratuita, pois para tal não acontecer, seria necessário que não existisse uma vida futura, que a sobrevivência não fosse uma das realidades do Universo.

José Herculano Pires

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O lampadario


Um objeto qualquer para iluminar um ambiente precisa estar no alto de algum mobiliário ou no alto de uma parede/teto para clarear a muitos lugares - extremidades do local.

Ao contrário dessa exposição, um Espírito de Luz ou Espírito Superior não necessita estar em posição local de alto para ser visto, pois um Ser - quer esteja encarnado ou desencarnado - irradia sua Luz em qualquer posição que esteja.

Façamos iluminar o ambiente o qual estejamos mantendo-nos com o pensamento voltado ao bem; com o desejo de praticar e agir com a caridade. Desta maneira conseguiremos iluminar a nós mesmos e auxiliaremos para a Boa iluminação do ambiente.

Jesus esteja junto de nós hoje e sempre.

Joana Maria
Psicografia recebida no NEPT

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A mensagem do Cristo


O Cristo em sua passagem fugaz pela matéria nos trouxe a mais revolucionária e libertadora mensagem.

De tal força e vigor que foi ela um divisor de águas para toda a humanidade.

Refere-se ao Planeta antes e depois do Cristo, ao Homem Velho e ao Homem Novo.

O próprio Cristo enquanto entre nós na carne mencionou que nos trouxe "a espada".

Convocou-nos então para uma luta, nos chamou para papel mais ativo desta luta.

Cabe a nós empunhar a Espada que divide em nós mesmos este Homem Velho do Novo.

Esta espada que acima de tudo deve travar a luta cotidiana contra nossos próprios vícios, nossas vicissitudes, nossos erros milenares fazendo de nós partícipes e autores da própria redenção que é a auto-evangelização.

Que Deus nos oriente e guie sempre neste bom combate.

Abraços fraternos
Roberto Brólio
psicografia recebida no NEPT em 16 de outubro de 2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Criaturas de Deus


Cada um de nós é uma parte da Divina Criação.

É por isso que somos chamados de filhos de Deus.

Entretanto, muita pouca gente se comporta como filho de Deus.

É triste para mim constatar que na vida passada eu agi mais como um animal irracional do que racional.

Por várias vezes eu "perdi" a razão e deixei o lado animal agir e agir com violência.

Oh! como me envergonho dessas atitudes de ferocidade.

Tenho ainda agido dessa maneira como um animal feroz quando acuado, mas ajo assim de modo mais brando, consciente dessa ação e isso me mostra que, realmente, a morte do corpo físico não é passagem para a angelitude.

O "eu" interior, o que era no meu íntimo - personalidade - continua, nada mudou em mim.

É certo que no lado dos mortos - Espiritualidade - a consciência do que somos e o que fazemos é muito mais visível do que na forma de encarnado, pois camuflamos ser o que não somos e às vezes, somos acreditados nessa "performance" falsa.

Não vou alongar nesse texto, acho que transmite o que penso a respeito do assunto: transparência na personalidade.

Fica com Deus, meus amigos e minhas amigas.

E que Jesus nos guie sempre.

Marcos Paulo
psicografia recebida no NEPT

terça-feira, 15 de novembro de 2016

A prece


Traço de luz que une a criatura ao Criador, deve brotar do coração com sentimentos de fé no Pai, em sua misericórdia, em seu amparo. Não importam as palavras que traduzam esses sentimentos. Não será a beleza do verbo, nem sua extensão que a tornaram mais meritória. Importa unicamente nossos anseios verdadeiramente nobres.

A prece é uma invocação, é o nosso apelo à Espiritualidade Superior, é a nossa busca de sintoma com os Bons Espíritos e através deles à Deus. Por ela nos colocamos em relação mental com o ser a quem nos dirigimos. Por ela nossos pensamentos podem também favorecer àqueles pelos quais pedirmos.

A prece é ato de submissão e louvor à Deus - origem de todas as coisas, cuja grandeza imensurável não podemos abranger com o nosso entendimento de criaturas no início da caminhada para a perfeição espiritual, comprimidos entre a animalidade e a angelitude. Sendo Deus a suprema justiça e misericórdia ao nos obedecermos suas leis estaremos escolhendo o melhor para nós próprios. Tudo o que vem do Pai é bom para os filhos perante as realidades espirituais que nem sempre conseguimos alcançar.

Louvar é exaltar, é glorificar a grandeza do Senhor, criador do Universo, soberanamente justo e bom, origem de todas as coisas, emanante de amor.

A prece pode encerrar pedidos de graças, de auxílios que necessitemos.

Devemos pedir forças para superarmos nossas mazelas; pedir os dons preciosos da paciência da resignação e da fé e não beneficios materiais, efêmeros e o mais das vezes inúteis ou prejudiciais ao verdadeiro bem de nosso espírito imortal.

A prece deve exprimir nossa gratidão por sermos, por vivermos no mundo material para evoluirmos através das provas e expiações que nos propiciam a redenção e o aprendizado, que desenvolvem a inteligência e a capacidade de amar - azas que nos permitem vôos evolutivos. Gratidão pelo amparo, pela assistência dos amigos espirituais que nos orientam e guiam na jornada da carne. Gratidão pelo alívio das dores e das aflições que sabemos originadas por nós mesmos - resultantes da "Lei da Ação e Reação".

Orar significa buscar sintoma com as esferas mais elevadas. Deve ser ato constante em nossas vidas pois nos favorece na assimilação dos fluidos espirituais que fortificam o corpo e a alma. Nos favorece a intuição pela qual "ouvimos" a orientação das entidades mais elevadas. Nos favorecerá sempre porque aquele que pede recebe, o que busca acha e ao que bate abrir-se-ão as portas da espiritualidade.

Ore, Deus o atenderá!


Homero

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Bondade para com os animais


"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, ou caráter bondoso.

Quem é cruel com os animais não poderá ser diferente com os Seres humanos."


Arthur Shopenhauer

sábado, 12 de novembro de 2016

Olhar para o Universo é olhar para dentro de si mesmo


Olhar o Universo é uma expressão interessante, pois, mesmo com os mais apurados instrumentos que possa ter a humanidade, ela jamais terá a mais pálida ideia do que realmente é isto o que denomina Universo.

A humanidade terrena é parcela ínfima da criação, mas ainda assim importante, pois não só fez parte dela como auxilia na sua preservação e criação.

De outro ponto de vista, pode-se dizer que o ser humano na Terra tem uma oportunidade rara para aprender com a matéria física e, ao mesmo tempo, a desprender-se dela, afinal toda criatura humana é uma fagulha do Criador que tem em sua destinação ir ao encontro do Criador como um imâ.

Então, pode-se imaginar que cada partícula criada em sua natureza, não só da Terra, está sob a observação do Criador e a Ele irá se dirigir, ainda que encontre dificuldades para tal intento.

E dirigir-se ao Criador significa que a destinação de todos é amar.

Amar a tudo e a todos.

Pois o Criador é amor. Amor puro.

Quando consciente de si mesmo e portador do livre arbítrio a criatura inicia sua definitiva jornada de retorno às origens.

Se fizer as escolhas justas, certamente irá de encontro ao Criador com maior brevidade.

Se suas escolhas forem equivocadas, pautadas no egoísmo e no orgulho, que são a antítese do amor, retardará sua jornada, para caminhar em atalhos dolorosos que lhe custarão provas e penas, para decorrência de seus próprios atos, na Lei Universal de Ação e Reação.

O destino é o Amor sempre.

Mas o caminho poderá ser trilhado pela dor, de acordo com as escolhas de cada um.

Ainda que pequeninas partículas do Universo, somos inteligências que necessitam ser trabalhadas para o progresso e para a evolução.

Atentemos para a própria jornada.

Façamos as melhores escolhas e afastem de nós maiores dificuldades do que aqueles que já cultivaram em nosso passado.

Aprendamos com as lições do Mestre de Nazaré e cultivemos o amor como nosso anjo guardião.

Que assim seja.


Albino Teixeira.
psicografia recebida no NEPT em 11 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Conquistar a paciência


Em todos os tentames da vida somos impulsionados à prática da paciência.

Nas negociações diárias necessitamos de serenidade, compreensão e tolerância, sem isso corremos sérios riscos de realizarmos péssimos negócios.

Na convivência com o próximo, muitas vezes somos convidados a calarmos para que o nosso silêncio seja o caminho da harmonia.

Todo trabalho profissional exige de cada um de nós paciência, no estudo, no estágio, no exercício legal da profissão, tudo na vida, naturalmente nos concita à paciência, até parece que ela deve ser a nossa eterna companheira.

No entanto não devemos confundir paciência com aprovação ao desequilíbrio, quando calamos diante do agressor esfaimado, não significa que somos mais fracos do que ele e sim que não somos igual a ele, já acreditamos que podemos dar um tempo para ele se refazer.

Quando perdoamos o delinquente, não queremos dizer que ele esteja certo, mas acreditamos que ele merece uma nova oportunidade.

Quando decidimos continuar junto ao familiar incompreensível e irritado, não queremos aprovar a sua personalidade equívoca, mas dizermos a ele com nossa vida que somos capazes de perdoá-lo.

Ao sentirmos a necessidade do bem para todos, pautamos nossas atitudes numa posição confiante e superamos com mais facilidade as adversidades da vida. Com paciência ou sem ela teremos que viver, já que nos facilita o entendimento e a compreensão do outro e de nós mesmos, é inteligível que a abracemos com sua função educadora. Melhor suportar hoje e sermos livres amanhã, do que volvermos à mesma experiência.

A paciência nos permite isso:

Diante da dor, paciência.

Diante da incompreensão, paciência.

Diante dos conflitos, paciência.

Diante do agressor, paciência.

Diante da vida, paciência.

Isso é possível, a paciência reflete toda a confiança que temos em Deus e nas Leis Divinas.


Joanira

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A vida é uma benção


A vida é uma benção.

Não façamos mal a nós mesmos.

Tenhamos fé, tenhamos ânimo, coragem para enfrentar as vicissitudes da vida.

Irmãos, não se destruam.

A Vida, Deus nos deu.

Somente Ele a pode tirar.

Temos um "prazo de validade" na Terra.

Não atentemos contra a vida, nem nossa, nem do próximo.

Vibremos por todos os irmãos infelizes, que possam se restabelecer aqui e aí.

Que a paz do Nosso Senhor Jesus nos ilumine. A todos nós.

Roberto Brólio
psicografia recebida no NEPT em 09 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Mediunidades


O estudo de uma faculdade de natureza biológica ou psíquica tanto mais eficiente se revela quanto maiores oportunidades tem o investigador de processá-lo ao natural, na vivência e movimentação dos indivíduos que detêm a faculdade de estudar.

E tais oportunidades, com relação à mediunidade, Allan Kardec as teve ou as criou, aproveitando-as magistralmente para compor O Livro dos Médiuns, de onde se extrai a admirável síntese conceptual com que ele, o Codificador abre o capítulo XIV da obra:

"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium..."

Nesta colocação, o verbo sentir expressa a idéia básica sobre a mediunidade: um sentido psíquico, de ordem paranormal, capaz de ampliar o alcance preceptivo do ser, conferindo-lhe uma aptidão para servir de instrumento para a comunicação dos Espíritos com os homens, estabelecendo uma ponte entre realidades vibratórias diferentes.

Avançando em seus apontamentos Kardec elucida:

"...Essa faculdade é inerente ao homem; não se constitui, portanto, privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva..."

Esta declaração não tira a clareza do conceito de Kardec pois, o que ele pretendeu, foi estabelecer, didaticamente, uma linha demarcatória entre os indivíduos que agem mediunicamente no campo objetivo, expressando nitidamente a intenção e o pensamento dos Espíritos, e aqueloutros que agem mediunicamente num campo preponderantemente subjetivo expressando a contribuição espiritual de forma imprecisa, subjacente.

Há, portanto, dois níveis bem definidos de mediunidades: um, ostensivo, explícito e bem caracterizado em que o pensamento dos Espíritos comunicantes -apesar das influências do médium -pode sobrepor-se ao deste, e outro, discreto, velado, a manifestar-se no campo da inspiração em que o pensamento incidente se mescla ao do médium sem sobrelevar-se ao mesmo.

A mediunidade ostensiva -podemos chamá-la, também, de dinâmica pelos poderosos circuitos de força que dá origem -é uma outorga, uma prova que o médium pode elevar à categoria de missão pela forma dedicada e responsável como exerce o seu mediunato. Trata-se de um compromisso assumido com a própria consciência para resgate de faltas ou abertura de novos roteiros evolutivos.

O Perispírito do reencarnante candidato à mediunidade é trabalhado pelos Benfeitores Espirituais, na fase preparatória que antecede à reencarnação no sentido de se lhes ajustar as estruturas para que, no momento próprio, se abram ou se ampliem as percepções extrafísicas. O ser como que é adestrado para a tarefa que o espera; ele se apropria de uma ferramenta de que necessita para se reajustar com a Vida.

Algumas vezes, o tipo de vida que levou antes da encarnação como médium abalos emocionais intensos, pressões espirituais decorrentes de processos obsessivos, além de outros fatores - promove as aberturas psíquicas responsáveis pelos registros mediúnicos de então: é como se a Lei Divina colocasse na dor decorrentes de aflições e quedas o princípio qualitativo, automático, regularizador da evolução do ser que se movimenta nas marchas e contramarchas da evolução.

Se tomarmos, à guisa de exemplo, a psicografia e a psicofonia, que são as formas mais comuns de mediunidade de efeitos intelectuais, veremos que, médiuns ostensivos, dadas as características de maior expansibilidade e magnetização especial de seus perispíritos, operarão por contacto perispiritual direto com os Espíritos comunicantes, expressando objetivamente as ideias desses comunicantes. Veremos ainda que, conforme a maior ou menor intensidade da imantação ou independência em relação aos implementos físicos, farão transes automáticos mecânicos em psicografia e inconscientes em psicofonia – semi-mecânicos em psicografia e conscientes em psicofonia.

Já com o nível de mediunidade discreto ou velado -podemos ainda chamá-lo de estático -o que ocorre é uma inspiração. O médium age captando, tão somente, as correntes do pensamento do espírito comunicante, absorvendo-as e entrelaçando-as com as suas próprias idéias.

Que a inspiração corresponde a esse nível de mediunidade, pode depreender-se do pensamento de Kardec no seu estudo sobre os médiuns inspirados, quando assim se expressou: "...A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam...Ela se aplica em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode-se dizer que todos são médiuns..."

Podemos afirmar ainda que essa mediunidade estática se expressa de forma particular e especial na sintonia com o anjo guardião e, por intermédio dele, com os espíritos familiares e protetores. Pelo menos, parece ser este o plano divino para que as forças mediúnicas do homem sejam acionadas naturalmente, clareando as suas rotas evolutivas; e isto dizemos com os Espíritos que ditaram a Codificação, haja vista as lúcidas palavras de Santo Agostinho e São Luiz, na questão 495 de O Livro dos Espíritos: “Não receeis afadigar-nos com as vossas perguntas: ao contrário, procurai sempre estar em relação conosco. Sereis mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens”. A tais palavras mais tarde, o Espírito Channing, nas Dissertações do cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, aditaria:

"Escutai essa voz interior, esse bom gênio que incessantemente vos fala e chegareis a ouvir o vosso anjo guardião...Repito: a voz interior que vos fala ao coração é a dos Bons Espíritos e é desse ponto de vista que todos são médiuns”.

Kardec conclui a sua belíssima definição sobre os médiuns, afirmando: “...É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela da mesma maneira em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações”.

Se a mediunidade se mostra variada no tocante à intensidade, ainda mais diversificada se revela sob o aspecto das formas, modalidades e tipos de fenômenos que propicia. Paulo dizia: "Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito."

Ora, investido o médium de determinadas características e apto para certas mediunidades jamais conseguirá reduzir outras se a sua natureza não o permitir. Assim sendo, a especificidade de cada médium faz com que não existam médiuns nem mediunidades iguais.

Um outro dado que se pode inferir da definição de Kardec é a natureza orgânica da mediunidade. Quando isto se afirma não se pretende alijar o espírito ou colocá-lo à margem do processo mediúnico.

Porventura não dependem as estruturas psicobiofísicas do homem da sua realidade espiritual? Com a mediunidade se dá o mesmo; ela é uma faculdade do espírito que se define e se delineia nas estruturas do Perispírito para emergir na organização física onde está plantada.

Imprescindível, portanto, organizações perispiritual e celular compatíveis a fim de que a mesma se manifeste como fenômeno. Semelhantes organizações, o próprio trabalho mediúnico as desenvolve e aprimora, podendo-se afirmar que a mediunidade é, além do mais, evolutiva.

Imaginemos, didaticamente, que a uma pessoa, num dado momento de sua evolução, seja outorgada uma organização adequada ao exercício mediúnico ostensivo: O aproveitamento desta oportunidade, através do uso responsável e equilibrado da concessão, acabará por aperfeiçoar os seus equipamentos de registro, adequando-os, ainda mais, para o trabalho em novas expressões com vistas ao futuro.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Genialidade: coisas de Espíritos experientes


Gregory Robert Smith é um norte-americano de 13 anos de idade e poderia ser um pré-adolescente comum se já não estivesse prestes a cursar um doutorado em Matemática em Oxford. Sim, doutorado. Aliás, a precocidade dele surpreende. Aos 14 meses resolvia problemas simples da sua matéria preferida, quando aos 10 anos começava a graduação pela Randolph-Macon College, em Washington. Greg chega a cobrar 10 mil dólares por palestra e teve seu nome indicado pela segunda vez ao Prêmio Nobel da Paz pela sua defesa de crianças pobres no mundo. Um talento precoce conhecido, entre outros, foi o do compositor Mozart. Ele compôs minuetos aos 5 anos e escreveu sua primeira ópera aos 14 anos.

Os casos de crianças superdotadas sempre chamaram a atenção. A ciência não possui uma explicação convincente sobre o assunto, alega, apenas, se tratar de uma predisposição genética associada a rápida reação a estímulos externos. Precocidade, porém, não seria mais sinônimo de genialidade. O gênio seria aquele que conseguiria agregar valor, trazer algo de novo a humanidade e não simplesmente ser alguém com uma capacidade acelerada de produção comparada à média geral. Os gênios representariam 0,1% da população mundial, segundo estatísticas otimistas.

O debate sobre o que é realmente a inteligência nunca foi tão promissor como atualmente. Muitas teorias têm ampliado o conceito de inteligência, fugindo ao esquema ultrapassado de medição dela pelo Quociente Intelectual, o Q.I. mediante aplicação do Teste de Binet. Gênios como Greg teriam Q.I. entre 160 a 180, mas o que esse número responderia sobre a origem desta “anormalidade”? Para demonstrar a multivariedade de expressão intelectual, Howard Gardner, professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas que permite compreender a manifestação da inteligência humana pelas capacidades verbal-lingüística; lógico-matemática; visual espacial; rítmica musical; corporal sinestésica; interpessoal; intrapessoal e naturalista dos indivíduos. Outros teóricos, entre eles, Daniel Goleman, advertiram que a inteligência teria também um caráter emocional, demonstrado pelo desenvolvimento de competências como autoconhecimento, autogestão, conhecimento do outro e habilidades sociais. Outro professor da Universidade de Harvard, Robert Coles, salientou a existência do que chamou de Inteligência Moral, isto é, a capacidade de refletir sobre o certo e o errado.

O que todas estas teorias não levaram em consideração é a possibilidade da inteligência ser atributo ou conquista do próprio Ser como resultado acumulativo de seus conhecimentos e vivências de existências anteriores, admitindo-se a reencarnação como fato. As idéias inatas que possui são lembranças espontâneas do seu patrimônio particular, em diferentes esferas de expressão, alguns em estado mais latente como nas chamadas crianças-prodígio. Ficaria bem mais fácil compreender toda essa complexidade da mente humana.Mais recentemente, o Doutor Richard Wolman, também de Harvard, incorporou às demais teorias em voga o conceito de Inteligência Espiritual, que seria a capacidade humana de fazer perguntas fundamentais sobre o significado da vida e de experimentar simultaneamente a conexão perfeita entre cada um de nós e o mundo em que vivemos. Não é exatamente o que define a Doutrina Espírita, mas já é um avanço no entendimento integral do indivíduo.

O atual estágio evolutivo dos seres viventes na Terra ainda não permite uma definição mais próxima do que seria afinal o Espírito, tanto que a resposta dada ao questionamento do organizador do Espiritismo, Allan Kardec, fora superficial, quando afirmou que “são os seres inteligentes da criação”, o que dá a entender que é a inteligência um fator preponderante de caracterização do Ser no processo evolutivo, tanto que possui um corpo mental na sua constituição total.

À inteligência, a que se associar a capacidade de utilizá-la para o bem de si próprio, da comunidade que participa e da humanidade. Este é o sinal que ainda estamos bastante lerdos. Quem dera que os novos gênios que chegam a Terra, muitos deles advindos de outras esferas planetárias, venham-nos a ensinar a conjugação perfeita entre precocidade intelectual com desenvolvimento do senso moral. Isso, certamente, seria coisa de gênio.

Carlos Pereira

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Prece pela Vida


Muitas pessoas lutam pela vida, de muitas maneiras diferentes.

Alguns, em meio às guerras, em meio aos conflitos, se esforçam por mantê-la com garra, embora entremeada pelo desespero, pela desesperança, mas querem a vida, muito!

Outros desejam a continuidade da vida em detrimento de uma enfermidade grave que motiva a visão do futuro, já que sente o limiar entre a vida e a morte a cada passo, a cada cirurgia, a cada pulso de quimioterapia mas, querem viver. E muito!

Há aqueles que guardam dentro de si uma intensa batalha entre a vida e a morte.

Batalha que é deflagrada muitas vezes por uma ocorrência de grandes perdas, de grandes desatinos, de tal forma que a morte lhe parece a única saída, a úncia solução, para um quadro aparentemente sem solução.

Algo insolúvel diante de seus olhos e de sua razão, certamente limitada pelas intensas emoções que lhes dominam o íntimo.

É por estas sequelas que guardam dentro de si as ideações suicidas, os pensamentos de auto-destruição.

Infelizmente muitos concretizam tal ideação e tiram a própria vida.

É uma pena.

É resultado da falta de Fé, do desespero, da desesperança, das incoerências, da loucura que lhes domina o íntimo.

Muitas, mas muitas vezes, tais atos são verdadeiramente induzidos ou mesmo conduzidos por Entidades Espirituais que alimentam tais idéias por variados fatores. Entre eles, o desejo de que o suicida capitule.

Vitória mórbida que lhes custará muito caro, em breve.

Mas os suicidas apesar de todas as pressões que os conduzam ao ato equivocado, anseiam, também, pela vida, mas, a vida em liberdade e sem os obstáculos que os conduzem ao erro.

Eles guardam dentro de si o conflito de querer viver e morrer ao mesmo tempo. Dura realidade. Infeliz experiência.

Todos, em seu ritmo, sabem da importância que têm na vida corpórea para a evolução do Espírito.

Todos anseiam por ela, pela a Vida, mas é preciso que aqueles que experimentam tais conflitos lutem ainda mais pela oportunidade que têm.

Sempre é necessário valorizar o Bem, mas para isso que o Criador nos dá a Vida para nossa evolução.

Enquanto isso, aqueles que não sofrem tais perturbações podem ajudá-los com preces reiteradas para lhes fortalecer o ânimo e para seguirem adiante até vencerem o maior obstáculo que guardam dentro de si mesmos: a falta de Fé.

Albino Teixeira
psicografia recebida no NEPT em 04 de novembro de 2016

sábado, 5 de novembro de 2016

Todos em Jesus



Estamos todos unidos pelo mesmo ideal.

Tragam em seus corações e mentes a Esperança, o Amor e a Fé viva.

Tragam a alegria dentro de si.

Tragam a alegria da vida.

Não esperem o dia acabar, terminem as tarefas antes.

Coloquem o ânimo à frente para trabalhar.

Creiam em Jesus.

Sintam Jesus.

Pratiquem o Evangelho de Jesus.

Ele é o caminho, a direção a seguir.

Ele é o nosso mestre!

Abraços fraternos

Aluísio
psicografia recebida no NEPT em 04 de novembro de 2016

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O medo


Se fizermos uma análise podemos concluir que o “medo” não nos deixa ir adiante.

O objetivo da Providência Divina é de evoluirmos incessantemente para que um dia sejamos Espíritos próximos à perfeição, condição necessária para termos um contato maior com Deus. Só assim poderemos compreender a Divindade.

Porém, um dos grandes obstáculos para a nossa evolução é o medo (e também o orgulho).

O medo nos faz permanecer sempre no mesmo estado evolutivo ou mesmo na ignorância e é por causa dele que não dizemos o que pensamos, o que sentimos, e acabamos por perder grandes oportunidades de aprendizado, normalmente porque nos importamos com coisas que talvez não sejam tão importantes.

(O orgulho por sua vez, é como um véu que nos impede de distinguir os nossos defeitos afim de combatê-los em nós mesmos.)

Um dos nossos medos também é o medo de confiar, de crer, de ter Fé - incrível, não?

Temos medo de ser traídos, enganados, debochados, etc.

Mas, e se uma pessoa trair a minha confiança, quem vai sair perdendo, eu ou ela? Claro que quem traiu vai sair perdendo, pois é a consciência desta pessoa que vai ser manchada e um dia, cedo ou tarde a lei de causa e efeito, ou seja, de plantar hoje e colher amanhã vai alcançá-la e ela vai colher os seus frutos, sejam eles bons ou ruins.

A pessoa que confiou também vai colher os seus frutos que são o da dignidade, da confiança, do Amor; se souber se comportar diante dos fatos, com serenidade e resignação.


Façamos sempre nossa parte, com o compromisso de tentar acertar.

O Criador irá nos observar pela nossa intenção e desejo de correção.

Mas, fazendo o possível para afastar o medo de nosso interior.


Militão Pacheco
mensagem recebida em 04 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Não sou assim


Quando você diz "eu não sou assim" por causa das atitudes que outra pessoa toma com você, infelizmente você está esperando que a outra pessoa tome atitudes parecidas com as suas.

Acontece que cada pessoa tem sua estrutura e personalidade, fundamentadas nos séculos ou milênios de vivências de cada um, sendo que é isso que constrói a forma de agir e de pensar e falar de cada um.

Ninguém tem semelhante reação a eventos idênticos, em função disso.

Então, quando alguém lhe maltratar, quando alguém lhe fizer algo que você não faria, lembre-se desse pensamento: "cada um age e reage à sua maneira".

Não espere dos outros aquilo que eles não têm condição de dar.

Diga assim: "ainda bem que eu não ajo assim!" Pois você já terá conquistado o entendimento de que cada um tem seu momento, sua experiência e sua maturidade.

Respeite e perdoe.

É melhor para os outros, mas, principalmente, é melhor para você.

Albino Teixeira
Psicografia recebida no NEPT em 28 de outubro de 2016

terça-feira, 1 de novembro de 2016

O que é Deus?



Allan Kardec abre o capítulo primeiro, do livro primeiro da codificação da Doutrina dos Espíritos, com a pergunta acima.

Kardec já tomava por base que para iniciar e ter total empenho nas suas pesquisas espíritas, nunca seria demais a máxima frieza e o sistemático controle das paixões evitando descambar-se para a religiosidade muito forte da época, para a curiosidade pueril, para a sede do sobrenatural ou quaisquer manifestações deste gênero. Tanta convicção tinha neste comportamento que mais adiante advertiria os seus seguidores: "O Espiritismo será científico ou não subsistirá".

Recebeu dos Espíritos que "assinam" os prolegômenos de "O livro dos Espíritos" a resposta mais próxima da verdade científica até hoje já concebida: - Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.

A lei básica que rege o Universo (todas as coisas) é a lei de Causa e Efeito ou Ação e Reação, como é conhecida no meio científico. Para um efeito inteligente sempre haverá uma causa inteligente correspondente.

Para que possamos chegar próximos a entender o que é Deus, devemos fazer um esforço para idealizarmos mais ou menos o que seria o Universo, começando portanto pela tomada de consciência do espaço tridimensional (comprimento, largura e altura) que ocupamos no mesmo, passando daí para a percepção do espaço da nossa residência, bairro, cidade, estado, país, continente e planeta Terra com seus 40.000 quilômetros de extensão na circunferência.

A Terra faz parte de um sistema solar que possui apenas 9 planetas com 57 satélites no total de 68 corpos celestes. A "grosso modo" em relação a outros astros do sistema solar, a Terra possui um volume 49 vezes maior que o da lua e 1.300.000 vezes menor que o do sol. É preciso que tenhamos noção de sua pouca importância diante do restante do Universo.

Nosso sistema solar faz parte de uma pequena galáxia conhecida por Via Láctea, um aglomerado de cerca de 100 bilhões de estrelas, com pelo menos cem milhões de planetas e conforme os astrônomos, no mínimo cem mil com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a nossa.

As últimas observações do telescópio Hubble (em órbita), elevaram o número de galáxias conhecidas para 50 milhões. Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a 1 quatrilhão de sóis.

Diante destes números pensaríamos haver chegado na idéia do que é o Universo; ledo engano, pois estas áreas, ou melhor, volumes, representariam apenas 3% do que seria a totalidade de tudo dentro do tridimensional e espaço / tempo como conhecemos. Os espaços interplanetários, interestrelares e intergalácticos, obviamente, formariam a maior parte daquilo que chamamos de Universo.

Os fenômenos de aporte (transporte de matéria através de outras dimensões) tão conhecidos dos pesquisadores da paranormalidade e a anti-matéria já produzida em laboratórios experimentais mais desenvolvidos através do planeta, nos dão a confirmação dos estudos de pesquisadores da capacidade de um Friedrich Zöllner, que no século passado , comprova a existência da quarta dimensão e conseqüentemente outros tantos Universos, quantas tantas dimensões for possível conhecermos.

A teoria mais moderna da criação do Universo, nos remete não apenas para o Bigbang (a grande explosão) início de tudo, mas, para a idéia de vários bigbangs, com Universos cíclicos através de quatrilhões ou mais de anos.

E aí? Será que conseguimos chegar perto da idéia da concepção e tamanho da obra de Deus, para tentar entendê-lo?

Não seria no mínimo estranho que após esta monumental obra inteligente, Deus colocasse em um planeta que representa um ínfimo grão de areia em uma cadeia de montanhas como o Himalaia, sua grande criação, o homem, feito sua imagem e semelhança?

Nosso grande irmão e amigo Jesus, há 2000 anos, já passava em forma de contos e parábolas vários conhecimentos intelectuais e morais que possuía devido ao seu grande estado evolutivo, quando em missão entre nós, confiada pelo Criador afirmou: "Na casa de meu pai existem muitas moradas".

Para concluirmos esta nossa pequena intenção de lançarmos nossos confrades na especulação ao entendimento do que seria Deus, iremos nos valer da "coleção de livros" chamada Bíblia, que no entender do grande intelectual e eminente espírita Dr. Carlos Imbassahy, é um livro como outro qualquer, em que nos seus textos contém tudo que a gente queira para justificar, a favor ou contra qualquer coisa.

No Antigo Testamento, Livro Gênesis, Capítulo 1 (Criação do homem), versículo 26 temos: "e (por fim) disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (sic...)".

Se tomarmos como verdadeira a hipótese de que a Bíblia é a palavra de Deus, qual seria a imagem correta do nosso Criador? Um homem ou mulher? Velho, ariano de barbas longas ou de cor negra, e magro como os etíopes (teoricamente os primeiros hominídeos) ?

Não seria melhor tentarmos entender uma concepção mesmo que não a conheçamos bem? Como por exemplo: o que sabemos a respeito do que somos (espírito)? Qual a imagem fiel que temos do mesmo? Ninguém sabe, ou melhor, conhecemos bem o corpo material, e relativamente o periespiritual, mas não o espírito. Conforme Allan Kardec, o espírito é alguma coisa formado por uma substância, mas cuja matéria, que afeta nossos sentidos, ele não nos pode dar uma idéia.

Pode-se compará-lo a uma chama ou centelha cujo clarão varia de acordo com o grau de sua depuração. Sendo assim, pois, teríamos o entendimento melhor de nossa imagem de acordo com a de Deus.

No tocante a semelhança é mais fácil a sua comparação quando procuramos compreender a eternidade, já que a palavra pressupõe algo que não tem início nem fim, como Deus; que é infinito, único, perfeito e todo-poderoso. Já ao passo que nós somos algo como semi-eternos; tivemos um começo criado por Ele e evoluímos na Sua direção conforme o Seu desejo.

Paulo Roberto