Eusápia Paladino foi uma das médiuns mais conhecidas da sua época; foi também uma das mais controvertidas.
Poucos médiuns atraíram a atenção de tantos e tão proeminentes cientistas como Eusápia.
No entanto, ela era uma mulher inculta, de precária educação, temperamental e de saúde instável.
Os fenômenos provocados graças à sua mediunidade, conquanto na sua maioria autênticos, eram mesclados com tentativas de fraude.
Quando Eusápia (1854-1918) não lograva produzir um fenômeno solicitado ou anunciado por ela própria, o seu primeiro gesto era obtê-lo fraudulentamente. Este comportamento valeu-lhe e aos seus investigadores sérios aborrecimentos.
Quem perlustra o vasto relato das suas atividades mediúnicas encontra uma divisão de opiniões acerca da autenticidade dos fenômenos provocados por Eusápia. Os pesquisadores mais tolerantes e persistentes lograram observar fatos autênticos e realmente extraordinários.
Os excessivamente céticos e com a idéia fixa de que iriam apanhar Eusápia em alguma fraude praticamente não conseguiram presenciar senão fenômenos medíocres, misturados com várias tentativas de trapacear.
A opinião mais generalizada era a de que tais atitudes visando a enganar os observadores seriam inconscientes. Pareciam um reflexo da disposição dos investigadores.
Ela própria explicava as suas falhas dizendo: "Eles pedem que eu os engane e eu atendo aos seus desejos."
Era, talvez, a influência do observador sobre o evento observado, graças à susceptibilidade da sensitiva em estado de transe.
Mas, a fama de Eusápia era merecida e apoiada em fatos realmente notáveis e autênticos, testemunhados por pesquisadores sérios, competentes e capazes de controlarem rigorosamente a médium, de maneira a não haver margem para dúvidas.
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