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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
A inveja
DISSERTAÇÃO MORAL DITADA POR SÃO LUÍS AO SR. D.
São Luís nos havia prometido uma dissertação sobre a inveja, para uma das sessões da Sociedade. O Sr. D., que começava a desenvolver a mediunidade e que ainda duvidava um pouco, não da doutrina, da qual é um dos mais fervorosos adeptos, compreendendo-a na sua essência, isto é, do ponto de vista moral - mas da faculdade que se lhe revelava - evocou São Luís em particular e lhe dirigiu a seguinte pergunta:
- Poderíeis dissipar minhas dúvidas, minha inquietação, relativamente à minha faculdade mediúnica, escrevendo por meu intermédio a dissertação, que prometestes à Sociedade para terça-feira 1º de junho?
- Sim. Fá-lo-ei para te tranqüilizar.
Então foi ditado o trecho adiante.
Notaremos que o Sr. D. se dirigia a São Luís com o coração puro e sincero, sem segundas intenções, condição indispensável a toda boa comunicação. Não era uma prova que fazia: apenas duvidava de si mesmo e Deus permitiu que fosse atendido, como para lhe dar meios de tornar-se útil. Hoje, o Sr. D. é um dos médiuns mais completos, não só pela grande facilidade de execução, como por sua aptidão em servir de intérprete a todos os Espíritos; mesmo os das mais elevadas categorias, os quais por seu intermédio se exprimem facilmente e de boa vontade.
São essas, sobretudo, as qualidades que devemos procurar nos médiuns e que podem sempre ser adquiridas com paciência, vontade e exercício. O Sr. D. não necessitou de muita paciência; dispunha da vontade e do fervor, aliados à aptidão natural. Poucos dias bastaram para levar sua faculdade ao mais alto grau.
Eis o ditado que recebeu sobre a Inveja:
"Vede este homem. Seu Espírito está inquieto, sua infelicidade terrena chega ao auge: inveja o ouro, o luxo, a felicidade aparente ou fictícia de seus semelhantes; seu coração está devastado, sua alma surdamente consumida por esta luta incessante do orgulho, da vaidade não satisfeita; carrega consigo, em todos os instantes de sua miserável existência, uma serpente que alimenta e que lhe sugere incessantemente os mais fatais pensamentos: "Terei esta volúpia, esta felicidade? Tenho tanto direito a isto quanto aqueles; sou um homem como eles, por que seria eu deserdado?"
E se debate na sua impotência, vítima do horrível suplício da inveja. Feliz ainda quando estas idéias funestas não o levam às bordas de um abismo. Entrando nessa via, a si mesmo pergunta se não deve obter pela violência aquilo que julga lhe ser devido; se não irá expor aos olhos de todos o terrível mal que o devora. Se esse infeliz tivesse olhado somente para baixo de sua posição, teria visto o número daqueles que sofrem sem um lamento e ainda bendizem o Criador. Porque a desgraça é um benefício de que Deus se serve para fazer a pobre criatura avançar até o seu trono eterno.
Fazei a vossa felicidade e o vosso verdadeiro tesouro na Terra das obras de caridade e de submissão - as únicas que vos dão entrada no seio de Deus. Estas obras do bem farão a vossa alegria e a vossa felicidade eternas. A inveja é uma das mais feias e mais tristes misérias do vosso globo. A caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males, que se irão um a um, à medida que os homens de boa vontade vos seguirem, se multiplicarem. Amém."
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