Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Obsessões


É interessante observar como a obsessão toma características consonantes com as necessidades da ocasião. Como assim? Bem, não é tão incomum ouvir alguém falar que algum companheiro que freqüenta o mesmo agrupamento espírita está obsedado.

É aquela conversa de corredor, tão comum nas Casas Espíritas:
- “Ah! Fulano de Tal está completamente obsedado...! Olha o jeito dele! Faz isso, faz aquilo, faz aquilo outro...! Eu nem entendo como é que o Beltrano permite que ele continue aplicando passes! Ele não tem a mínima condição para aplicar passes em ninguém! Eu, sempre que posso, fujo de tomar passe com ele! Deus me livre, já pensou? Vai que ele passa algum fluído ruim durante o passe e a gente fica ainda pior do que já está”!

Mas a pergunta que fica em uma circunstância dessas é: QUEM é o obsedado? Quem fala ou de quem se fala? Sim, pois o comportamento daquele que assim fala já demonstra que não está bem, não é mesmo? Observe com cuidado os discursos das pessoas que dialogam com você, pois, se houver algum descuido para com a caridade dentro das frases, a pessoa que lhe dirige a palavra pode ser, neste momento, instrumento de Entidades que desejam infiltrar-se na Casa Espírita para disseminar desentendimentos e outras dificuldades que levem à desestruturação dos trabalhos, já que a proposta do discurso poderá estar francamente contrária à proposta Evangélica da tolerância, da indulgência, da fraternidade e do aprendizado do Amor.

Na ocasião da abordagem, verifique se você está vigilante para defender para você mesmo, para você mesma, os ideais propostos por Jesus, de fraternidade e respeito para com o próximo. Diante da crítica, mesmo que com aparência de elogio velado, mobilize suas energias para que a conversação tome rumo edificante e busque no tocante à vítima dos “elogios” tudo o que você possa lembrar de bom com relação a ela.

Lembre dos momentos nos quais a pessoa serve à causa espírita e está em condições para um trabalho de doação em prol do próximo e em favor de si mesmo no intento de corrigir-se e avançar para a Luz, através de trabalho, estudo e dedicação no esforço mediúnico e material. Exalte as possibilidades e potenciais fraternos da “vítima” e proponha um redirecionamento da conversa para algo que seja efetivamente construtivo.

Não permita que as energias da palavra sejam mal aproveitadas e que a própria criatura, que descarrega sobre você as suas particulares indignações, permaneça em padrão mental equivocado, mas que consiga vislumbrar aspectos construtivos para sua vida e para a vida alheia, recomeçando a construção de movimentos psicológicos que lhe permitam respirar ares mais sutis e recomeçar sua higiene mental tão importante para a reforma interior que, afinal, é necessária para todos.

Mude, portanto, o nível da conversação. Eleve a discussão para um patamar mais elevado, agindo com boa intenção tanto para com o “agressor” como para com a “vítima”. Lembre-se de que o Espírito Scheilla, através da mão do inesquecível Francisco Cândido Xavier, deixou-nos herança abençoada de Luz, na mensagem “SINAIS DE ALARME”, onde esclarece como podemos observar em nós mesmos a presença de uma obsessão. Leia a mensagem:

“Há dez sinais vermelhos no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão: quando acreditamos que a nossa dor é a maior; quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros; quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa; quando reclamamos apreço e reconhecimento; quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo; quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço; quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente; quando julgamos que o dever é apenas dos outros. Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou da luz do discernimento”. Scheilla.

Em resumo: aquele que fala que o “outro” está obsedado, tem grandes chances de estar obsedado...

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