Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MUNDO DE PROVAS E EXPIAÇÕES

1 – A FORMAÇÃO DA TERRA


2 – A FORMAÇÃO DO HOMEM

E Espírito simples e ignorante que através das existências contrai dívidas que precisam ser reparadas e com o passar das existências, chega ao seu estágio no orbe terrestre.

3 – A DOUTRINA DAS PENAS TERRENAS (O Céu e o Inferno – pg. 68)

Como somos na maioria remanescente da tradição católica, trazemos em nosso ser os fundamentos da doutrina das Penas Eternas (pg.79).

A doutrina das penas eternas absolutas conduz, forçosamente à negação de alguns doas atributos de Deus; ela é, por conseqüência, irreconciliável com a perfeição infinita.
Se Deus é perfeito, a condenação eterna não existe; se ela existe, Deus não é perfeito.
Sendo o bem o objetivo final da criação, a felicidade que dele é o prêmio, deve ser eterna; o castigo é um meio de atingi-lo, deve ser temporário. A mais vulgar noção de justiça , mesmo entre os homens, diz que não se pode castigar perpetuamente aquele que tem o desejo e a vontade de fazer o bem.
O dogma da eternidade absoluta das penas é pois irreconciliável com o progresso da alma, uma vez que a ele oporia um obstáculo invencível. Esses dois princípios se anulam, forçosamente, um pelo outro; se um existe o outro não pode existir. Qual dos dois existe ? A lei do progresso é patente, não é uma teoria, é um fato constatado pela experiência; é uma lei natural, lei divina, imprescritível; uma vez, pois que ela existe e que não pode se conciliar com a outra, é que a outra não existe. Se o dogma da eternidade das penas fosse uma verdade, Santo Agostinho, São Paulo e muitos outros, não teriam jamais visto o céu se tivessem morrido antes do progresso que trouxe a sua conversão.

Em virtude da lei do progresso , tendo toda alma a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, e de se desfazer do que ela tem de mau, segundo os seus esforços e a sua vontade, disso resulta que o futuro não está fechado para nenhuma criatura. Deus não repudia nenhum de seus filhos; recebe-os em seu seio , à medida que atinge a perfeição , deixando , assim , a cada um, o mérito das suas obras.
Estando o sofrimento ligado a perfeição , do mesmo modo que o prazer está a perfeição , a alma carrega, consigo mesma , o seu próprio castigo, por toda a parte onde se encontre; para isso , não tem necessidade de um lugar circunscrito. O inferno, pois está por toda parte onde haja almas sofredoras , do mesmo modo que o céu está por toda parte onde haja almas felizes.
O Espírito sofre pelo próprio mal que ele fez, de maneira que, estando a sua atenção incessantemente centrada sobre as conseqüências desse mal, compreende melhor os seus inconvenientes e está estimulado a dele se corrigir





4 – DA DEFINIÇÃO DE PROVA

Aquilo que atesta a veracidade ou autenticidade de algo.
Ato que atesta uma intenção ou sentimento.
Ato de provar.

Conforme visto em dicionário da língua portuguesa, apontado acima, na mesma forma que quando freqüentamos os bancos escolares, passávamos por aferições do que nos foi transmitido, sofrendo assim uma avaliação do quanto assimilamos de tais ensinamentos, para que pudéssemos galgar um nível superior e continuar o nosso aprendizado, assim como foi afirmado pelos filósofos em épocas remotas “assim como é em cima é em baixo”, toda manifestação acontecida na materialidade, de alguma forma foi plasmada a partir de um princípio cósmico, daí podermos afirmar que igualmente a nossa aferição sofrida na escola encarnada, como espíritos, temos a oportunidade de sermos aferidos e para tal temos que sofrer as nossas “provas”, oportunidade única de atestarmos a nossa capacidade de superarmos determinadas situações.
Como no caso das provas, o livre arbítrio é exercido na condição de escolhermos o nosso caminho, podemos muito bem optarmos em não trilharmos este ou aquele, porém nunca se eximindo de ter que mais tarde ou mais cedo se defrontar com tal situação, pois invariavelmente teremos que suplantar tal dificuldade, pois o fato de evitarmos tal dor (quando como essência), só agravará a condição a ser reparada.
A provação geralmente acontece na forma de situações morais, onde podemos através do estudo e compreensão, suplantar tal situação.


5 – DA PROVA


Podemos identificar um espírito em provação como aquele indivíduo que enfrenta as tribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios como um aluno que se submete a exame e tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.
Existem aqueles (grande maioria), que embora tenha optado quando na erraticidade por uma certa provação, ao se ver encarnado abdica de tal escolha e se revolta, não aceitando a atual condição, pois embora tenha escolhido tal caminho, o livre-arbítrio lhe é facultado, porem conforme já afirmado, sofrerá as conseqüências de tal ato impensado.


6 – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PROVAS

Não há sofrimento sem causa, mas nem todo o sofrimento suportado neste mundo é indício de uma determinada falta, as vezes são meras provas escolhidas pelos espíritos para sua depuração ou para comprovar a assimilação dos valores adquiridos
As provações podem ocorrer por vários motivos, riqueza, pobreza, inteligência, poder dentre outras.



7 – DA DEFINIÇÃO DE EXPIAÇÃO

Remir a culpa, cumprindo pena.
Sofrer as conseqüências de.

Voltando ao dicionário da língua portuguesa, temos na expiação uma pena propriamente dita, onde devido a uma infração da Lei Divina, o ser fica obrigado a uma penitência, na sua maioria, uma pena física onde apesar de ser imposta pela espiritualidade, funciona como uma reprimenda divina e não como castigo, pois Deus a ninguém castiga, pois o que para uns pode parecer castigo, para outros é simplesmente uma oportunidade de progresso.


8 – DA EXPIAÇÃO

Podemos identificar um espírito em expiação como aquele indivíduo que não aceita os seus sofrimentos físicos e situações difíceis, estando sempre a reclamar e a colocar a culpa de seus sofrimentos e dificuldades na vida, em outras pessoas e até mesmo em Deus, apesar de estar sendo beneficiado pela oportunidade de reparação.
Existem espíritos que tomam a sua expiação com resignação e mansamente as transforma em provação, aceitando assim os desígnios da espiritualidade, que nada mais são que sua própria escolha, conseguindo assim


9 – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS EXPIAÇÕES

Não é a posição social que determina a natureza das expiações. O Homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por grandes problemas.
A doença material é um efeito que possui a sua causa nos processos extra corpóreo criado por nós mesmos e se não cuidarmos de agir na causa, provavelmente teremos que expiar tal sofrimento, o tempo necessário para que possamos repará-lo, caso contrário atravessaremos encarnações e mais encarnações, sempre agravando cada vez mais tal situação.
É muito freqüente defrontarmos nas Casas Espíritas com limitações magnéticas de cura deste ou daquele indivíduo, achando alguns ater que o serviço desta ou daquela Casa Espírita, não é adequado ou que a outra Casa é mais “forte” , quando na verdade a vaidade não deixa enxergar que enquanto o indivíduo não iniciar a promoção de sua reforma íntima, de nada adiantará, pois não se acaba com o mal tratando-se o efeito ao invés da causa.

10– CONCLUSÃO

Muito se fala sobre Provas e Expiações, muito se determina dizendo-se que certo fato aconteceu por causa disto ou por causa daquilo; que aquele aleijão não possui um braço porque no passado não soube usá-lo ou por qualquer outro motivo semelhante; que o outro não arruma emprego ou não consegue juntar dinheiro por ter desperdiçado em encarnações passadas; que o outro não se sobre-sai em canto algum por ter sido mal líder ou então que este acontecimentos vêem a baila por se tratar de perseguições de antigos algozes promovendo sério processo de obsessão. Inicialmente gostaríamos de chamar a atenção, que geralmente são fatos ligados a materialidade, ligados ao mundo sensual, mundo dos prazeres terrenos, são efeitos que possuem sua causa em desequilíbrios morais de encarnações passadas e até mesmo da própria encarnação atual, sendo muito mais fácil encontrar os culpados em outros, pois até mesmo o processo obsessivo tem origem em nós mesmos.
Se hoje temos a bela oportunidade de nos depararmos com esta doutrina que é um misto de Ciência e Religião, ou seja o futuro do que chamamos hoje de Religião, se temos ao nosso alcance estes grandes ensinamento e testemunhos em uma linguagem fácil de entender se todo esse legado encontra-se ao alcance de qualquer um, seja rico ou pobre, intelectual ou ignorante, espiritualizado ou bruto, porque ficamos procurando explicar o que não entendemos ou não temos capacidade, ainda, de compreender e não partimos direto para a nossa reforma íntima, procurando entender e colocar em prática

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