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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 1 de março de 2018

Um pouco sobre o Hinduísmo


A evolução da sociedade e do pensamento indianos, desde a crise do sistema religioso védico-bramânico (aproximadamente nos séculos VI-V a.C.) até nossos dias, foi acompanhada por vasta gama de concepções teológicas, éticas e ritualísticas que passaram a constituir uma nova corrente religiosa - o Hinduísmo.

Este, na verdade, resulta da fusão de elementos do sistema religioso védico-bramânico, implantado na Índia pelos invasores ários (indo-europeus), e elementos das culturas locais, numa época em que a hegemonia da cultura dos invasores ocasionou um intercâmbio que acabou por produzir a síntese do pensamento propriamente hindu.

As origens doutrinárias do Hinduísmo encontram-se nos mesmos textos sagrados (os Vedas) que marcaram a sociedade bramânica. Esses textos, renovados e reinterpretados, permaneceram como o fundamento e a revelação divina de uma nova religiosidade.

Historicamente, as raízes do Hinduísmo podem ser localizadas no século II a.C., embora sejam muito anteriores os sintomas de crise no sistema védico-bramânico. Os textos bramânicos conhecidos como Upanishads já revelam, no século V a.C., uma crise ideológica e sacerdotal, pois o caminho religioso passa a ser procurado fora do ritualismo exagerado que caracterizou a sociedade bramânica.

Outro sintoma dessa crise foi o aparecimento, no século VI a.C., de duas grandes correntes heréticas - o Jainismo e o Budismo-, que deram por encerrada a função dos Vedas e das concepções religiosas bramânicas.

Ambas as correntes, assim como o Vishnuísmo (século II a.C.), foram posteriormente acomodadas como seitas do Hinduísmo.

A crise da sociedade bramânica parece ter atingido seu apogeu quando o rei Asoka (273-231? a.C.) da dinastia de Maurya (321-185 a.C.), aceitou o Budismo como religião suprema.

Com a morte desse rei, a classe sacerdotal tentou retomar sua supremacia ideológica e social, o que já não era possível com as novas condições religiosas da sociedade indiana.

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