Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Venha a Nós o Teu Reino


"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra.

Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores.

Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados.

Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria.

Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos necessários.

Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo.

Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus ou entender a bondade de nossos semelhantes.

Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz", é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós.

Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam conosco.

Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo, auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens para sempre.

Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A Obsessão


Até hoje a obsessão não é combatida com a eficiência que merece. E parece-nos bastante estranho, por ser, talvez, a doença mais antiga da Humanidade, em relação a outras tantas prejudiciais.

Basta que nos recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas seqüelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos. Terrivelmente ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal de vencer todos aqueles que lhe tombam nas malhas coercitivas.

(...) A obsessão somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem fazer, criando animosidades e gerando revides. Certamente, haverá muitas antipatias gratuitas entre as pessoas, que resultam de preferências psicológicas, de identificações ou reações afetivas.

Os dardos atirados pelas mentes agressivas e inamistosas são inevitáveis para aqueles contra quem são dirigidos. No entanto, a conexão somente se dará por identidade de sintonia, por afeição à afinidade em que se manifestam. Por esse motivo, a obsessão sempre resulta das defeções morais do Espírito em relação ao seu próximo, e desse, infeliz e tresvariado, que não se permite desculpar e dar novas chances a quem lhe haja prejudicado.

Não ignoramos aqueles que têm gênese nas invejas, nas perseguições aos idealistas de trabalhadores do Bem, mas que também somente se instalam se houver tomada psíquica naquele que se lhes torna objeto de perseguição. (...) O indivíduo que ama a retidão de princípios e os executa firmado em propósitos de elevação moral, mesmo quando fustigado pela pertinácia dos irmãos desajustados e perversos de ambos os planos da vida, não se deixa afetar, permanecendo nas disposições abraçadas, fiel ao programa abraçado.

Pode experimentar alguma aflição, como é natural, mas robustece-se na oração, no prazer do serviço que realiza, nas leituras edificantes, na consciência pacificada. Simultaneamente, torna-se amparado pelos Espíritos nobres, seus afeiçoados desencarnados, aqueles que foram beneficiados por sua bondade fraternal, que acorrem a protegê-lo e sustentá-lo nas atividades que lhe dizem respeito. Jamais se curvam sob as forças tenebrosas do mal aqueles que se entregam a Deus, a Jesus e ao Bem, nas fileiras do dever a que se apegam."

Manoel Philomeno de Miranda

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Conhecer a si mesmo!


Questão 919 de O Livro dos Espíritos:

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

"Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."

a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

"Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: "Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?"

"Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.

"O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhosos julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na poderia ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm. em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

"Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos." SANTO AGOSTINHO.

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Recepção da Casa Espírita


A pessoa responsável pela recepção precisa ter conhecimento sobre as atividades da casa e manter-se "simpática" no primeiro contato com quem chega pela primeira vez.

A recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo.

A simpatia deverá ser agregada à educação e aos gestos de gentileza que possam permitir à pessoa novata que se integre com o grupo e possa ser amparada ou esclarecida em suas eventuais dúvidas.

O sorriso dos trabalhadores é um ótimo cartão de visitas para quem chegue.

Vamos fazer nossa parte?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

DNA Espiritual?


As novidades se alastram por todos os lados,até mesmo no Espiritismo. Atualmente, surgem idéias interessantes sobre DNA espiritual.

Segundo algumas pessoas,teríamos registrado em nosso DNA espiritual, as nossas provas, doenças, características individuais e outras potencialidades.

Levando esta expressão ao pé da letra, teremos de entender que o Espírito é formado por células, que têm em seu conteúdo a carga genética que seria transmitida a cada reencarnação.

Considerando isso, quem faz esta proposta, deve ter conhecimento profundo da estrutura do Ser Espiritual que habita este nosso corpinho tão quentinho.

Admirável! Mas não factível! Sabemos, através de Kardec, que todas as informações sobre as experiências do Espírito ficam gravadas em seu perispírito e em sua memória espitual, que nãoi guardam necessariamente paralelo com nossa organização física.

É no perispírito que ficam guardadas todas as experiências. É o corpo espiritual que representa o Ser Espiritual diante da realidade de qualquer orbe onde ele esteja experimentando a Vida material,por mais imaterial que ela seja.

Não se pode falar que se sabe sobre a estrutura do perispirito, mesmo que alguns autores se atribuam o conhecimento, inclusive, da formação dos centros vitais ou chakras,o que ninguém pode contestar, por motivos óbvios. É não contestável, portanto, não tem valor real. Só tem valor real aquilo que pode ser comprovado ou contestado por fatos ou por obsevação.

Se não se sabe a realidade da estrutura do Espírito e do perispírito, não se pode falar de DNA espiritual. Pode se falar sobre causa-e-efeito, ação-e-reação. Mas DNA,não é possível. Não, pelo menos, em se colocando a idéia em termos de Doutrina Espírita. Em outras instâncias, não podemos discutir, por não termos conhecimento para isto.

sábado, 14 de junho de 2008

Cientistas argentinos manipulam proteína para eliminar lembranças.

Cientistas argentinos conseguiram manipular a proteína que interfere na memória para eliminar as lembranças quando são evocadas, uma descoberta útil para tratar de fobias e o estresse pós-traumático. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela imprensa local.

Por meio de testes com ratos, os especialistas em farmacologia e bioquímica da Universidade de Buenos Aires demonstraram que a capacidade de lembrar pode ser alterada caso sejam injetadas substâncias que anulam a proteína da memória, afirma o jornal "La Nación".

"Abre-se um caminho pelo qual seria possível interferir na memória já formada [nos seres humanos]", afirma Arturo Romano, um dos membros do grupo de cientistas. "Poderia ser aplicável a casos de fobias ou a pessoas que sofrem de estresse pós-traumático", afirmou.

Segundo ele, também seria possível tratar aqueles transtornos nos quais uma lembrança patológica altera a vida de uma pessoa. Entretanto, Romano esclareceu que ainda falta muito para poder comprovar se a experiência poderia ser reproduzida em humanos, pois a equipe de cientistas trabalha apenas com ratos por enquanto.

Neles foi encontrada a proteína denominada NF-kB, que atua tanto no processo de consolidação como no de confirmação da memória e regula a expressão de genes necessária para armazenar lembranças no longo prazo.

"Caso seja injetado no cérebro um inibidor deste mecanismo quando a lembrança for evocada, a retenção é afetada", declarou Romano. Ele afirma que "trazer ao presente algo do passado é um processo ativo. Cada vez que é evocada, a memória pode ser modificada".


Pedro Vieira* comenta

A Doutrina Espírita, como ciência de observação, mostra que os Espíritos, quando desencarnados, retém memória. Isso pode ser comprovado pelas experiências mediúnicas, que permitem comprovar detalhes das lembranças dessas entidades que, quando encarnadas, constituíam os homens.

Não estando, portanto, a memória, integralmente no cérebro físico, sua suspensão por mecanismos físicos ou químicos é um recurso terapêutico paliativo, ou seja, deve ser usado com parcimônia para promover um eventual alívio e facilitar reflexão e tratamento, de ordem pessoal (meditação sobre os próprios defeitos) ou profissional (psicoterápica).

Entender os recursos cerebrais como definitivos pode ter apenas o efeito de mascarar as causas, que estão, inequivocamente, nos arquivos profundos, espirituais.

* Pedro Vieira é expositor e médium espírita. Colabora com o centenário Centro Espírita Cristófilos e com o Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, além de algumas outras casas

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Pensamento e Perispírito


Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras.

Corpo intermediário entre o ser pensante, eterno, e os equipamentos físicos, transitórios, por ele se processam as imposições da mente sobre a matéria e os efeitos dela em retomo à causa geratriz.

Captando o impulso do pensamento e computando a resposta da ação, a ele se incorporam os fenômenos da conduta atual do homem, assim programando os sucessos porvindouros, mediante os quais serão aprimoradas as conquistas, corrigidos os erros e reparados os danos destes últimos derivados.

Constituído por campos de forças mui especiais, ele irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo amas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas.

Assim, quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.

A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará.

Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.

Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.

Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força especifico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo.

Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.

Desse modo, o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o como compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritos. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento.

Sem descartarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme pretendem diversos estudiosos da Embriogenia e outras áreas da ciência, não tem razão de ser.

Cada Espírito é legatário de ú mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça.

Certamente, caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução.

Saúde e enfermidade, beleza e feiúra, altura e pequenez, agilidade e retardamento, como outras expressões da vida física, procedem do Espírito que vem recompor e aumentar os valores bem ou mal utilizados nas existências pretéritas.

Além desses, os comportamentos e as manifestações mentais, sexuais, emocionais decorrem dos atos perpetrados antes e que a reencarnação traz de volta para a indispensável canalização em favor do progresso de cada ser.

As alienações, os conflitos e traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconseqüência.

A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Motivo este que libera "o filho de pagar pelos pais" ou avós, o que constituiria, se verdadeiro, uma terrível e arbitrária imposição da Justiça que, mesmo na Terra, tem código penalógico mais equilibrado.

Os pensamentos largamente cultivados levam o indivíduo a ações inesperadas, como decorrência da adaptação mental que se permitiu. Desencadeada a ação, os efeitos serão incorporados ao modus vivendi posterior da criatura.

E mesmo quando não se convertem em atitudes e realizações por falta de oportunidade, aquelas aspirações mentais, vividas em clima interior, apresentam-se como formas e fantasmas que terão de ser diluídos por meio de reagentes de diferente ordem, para que se restabeleça o equilíbrio do conjunto espiritual.

Conforme a constância mental da idéia, aparece uma correspondente necessidade da emoção.

Todos esses condicionamentos estabelecem o organograma físico, mental e moral da futura empresa reencarnacionista a que o Espírito se deve submeter, ante o fatalismo da evolução.

O conjunto - Espírito ou mente, perispírito ou psicossoma e corpo ou soma - é tão entranhadamente conjugado no processo da reencarnação que, em qualquer período da existência, são articulados ou desfeitos sucessivos equipamentos que procedem da ação de um sobre o outro. O Espírito aspira e o perispírito age sobre os implementos materiais, dando surgimento a respostas orgânicas ou a fatos que retomam à fonte original, como efeito da ação física que o mesmo corpo transfere para o ser eterno, concedendo-lhe crédito ou débito que se incorpora à economia da vida planetária.

O mundo mental, das aspirações e ideais, é o grande agente modelador do mundo físico, orgânico. Conforme as propostas daquele, têm lugar as manifestações neste.

Assim se compreende porque a Terra é mundo de "provas e expiações", considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.

À medida que o ser evolve, melhores condições estatui para o próprio crescimento, dentro do mesmo critério da lei do progresso, que realiza com mais segurança os mecanismos de desenvolvimento, de acordo com as conquistas logradas. Quanto mais adiantado um povo, mais fáceis e variados são-lhe os recursos para o seu avanço.

O pensamento, desse modo, é um agente de grave significado no processo natural da vida, representando o grau de elevação ou inferioridade do Espírito, que, mediante o seu psicossoma ou órgão intermediário, plasma o que lhe é melhor e mais necessário para marchar no rumo da libertação.

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Temas da Vida e da Morte.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Evangelho no Lar


Segundo Jesus, o berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma.

Disse o Mestre, certa vez, na casa de Simão Pedro: "Pedro, na mesa de tua casa, é servido o pão de cada dia que recebes do Senhor. Por que não instalar ao redor desta mesma mesa, a sementeira da felicidade e da paz, na conversação e no pensamento edificante. O Pai, que nos dá o trigo através do solo, envia-nos a luz, através do Céu."

Pedro aceita a sugestão de Jesus, e começa a partir desse dia a primeira prática cristã do Evangelho no Lar.

O lar, onde a família pratica o evangelho com base no amor e respeito, torma-se um foco de luz onde os guias espirituais buscam os recursos para ajudar os irmão necessitados.

Principais Finalidades do Evangelho no Lar

Estudar o Evangelho à Luz da doutrina espírita, a qual possibilita compreendê-lo em "espírito e verdade", facilitando, assim, pautar nossas vidas segundo a nossa necessidade de Evolução.

Criar em todos os lares o hábito salutar de praticar reuniões evangélicas, para que despertem e acentuem o sentimento de fraternidade que precisa existir em cada criatura.

Pelo momento de paz e de compreensão que o Evangelho do Lar oferece, tem potencial de unir as criaturas, proporcionando-lhes uma vivência pacífica.

Higienizar o lar pelos nossos pensamentos e sentimentos elevados, permitindo assim, mais fácil influência dos Mensageiros do Bem.

Elevar o padrão vibratório dos componentes do lar, a fim de que ajudem, com mais eficiência, o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.

Educar os Espíritos encarnados (Almas) e desencarnados que habitam aquele lar, através do esclarecimento moral das lições do Cristo, gerando equilíbrio no convívio dos dois lados da Vida.

Como proceder?

Primeiro marcamos um dia e hora apropriados para nós e nossos familiares, conscientes de que este é o momento de proximidade da família para com Jesus. As reuniões deverão ser realizadas todas as semanas e não esporadicamente.

A prática do Evangelho do Lar não deverá ser transferido para outro dia por impedimentos circunstânciais. Somente uma forte razão deverá impedir que ele se realize no dia e hora determinados.
A reunião não deverá ser muito prolongada, podendo ter, portanto, cerca de 30 minutos de duração.

Prece Inicial: Iniciamos com uma simples e espontânea prece. Silenciamos dentro de nós mesmos e buscamos em nossa mente a figura de Jesus, sintonizando-nos com o Plano Maior.

Leitura do Evangelho: Fazer a leitura de um pequeno trecho do Evangelho, com voz normal, calmamente, para que todos possam entender. O Evangelho deverá ser aberto ao acaso.

Comentários sobre o texto lido: Os comentários são breves, feitos por um dos participantes, evitando-se debates, com a intenção de enriquecer e exemplificar o conteúdo do que foi lido.

Vibrações: Vibrar é doar, e todos nós temos algo de bom a dar em favor do próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento de bem que enviamos é doação, é caridade. Deve-se destacar um membro da reunião para dirigir as vibrações, com tonalidade de voz moderada, pausadamente e todos os outros acompanham com o pensamento, procurando mentalizar amor, paz, saúde e equilíbrio.

Prece de Encerramento: Ao final, proferir prece simples e espontânea, agradecendo ao Mestre Jesus, ao Plano Espiritual que deram sustentação à Prática do Evangelho no Lar, nun clima de paz e harmonia.

domingo, 1 de junho de 2008

Ética: precisamos conhecer isso!

As várias Casas Espíritas do Brasil vêem crescendo em responsabilidade e intensidade de trabalho. É necessário que venhamos a nos dispor a discussões sobre as diretrizes tomadas em cada uma delas. Sabemos da existência de diferentes propostas dentro da mesma Doutrina, quanto aos recursos que se lança mão para a terapêutica de problemas de ordem espiritual e de ordem física (orgânica).

Não deveríamos deixar de lado, esquecer, a importância da razão nessas mesmas propostas, ao envolver pessoas que procurem um Centro Espírita para seu socorro, uma vez que, muitas delas se encontram, ainda, sem consciência real do que é o Espiritismo, de quais são seus recursos, suas ferramentas autênticas para ajudá-las.

Não deveríamos nos deixar levar por instrumentos equivocados e enganosos, sob o aspecto ético, para socorrer as Almas ainda inocentes sob o ponto de vista do conhecimento. Elas não sabem o que é o Espiritismo, não sabem do que ele versa e como ele aborda as mazelas humanas. Não sabem que a maior de todas as propostas terapêuticas desta maravilhosa Doutrina de Amor é a reforma íntima. Não sabem que o maior manancial para a cura REAL de cada um está dentro de si mesmo.

Não sabem que, dentro de um Centro Espirita, serão acolhidos como irmãos, socorridos pelos Espíritos Amigos do Bem, que servem na Seara de Jesus, aliviando suas dores e, eventualmente, curando suas doenças, mas que, na seqüência de sua terapêutica, serão convidados a olhar para dentro de si mesmos e a mudarem de postura diante da Vida, diante do próximo, diante das perdas, dos ganhos, das vitórias e das derrotas.

Serão convidados a ler, em seu interior, como viver melhor, como conviver melhor. Como criar e cuidar dos amigos, abandonando progressivamente a postura egoísta que somos estimulados a ter na Terra, por conta da importância que se dá habitualmente à matéria e às paixões.

Este é o verdadeiro Centro Espírita. Aquele que não conduz o Ser a esta mudança radical de si mesmo e mantém o sonho da cura exterior, através de recursos terapêuticos não espíritas, tais como, por exemplo, a cromoterapia, ainda que seja temporariamente, estará comentendo, no mínimo, um erro de ética que precisa ser corrigido, para manter a tão desejada UNIDADE, que tantos alardeiam aos quatro ventos em órgãos de publicação dos mais variados tipos, inclusive a internet.