O Compromisso dos Pais na Criação dos Filhos
Entrevista de Divaldo Pereira Fran-co, concedida ao programa “Transição”.
Entrevistadora:
Divaldo, quando ocorreu o acidente com o menino João Hélio, chamou atenção uma entrevista concedida pela a mãe de dois rapazes que estavam no carro que arrastou o menino, ela disse que não criou monstros, muitas pessoas se esquecem da dor dos pais daqueles que cometem os crimes, o que você poderia dizer a esse respeito?
Divaldo:
Que estes sim são as grandes vítimas, porquanto aquele que desencarna nesta circunstância recebe do alto a misericórdia divina, toda a condição de vítima, quando não existem motivos atuais, vamos encontrá-los em existências pregressas e essa condição dá ao indivíduo a oportunidade de sublimar-se.
Mas aqueles pais que ficam destroçados, estes estão experimentando as grandes provações. È necessário que nós pensemos principalmente tanto nos pais da vítima, como também nos pais dos algozes, ninguém cria um filho para vê-lo na condição de um monstro. Essa mãe cujos filhos foram responsáveis por esse crime hediondo, que comoveu a todos nós, comoveu ao mundo, naturalmente quanto sofre, e alguém dizer: é a mãe daquele monstro. Ela daria tudo para que ele fosse um cidadão, no entanto todo esse emaranhado nas leis das reencarnações fazem parte do nosso projeto de vida.
Deveremos estar vigilantes desde os primórdios da educação, que os nossos filhos não são nossos filhos.
Gibran Calil Gibran na sua bela obra a respeito do profeta, ele coloca na boca da profetiza “vossos filhos não são vossos filhos. Eles estão em nossas mãos por empréstimos e os pais devem zelar por eles desde cedo, observando-lhes as reações”.
Esses indivíduos que apresentam essas psicopatologias graves para crimes os hediondos, revelam através de pequenos comportamentos quando, matam pássaros, quando maltratam animais, quando perturbam um pequeno gato ou cão, quando chutam as coisas, estão revelando as suas tendências que a pouco e pouco vão impregnando para mais tarde partir para crimes hediondos.
Engels o grande filósofo e poeta alemão, deixou escrito uma frase que eu pude ler no campo de concentração em Dachau: Quando se queima um livro, e este foi o primeiro ato de Hitler contra os Judeus, logo mais estará se queimando homens.
Quando nós notarmos essas manifestações inabituais devemos trabalhar na educação. Embora alguns psicólogos digam que a educação nada pode fazer porque a problemática é genética, nós os espíritas, sabemos que a genética oferece as possibilidades e a educação dá os instrumentos para uma vida digna e saudável, então os pais desde cedo devem vigiar as tendências e corrigi-las com amor e não se tornarem coniventes quer por comodidade, quer por ignorância ou quer para não criar problema no relacionamento pai e filho. É necessário vigiar com amor e disciplinar.
Com Jesus no Lar
Como nos coloca Divaldo, devemos observar desde cedo as tendências que estão incrustadas em nossos filhos para que possamos aproveitar já no período de primeira infância o estado propício em que se encontra o espírito, a fraqueza da pouca idade é providencial à ação educativa. Assim, durante este período de infância, o espírito se torna mais acessível ao processo educativo nos dando a chance de auxiliar, este que se encontra sob nossa tutela a alçar vôos rumo ao seu aprimoramento, a sua reforma íntima.
Mas onde encontrar as bases para a verdadeira educação, a educação do espírito?
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. As palavras de Jesus não representam uma frase de efeito, mas a verdade incontestável para os que têm “olhos de ver”. O Evangelho representa o roteiro seguro para todos que tem a missão de educar. O lar sendo a primeira instituição social de que a criança participa deve ter presente o Evangelho, abrindo assim às portas para Jesus.
Com Jesus no Lar, pelo estudo e vivência do Evangelho, tem-se a verdadeira paz. A criança, o jovem ou o adulto, cria vínculo com Jesus. Compromisso com aquele que afirmou: “O reino dos céus está dentro de vós” e afirmou que “Ninguém vem ao pai senão por mim”.
A prática do Evangelho no Lar conduz-nos a uma compreensão racional dos ensinamentos do Cristo, levando-nos ao esclarecimento e à aceitação de tê-los como roteiro seguro para nossas vidas.
A criança que cresce em ambiente que estimula constantemente a prática do evangelho no lar aprende desde cedo onde buscar seu porto seguro em to-dos os momentos da vida. Que dúvida poderá restar a nós, que abraçamos o espiritismo, o Consolador prometido pelo próprio Cristo?
Fontes Consultadas:
Entrevista com Divaldo Pereira Franco
“O compromisso dos pais na criação dos filhos”. Programa “Transição”- Rede Vida
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Z-2R8ruVjoI&feature=email
“Educação do Espírito” Introdução à Pedagogia Espírita – Walter Oliveira Alves
Benção no Lar
Mãezinha Querida,
Quisera hoje escrever-te as palavras mais lindas, dizer que o teu carinho é uma estrela a guiar-me, que a tua presença é a de um anjo iluminando-me as ho-ras...
Quisera falar-te com a luz do Céu transformada em melodia, enaltecendo-te a bondade, ou fazer um colar com os sorrisos de todas as crianças com que te enfeitasse o coração...
Revejo-te, porém, a imagem serena e doce na tela da memória e longe de saber glorificar-te só me resta o impulso de agradecer.
De que modo exaltar-te, se é a tua abnegação que me exalta? Que poderia a gota d'água cantar em louvor da fonte que a embala e de cuja ternura ela própria desliza ?
Se te posso algo oferecer, trago-te a singela mensagem de meu conhecimento com a esperança de ser melhor.
Não te ignoro os sacrifícios que buscas esconder na imensidão de teu afeto, nem as lágrimas por minha causa que não deixas a cair, a fim de que eu não saiba das inquietações que te dou.
Perdoa-me e espera, anjo querido, porque as tuas sementes de ternura e dedicação estão vivas em minhalma.
Reconheço os espinheiros e as dificuldades da incompreensão que sufocam temporariamente as plantações de paz e amor que me deste.
Sei quantas vezes te esqueci, enquanto me colocavas diante de DEUS, em tuas preces de aflição, e sei das outras tantas em que te feri, enquanto me afagavas...
Acolhe-me, porém, querida mãezinha, a promessa de entendimento e renovação... Recebe-me o pranto jubiloso de gratidão pela felicidade de possuir comigo o tesouro das alegrias de que me envolves... E se te posso pedir mais ainda, abraça-me de novo, deixa que te sinta o coração no meu coração, reaquece minhalma a fim de que eu siga adiante, ao encontro das experiências que me aguardam no mundo, e repete outra vez as palavras inesquecíveis da infância com que sempre me abençoaste, para que DEUS me abençoe.
Autor: Meimei / Psicografia de Chico Xavier
Infância
A infância é o sorriso da existência no horizonte da vida.
Representa esperança que o pessimismo não pode modificar. É mensagem de amor para o cansaço no refúgio do desencantamento, a fulgir no sacrário da oportunidade nova.
É experiência em começo que nos compete orientar e conduzir.
É luz a agigantar-se aguardando o azeite do nosso desvelo.
É sinfonia em preparação... nota solitária que o Músico Divino utilizará na sucessão dos dias para a grande men-sagem ao mundo conturbado.
Atendamos o infante oferecendo, à manhã da vida, a promessa de um futuro seguro.
Nem a energia improdutiva;
nem o caminho pernicioso;
nem a assistência socorrista prejudicial às fontes do valor pessoal;
nem a negligência em nome da confiança no Pai de todos;
nem a vigilância que deprime;
nem o arsenal de descuidos em respeito falso ao futuro homem ...
Mas, acima de tudo, comedimento de atitudes com manancial farto de recursos pessoais e exemplos fecundos, porquanto as bases do futuro encontram-se na criança de hoje, tanto quanto o fruto do porvir dormita na flor perfumada de agora.
Cuidemos do infante, oferecendo o carinho fraterno dos nossos recursos, confiados de que, um dia seremos convidados a oferecer ao Pai Misericordioso o resultado da nossa atuação junto àquele cuja guarda esteve aos cuidados do nosso coração.
Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco. Da obra: Compromissos Iluminativos
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