Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 6 de maio de 2009

R E F L E X Õ E S

NEPT – NÚCLEO ESPÍRITA PAULO DE TARSO / EDUCAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL
Abril de 2009 – nº 02 - Amor de Mãe


Carta a meu filho,

Hoje, enquanto estou vendo você dormir, sinto-me muito grata a Deus de poder ser sua mãe. Não tem idéia de quanto me é valioso sentir o pulsar de seu coraçãozinho.
Amo-te filho, amo-te profundamente e tenho a convicção de que se me foi permitido exercer este papel na sua vida tenho por obrigação te auxiliar, assim como tenho muito a aprender com você, como tenho aprendido ao longo desse período em que estamos juntos.
Tenho muitos defeitos a corrigir e ao mesmo tempo devo te ajudar para que você possa começar a entender que estamos aqui para nossa reforma.
Desculpe se muitas vezes me repito e isso lhe é cansativo, a ânsia de te ver ir pelo caminho certo evitando sofrimentos futuros é grande e na maioria das vezes não tenho certeza de qual é o melhor caminho a seguir.
Saiba que estarei sempre ao seu lado, não poderei resolver os seus problemas, nem terei as respostas, mas você poderá ter certeza de que nunca estará sozinho, serei sua amiga aqui encarnada como estamos hoje e no futuro quando não esteja mais de corpo presente isso também ocorrerá.
Peço a Deus que me auxilie a ter clareza do que posso te dar de melhor, para que eu consiga desempenhar meu papel ao seu lado da melhor maneira possível.
Amo-te muito,

mamãe.

- mensagem anônima

Não é preciso “ Torcer o Pepino”

...A criança não é dotada de toda esta plasticidade que se proclama por aí, barro macio do qual podemos fazer aquilo que desejarmos. Há quem costume dizer que “é de pequeno que se torce o pepino”. Mas não é bem assim que funcionam as coisas. Isso não quer dizer, contudo, que a criança deva ser abandonada às suas inclinações, quaisquer que sejam, ou ao reverso oprimidas ao ponto de ficarem sem espaço para a movimentação de sua personalidade.
É claro que espíritos rebeldes, agressivos, dados a violência ou a crueldade precisam ser reorientados através de um regime disciplinar sem exageradas severidades, mas firme. Fazer-lhes todas as vontades, realizar-lhes todos os caprichos e fantasias, achar uma gracinha todas as suas demonstrações de falta de civilidade corresponde a um processo de deseducação que irá contribuir para que se consolidem tendências negativas já em si mesmas de difícil erradicação.
...há uma sólida razão para que o espírito recém encarnado viva um período em que se torna mais acessível à influência e ao aconselhamento orientador . Tenho visto pais arrependidos de haverem sido excessivamente tolerantes com o que encaravam como meras travessuras de seus filhos, mas nunca os ouvi lamentarem-se por terem sido severos, a não ser que hajam cometido algum excesso.
Estranho como pareça, é comum ouvirmos filhos adultos manifestarem seu reconhecimento pelo regime disciplinar a que foram submetidos na infância. E não raro ouvirmos lamentarem a fraqueza dos pais ante suas turbulências ou o desinteresse deles em dar combate as tendências negativas dos filhos. Não é fazendo todas as suas vontades que estaremos demonstrando nosso amor por nossos filhos. Podem haver perfeito equilíbrio entre respeito e descontração, entre liberdade e disciplina, entre amor e autoridade.
Estamos assim ajudando-os a desenvolverem suas potencialidades, de vez que para isso foram eles programados pela mãe natureza. Quanto ao pau torto... também precisa de apoio e compreenção. Um dia ele perceberá , pela sombra que projeta no chão, que é feio ser torto. Por isso, da próxima vez que ele reencarnar-se, através de uma de suas sementes ou mudas, ele próprio vai cuidar de crescer reto e elegante, na direção do céu azul, como toda árvore que se preza.
Deus nos deseja purificados e redimidos, mas não nos atropela, nem exerce qualquer pressão sobre nós insuportável ou deformadora. Prefere que cresçamos física e espiritualmente, segundo nosso próprio ritmo pessoal, dentro de um esquema em que no máximo possível de espaço nos é concedido para fazê-lo. Certamente, a disciplina é ingrediente indispensável à receita de viver. Ainda à pouco me dizia um espírito muito amado que se Deus exagerasse sua complacência conosco, não teríamos oportunidade de evoluir.
Em suma, não se torce o pepino, ele deve ser cultivado.

Adolescência- Relato do Amor de mãe

“Para você ler quando estiver sozinho”


Eu tinha 13 anos. Por necessidades do trabalho de meu pai, nos mudamos para uma cidade muito longe de onde eu nasci e cresci. Tornei-me um adolescente problemático. Sempre irritado e rebelde, sem nenhuma consideração por qualquer coisa que meus pais falassem ou fizessem por mim. Assim como muitos adolescentes, me esforcei para fugir de tudo que não combinasse com meu jeito de ver o mundo. Rejeitei qualquer oferta de amor. De fato, eu me irritava com a simples menção da palavra amor.
Uma noite, após um dia particularmente difícil, fui para o meu quarto, fechei a porta e pulei na cama. Quando, na privacidade de minha cama, coloquei minhas mãos sob o travesseiro, encontrei um envelope. Puxei-o e no envelope estava escrito: "Para você ler quando estiver sozinho".
Já que eu estava sozinho, ninguém saberia se eu li ou não, assim eu o abri. Estava escrito:
"Mike, eu sei que sua vida está difícil agora, eu sei que você está frustrado e eu sei que nós não fazemos as coisas certas. Mas sei também que te amo muito e nada do que você faça ou diga mudará isso. Estarei sempre aqui se você precisar conversar, e se você não quiser, tudo bem. Saiba apenas que não importa onde você vá ou o que você faça de sua vida, sempre irei te amar e estarei orgulhosa em tê-lo como meu filho. Estou aqui por você e amo você, e isso nunca mudará. Com amor, Mamãe."
Aquele foi o primeiro de diversos bilhetes "Para você ler quando estiver sozinho".
Hoje viajo pelo mundo, fazendo palestras, procurando ajudar as pessoas. Certa vez, ao final de um seminário, uma senhora me procurou e contou sobre as dificuldades que tinha com seu filho. Caminhamos pela praia, e eu lhe contei sobre o eterno amor de minha mãe e sobre o "Para você ler quando estiver sozinho". Semanas mais tarde, eu recebi um cartão onde ela contava que tinha escrito sua primeira carta e deixado para seu filho.
Naquela noite quando fui para a cama, coloquei minhas mãos sob meu travesseiro e lembrei do relevo que sentia cada vez que recebia uma carta. No meio de meus turbulentos anos de adolescência, as cartas foram garantia que eu poderia ser amado apesar de tudo. Antes de adormecer, agradeço a Deus que minha mãe tenha sabido tudo o que eu, um irritado adolescente, precisava. Hoje, quando os mares da vida começam uma tempestade, eu sei que debaixo de meu travesseiro há essa garantia de que o amor - amor consistente, vigilante e incondicional - trará a calmaria.

Tradução de Sergio Barros do texto de Mike Staver

E Para Ser Pai?

Para ser pai é necessário:

1. Ser autêntico, isto é, conhecer o papel que lhe cabe no lar e exercê-lo com segurança e continuidade.

2. Ser justo, tratando todos os filhos com igual solicitude, sem nunca demonstrar preferência ou aversão por nenhum.

3. Ser um educador, castigando quando preciso, mas sabendo também desculpar, valorizar e incentivar.

4. Ser coerente, mantendo seu ponto de vista acerca do que lhe pareça certo ou errado, evitando proibir um dia e deixar fazer no outro.

5. Ser cordial, promovendo o afeto, a estima e a camaradagem entre os familiares.

6. Ser compreensivo, superando os conflitos e mantendo seu amor ante os erros dos filhos.

7. Ser clarividente, sabendo discernir entre o que é essencial e o que é secundário.

8. Ser conciliador, acatando as opiniões do grupo familiar, ao invés de impor apenas as suas.

9. Ter presença no lar, acompanhando de perto a vida dos filhos, por saber que o abandono moral é caminho para a delinqüência.

10. Ter serenidade, evitando dar mostras de impaciência, irritação ou cólera.

11. Ter firmeza, dando “sim” quando julgue que possa dá-lo, tendo a coragem de dizer e manter o “não”, sempre que isso se faça necessário.

12. Ter espírito aberto, procurando estar sempre bem informado, para saber interpretar construtivamente os acontecimentos do mundo.

13. Ter estabilidade emocional, evitando, quanto possível, as variações de humor e os inconvenientes que daí decorrem.

14. Ter maturidade, aceitando as responsabilidades decorrentes de sua condição de chefe de família, especialmente as de pai.

15. Ter prestígio, por seus exemplos de amor ao trabalho, hábitos sadios, civismo, gosto de ser útil ao próximo, etc.

Fontes Consultadas:
“Nossos Filhos são Espíritos” – Hermínio C. Miranda
“Educação do Espírito” Introdução à Pedagogia Espírita – Walter Oliveira Alves
“A Autoridade Paterna” – Rodolfo Caligaris

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