Revista Espirita, junho de 1858
DISSERTAÇÃO MORAL DITADA POR SÃO LUÍS A SRTA. HERMANCE DUFAUX
(5 DE MAIO DE 1858)
I
Um homem saiu muito cedo e foi a praça para contratar operários. Ora, ali viu dois homens do povo, sentados e de braços cruzados. Chegou-se a um deles e assim o abordou: "Que fazes ai?" Ao que o mesmo lhe respondeu: "Não tenho trabalho." Disse então aquele que procurava trabalhadores: "Toma a tua ferramenta e vem ao meu campo, na vertente da colina. A tarefa e dura, mas terás um bom salário." O homem do povo pôs a enxada no ombro e lho agradeceu de todo o coração.
Ouvindo isto, o outro operário levantou-se a aproximou-se, dizendo: "Senhor, deixe-me ir também trabalhar no campo." E, tendo-lhes dito a ambos que o seguissem, marchou a frente, para mostrar o caminho. Depois, quando chegaram a encosta da colina, dividiu o trabalho em dois e se foi.
Quando ele partiu, o ultimo dos operários contratados pôs fogo no mato da gleba que lhe coube por sorte e lavrou a terra com a enxada. Ao calor do sol o suor porejava-lhe a fronte. O outro o imitou, a principio murmurando; em breve parou o trabalho e, enterrando a enxada no chão, sentou-se ao lado, olhando o trabalho do companheiro.
Ora, ao cair da tarde veio o dono do campo e examinou o trabalho. Chamando o operário diligente, felicitou-o dizendo: "Trabalhaste bem; eis o teu salário." E despediu-o, dando-lhe uma moeda de prata. O outro também se aproximou, reclamando o preço de seu salário. Mas o dono lhe disse: "Mau trabalhador, meu pão não matara a tua fome, porque tu deixaste inculta a parte de meu campo que te foi confiada. Não e justo que aquele que nada fez seja recompensado como o que trabalhou bem."
E o despediu sem nada lhe dar.
II
Eu vos digo que a força não foi dada ao homem, nem a inteligência ao seu espirito para que consuma seus dias na ociosidade, mas para ser útil aos seus semelhantes. Ora, aquele cujas mãos estiverem desocupadas e o espirito ocioso será punido e devera recomeçar a sua tarefa.
Em verdade vos digo: sua vida será posta de lado como uma coisa imprestável, quando seu tempo se cumprir. Compreendei isto como uma comparação. Qual de vos, possuindo no pomar uma arvore que não da frutos, não dirá ao servo: "Corte aquela arvore e lance-a no fogo, pois seus ramos são estéreis?" Ora, assim como aquela arvore será cortada por causa de sua esterilidade, também a vida do preguiçoso será lançada no refugo, por ter sido estéril em boas obras.
Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
SANDÁLIAS SEMEADORAS
O Centro Espírita nasceu
das sandálias de Jesus,
que nunca, nunca morreu
nem de lança, nem na cruz.
Jesus desapareceu
para os vaidosos da Terra,
mas logo reapareceu
para a gente de sua terra.
As sandálias de Jesus
nunca deixaram de andar,
sozinhas, cheias de luz,
para as trevas espantar.
Essas sandálias vazias
vão por caminhos e ruas,
sem festas nem fantasias,
sob sóis e sob luas.
Param humildes e calmas
na soleira de uma porta,
batem solas como palmas,
entram por baixo da porta.
Há desespero e aflição.
Quem sofre e geme lá dentro?
As sandálias já se vão,
mas fica na casa um CENTRO.
José Herculano Pires - do Livro Centro Espírita
das sandálias de Jesus,
que nunca, nunca morreu
nem de lança, nem na cruz.
Jesus desapareceu
para os vaidosos da Terra,
mas logo reapareceu
para a gente de sua terra.
As sandálias de Jesus
nunca deixaram de andar,
sozinhas, cheias de luz,
para as trevas espantar.
Essas sandálias vazias
vão por caminhos e ruas,
sem festas nem fantasias,
sob sóis e sob luas.
Param humildes e calmas
na soleira de uma porta,
batem solas como palmas,
entram por baixo da porta.
Há desespero e aflição.
Quem sofre e geme lá dentro?
As sandálias já se vão,
mas fica na casa um CENTRO.
José Herculano Pires - do Livro Centro Espírita
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O EVANGELHO NO LAR
Trabalhemos pela implantação do Evangelho no lar, quando estiver ao alcance de nossas possibilidades.
A seara depende da sementeira.
Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.
É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico.
Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.
Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva. É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.
Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.
O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.
O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.
Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.
Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.
Auxiliemos a plantação do cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã.
Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.
Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.
Que a providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.
BEZERRA DE MENEZES
(Do livro "Temas da Vida" - Francisco Cândido Xavier)
A seara depende da sementeira.
Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.
É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico.
Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.
Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva. É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.
Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.
O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.
O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.
Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.
Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.
Auxiliemos a plantação do cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada no amanhã.
Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.
Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.
Que a providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.
BEZERRA DE MENEZES
(Do livro "Temas da Vida" - Francisco Cândido Xavier)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
AMAI-VOS
"Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade." - João. (I JOÃO, 3:18.)
Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: "Amai-vos uns aos outros".
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: "Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração".
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
EMMANUEL
(Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, FEB)
Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: "Amai-vos uns aos outros".
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: "Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração".
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
EMMANUEL
(Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, FEB)
domingo, 25 de outubro de 2009
Republicação: crianças índigo!
A propalada idéia de que há seres encarnando na Terra, com a "missão" de auxiliar na "reforma" planetária é mais uma daquelas idéias de doidos e fanáticos que desejam expor o Espiritismo ao ridículo.
Seres que vêm ao Planeta com missões e responsabilidades especiais sempre aconteceu, em toda a historiografia terrena. Não é de agora que temos missionários encarnando com conhecimentos superiores e condições para nos ensinar técnicas mais aprimoradas e conhecimentos mais elevados.
Para quem é adepto há algum tempo da Doutrina Espírita, não é tão difícil de compreender. Basta ler uma obra, de Emmanuel: A Caminho da Luz. Nela você encontrará um relato de todo o processo de "construção" planetária, sob a égide de Jesus Cristo, ou o Cristo Jesus, que coordena a toda a formação da Terra, desde os seus primórdios, com a ajuda de seus prepostos (linguagem de Emmanuel).
Na sequência, Emmanuel cita a recepção dos seres da constelação de Capela, chamados por Edgar Armond em sua obra Os Exilados da Capela, quando vieram para a Terra, em épocas antigas, com a missão de resgatarem equívocos cometidos em suas existências anteriores, formando civilizações importantíssimas para a evolução de nosso planeta, como a Egípcia, a Indiana, a Chinesa, a Hebréia, por exemplo. Todos já vieram para cumprir missões e já se foram para as suas esferas de origem.
Trouxeram conhecimentos e posturas religiosas que deixaram marcas em toda a nossa vida atual, milhares de anos após. Ainda há muita curiosidade a respeito de seus conhecimentos e de seus costumes, e, por isso, muitos pesquisadores são especializados nessas civilizações antigas para tentar explicar as marcas que deixaram até os dias atuais.
Mas não precisa ir tão longe. Se você prestar atenção em nossa história mais recente, você verá que há vários "missionários" que deixaram suas marcas, das mais variadas formas. Religiosos, Sociólogos, Cientistas, Músicos, Médiuns, Governantes e pessoas simples, desconhecidas da grande multidão, trouxeram suas mensagens e auxiliaram a compor todo o quadro planetário, toda a formação das civilizações que foram, com perdas e ganhos, modificando o mundo até chegarmos no ponto no qual estamos agora.
Nesses séculos todos, muitos encarnaram "sob o signo" índigo. Muitos dos que estiveram aqui, eram Espíritos diferenciados e em condição de trazer a mensagem de amor e caridade do Cristo de Deus, Jesus. Muitos!
Curioso, portanto, que um grupo de "curiosos" definam que existe um ser (ou vários deles) que tenha uma "aura" azul e que seja "especial", portador da responsabilidade de auxiliar na transformação da Terra, de planeta de provas e expiações para planeta de regeneração. Este processo de transformação, esses seres especiais estão aqui desde sempre. Desde sempre!
Há, na verdade, uma confusão conceitual e uma exaltação da vaidade dessas pessoas curiosas. Elas querem ter sua opinião prevalecendo diante de outros conceitos pré-existentes e se perdem por conta da existência e reencarnação de pessoas portadoras de uma inteligência um pouco acima da média - fenômeno normal: enquanto o mundo vai evoluindo as pessoas que o habitam também vão - e que têm dificuldade adaptativa no campo social, educacional, religioso e familiar (podem, até mesmo, ter outras dificuldades adaptativas). São, sim pessoas especiais e com necessidades especiais, mas não por serem melhores. Estão sujeitas às necessidades planetárias como todos nós e precisam aprender a respeitar ambientes e pessoas. O fato de serem inteligentes, de algum modo, não os transforma em "índigo" ou mesmo em "cristal". São, muitas vezes, mais inteligentes, mas inadaptados às condições planetárias. Precisam aprender, e, como todos, ensinar também.
Mas sempre tivemos pessoas reencarnando nessas circunstâncias. Não é exatamente nenhuma novidade!
Então, qual a novidade? NENHUMA!
Estão confundindo Déficit de Atenção e Hiperatividade (que são problemas para ser resolvidos) com Qualidades Especiais. BOBAGEM!
As pessoas que divulgam isso se confundem em suas palestras e em seus textos. Citam outros autores, até mesmo espirituais, para adquirirem maior credibilidade. Mas o fato de que estão citando até mesmo Kardec, não faz deles pessoas com maior credibilidade. Tampouco suas idéias são críveis.
Ao contrário: a idéia de crianças índigo é totalmente contrária à idéia CRISTÃ! Jesus jamais pregou que existissem privilegiados, jamais divulgaria que pessoas especiais estariam sendo preferidas, mas sim, preteridas em nosso planeta, por estarem realmente adiante, mas são portadoras de algo que a maioria de nós desconhece: HUMILDADE!
Chico Xavier é um ser desses, especiais, que esteve entre nós. Humilde, caridoso e incansável trabalhador. Jamais aceitou elogios e nunca quis ser visto como índigo, cristal, ou outra cor qualquer. É servidor de Jesus e de toda a humanidade, sem qualquer propósito de "aparecer".
Esse é o verdadeiro "índigo". Os demais são pessoas com problemas que precisam ser orientados e encaminhados em aprendizado e evolução como todos nós.
Crianças Índigo existem?
DE MODO ALGUM: É UM EQUÍVOCO!
Seres que vêm ao Planeta com missões e responsabilidades especiais sempre aconteceu, em toda a historiografia terrena. Não é de agora que temos missionários encarnando com conhecimentos superiores e condições para nos ensinar técnicas mais aprimoradas e conhecimentos mais elevados.
Para quem é adepto há algum tempo da Doutrina Espírita, não é tão difícil de compreender. Basta ler uma obra, de Emmanuel: A Caminho da Luz. Nela você encontrará um relato de todo o processo de "construção" planetária, sob a égide de Jesus Cristo, ou o Cristo Jesus, que coordena a toda a formação da Terra, desde os seus primórdios, com a ajuda de seus prepostos (linguagem de Emmanuel).
Na sequência, Emmanuel cita a recepção dos seres da constelação de Capela, chamados por Edgar Armond em sua obra Os Exilados da Capela, quando vieram para a Terra, em épocas antigas, com a missão de resgatarem equívocos cometidos em suas existências anteriores, formando civilizações importantíssimas para a evolução de nosso planeta, como a Egípcia, a Indiana, a Chinesa, a Hebréia, por exemplo. Todos já vieram para cumprir missões e já se foram para as suas esferas de origem.
Trouxeram conhecimentos e posturas religiosas que deixaram marcas em toda a nossa vida atual, milhares de anos após. Ainda há muita curiosidade a respeito de seus conhecimentos e de seus costumes, e, por isso, muitos pesquisadores são especializados nessas civilizações antigas para tentar explicar as marcas que deixaram até os dias atuais.
Mas não precisa ir tão longe. Se você prestar atenção em nossa história mais recente, você verá que há vários "missionários" que deixaram suas marcas, das mais variadas formas. Religiosos, Sociólogos, Cientistas, Músicos, Médiuns, Governantes e pessoas simples, desconhecidas da grande multidão, trouxeram suas mensagens e auxiliaram a compor todo o quadro planetário, toda a formação das civilizações que foram, com perdas e ganhos, modificando o mundo até chegarmos no ponto no qual estamos agora.
Nesses séculos todos, muitos encarnaram "sob o signo" índigo. Muitos dos que estiveram aqui, eram Espíritos diferenciados e em condição de trazer a mensagem de amor e caridade do Cristo de Deus, Jesus. Muitos!
Curioso, portanto, que um grupo de "curiosos" definam que existe um ser (ou vários deles) que tenha uma "aura" azul e que seja "especial", portador da responsabilidade de auxiliar na transformação da Terra, de planeta de provas e expiações para planeta de regeneração. Este processo de transformação, esses seres especiais estão aqui desde sempre. Desde sempre!
Há, na verdade, uma confusão conceitual e uma exaltação da vaidade dessas pessoas curiosas. Elas querem ter sua opinião prevalecendo diante de outros conceitos pré-existentes e se perdem por conta da existência e reencarnação de pessoas portadoras de uma inteligência um pouco acima da média - fenômeno normal: enquanto o mundo vai evoluindo as pessoas que o habitam também vão - e que têm dificuldade adaptativa no campo social, educacional, religioso e familiar (podem, até mesmo, ter outras dificuldades adaptativas). São, sim pessoas especiais e com necessidades especiais, mas não por serem melhores. Estão sujeitas às necessidades planetárias como todos nós e precisam aprender a respeitar ambientes e pessoas. O fato de serem inteligentes, de algum modo, não os transforma em "índigo" ou mesmo em "cristal". São, muitas vezes, mais inteligentes, mas inadaptados às condições planetárias. Precisam aprender, e, como todos, ensinar também.
Mas sempre tivemos pessoas reencarnando nessas circunstâncias. Não é exatamente nenhuma novidade!
Então, qual a novidade? NENHUMA!
Estão confundindo Déficit de Atenção e Hiperatividade (que são problemas para ser resolvidos) com Qualidades Especiais. BOBAGEM!
As pessoas que divulgam isso se confundem em suas palestras e em seus textos. Citam outros autores, até mesmo espirituais, para adquirirem maior credibilidade. Mas o fato de que estão citando até mesmo Kardec, não faz deles pessoas com maior credibilidade. Tampouco suas idéias são críveis.
Ao contrário: a idéia de crianças índigo é totalmente contrária à idéia CRISTÃ! Jesus jamais pregou que existissem privilegiados, jamais divulgaria que pessoas especiais estariam sendo preferidas, mas sim, preteridas em nosso planeta, por estarem realmente adiante, mas são portadoras de algo que a maioria de nós desconhece: HUMILDADE!
Chico Xavier é um ser desses, especiais, que esteve entre nós. Humilde, caridoso e incansável trabalhador. Jamais aceitou elogios e nunca quis ser visto como índigo, cristal, ou outra cor qualquer. É servidor de Jesus e de toda a humanidade, sem qualquer propósito de "aparecer".
Esse é o verdadeiro "índigo". Os demais são pessoas com problemas que precisam ser orientados e encaminhados em aprendizado e evolução como todos nós.
Crianças Índigo existem?
DE MODO ALGUM: É UM EQUÍVOCO!
O Verdadeiro Espírita
“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” – Allan Kardec
O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores, além do Passe e da Água Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)
O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores, além do Passe e da Água Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)
sábado, 24 de outubro de 2009
A Energia Quântica nos Fenômenos Paranormais.
O quantum
Sem dúvida, a Física atual se estriba na idéia da energia quântica, um dos estados da energia amorfa universal e que, sem dúvida, é a causa de todo fenômeno desta Ciência.
Para fundamentarmos a idéia, lembremo-nos de que, desde Sir Isaac Newton (1642-1727), este já tinha a idéia de que o espaço sideral não podia estar vazio e, como tal, algo o enchia. Usando a restrita linguagem da época, ele definiu como sendo o fluido cósmico universal (FCU), só que atribuindo a ele uma série de propriedades ou impropriedades estranhas como imponderabilidade, inelasticidade, sem atrito viscoso – aquele que os fluidos oferecem à passagem de um corpo – e sem massa específica, a fim de que os astros pudessem girar em seu interior e, assim, justificava ainda a propagação da luz em seu meio.
Naquela época, tudo o que não fosse sólido era chamado de fluido; só depois que puderam constatar as formas de energia distintas da matéria é que os fluidos passaram a ser exclusivamente os líquidos e os gases e, como tal, atualmente, não procede falarmos em FCU, pois este passou a ser conhecido como sendo a energia amorfa em expansão, causa de tudo o que existe no Universo.
Com esta descoberta, a informação a respeito da mônada, apresentada por André Luiz, não tem a mínima procedência, porque a causa da existência é uma forma básica de energia e não um corpúsculo como previra Leibniz.
A energia em si, apresenta-se sob quatro estados físicos, a saber, além do fundamental, como energia condensada ou matéria, energia radiante ou quântica e o estado gel, também dito plasma que é uma outra forma semi-material ainda em estudo.
Portanto, os fenômenos físicos, todos, têm a mesma natureza, atualmente dita quântica, desde o som até os raios cósmicos que nos bombardeia de fora da Terra. Evidentemente, também temos outras ocorrências físicas, como a queda dos corpos que, como tais, estão sujeitas a energias atuantes, mas que, por si, não seriam elas os fenômenos de natureza quântica.
Tem esse nome por causa do termo latino quantum no singular e quanta no plural, palavra que define “quantidade” e que passou a ser um conceito de quantidade de energia emitido por uma fonte que vibra sob ação de um agente físico.
O som, por exemplo, é produzido por um corpo material, como a corda de um violão que vibra sob ação do dedo do tocador e que emite uma certa quantidade de energia que se propaga em qualquer meio material, desde o gasoso até o sólido. Para se produzir um som, o corpo tem que vibrar com uma freqüência entre 16 hz e 32.000 hz. A unidade hz (hertz) significa dizer “vibração por segundo”. Abaixo de 16 hz não existe som; este, por sua vez, é praticamente inaudível para a maioria das pessoas, assim como, também acima de 32 mil vibrações o som passa a ser inaudível, por isso, ele é denominado de ultra-som e vai até 64.000 hz.
A partir desse valor, o corpo em si não tem mais condição de vibrar; apenas, as suas moléculas, no interior dele é que podem apresentar tal variação e, no caso, o fenômeno deixa de ser acústico (som) para ser térmico (calor). Então, o calor é produzido pela vibração molecular sob ação do atrito que é o agente físico e vai até 1 mega (106) hz, a partir do que encontraremos as OEM (ondas eletro-magnéticas) cuja gama começa com a eletricidade e os sinais de telegrafia com fio ate 10² Mhz, passa pelas ondas hertzianas, dede as ondas longas de rádio-transmissão, AM, FM, curtas e entra nas da TV, com VHF, UHF e SHF, atingindo 1011 Mhz. Segue-se a luz, com o infravermelho, a faixa visível do arco-íris e a da ultravioleta, até 1015 Mhz a partir do que começam as emissões catódicas incluindo as emissões foto-elétricas, os raios X, alfa, gama e laser, aparecendo, a seguir, uma faixa ainda desconhecida onde foi localizada a emissão dos telepatas e acima de 1029 M hz e curiosamente, seguindo a já prevista tabela de Camille Flamarion.
As OEM são produzidas pela vibração dos átomos e suas partículas sob ação de diversos agentes.
Informações essas a título de curiosidade.
O fenômeno paranormal
Como todos sabemos, Charles Richet, querendo fazer um estudo relativo aos fenômenos que ele denominou de metapsíquicos, ou seja, além dos fenômenos psíquicos ou psicológicos, inspirado em Kardec e desejando dar um cunho liberal, quis criar a hipótese de que todos eles eram de origem puramente material, sem envolver o desencarnado.
Contudo, desconhecendo a técnica classificatória científica, em vez de criar uma classificação baseada nas causas, fez justamente o oposto, ou seja, classificou segundo a conseqüência e, assim, dividiu-os em objetivos, quando atuava sobre os objetos e subjetivos no caso contrário.
A Metapsíquica se espalhou por toda Europa mas Richet, ao se jubilar da Sorbone, onde era catedrático, no seu discurso de despedida declarou que nunca tivera nenhuma religião mas, se alguma doutrina o houvera convencido da sua realidade, esta era o Espiritismo, declaração essa que fez com que a Escola Metapsiquista alemã se rebelou e, no Congresso de Ultrech (Bélgica) – 1953 – R. H. Thouless e B. P. Wiesner propuseram a troca da Metapsíquica pela parapsicologia, só que, a única mudança havida foi a nomenclatura usada, recaindo nos mesmos erros de Richet.
Os fenômenos chamados objetivos passaram a ser denominados de Psi-Kapa, duas letras gregas, de psiquê (alma) e kinessis (movimento), enquanto que os subjetivos passaram a ser Psi Gama.
De qualquer forma, persistia o erro e a ignorância da apresença do desencarnado em alguns deles.
Mais científica é a classificação de Kardec-Akzacof contida no livro deste último intitulado Animismus und Spiritismus onde os fenômenos, em decorrência do agente que o realiza é considerado anímico quando usa os dotes do alma ou espírito encarnado e espirítico ou mediúnico quando o agente que o provoca é um desencarnado.
O desenvolvimento desta classificação nós o fazemos em outro trabalho.
Relação quântica
Evidentemente, no caso dos fenômenos anímicos é muito fácil de compreender que, como no caso da telepatia, o sensitivo, ao enviar sua onda, aquela que, como no radar, vai captar o pensamento de outrem, ele o faz dentro das emissões quânticas entre as faixas catódicas e as dos raios cósmicos, já detectadas pelos ingleses. E assim, teremos os demais fenômenos, como a radiestesia, a psicocinesia e todos os demais sedo produzidos pela ação anímica de uma pessoa que é capaz de emitir uma onda quântica capaz de realizar o respectivo fenômeno.
Já no caso dos fenômenos mediúnicos, o processo é mais complicado porque os espíritos só podem atuar em nosso domínio material usando seu campo parapsíquico modulado por uma energia correlata com ele que, segundo informes dados através da mediunidade de Dunglas Home à equipe de pesquisas presidida por William Crookes, advém do ectoplasma, a essência plásmica envolvente do protoplasma celular e que pode ser estudado em qualquer livro de Biologia, no capítulo de Citologia.
Então, com esta energia, o desencarnado pode agir em nosso domínio de vida, evidentemente, de diversas formas, como no caso dos efeitos físicos onde o fenômeno produzido acaba se realizando graças à capacidade espiritual de emitir ondas quânticas de energia com as quais eles realizam os fenômenos.
Nos casos, todavia, de fenômenos personalísticos, o Espírito, apenas, induz o médium à ação por ele comandada e, de qualquer forma, atuando no corpo do médium, como no caso da psicografia (sobre o braço) e da psicofonia (nas cordas vocais), ele acaba produzindo um fenômeno quântico manipulando as ações do aparelho mediúnico ou pessoa que o esteja ajudando.
Pois, sem dúvida, não existe fenômeno nem anímico nem mediúnico sem que a energia quântica esteja presente.
(Sala Filosofia Espírita – dia 03.09.2004)
Sem dúvida, a Física atual se estriba na idéia da energia quântica, um dos estados da energia amorfa universal e que, sem dúvida, é a causa de todo fenômeno desta Ciência.
Para fundamentarmos a idéia, lembremo-nos de que, desde Sir Isaac Newton (1642-1727), este já tinha a idéia de que o espaço sideral não podia estar vazio e, como tal, algo o enchia. Usando a restrita linguagem da época, ele definiu como sendo o fluido cósmico universal (FCU), só que atribuindo a ele uma série de propriedades ou impropriedades estranhas como imponderabilidade, inelasticidade, sem atrito viscoso – aquele que os fluidos oferecem à passagem de um corpo – e sem massa específica, a fim de que os astros pudessem girar em seu interior e, assim, justificava ainda a propagação da luz em seu meio.
Naquela época, tudo o que não fosse sólido era chamado de fluido; só depois que puderam constatar as formas de energia distintas da matéria é que os fluidos passaram a ser exclusivamente os líquidos e os gases e, como tal, atualmente, não procede falarmos em FCU, pois este passou a ser conhecido como sendo a energia amorfa em expansão, causa de tudo o que existe no Universo.
Com esta descoberta, a informação a respeito da mônada, apresentada por André Luiz, não tem a mínima procedência, porque a causa da existência é uma forma básica de energia e não um corpúsculo como previra Leibniz.
A energia em si, apresenta-se sob quatro estados físicos, a saber, além do fundamental, como energia condensada ou matéria, energia radiante ou quântica e o estado gel, também dito plasma que é uma outra forma semi-material ainda em estudo.
Portanto, os fenômenos físicos, todos, têm a mesma natureza, atualmente dita quântica, desde o som até os raios cósmicos que nos bombardeia de fora da Terra. Evidentemente, também temos outras ocorrências físicas, como a queda dos corpos que, como tais, estão sujeitas a energias atuantes, mas que, por si, não seriam elas os fenômenos de natureza quântica.
Tem esse nome por causa do termo latino quantum no singular e quanta no plural, palavra que define “quantidade” e que passou a ser um conceito de quantidade de energia emitido por uma fonte que vibra sob ação de um agente físico.
O som, por exemplo, é produzido por um corpo material, como a corda de um violão que vibra sob ação do dedo do tocador e que emite uma certa quantidade de energia que se propaga em qualquer meio material, desde o gasoso até o sólido. Para se produzir um som, o corpo tem que vibrar com uma freqüência entre 16 hz e 32.000 hz. A unidade hz (hertz) significa dizer “vibração por segundo”. Abaixo de 16 hz não existe som; este, por sua vez, é praticamente inaudível para a maioria das pessoas, assim como, também acima de 32 mil vibrações o som passa a ser inaudível, por isso, ele é denominado de ultra-som e vai até 64.000 hz.
A partir desse valor, o corpo em si não tem mais condição de vibrar; apenas, as suas moléculas, no interior dele é que podem apresentar tal variação e, no caso, o fenômeno deixa de ser acústico (som) para ser térmico (calor). Então, o calor é produzido pela vibração molecular sob ação do atrito que é o agente físico e vai até 1 mega (106) hz, a partir do que encontraremos as OEM (ondas eletro-magnéticas) cuja gama começa com a eletricidade e os sinais de telegrafia com fio ate 10² Mhz, passa pelas ondas hertzianas, dede as ondas longas de rádio-transmissão, AM, FM, curtas e entra nas da TV, com VHF, UHF e SHF, atingindo 1011 Mhz. Segue-se a luz, com o infravermelho, a faixa visível do arco-íris e a da ultravioleta, até 1015 Mhz a partir do que começam as emissões catódicas incluindo as emissões foto-elétricas, os raios X, alfa, gama e laser, aparecendo, a seguir, uma faixa ainda desconhecida onde foi localizada a emissão dos telepatas e acima de 1029 M hz e curiosamente, seguindo a já prevista tabela de Camille Flamarion.
As OEM são produzidas pela vibração dos átomos e suas partículas sob ação de diversos agentes.
Informações essas a título de curiosidade.
O fenômeno paranormal
Como todos sabemos, Charles Richet, querendo fazer um estudo relativo aos fenômenos que ele denominou de metapsíquicos, ou seja, além dos fenômenos psíquicos ou psicológicos, inspirado em Kardec e desejando dar um cunho liberal, quis criar a hipótese de que todos eles eram de origem puramente material, sem envolver o desencarnado.
Contudo, desconhecendo a técnica classificatória científica, em vez de criar uma classificação baseada nas causas, fez justamente o oposto, ou seja, classificou segundo a conseqüência e, assim, dividiu-os em objetivos, quando atuava sobre os objetos e subjetivos no caso contrário.
A Metapsíquica se espalhou por toda Europa mas Richet, ao se jubilar da Sorbone, onde era catedrático, no seu discurso de despedida declarou que nunca tivera nenhuma religião mas, se alguma doutrina o houvera convencido da sua realidade, esta era o Espiritismo, declaração essa que fez com que a Escola Metapsiquista alemã se rebelou e, no Congresso de Ultrech (Bélgica) – 1953 – R. H. Thouless e B. P. Wiesner propuseram a troca da Metapsíquica pela parapsicologia, só que, a única mudança havida foi a nomenclatura usada, recaindo nos mesmos erros de Richet.
Os fenômenos chamados objetivos passaram a ser denominados de Psi-Kapa, duas letras gregas, de psiquê (alma) e kinessis (movimento), enquanto que os subjetivos passaram a ser Psi Gama.
De qualquer forma, persistia o erro e a ignorância da apresença do desencarnado em alguns deles.
Mais científica é a classificação de Kardec-Akzacof contida no livro deste último intitulado Animismus und Spiritismus onde os fenômenos, em decorrência do agente que o realiza é considerado anímico quando usa os dotes do alma ou espírito encarnado e espirítico ou mediúnico quando o agente que o provoca é um desencarnado.
O desenvolvimento desta classificação nós o fazemos em outro trabalho.
Relação quântica
Evidentemente, no caso dos fenômenos anímicos é muito fácil de compreender que, como no caso da telepatia, o sensitivo, ao enviar sua onda, aquela que, como no radar, vai captar o pensamento de outrem, ele o faz dentro das emissões quânticas entre as faixas catódicas e as dos raios cósmicos, já detectadas pelos ingleses. E assim, teremos os demais fenômenos, como a radiestesia, a psicocinesia e todos os demais sedo produzidos pela ação anímica de uma pessoa que é capaz de emitir uma onda quântica capaz de realizar o respectivo fenômeno.
Já no caso dos fenômenos mediúnicos, o processo é mais complicado porque os espíritos só podem atuar em nosso domínio material usando seu campo parapsíquico modulado por uma energia correlata com ele que, segundo informes dados através da mediunidade de Dunglas Home à equipe de pesquisas presidida por William Crookes, advém do ectoplasma, a essência plásmica envolvente do protoplasma celular e que pode ser estudado em qualquer livro de Biologia, no capítulo de Citologia.
Então, com esta energia, o desencarnado pode agir em nosso domínio de vida, evidentemente, de diversas formas, como no caso dos efeitos físicos onde o fenômeno produzido acaba se realizando graças à capacidade espiritual de emitir ondas quânticas de energia com as quais eles realizam os fenômenos.
Nos casos, todavia, de fenômenos personalísticos, o Espírito, apenas, induz o médium à ação por ele comandada e, de qualquer forma, atuando no corpo do médium, como no caso da psicografia (sobre o braço) e da psicofonia (nas cordas vocais), ele acaba produzindo um fenômeno quântico manipulando as ações do aparelho mediúnico ou pessoa que o esteja ajudando.
Pois, sem dúvida, não existe fenômeno nem anímico nem mediúnico sem que a energia quântica esteja presente.
(Sala Filosofia Espírita – dia 03.09.2004)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Allan Kardec
Allan Kardec matou a morte. Eliminou as dúvidas sobre a existência de Deus e glorificou a palavra de Jesus em seu apostolado.
Marcos
Psicografia NEPT 30/03/2007
Marcos
Psicografia NEPT 30/03/2007
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Estudemos o Evangelho
Aprimoramento do raciocínio, na Terra, é base da avolução de que os povos glorificam.
A escola, definida como sendo a cultura do cérebro, desde o alfabeto à especialização acadêmica, é o cérebro da cultura. Especulações religiosas, realizações científicas, preceitos filosóficos e experiências artísticas devem-lhe os fundamentos.
Tudo o que brilha nas construções da inteligência é fruto do estudo.
Colombo foi o descobridor da América; entretanto, não alcançou o próprio destino sem os apontamentos de Perestrello.
Newton enunciou os conhecimentos da atração universal, mas inspirou-se nos princípios de Kepler.
Helen Keller, cuja alma de escol angariou o respeito da Humanidade, não venceu sombras que lhe envolviam o campo dos sentidos sem o concurso da professora que a seguiu, passo a passo.
Assim também, no burilamento da alma.
É indispenável conhecer o bem, para que os ensinamentos do bem nos aperfeiçoem a vida íntima.
Nós, espíritas vinculados a Allan Kardec ao Cristianismo puro, não podemos prescindir do contato com o Divino Mestre, através das lições com que nos dirige a renovação para as esferas superiores.
Estudemos, pois, o Evangelho.
E qual aconteceu em nossas primeiras páginas de comentários simples da Boa Nova, em Caminho, Verdade e Vida, aqui repetimos, com o apóstolo Pedro, que "nenhuma palavra das Escrituras é de interpretação particular".
Emmanuel - página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.
A escola, definida como sendo a cultura do cérebro, desde o alfabeto à especialização acadêmica, é o cérebro da cultura. Especulações religiosas, realizações científicas, preceitos filosóficos e experiências artísticas devem-lhe os fundamentos.
Tudo o que brilha nas construções da inteligência é fruto do estudo.
Colombo foi o descobridor da América; entretanto, não alcançou o próprio destino sem os apontamentos de Perestrello.
Newton enunciou os conhecimentos da atração universal, mas inspirou-se nos princípios de Kepler.
Helen Keller, cuja alma de escol angariou o respeito da Humanidade, não venceu sombras que lhe envolviam o campo dos sentidos sem o concurso da professora que a seguiu, passo a passo.
Assim também, no burilamento da alma.
É indispenável conhecer o bem, para que os ensinamentos do bem nos aperfeiçoem a vida íntima.
Nós, espíritas vinculados a Allan Kardec ao Cristianismo puro, não podemos prescindir do contato com o Divino Mestre, através das lições com que nos dirige a renovação para as esferas superiores.
Estudemos, pois, o Evangelho.
E qual aconteceu em nossas primeiras páginas de comentários simples da Boa Nova, em Caminho, Verdade e Vida, aqui repetimos, com o apóstolo Pedro, que "nenhuma palavra das Escrituras é de interpretação particular".
Emmanuel - página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A missão de cada um
Invadiu-me certa vez uma inexorável perplexidade acerca do sentido da vida.
Decidi, então, peregrinar por este mundo em fora, para decifrar tão profundo enigma.
A todos os seres que encontrava propunha a questão.
À frondosa árvore, enraizada no centro de grande praça, supliquei que me revelasse sua verdadeira missão.
Explanou-me ela:
“Em primeiro lugar, devo manter-me viva, forte, saudável, para melhor poder cumprir meu papel.
Em segundo, descobrir exatamente qual seja este papel.
E, por fim, desempenhá-lo diligentemente.
A mim cabe proteger os peregrinos que por aqui passam, nos tórridos dias de verão, ofertando-lhes minha generosa sombra.”
Segui adiante e deparei-me com um belo gato siamês.
Segredou-me ele que sua missão consistia em fazer companhia a uma velha senhora, ofertando a ela todo seu encanto e ternura.
Por muitos e muitos dias, por escabrosas veredas, feri meus pés à procura de respostas à pungente dúvida.
O esforço foi sobejamente recompensado. Mas eu sentia que era preciso ainda ouvir uma sábia opinião de um representante do gênero humano.
Finalmente, após fatigante busca, no alto de um outeiro, encontrei um sábio anacoreta, longas barbas brancas, olhar perdido no horizonte, a meditar...
Acolheu-me amavelmente. Após ouvir, todo paciência e atenção, meu relato e minhas súplicas, sentenciou gravemente:
“Meu prezado buscador. Os sábios seres da natureza propiciaram a ti as respostas.
Já és possuidor do inefável segredo. Não obstante, mais posso aduzir:
Caso descobrires que és uma árvore, sejas realmente uma árvore; se fores um gatinho, não te constranjas em ofertar toda tua meiguice; e se um leão, coloca sempre toda tua energia em tudo que fizeres.
Enfim, é preciso descobrir teus verdadeiros talentos, aprimorá-los, produzir os melhores frutos, e então, ofertá-los generosamente.”
* * *
Ninguém habita este planeta sem objetivo, sem finalidade maior.
Aquele que cultiva a terra realiza uma missão. Como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na natureza. Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência.
Cada um tem sua missão na Terra. Cada um pode ser útil para alguma coisa.
Desta forma, buscadores que somos, o que devemos encontrar é a nós mesmos, descobrindo depois no que podemos ser úteis.
Que habilidade temos? Quais são nossos talentos? O que podemos fazer pela comunidade ao nosso redor?
É tempo de descoberta e de ação. Cada dia na Terra é oportunidade única que não pode mais ser desperdiçada com as distrações e ilusões que criamos ao longo das eras.
Redação do Momento Espírita com base em texto do livro A magia das palavras, de Ramiro Sápiras, ed. Recanto das letras e no item 573 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Decidi, então, peregrinar por este mundo em fora, para decifrar tão profundo enigma.
A todos os seres que encontrava propunha a questão.
À frondosa árvore, enraizada no centro de grande praça, supliquei que me revelasse sua verdadeira missão.
Explanou-me ela:
“Em primeiro lugar, devo manter-me viva, forte, saudável, para melhor poder cumprir meu papel.
Em segundo, descobrir exatamente qual seja este papel.
E, por fim, desempenhá-lo diligentemente.
A mim cabe proteger os peregrinos que por aqui passam, nos tórridos dias de verão, ofertando-lhes minha generosa sombra.”
Segui adiante e deparei-me com um belo gato siamês.
Segredou-me ele que sua missão consistia em fazer companhia a uma velha senhora, ofertando a ela todo seu encanto e ternura.
Por muitos e muitos dias, por escabrosas veredas, feri meus pés à procura de respostas à pungente dúvida.
O esforço foi sobejamente recompensado. Mas eu sentia que era preciso ainda ouvir uma sábia opinião de um representante do gênero humano.
Finalmente, após fatigante busca, no alto de um outeiro, encontrei um sábio anacoreta, longas barbas brancas, olhar perdido no horizonte, a meditar...
Acolheu-me amavelmente. Após ouvir, todo paciência e atenção, meu relato e minhas súplicas, sentenciou gravemente:
“Meu prezado buscador. Os sábios seres da natureza propiciaram a ti as respostas.
Já és possuidor do inefável segredo. Não obstante, mais posso aduzir:
Caso descobrires que és uma árvore, sejas realmente uma árvore; se fores um gatinho, não te constranjas em ofertar toda tua meiguice; e se um leão, coloca sempre toda tua energia em tudo que fizeres.
Enfim, é preciso descobrir teus verdadeiros talentos, aprimorá-los, produzir os melhores frutos, e então, ofertá-los generosamente.”
* * *
Ninguém habita este planeta sem objetivo, sem finalidade maior.
Aquele que cultiva a terra realiza uma missão. Como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na natureza. Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência.
Cada um tem sua missão na Terra. Cada um pode ser útil para alguma coisa.
Desta forma, buscadores que somos, o que devemos encontrar é a nós mesmos, descobrindo depois no que podemos ser úteis.
Que habilidade temos? Quais são nossos talentos? O que podemos fazer pela comunidade ao nosso redor?
É tempo de descoberta e de ação. Cada dia na Terra é oportunidade única que não pode mais ser desperdiçada com as distrações e ilusões que criamos ao longo das eras.
Redação do Momento Espírita com base em texto do livro A magia das palavras, de Ramiro Sápiras, ed. Recanto das letras e no item 573 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Experiência Pós-Túmulo
Eu sempre ouvi falar das glórias do reino de Deus, mas nunca liguei, nem associei, isto a mim. Hoje, após um longo período de expiação, finalmente, posso falar que realmente não há nada comparável às glórias do reino de nosso Pai. E eu, ainda, não conheço o reino. Estou numa ala de transição e tudo é tão maravilhoso que quando lembro de minha vida na Terra, fico envergonhado do que fiz e do que não fiz, pois, o que fiz foi errado e o que não fiz, também.
Sempre o orgulho e a soberba me dominaram, o amor à matéria. Hoje, choro de arrependimento do que deixei de fazer, pois em virtude disto, vim a conhecer as maravilhas do mundo onde, estou muito tarde e padeci muito. Mas, hoje, graças a Deus, estou no meio de amigos e mentores que me guiam e me mostram a fonte de luz.
Gustavo
Psicografia NEPT – 26/0/06
Sempre o orgulho e a soberba me dominaram, o amor à matéria. Hoje, choro de arrependimento do que deixei de fazer, pois em virtude disto, vim a conhecer as maravilhas do mundo onde, estou muito tarde e padeci muito. Mas, hoje, graças a Deus, estou no meio de amigos e mentores que me guiam e me mostram a fonte de luz.
Gustavo
Psicografia NEPT – 26/0/06
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Notícias de Bezerra de Menezes
Conta-se que Bezerra de Menezes, o denotado apóstolo do Espiritismo no Brasil, após alguns anos de desencarnação, achava-se em praia deserta, meditando tristemente quando à maioria dos petitórios que lhe eram endereçados do mundo.
Em grande número de reuniões consagradas à prece, solicitavam-lhe providências de natureza material.
Numerosos admiradores e amigos rogavam-lhe empregos rendosos, negócios lucrativos, alojamentos, proteção a documentários diversos, propriedades e promoções.
Em verdade, sentia-se feliz, quando chamado a servir um doente ou quando trazido à consolação dos infortunados, porém, fora na Terra um médico espírita e um homem de bem, à distância de maiores experiências em atividades comerciais.
Por que motivo a convocação indébita de seu nome em processos inconfessáveis? Não era também ele um discípulo do Evangelho, interessado em ascender à maior comunhão com o Senhor? Não procurava aprender igualmente a lutar e renunciar?
Monologava, entre inquieto e abatido, quando viu junto dele o grande Antonio, desencarnado em Pádua, no ano de 1231.
O herói admirável da Igreja Católica, nimbado de intensa luz, ouvira-lhe o solilóquio amargo.
Abraçou-o, com bondade, e convidou-o a segui-lo.
A breves minutos, ei-los ambos no perfumado recinto de grande templo.
O santuário, dedicado ao popular taumaturgo, regurgitava de fiéis que se prosternavam, reverentes, diante da primorosa estátua que o representava, sustentando a imagem de Jesus Menino.
O santo impeliu Bezerra a escutar os requerimentos da assembléia e o seareiro espírita conseguiu anotar as mais estranhas e inoportunas requisições.
Suplicava-se a Antonio casa e comida, dinheiro fácil e saliência política, matrimônio e proteção. Não faltava quem lhe implorasse contra outrem perseguição e vingança, hostilidade e desprezo, inclusive crimes ocultos.
O amigo e benfeitor esboçou um gesto expressivo e falou, bem humorado, ao evangelizador brasileiro:
- Observaste atentamente? As petições são quase sempre as mesmas nos variados campos da fé. Sequioso de burilamento íntimo, troquei na Igreja o hábito de cônego pelo burel dos frades... Ensinei a palavra do Mestre Divino, sufocando os espinhos de minhas próprias imperfeições. Fosse nas seduções da vida secular ou na austeridade do convento, caminhava mantendo pavorosas batalhas comigo mesmo, ansiando entesourar a virtude, em cujo encalço permaneço até hoje, entretanto, procuram-me através da oração, por meirinho comum ou por advogado casamenteiro...
E, por que Bezerra sorrisse, reconfortado, aduziu:
- Nosso problema, no entanto, é o de instruir sem desanimar. Jesus no monte sentiu extrema compaixão pela turba desvairada, alimentando-lhes o corpo e clareando-lhes a alma obscura...
Nesse justo momento, surge alguém à cata de Bezerra. Num círculo de oração, organizado na Terra, pediam-lhe indicações para que fosse descoberto um enorme tesouro de aventureiros antigos, desde muito enterrado.
Antonio afagou-lhe os ombros e disse benevolente:
- Vai, meu amigo, e não desdenhes auxiliar. Decerto, não te preocuparás com o ouro escondido, mas ensinarás aos nossos irmãos o trato precioso do solo para a riqueza do pão de todos e, descerrando-lhes o filão do progresso, plantarás entre eles o entendimento e a bondade do Excelso Amigo.
Bezerra despediu-se, contente, e tornou corajoso à luta, compreendendo, por fim, que não bastaria lamentar a atitude dos companheiros invigilantes, mas auxilia-los com todo amor, consciente de que o Cristo é o Mestre da Humanidade e de que o Evangelho, acima de tudo, é obra de educação.
Em grande número de reuniões consagradas à prece, solicitavam-lhe providências de natureza material.
Numerosos admiradores e amigos rogavam-lhe empregos rendosos, negócios lucrativos, alojamentos, proteção a documentários diversos, propriedades e promoções.
Em verdade, sentia-se feliz, quando chamado a servir um doente ou quando trazido à consolação dos infortunados, porém, fora na Terra um médico espírita e um homem de bem, à distância de maiores experiências em atividades comerciais.
Por que motivo a convocação indébita de seu nome em processos inconfessáveis? Não era também ele um discípulo do Evangelho, interessado em ascender à maior comunhão com o Senhor? Não procurava aprender igualmente a lutar e renunciar?
Monologava, entre inquieto e abatido, quando viu junto dele o grande Antonio, desencarnado em Pádua, no ano de 1231.
O herói admirável da Igreja Católica, nimbado de intensa luz, ouvira-lhe o solilóquio amargo.
Abraçou-o, com bondade, e convidou-o a segui-lo.
A breves minutos, ei-los ambos no perfumado recinto de grande templo.
O santuário, dedicado ao popular taumaturgo, regurgitava de fiéis que se prosternavam, reverentes, diante da primorosa estátua que o representava, sustentando a imagem de Jesus Menino.
O santo impeliu Bezerra a escutar os requerimentos da assembléia e o seareiro espírita conseguiu anotar as mais estranhas e inoportunas requisições.
Suplicava-se a Antonio casa e comida, dinheiro fácil e saliência política, matrimônio e proteção. Não faltava quem lhe implorasse contra outrem perseguição e vingança, hostilidade e desprezo, inclusive crimes ocultos.
O amigo e benfeitor esboçou um gesto expressivo e falou, bem humorado, ao evangelizador brasileiro:
- Observaste atentamente? As petições são quase sempre as mesmas nos variados campos da fé. Sequioso de burilamento íntimo, troquei na Igreja o hábito de cônego pelo burel dos frades... Ensinei a palavra do Mestre Divino, sufocando os espinhos de minhas próprias imperfeições. Fosse nas seduções da vida secular ou na austeridade do convento, caminhava mantendo pavorosas batalhas comigo mesmo, ansiando entesourar a virtude, em cujo encalço permaneço até hoje, entretanto, procuram-me através da oração, por meirinho comum ou por advogado casamenteiro...
E, por que Bezerra sorrisse, reconfortado, aduziu:
- Nosso problema, no entanto, é o de instruir sem desanimar. Jesus no monte sentiu extrema compaixão pela turba desvairada, alimentando-lhes o corpo e clareando-lhes a alma obscura...
Nesse justo momento, surge alguém à cata de Bezerra. Num círculo de oração, organizado na Terra, pediam-lhe indicações para que fosse descoberto um enorme tesouro de aventureiros antigos, desde muito enterrado.
Antonio afagou-lhe os ombros e disse benevolente:
- Vai, meu amigo, e não desdenhes auxiliar. Decerto, não te preocuparás com o ouro escondido, mas ensinarás aos nossos irmãos o trato precioso do solo para a riqueza do pão de todos e, descerrando-lhes o filão do progresso, plantarás entre eles o entendimento e a bondade do Excelso Amigo.
Bezerra despediu-se, contente, e tornou corajoso à luta, compreendendo, por fim, que não bastaria lamentar a atitude dos companheiros invigilantes, mas auxilia-los com todo amor, consciente de que o Cristo é o Mestre da Humanidade e de que o Evangelho, acima de tudo, é obra de educação.
sábado, 17 de outubro de 2009
A paz do Cristo
O Evangelista Mateus anotou palavras de Jesus que, até hoje, causam um certo espanto ao estudioso dos Evangelhos, ao menos no primeiro momento.
Dentre elas, a afirmativa: Não cuideis que vim trazer a paz à Terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.
Acontece que o conceito de paz, entre os homens, desde muitos séculos está viciado.
Na expressão comum, ter paz significa ter atingido garantias do mundo, dentro das quais possa o homem viver, sem maiores cuidados.
Paz, para muitos, significa ter a garantia de grandes somas de dinheiro, não importando o que tenha que fazer para as conseguir.
Isso porque muito dinheiro significa poder se rodear de servidores, de pessoas que realizem as tarefas que, normalmente, a criatura deveria executar.
Também tem a ver com viagens maravilhosas para todos os lugares possíveis, ida a restaurantes caros, roupas finas, perfumes exóticos.
Desfrutar de tudo o que é considerado bom no mundo.
Naturalmente, Jesus não poderia endossar esse tipo de tranquilidade, onde o ser vegeta e não vive realmente.
Assim, em contrapartida ao falso princípio estabelecido no mundo, Jesus trouxe consigo a luta regeneradora, a espada simbólica do conhecimento interior pela revelação Divina, para que o homem inicie a batalha do aperfeiçoamento em si mesmo.
Jesus veio instalar o combate da redenção. É um combate sem sangue, uma frente de batalha sem feridos.
A guerra que o Senhor Jesus propõe é contra o mal. Ele mesmo foi o primeiro a inaugurar o testemunho pelos sacrifícios supremos.
Convidado a se sentar no Sinédrio, junto aos poderosos do Templo de Jerusalém, optou, sem desprezar ninguém, por se dedicar à gente simples, para quem ensinou bondade, compaixão, piedade.
Exatamente numa época em que a lei do mais forte imperava. O dominador romano mandava e o povo escravo deveria obedecer.
Uma época em que os portadores de hanseníase, que conheciam como lepra, eram colocados para fora das cidades, longe do convívio dos seus amores, sem cuidado algum.
Uma época em que as crianças enjeitadas eram abandonadas nas ruas, entregues a ninguém.
Há mais de vinte séculos a Terra vive sob esses impulsos renovadores da mensagem de Jesus.
Buscar a mentirosa paz do conforto exclusivo, pensando somente em si próprio, é infelicitar-se.
Todos aqueles que pretendem seguir Jesus encontram, pela frente, a batalha pela conquista das virtudes. Mas, igualmente, a serenidade inalterável, na Divina fonte de repouso dos corações que se unem ao amor de Jesus.
Ele é o sustentáculo da paz sublime para todos os homens bons e sinceros.
A conquista da paz do Cristo, em essência, é fácil. Basta seguir pequenas regras: não ter ambição em demasia e saber valorizar o que se tem.
Amar e perdoar, sem acumular mágoas, que somente pesam na economia da alma, infelicitando-a.
Cumprir fielmente os seus deveres, na certeza de que a paz de consciência se alcança com o dever retamente cumprido.
Finalmente, entregar-se confiante aos desígnios de Deus. O bom Deus, que cuida das aves do céu e dos lírios do campo, vela incessantemente por todos nós.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS
Do lado de cá da vida, a certeza e a confiança de que a morte não existe.
Companheiros! O pensamento de amor e caridade deve nos envolver a cada novo dia. Só isso basta para que tenhais aqui muita luz e muitas bênçãos.
Lembra-te de que o irmão necessitado merece o olhar de compreensão. A mão estendida que pede auxílio merece o contato de outras mãos. A boca que desabafa merece ouvidos que a escutem com interesse e amor.
Não te esqueças de que tudo o que fizeres ao teu próximo, receberás um dia, quando deixares o corpo físico.
Acredita, a vida continua além das fronteiras da morte.
Ao limiar da nova realidade, encontraremos as mesmas mãos que apoiastes, os mesmos ouvidos que escutastes, a mesma dedicação que espalhastes um dia.
A cada um será dado segundo suas obras. Crescei nesse amor que transborda e envolve a todos. Esse mesmo amor reverterá sobre ti quando vieres para a pátria espiritual.
Que Deus te abençoe e te dê o esclarecimento, para compreenderes, e a vontade, para pores em prática o que aprendeste.
Albino Teixeira
psicografia NEPT agosto de 2002
Companheiros! O pensamento de amor e caridade deve nos envolver a cada novo dia. Só isso basta para que tenhais aqui muita luz e muitas bênçãos.
Lembra-te de que o irmão necessitado merece o olhar de compreensão. A mão estendida que pede auxílio merece o contato de outras mãos. A boca que desabafa merece ouvidos que a escutem com interesse e amor.
Não te esqueças de que tudo o que fizeres ao teu próximo, receberás um dia, quando deixares o corpo físico.
Acredita, a vida continua além das fronteiras da morte.
Ao limiar da nova realidade, encontraremos as mesmas mãos que apoiastes, os mesmos ouvidos que escutastes, a mesma dedicação que espalhastes um dia.
A cada um será dado segundo suas obras. Crescei nesse amor que transborda e envolve a todos. Esse mesmo amor reverterá sobre ti quando vieres para a pátria espiritual.
Que Deus te abençoe e te dê o esclarecimento, para compreenderes, e a vontade, para pores em prática o que aprendeste.
Albino Teixeira
psicografia NEPT agosto de 2002
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Obstáculos da Vida
Muitas vezes nos deparamos com obstáculos que nos impedem momentaneamente de seguir.
Algumas vezes passamos por eles sem, porém, percebê-los e outras vezes eles nos deixam marcas.
Marcas essas internas ou externas.
As externas dependendo de nossas condições limpamos e sanamos rapidamente.
Já as internas, dependendo de seu conteúdo nos ferem profundamente, levando-nos até a ter uma doença.
Diversas vezes desconhecemos as causas reais.
Elas vão penetrando, penetrando, até desencadearem a dor.
Dificilmente paramos para perceber o nosso corpo material. Esquecemos que ele é a nossa casa enquanto estamos na Terra.
Quando a doença se manifesta a primeira coisa que transparece é a revolta.
Porque comigo? Deus me castigou?
Engano! Deus é Nosso Pai, um Pai sempre presente em todos os momentos. Alegria e tristeza. Sempre nos traz bons conselhos.
O problema é que muitas vezes, não estamos atentos para ouvir.
Antes de adoecer o corpo vai dando sinais sutis.
“Ei! Preciso ser observado.”
“Cuide de mim com carinho.”
“Me alimente, exercite.”
Só que a correria impede de sermos conscientes.
Quando acordamos, muitas vezes já é tarde e tudo está avançado.
Mas lembremos: Deus sempre nos dá novas oportunidades de reforço e aprendizado.
A partir do momento que encaramos como uma oportunidade de tirar da dor e sofrimento um ensinamento conseguiremos sentir o sol que nos aquece, ilumina o caminho e a certeza de que nada é por acaso, tudo tem o seu motivo e conseqüentemente tudo tem solução.
A calma e a paciência são treinamentos para conseguir refletir e ter a consciência, o discernimento e o livre-arbítrio de continuar acreditando na vida eterna.
Albino Teixeira
Psicografia NEPT em agosto de 2009.
Algumas vezes passamos por eles sem, porém, percebê-los e outras vezes eles nos deixam marcas.
Marcas essas internas ou externas.
As externas dependendo de nossas condições limpamos e sanamos rapidamente.
Já as internas, dependendo de seu conteúdo nos ferem profundamente, levando-nos até a ter uma doença.
Diversas vezes desconhecemos as causas reais.
Elas vão penetrando, penetrando, até desencadearem a dor.
Dificilmente paramos para perceber o nosso corpo material. Esquecemos que ele é a nossa casa enquanto estamos na Terra.
Quando a doença se manifesta a primeira coisa que transparece é a revolta.
Porque comigo? Deus me castigou?
Engano! Deus é Nosso Pai, um Pai sempre presente em todos os momentos. Alegria e tristeza. Sempre nos traz bons conselhos.
O problema é que muitas vezes, não estamos atentos para ouvir.
Antes de adoecer o corpo vai dando sinais sutis.
“Ei! Preciso ser observado.”
“Cuide de mim com carinho.”
“Me alimente, exercite.”
Só que a correria impede de sermos conscientes.
Quando acordamos, muitas vezes já é tarde e tudo está avançado.
Mas lembremos: Deus sempre nos dá novas oportunidades de reforço e aprendizado.
A partir do momento que encaramos como uma oportunidade de tirar da dor e sofrimento um ensinamento conseguiremos sentir o sol que nos aquece, ilumina o caminho e a certeza de que nada é por acaso, tudo tem o seu motivo e conseqüentemente tudo tem solução.
A calma e a paciência são treinamentos para conseguir refletir e ter a consciência, o discernimento e o livre-arbítrio de continuar acreditando na vida eterna.
Albino Teixeira
Psicografia NEPT em agosto de 2009.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Dinheiro
O dinheiro é benção que se espalha por toda Terra para auxiliar no crescimento e na prosperidade de todos. Quando, entretanto, a ganância domina um coração é muito difícil de conter a destruição que o dinheiro inspira nos corações. Pequenas somas podem gerar grandes desastres. Grandes desastres não são reparados por pequenas somas de dinheiro. A função do dinheiro é nobre. Nós, seres humanos, infelizmente a deturpamos.
Albino Teixeira.
Psicografia recebida no NEPT em 11/11/2005
Albino Teixeira.
Psicografia recebida no NEPT em 11/11/2005
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Contrastes
Autor: André Luiz (espírito)
Existem contrastes exprimindo desigualdades.
Muitas criaturas encarnadas querem fugir da vida humana; contudo, as filas da reencarnação congregam milhares de candidatos ansiosos pelo renascimento...
Legiões de trabalhadores se esquivam do trabalho; no entanto, sempre há multidões de desempregados...
Numerosos alunos negligenciam os estudos; todavia, inúmeros jovens não têm qualquer oportunidade de acesso às casas de instrução, embora o desejem ardentemente...
Existem contrastes tecendo contradições...
Tudo prova a presença do Criador no Universo; todavia, mentes recheadas de conhecimento não creem na Realidade Divina...
Todos podemos dar algo em favor do próximo; no entanto, muitos possuem em abundância e nada oferecem a ninguém...
Temos a apologia da paz onipresente; contudo, extensa maioria forja a guerra dentro de si mesmo...
Existem contrastes gravando ensinamentos.
Há direitos idênticos e deveres semelhantes; contudo, há vontades diferentes, experiências diversas e méritos desiguais...
A caridade mais oculta aos homens é, no entanto, a mais conhecida por Deus...
A vida humana constitui cópia imperfeita da Vida Espiritual; todavia, a perfeição das Grandes Almas Desencarnadas na Terra foi adquirida no solo rude do Planeta...
Psicografia de Chico Xavier.
Livro: O Espírito da Verdade
Existem contrastes exprimindo desigualdades.
Muitas criaturas encarnadas querem fugir da vida humana; contudo, as filas da reencarnação congregam milhares de candidatos ansiosos pelo renascimento...
Legiões de trabalhadores se esquivam do trabalho; no entanto, sempre há multidões de desempregados...
Numerosos alunos negligenciam os estudos; todavia, inúmeros jovens não têm qualquer oportunidade de acesso às casas de instrução, embora o desejem ardentemente...
Existem contrastes tecendo contradições...
Tudo prova a presença do Criador no Universo; todavia, mentes recheadas de conhecimento não creem na Realidade Divina...
Todos podemos dar algo em favor do próximo; no entanto, muitos possuem em abundância e nada oferecem a ninguém...
Temos a apologia da paz onipresente; contudo, extensa maioria forja a guerra dentro de si mesmo...
Existem contrastes gravando ensinamentos.
Há direitos idênticos e deveres semelhantes; contudo, há vontades diferentes, experiências diversas e méritos desiguais...
A caridade mais oculta aos homens é, no entanto, a mais conhecida por Deus...
A vida humana constitui cópia imperfeita da Vida Espiritual; todavia, a perfeição das Grandes Almas Desencarnadas na Terra foi adquirida no solo rude do Planeta...
Psicografia de Chico Xavier.
Livro: O Espírito da Verdade
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Abnegação
A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.
No começo, predomina a natureza corpórea.
Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.
Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.
Nesse período, o egoísmo é marcante.
Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.
Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.
A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.
As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.
Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.
Em compensação, começam os dilemas morais.
Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.
O que antes era admissível passa a ser um escândalo.
A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.
Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.
Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.
Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.
Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.
Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.
Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.
As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.
O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.
Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.
O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.
Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.
Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.
O melhor meio para isso é praticar a abnegação.
Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.
A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.
Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.
Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.
Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.
Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.
Comece, pois, a praticar a abnegação.
Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.
Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.
Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.
O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.
Ele será substituído pelos prazeres espirituais.
Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.
Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.
No começo, predomina a natureza corpórea.
Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.
Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.
Nesse período, o egoísmo é marcante.
Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.
Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.
A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.
As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.
Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.
Em compensação, começam os dilemas morais.
Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.
O que antes era admissível passa a ser um escândalo.
A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.
Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.
Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.
Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.
Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.
Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.
Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.
As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.
O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.
Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.
O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.
Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.
Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.
O melhor meio para isso é praticar a abnegação.
Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.
A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.
Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.
Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.
Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.
Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.
Comece, pois, a praticar a abnegação.
Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.
Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.
Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.
O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.
Ele será substituído pelos prazeres espirituais.
Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.
Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.
domingo, 11 de outubro de 2009
A Pesquisa da Reencarnação.
"O Espiritismo deve ter existido desde a origem dos tempos; sempre nos esforçamos por provar que os seus traços são encontrados na mais alta Antiguidade." Allan kardec , Revista Espírita, out. 1858.
A reencarnação é um fato!
Sabemos que Pitágoras havia haurido a idéia entre os hindus e os egípcios. Assim, não é de admirar que chegou aos nossos dias trazendo em seu bojo o conhecimento humano desenvolvido através dos milênios, comprovando não ser nenhuma teoria moderna. Com o desenvolvimento das ciências positivas a partir do século XIX a idéia da reencarnação deixou de ser uma crença para ter a força de uma verdade científica.
Mas por que via a idéia da reencarnação veio naqueles tempos imemoriais? Por intuição ou revelação? O conhecimento humano e a ciência tinham limitações infinitamente maiores. A reencarnação só poderia ser aceita por Espíritos de escol que preparavam o árduo caminho do progresso das inteligências. Nos dias de hoje temos a possibilidade de ser esclarecidos também pelos avanços científicos. Em que pese a grande quantidade de almas ainda reticentes e apegadas a interesses temporais.
E é também com a pesquisa científica que o Espiritismo pode derrubar as paredes que o prendem às casas Espíritas. Pode contribuir para a mudança de paradigma e a criação de uma consciência reencarnatória onde os postulados espíritas sejam aceitos por toda a sociedade, sendo difundido entre as massas e contribuindo para o esclarecimento humano, deixando de ser a reencarnação uma questão de crença. Desta forma serão compreendidos como princípios eminentemente lógicos e poderão ser aceitos sem nenhuma forma de violência à razão pois terão sido exaustivamente pesquisados e confirmados por inúmeros investigadores de qualidade.
Mas, e o esquecimento do passado? Não estaríamos agindo contrário aos ensinamentos Espíritas? Vamos deixar que nosso insigne codificador responda. "Deus permite a lembrança retrospectiva, de vez em quando, a fim de trazer os homens ao conhecimento da grande lei da pluralidade das existências, a única que explica a origem das qualidades boas ou más, mostra-lhe a justiça das misérias que suporta aqui e lhe traça a rota do futuro", conforme exposto na Revista Espírita de novembro de 1864.
Allan Kardec também pesquisou a reencarnação, conforme vemos na Revista Espírita de julho de 1860. Ali buscou compreender em detalhes a vida anterior do Sr. V..., oficial da marinha francesa, que teria sido São Bartolomeu. Em uma das perguntas deixa claro o móvel da pesquisa: "Não se trata de satisfazer uma vã curiosidade, mas de constatar, se possível, um fato interessante para a ciência Espírita, o da recordação de sua vida anterior". Fica evidente que devido ao gênero da morte as lembranças, apesar de muito raras, são possíveis e úteis para o estudo e a pesquisa.
Mas Kardec não parou por ai, como vemos na Revista Espírita de 1866 meses de junho e julho, onde estudou as vidas passadas do Dr. Cailleux, chegou novamente a conclusões reveladoras quando diz que "Essa lembrança é mais ou menos precisa ou confusa, às vezes nula, segundo a natureza do Espírito e segundo a Providência julga a propósito apagá-la ou reavivá-la, como recompensa, punição ou instrução". Mais adiante compara a diferença que existe no processo de consciência de vidas passadas e diz que "as coisas nele (Dr. Cailleux) se passaram de maneira diferente do que nos outros, sem dúvida por motivos de utilidade para ele e para nós é um motivo de ensinamento, pois nos mostra um dos lados do mundo espiritual".
Como bem demonstrou nosso codificador, a pesquisa da reencarnação não tem a preensão de tentar derrogar nenhuma Lei Natural. As lembranças reencarnatórias, ou insights, ou clarões são espontâneos assim como são naturais as BirthMarks e tudo que serve de indício de comprovação de vidas passadas. A pesquisa apenas a resgata, organiza com metodologia própria e busca na medida do possível compreender as Leis que regem o fenômeno. É pelo estudo positivo dos efeitos que se remonta a apreciação das causas.
A pesquisa da reencarnação deve organizar-se de forma que indique claramente critérios que possam ser aceitos pela comunidade científica. Achismos e meras opiniões pessoais nada esclarecem, muito ao contrário. Temos na literatura Espírita uma profusão imensa de exemplos que o codificador nos deixou do que seja uma mentalidade científica. Entre outras coisas ele nos diz que "na ausência de fatos a dúvida é a opinião sábia e prudente".
Também a comunicação mediúnica não pode ser, pela simples razão de ser mediúnica, considerada fonte confiável, conforme nos alerta Kardec na Revista Espírita em abril 1860: "São, por vezes, heresias científicas tão patentes, que seria preciso ser cego ou muito ignorante para não as perceber". E para evitar tamanha armadilha criou método próprio, exposto no Evangelho Segundo o Espiritismo denominado Controle Universal do Ensinamento dos Espíritos - CUEE. Alí, entre outras coisas, fica evidente a importância do uso da razão, do bom senso e a necessidade do consenso entre as comunicações recebidas.
Não se trata aqui de reproduzir mecanicamente metodologia de uma ciência que sabemos incompetente para pronunciar-se nas questões do Espírito. As observações requerem condições diferenciadas, especiais e um outro ponto de partida. A pesquisa espírita deve, excluindo-se o que não lhe convém e adaptando-se o que for necessário, apropriar-se de meios de observação, métodos de trabalho, critérios de análise comparativa e elaboração de resultados da ciência oficial; para que seu protocolo de pesquisa tenha a legitimidade do avanço científico de nossa época.
O pesquisamento Espírita da reencarnação deve ser a busca minuciosa para averiguação da realidade espiritual, com investigação e estudo minudente e sistemático, com o fim de descobrir fatos ou princípios relativos a este campo de pesquisa. A produção de resultados com a conseqüente formação de banco de dados para facilitar novas pesquisas é permitir a democratização das informações ali contidas para que um maior número de pesquisadores tenham a possibilidade de acessa-las.
Não cabe em nossas singelas reflexões elencarmos pesquisadores ou citarmos pioneiros em pesquisa da reencarnação. Mas seria imperdoável não lembrarmos de Albert de Rochas e do Dr. Hernani G. Andrade, que em nossas terras deixou alguns tímidos seguidores. Hermínio Miranda no livro A Memória e o Tempo descreve detalhadamente o que teria sido a metodologia aplicada pelo pesquisador francês e suas minuciosas e preciosas observações.
Dr. Hernani no livro Reencarnação no Brasil, assim como no brilhante Renasceu por Amor também deixa explicito seu método de trabalho com protocolo de pesquisa de forma clara e acessível. Não podemos nos esquecer ainda das inúmeras pesquisas com caráter científico que são feitas com técnicas diversas. É o caso da Transcomunicação Instrumental - TCI, das Experiências de Quase Morte - EQM e da Terapia de Vidas Passadas - TVP. Todas elas, a sua maneira, contribuindo para que os postulados Espíritas possam ser aceitos nem que seja como um conjunto de evidências experimentais pelos mais céticos dos imortais.
Considerando que o pesquisador já tenha conhecimento suficiente da Doutrina Espírita e dos experimentos científicos realizados neste campo do conhecimento, através de revisão bibliográfica; que já tenha determinado o problema da pesquisa; que tenha conhecimento suficiente de Filosofia da Ciência, epistemologia e Sociologia do Saber. Considerando ainda que o pesquisador tenha plena clareza das questões éticas e morais envolvidas na pesquisa e na relação com o pesquisado; restaria ainda árduo trabalho de pesquisa onde a metodologia aplicada deveria sempre ser adaptada a cada caso concreto, muito antes de podermos afirmar quem é quem no processo reencarnatório.
Abaixo alguns poucos itens que fariam parte de um procedimento de pesquisa muito mais amplo e fundamentado:
Coleta de documentos (certidões/cartas/fotos/recorte jornais).
Registro dos dados coletados verbalmente com o pesquisado através de várias entrevistas e preenchimento de formulários (áudio, vídeo e relatórios).
Transcrição onde os dados serão classificados conforme: Experiências Iniciais. Informações Secundárias. Registros Físicos. Fatores Psíquicos.
Depoimento de terceiros - testemunhas da época, parentes e pessoas envolvidas (áudio e vídeo)
Visita aos locais envolvidos na memória extra-cerebrais para investigar depoimentos.
Consulta a pelo menos 3 fontes mediúnicas em locais diferentes, preferencialmente na mesma data e horário.
Detalhamento do Perfil Psicológico (comparativo presente/passado)
Cruzamento comparativo de dados segundo critérios cronológicos e qualitativos.
Depois do Histórico completo, partiria-se para a Análise das Evidências.
E, por final, a análise do caso pesquisado através de todas as Hipóteses Explicativas possíveis.
Para o bom caminhar e desenvolvimento das pesquisas com sua conseqüente aceitação pelo público alvo, restaria ainda algumas atitudes, como:
Desenvolvimento de Linguagem apropriada e relacionamento com a comunidade científica.
Publicação regular e sistemática em livros, jornais e revistas especializadas.
Participação em congressos acadêmicos internacionais.
Relacionamento com pesquisadores de áreas correlatas como Jim Tucker. Banerjee. Stevenson, etc.
Estudo sistemático das matérias técno-científicas que dão suporte à pesquisa.
Acompanhamento dos progressos científicos nesta área.
Parcerias com Centros de Pesquisa.
Ainda assim, em nossas conclusões deveríamos divulgar como um Caso que tem Fortes Evidências que Sugerem Reencarnação. Desta forma poderemos contribuir para a satisfação moral que naturalmente advém a todos aqueles que compreendem e praticam os conhecimentos adquiridos. Conhecimentos estes em inteligência, em saber e em moralidade que nunca se perdem; quer morramos jovens ou velhos, quer tenhamos ou não tempo de o aproveitar na existência presente, colheremos os frutos em existências subseqüentes. Estaremos assim colaborando para uma verdadeira revolução nas crenças e nas idéias, muito além das fronteiras de nossa casa Espírita.
Não esperemos que a pesquisa da reencarnação tenha o suporte de projetos governamentais com desembaraço alfandegário e liberação de taxas de importação para material científico; criação de leis de incentivo fiscal para aplicação de recursos privados em ciência; apoio do CNPq, Capes, Fapesp ou aprovação no congresso de investimento governamental para pesquisa da reencarnação.
A pesquisa da reencarnação deve ter antes de mais nada o apoio da própria comunidade espírita. Se faz urgente entendermos o caráter científico que deve ter o Espiritismo e a importância que este terá para a difusão de seu corpo doutrinário e compreensão da realidade espiritual para toda a sociedade. Enquanto as pesquisas não se desenvolvem satisfatoriamente, nossa opinião a respeito de qualquer reencarnação deverá ser sempre a dúvida, que é a opinião mais sábia e prudente.
(Retirado do Boletim GEAE Número 460 de 29 de julho de 2003 )
Autor: Milton B. Piedade
A reencarnação é um fato!
Sabemos que Pitágoras havia haurido a idéia entre os hindus e os egípcios. Assim, não é de admirar que chegou aos nossos dias trazendo em seu bojo o conhecimento humano desenvolvido através dos milênios, comprovando não ser nenhuma teoria moderna. Com o desenvolvimento das ciências positivas a partir do século XIX a idéia da reencarnação deixou de ser uma crença para ter a força de uma verdade científica.
Mas por que via a idéia da reencarnação veio naqueles tempos imemoriais? Por intuição ou revelação? O conhecimento humano e a ciência tinham limitações infinitamente maiores. A reencarnação só poderia ser aceita por Espíritos de escol que preparavam o árduo caminho do progresso das inteligências. Nos dias de hoje temos a possibilidade de ser esclarecidos também pelos avanços científicos. Em que pese a grande quantidade de almas ainda reticentes e apegadas a interesses temporais.
E é também com a pesquisa científica que o Espiritismo pode derrubar as paredes que o prendem às casas Espíritas. Pode contribuir para a mudança de paradigma e a criação de uma consciência reencarnatória onde os postulados espíritas sejam aceitos por toda a sociedade, sendo difundido entre as massas e contribuindo para o esclarecimento humano, deixando de ser a reencarnação uma questão de crença. Desta forma serão compreendidos como princípios eminentemente lógicos e poderão ser aceitos sem nenhuma forma de violência à razão pois terão sido exaustivamente pesquisados e confirmados por inúmeros investigadores de qualidade.
Mas, e o esquecimento do passado? Não estaríamos agindo contrário aos ensinamentos Espíritas? Vamos deixar que nosso insigne codificador responda. "Deus permite a lembrança retrospectiva, de vez em quando, a fim de trazer os homens ao conhecimento da grande lei da pluralidade das existências, a única que explica a origem das qualidades boas ou más, mostra-lhe a justiça das misérias que suporta aqui e lhe traça a rota do futuro", conforme exposto na Revista Espírita de novembro de 1864.
Allan Kardec também pesquisou a reencarnação, conforme vemos na Revista Espírita de julho de 1860. Ali buscou compreender em detalhes a vida anterior do Sr. V..., oficial da marinha francesa, que teria sido São Bartolomeu. Em uma das perguntas deixa claro o móvel da pesquisa: "Não se trata de satisfazer uma vã curiosidade, mas de constatar, se possível, um fato interessante para a ciência Espírita, o da recordação de sua vida anterior". Fica evidente que devido ao gênero da morte as lembranças, apesar de muito raras, são possíveis e úteis para o estudo e a pesquisa.
Mas Kardec não parou por ai, como vemos na Revista Espírita de 1866 meses de junho e julho, onde estudou as vidas passadas do Dr. Cailleux, chegou novamente a conclusões reveladoras quando diz que "Essa lembrança é mais ou menos precisa ou confusa, às vezes nula, segundo a natureza do Espírito e segundo a Providência julga a propósito apagá-la ou reavivá-la, como recompensa, punição ou instrução". Mais adiante compara a diferença que existe no processo de consciência de vidas passadas e diz que "as coisas nele (Dr. Cailleux) se passaram de maneira diferente do que nos outros, sem dúvida por motivos de utilidade para ele e para nós é um motivo de ensinamento, pois nos mostra um dos lados do mundo espiritual".
Como bem demonstrou nosso codificador, a pesquisa da reencarnação não tem a preensão de tentar derrogar nenhuma Lei Natural. As lembranças reencarnatórias, ou insights, ou clarões são espontâneos assim como são naturais as BirthMarks e tudo que serve de indício de comprovação de vidas passadas. A pesquisa apenas a resgata, organiza com metodologia própria e busca na medida do possível compreender as Leis que regem o fenômeno. É pelo estudo positivo dos efeitos que se remonta a apreciação das causas.
A pesquisa da reencarnação deve organizar-se de forma que indique claramente critérios que possam ser aceitos pela comunidade científica. Achismos e meras opiniões pessoais nada esclarecem, muito ao contrário. Temos na literatura Espírita uma profusão imensa de exemplos que o codificador nos deixou do que seja uma mentalidade científica. Entre outras coisas ele nos diz que "na ausência de fatos a dúvida é a opinião sábia e prudente".
Também a comunicação mediúnica não pode ser, pela simples razão de ser mediúnica, considerada fonte confiável, conforme nos alerta Kardec na Revista Espírita em abril 1860: "São, por vezes, heresias científicas tão patentes, que seria preciso ser cego ou muito ignorante para não as perceber". E para evitar tamanha armadilha criou método próprio, exposto no Evangelho Segundo o Espiritismo denominado Controle Universal do Ensinamento dos Espíritos - CUEE. Alí, entre outras coisas, fica evidente a importância do uso da razão, do bom senso e a necessidade do consenso entre as comunicações recebidas.
Não se trata aqui de reproduzir mecanicamente metodologia de uma ciência que sabemos incompetente para pronunciar-se nas questões do Espírito. As observações requerem condições diferenciadas, especiais e um outro ponto de partida. A pesquisa espírita deve, excluindo-se o que não lhe convém e adaptando-se o que for necessário, apropriar-se de meios de observação, métodos de trabalho, critérios de análise comparativa e elaboração de resultados da ciência oficial; para que seu protocolo de pesquisa tenha a legitimidade do avanço científico de nossa época.
O pesquisamento Espírita da reencarnação deve ser a busca minuciosa para averiguação da realidade espiritual, com investigação e estudo minudente e sistemático, com o fim de descobrir fatos ou princípios relativos a este campo de pesquisa. A produção de resultados com a conseqüente formação de banco de dados para facilitar novas pesquisas é permitir a democratização das informações ali contidas para que um maior número de pesquisadores tenham a possibilidade de acessa-las.
Não cabe em nossas singelas reflexões elencarmos pesquisadores ou citarmos pioneiros em pesquisa da reencarnação. Mas seria imperdoável não lembrarmos de Albert de Rochas e do Dr. Hernani G. Andrade, que em nossas terras deixou alguns tímidos seguidores. Hermínio Miranda no livro A Memória e o Tempo descreve detalhadamente o que teria sido a metodologia aplicada pelo pesquisador francês e suas minuciosas e preciosas observações.
Dr. Hernani no livro Reencarnação no Brasil, assim como no brilhante Renasceu por Amor também deixa explicito seu método de trabalho com protocolo de pesquisa de forma clara e acessível. Não podemos nos esquecer ainda das inúmeras pesquisas com caráter científico que são feitas com técnicas diversas. É o caso da Transcomunicação Instrumental - TCI, das Experiências de Quase Morte - EQM e da Terapia de Vidas Passadas - TVP. Todas elas, a sua maneira, contribuindo para que os postulados Espíritas possam ser aceitos nem que seja como um conjunto de evidências experimentais pelos mais céticos dos imortais.
Considerando que o pesquisador já tenha conhecimento suficiente da Doutrina Espírita e dos experimentos científicos realizados neste campo do conhecimento, através de revisão bibliográfica; que já tenha determinado o problema da pesquisa; que tenha conhecimento suficiente de Filosofia da Ciência, epistemologia e Sociologia do Saber. Considerando ainda que o pesquisador tenha plena clareza das questões éticas e morais envolvidas na pesquisa e na relação com o pesquisado; restaria ainda árduo trabalho de pesquisa onde a metodologia aplicada deveria sempre ser adaptada a cada caso concreto, muito antes de podermos afirmar quem é quem no processo reencarnatório.
Abaixo alguns poucos itens que fariam parte de um procedimento de pesquisa muito mais amplo e fundamentado:
Coleta de documentos (certidões/cartas/fotos/recorte jornais).
Registro dos dados coletados verbalmente com o pesquisado através de várias entrevistas e preenchimento de formulários (áudio, vídeo e relatórios).
Transcrição onde os dados serão classificados conforme: Experiências Iniciais. Informações Secundárias. Registros Físicos. Fatores Psíquicos.
Depoimento de terceiros - testemunhas da época, parentes e pessoas envolvidas (áudio e vídeo)
Visita aos locais envolvidos na memória extra-cerebrais para investigar depoimentos.
Consulta a pelo menos 3 fontes mediúnicas em locais diferentes, preferencialmente na mesma data e horário.
Detalhamento do Perfil Psicológico (comparativo presente/passado)
Cruzamento comparativo de dados segundo critérios cronológicos e qualitativos.
Depois do Histórico completo, partiria-se para a Análise das Evidências.
E, por final, a análise do caso pesquisado através de todas as Hipóteses Explicativas possíveis.
Para o bom caminhar e desenvolvimento das pesquisas com sua conseqüente aceitação pelo público alvo, restaria ainda algumas atitudes, como:
Desenvolvimento de Linguagem apropriada e relacionamento com a comunidade científica.
Publicação regular e sistemática em livros, jornais e revistas especializadas.
Participação em congressos acadêmicos internacionais.
Relacionamento com pesquisadores de áreas correlatas como Jim Tucker. Banerjee. Stevenson, etc.
Estudo sistemático das matérias técno-científicas que dão suporte à pesquisa.
Acompanhamento dos progressos científicos nesta área.
Parcerias com Centros de Pesquisa.
Ainda assim, em nossas conclusões deveríamos divulgar como um Caso que tem Fortes Evidências que Sugerem Reencarnação. Desta forma poderemos contribuir para a satisfação moral que naturalmente advém a todos aqueles que compreendem e praticam os conhecimentos adquiridos. Conhecimentos estes em inteligência, em saber e em moralidade que nunca se perdem; quer morramos jovens ou velhos, quer tenhamos ou não tempo de o aproveitar na existência presente, colheremos os frutos em existências subseqüentes. Estaremos assim colaborando para uma verdadeira revolução nas crenças e nas idéias, muito além das fronteiras de nossa casa Espírita.
Não esperemos que a pesquisa da reencarnação tenha o suporte de projetos governamentais com desembaraço alfandegário e liberação de taxas de importação para material científico; criação de leis de incentivo fiscal para aplicação de recursos privados em ciência; apoio do CNPq, Capes, Fapesp ou aprovação no congresso de investimento governamental para pesquisa da reencarnação.
A pesquisa da reencarnação deve ter antes de mais nada o apoio da própria comunidade espírita. Se faz urgente entendermos o caráter científico que deve ter o Espiritismo e a importância que este terá para a difusão de seu corpo doutrinário e compreensão da realidade espiritual para toda a sociedade. Enquanto as pesquisas não se desenvolvem satisfatoriamente, nossa opinião a respeito de qualquer reencarnação deverá ser sempre a dúvida, que é a opinião mais sábia e prudente.
(Retirado do Boletim GEAE Número 460 de 29 de julho de 2003 )
Autor: Milton B. Piedade
sábado, 10 de outubro de 2009
Direito Inalienável
Lendo acerca da História da Grécia, um fato nos chama a atenção: o de que Esparta foi a única cidade grega que nada legou para a Humanidade. Nenhum poeta, nenhum matemático, nem mesmo uma ruína.
O espanto, na verdade, não é somente nosso. Também o tiveram pessoas de Ciência e do âmbito das artes.
Como é que essa gente que era grega, vivia entre os gregos, o povo mais inteligente da Terra, que criou e desenvolveu a Ciência, que concebeu a democracia, nada tenha legado para a posteridade?
Os geneticistas elegem duas hipóteses, tentando responder a questão.
A primeira é de que matando os filhos julgados incapazes, os espartanos tenham exterminado ao mesmo tempo os seus futuros poetas, músicos, arquitetos.
A segunda hipótese é de que a sabedoria e a inteligência dos espartanos era tão inferior que eles não tiveram a prudência de proteger os seus próprios filhos.
A respeito deles, falou o geneticista francês, em discurso realizado no Congresso Nacional em Brasília, em 1991: Uma população que mata seus filhos e mata sua alma não deixa nada para a Humanidade.
O assunto é importante de ser meditado, reflexionado. Especialmente nos dias que estamos vivendo, em que se cogita a legalização do abortamento em nosso país.
Infelizmente, tal cogitação tem encontrado eco em muitos corações. Há os que defendem com ardor o abortamento eugênico.
Sem se falar no triste desastre que foi o da tentativa de Hitler da seleção da raça humana, é bom se cogitar se um feto com má formação é ou não um ser humano.
Que direito temos de tirar o seu direito de viver? Talvez digamos que ele não será produtivo, nem útil à sociedade. Ao contrário, um peso. Será mesmo?
Nesse particular, nos permitimos reproduzir as palavras do escritor holandês Cristhofer Nolan. Ele é deficiente físico. Paralítico de nascimento.
Em fevereiro de 1988, ao receber o prêmio por seu livro Sob o olhar do relógio, fez um protesto contra os abortamentos que se fazem com futuros deficientes físicos.
Disse ele: Esta noite é o momento mais feliz da minha vida. Imaginem o que teria perdido se os médicos não me tivessem salvo há 22 anos.
Por que, em vez de dar a possibilidade de viver a uma criança no ventre materno, se lhe impõe o silêncio, antes que possa respirar um pouco de ar puro neste mundo?
E se dissermos que seria desumano impor a pais que anseiam por um filho normal, um que seja anormal, temos a considerar aqueles que têm filhos deficientes e os amam, de forma extremada.
O direito de viver é de toda criatura humana, desde a sua concepção. Esse direito de forma alguma pode estar submetido à opinião de quem quer que seja.
É um mandamento, uma determinação da própria vontade Divina. Matar, pois, nunca. Nem mesmo o ainda embrião porque na primeira célula, o óvulo fertilizado, existe um ser humano.
Autor:
Redação do Momento Espírita com base em artigo publicado na revista Presença espírita, edição de maio/junho 1996, ed. Leal.
O espanto, na verdade, não é somente nosso. Também o tiveram pessoas de Ciência e do âmbito das artes.
Como é que essa gente que era grega, vivia entre os gregos, o povo mais inteligente da Terra, que criou e desenvolveu a Ciência, que concebeu a democracia, nada tenha legado para a posteridade?
Os geneticistas elegem duas hipóteses, tentando responder a questão.
A primeira é de que matando os filhos julgados incapazes, os espartanos tenham exterminado ao mesmo tempo os seus futuros poetas, músicos, arquitetos.
A segunda hipótese é de que a sabedoria e a inteligência dos espartanos era tão inferior que eles não tiveram a prudência de proteger os seus próprios filhos.
A respeito deles, falou o geneticista francês, em discurso realizado no Congresso Nacional em Brasília, em 1991: Uma população que mata seus filhos e mata sua alma não deixa nada para a Humanidade.
O assunto é importante de ser meditado, reflexionado. Especialmente nos dias que estamos vivendo, em que se cogita a legalização do abortamento em nosso país.
Infelizmente, tal cogitação tem encontrado eco em muitos corações. Há os que defendem com ardor o abortamento eugênico.
Sem se falar no triste desastre que foi o da tentativa de Hitler da seleção da raça humana, é bom se cogitar se um feto com má formação é ou não um ser humano.
Que direito temos de tirar o seu direito de viver? Talvez digamos que ele não será produtivo, nem útil à sociedade. Ao contrário, um peso. Será mesmo?
Nesse particular, nos permitimos reproduzir as palavras do escritor holandês Cristhofer Nolan. Ele é deficiente físico. Paralítico de nascimento.
Em fevereiro de 1988, ao receber o prêmio por seu livro Sob o olhar do relógio, fez um protesto contra os abortamentos que se fazem com futuros deficientes físicos.
Disse ele: Esta noite é o momento mais feliz da minha vida. Imaginem o que teria perdido se os médicos não me tivessem salvo há 22 anos.
Por que, em vez de dar a possibilidade de viver a uma criança no ventre materno, se lhe impõe o silêncio, antes que possa respirar um pouco de ar puro neste mundo?
E se dissermos que seria desumano impor a pais que anseiam por um filho normal, um que seja anormal, temos a considerar aqueles que têm filhos deficientes e os amam, de forma extremada.
O direito de viver é de toda criatura humana, desde a sua concepção. Esse direito de forma alguma pode estar submetido à opinião de quem quer que seja.
É um mandamento, uma determinação da própria vontade Divina. Matar, pois, nunca. Nem mesmo o ainda embrião porque na primeira célula, o óvulo fertilizado, existe um ser humano.
Autor:
Redação do Momento Espírita com base em artigo publicado na revista Presença espírita, edição de maio/junho 1996, ed. Leal.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Viver com Jesus
Por volta de dois mil anos atrás viveu entre nós alguém que muito nos amava e que Se tornaria, indubitavelmente, nosso maior Modelo de vida.
Apesar da curta passagem como homem encarnado, Jesus deixou uma mensagem que cresceria através dos séculos. Hoje, numerosas religiões O têm como referência em quase todos os pontos da Terra.
Ele falou a todos sem distinção: pobres, ricos, poderosos, gente do povo. Não demonstrava preferências, escolhendo entre os Seus apóstolos pescadores sem instrução formal e homens letrados, como Mateus.
Escolheu entrar em casas de pessoas humildes de haveres materiais mas, também em casas de homens ricos, pois entendia que todos precisavam ouvir Suas palavras.
Valorizou as mulheres em uma época na qual elas eram consideradas uma posse dos pais ou dos maridos. Entre Suas seguidoras estavam Joana de Cusa, esposa de um homem do poder político da época e Maria Madalena, que mudou de vida ao conhecê-Lo.
Jesus usava ora palavras doces, ora linguagens figuradas, ora palavras mais duras. Recebeu, para dialogar, doutores da lei como Nicodemos a quem não negou ensinamentos.
Sua vida de pregação foi curta, mas Ele era um perfeito exemplo do que falava e, sem dúvida, isto impressionava a todos que O conheciam.
Em Seus últimos momentos não mostrou revolta ou desejo de vingança, ao contrário, pediu a Deus que perdoasse a todos, em uma imensa demonstração de amor.
Muitos dos primeiros cristãos, mesmo sem O terem conhecido diretamente, muito O amavam e não titubeavam em abdicar da vida física em nome Daquele a quem seguiam.
Joana de Cusa, no momento em que seria martirizada por meio do fogo, responde ao seu algoz que lhe perguntara se seu Mestre só a ensinara a morrer, dizendo que Ele também a ensinara a perdoar quem lhe tirava a vida.
Hoje, após tantos séculos, amar Jesus não nos faz correr riscos. Os tempos são outros.
Hoje, o grande desafio é viver conforme os ensinamentos de Jesus, em um mundo no qual vicejam o materialismo, o apego ao poder a qualquer custo e, no qual os valores morais parecem desconhecidos para muitos.
A decisão é pessoal: ninguém pode nos obrigar a segui-Lo, já não mais como apóstolos ou como mártires, mas como pessoas que valorizam a retidão moral e que sabem amar.
Sim, o grande ensinamento de Jesus foi o amor. Se amamos realmente a nós mesmos, não nos permitimos a autoagressão através dos vícios, sejam morais ou físicos. Se nos amamos, buscamos a educação moral e intelectual.
Se amamos nosso semelhante, nunca nos permitiremos a desonestidade, a raiva, a inveja e, muito menos, a indiferença.
Se amamos Jesus, buscamos a luz dentro de nós mesmos, compreendendo que viver é aprender a servir para o bem.
Não é difícil entender que para se viver com o Guia da Terra em experiência integradora, devemos desenvolver em nosso caráter o que existe de mais sóbrio, de mais lúcido e grandioso, engajando-nos na verdadeira educação.
Quando a educação do intelecto e do sentimento se constituir em uma rota bem aventurada para todos, a aproximação real com nosso Sublime Condutor se fará de maneira consciente, nobre e irreversível.
Reflitamos sobre Jesus e sobre a decisão de viver com Ele, na busca da felicidade real e duradoura!
Redação do Momento Espírita com base no cap. 22 do livro
Educação e vivências, pelo Espírito Camilo, psicografia
de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 08.10.2009.
Apesar da curta passagem como homem encarnado, Jesus deixou uma mensagem que cresceria através dos séculos. Hoje, numerosas religiões O têm como referência em quase todos os pontos da Terra.
Ele falou a todos sem distinção: pobres, ricos, poderosos, gente do povo. Não demonstrava preferências, escolhendo entre os Seus apóstolos pescadores sem instrução formal e homens letrados, como Mateus.
Escolheu entrar em casas de pessoas humildes de haveres materiais mas, também em casas de homens ricos, pois entendia que todos precisavam ouvir Suas palavras.
Valorizou as mulheres em uma época na qual elas eram consideradas uma posse dos pais ou dos maridos. Entre Suas seguidoras estavam Joana de Cusa, esposa de um homem do poder político da época e Maria Madalena, que mudou de vida ao conhecê-Lo.
Jesus usava ora palavras doces, ora linguagens figuradas, ora palavras mais duras. Recebeu, para dialogar, doutores da lei como Nicodemos a quem não negou ensinamentos.
Sua vida de pregação foi curta, mas Ele era um perfeito exemplo do que falava e, sem dúvida, isto impressionava a todos que O conheciam.
Em Seus últimos momentos não mostrou revolta ou desejo de vingança, ao contrário, pediu a Deus que perdoasse a todos, em uma imensa demonstração de amor.
Muitos dos primeiros cristãos, mesmo sem O terem conhecido diretamente, muito O amavam e não titubeavam em abdicar da vida física em nome Daquele a quem seguiam.
Joana de Cusa, no momento em que seria martirizada por meio do fogo, responde ao seu algoz que lhe perguntara se seu Mestre só a ensinara a morrer, dizendo que Ele também a ensinara a perdoar quem lhe tirava a vida.
Hoje, após tantos séculos, amar Jesus não nos faz correr riscos. Os tempos são outros.
Hoje, o grande desafio é viver conforme os ensinamentos de Jesus, em um mundo no qual vicejam o materialismo, o apego ao poder a qualquer custo e, no qual os valores morais parecem desconhecidos para muitos.
A decisão é pessoal: ninguém pode nos obrigar a segui-Lo, já não mais como apóstolos ou como mártires, mas como pessoas que valorizam a retidão moral e que sabem amar.
Sim, o grande ensinamento de Jesus foi o amor. Se amamos realmente a nós mesmos, não nos permitimos a autoagressão através dos vícios, sejam morais ou físicos. Se nos amamos, buscamos a educação moral e intelectual.
Se amamos nosso semelhante, nunca nos permitiremos a desonestidade, a raiva, a inveja e, muito menos, a indiferença.
Se amamos Jesus, buscamos a luz dentro de nós mesmos, compreendendo que viver é aprender a servir para o bem.
Não é difícil entender que para se viver com o Guia da Terra em experiência integradora, devemos desenvolver em nosso caráter o que existe de mais sóbrio, de mais lúcido e grandioso, engajando-nos na verdadeira educação.
Quando a educação do intelecto e do sentimento se constituir em uma rota bem aventurada para todos, a aproximação real com nosso Sublime Condutor se fará de maneira consciente, nobre e irreversível.
Reflitamos sobre Jesus e sobre a decisão de viver com Ele, na busca da felicidade real e duradoura!
Redação do Momento Espírita com base no cap. 22 do livro
Educação e vivências, pelo Espírito Camilo, psicografia
de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 08.10.2009.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Maneira de dizer as coisas
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.
Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.
Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.
Mas que insolente! - gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.
E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
Lembre-se, meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer.
Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.
Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.
Mas que insolente! - gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.
E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
Lembre-se, meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Doenças
A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos
causam doenças porque somos indisciplinados mental e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais.
Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más
energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.
Tipos de doenças
Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas.
As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.
As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago, etc., arrastando um corolário de sofrimentos.
As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantêm no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.
Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e ele nada encontra.
André Luiz afirma que se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo à doença.
causam doenças porque somos indisciplinados mental e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais.
Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más
energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.
Tipos de doenças
Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas.
As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.
As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago, etc., arrastando um corolário de sofrimentos.
As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantêm no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.
Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e ele nada encontra.
André Luiz afirma que se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo à doença.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A degeneração do Espiritismo
Dalmo Duque dos Santos
Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.
O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.
Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.
O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Reencarnação
texto de Milton B. Piedade - Boletim GEAE Número 460 de 29 de julho de 2003
"O Espiritismo deve ter existido desde a origem dos tempos; sempre nos esforçamos por provar que os seus traços são encontrados na mais alta Antiguidade."
Allan kardec , Revista Espírita, out. 1858.
A reencarnação é um fato!
Sabemos que Pitágoras havia haurido a idéia entre os hindus e os egípcios. Assim, não é de admirar que chegou aos nossos dias trazendo em seu bojo o conhecimento humano desenvolvido através dos milênios, comprovando não ser nenhuma teoria moderna. Com o desenvolvimento das ciências positivas a partir do século XIX a idéia da reencarnação deixou de ser uma crença para ter a força de uma verdade científica.
Mas por que via a idéia da reencarnação veio naqueles tempos imemoriais? Por intuição ou revelação? O conhecimento humano e a ciência tinham limitações infinitamente maiores. A reencarnação só poderia ser aceita por Espíritos de escol que preparavam o árduo caminho do progresso das inteligências. Nos dias de hoje temos a possibilidade de ser esclarecidos também pelos avanços científicos. Em que pese a grande quantidade de almas ainda reticentes e apegadas a interesses temporais.
E é também com a pesquisa científica que o Espiritismo pode derrubar as paredes que o prendem às casas Espíritas. Pode contribuir para a mudança de paradigma e a criação de uma consciência reencarnatória onde os postulados espíritas sejam aceitos por toda a sociedade, sendo difundido entre as massas e contribuindo para o esclarecimento humano, deixando de ser a reencarnação uma questão de crença. Desta forma serão compreendidos como princípios eminentemente lógicos e poderão ser aceitos sem nenhuma forma de violência à razão pois terão sido exaustivamente pesquisados e confirmados por inúmeros investigadores de qualidade.
Mas, e o esquecimento do passado? Não estaríamos agindo contrário aos ensinamentos Espíritas? Vamos deixar que nosso insigne codificador responda. "Deus permite a lembrança retrospectiva, de vez em quando, a fim de trazer os homens ao conhecimento da grande lei da pluralidade das existências, a única que explica a origem das qualidades boas ou más, mostra-lhe a justiça das misérias que suporta aqui e lhe traça a rota do futuro", conforme exposto na Revista Espírita de novembro de 1864.
Allan Kardec também pesquisou a reencarnação, conforme vemos na Revista Espírita de julho de 1860. Ali buscou compreender em detalhes a vida anterior do Sr. V..., oficial da marinha francesa, que teria sido São Bartolomeu. Em uma das perguntas deixa claro o móvel da pesquisa: "Não se trata de satisfazer uma vã curiosidade, mas de constatar, se possível, um fato interessante para a ciência Espírita, o da recordação de sua vida anterior". Fica evidente que devido ao gênero da morte as lembranças, apesar de muito raras, são possíveis e úteis para o estudo e a pesquisa.
Mas Kardec não parou por ai, como vemos na Revista Espírita de 1866 meses de junho e julho, onde estudou as vidas passadas do Dr. Cailleux, chegou novamente a conclusões reveladoras quando diz que "Essa lembrança é mais ou menos precisa ou confusa, às vezes nula, segundo a natureza do Espírito e segundo a Providência julga a propósito apagá-la ou reavivá-la, como recompensa, punição ou instrução". Mais adiante compara a diferença que existe no processo de consciência de vidas passadas e diz que "as coisas nele (Dr. Cailleux) se passaram de maneira diferente do que nos outros, sem dúvida por motivos de utilidade para ele e para nós é um motivo de ensinamento, pois nos mostra um dos lados do mundo espiritual".
Como bem demonstrou nosso codificador, a pesquisa da reencarnação não tem a preensão de tentar derrogar nenhuma Lei Natural. As lembranças reencarnatórias, ou insights, ou clarões são espontâneos assim como são naturais as BirthMarks e tudo que serve de indício de comprovação de vidas passadas. A pesquisa apenas a resgata, organiza com metodologia própria e busca na medida do possível compreender as Leis que regem o fenômeno. É pelo estudo positivo dos efeitos que se remonta a apreciação das causas.
A pesquisa da reencarnação deve organizar-se de forma que indique claramente critérios que possam ser aceitos pela comunidade científica. Achismos e meras opiniões pessoais nada esclarecem, muito ao contrário. Temos na literatura Espírita uma profusão imensa de exemplos que o codificador nos deixou do que seja uma mentalidade científica. Entre outras coisas ele nos diz que "na ausência de fatos a dúvida é a opinião sábia e prudente".
Também a comunicação mediúnica não pode ser, pela simples razão de ser mediúnica, considerada fonte confiável, conforme nos alerta Kardec na Revista Espírita em abril 1860: "São, por vezes, heresias científicas tão patentes, que seria preciso ser cego ou muito ignorante para não as perceber". E para evitar tamanha armadilha criou método próprio, exposto no Evangelho Segundo o Espiritismo denominado Controle Universal do Ensinamento dos Espíritos - CUEE. Alí, entre outras coisas, fica evidente a importância do uso da razão, do bom senso e a necessidade do consenso entre as comunicações recebidas.
Não se trata aqui de reproduzir mecanicamente metodologia de uma ciência que sabemos incompetente para pronunciar-se nas questões do Espírito. As observações requerem condições diferenciadas, especiais e um outro ponto de partida. A pesquisa espírita deve, excluindo-se o que não lhe convém e adaptando-se o que for necessário, apropriar-se de meios de observação, métodos de trabalho, critérios de análise comparativa e elaboração de resultados da ciência oficial; para que seu protocolo de pesquisa tenha a legitimidade do avanço científico de nossa época.
O pesquisamento Espírita da reencarnação deve ser a busca minuciosa para averiguação da realidade espiritual, com investigação e estudo minudente e sistemático, com o fim de descobrir fatos ou princípios relativos a este campo de pesquisa. A produção de resultados com a conseqüente formação de banco de dados para facilitar novas pesquisas é permitir a democratização das informações ali contidas para que um maior número de pesquisadores tenham a possibilidade de acessa-las.
Não cabe em nossas singelas reflexões elencarmos pesquisadores ou citarmos pioneiros em pesquisa da reencarnação. Mas seria imperdoável não lembrarmos de Albert de Rochas e do Dr. Hernani G. Andrade, que em nossas terras deixou alguns tímidos seguidores. Hermínio Miranda no livro A Memória e o Tempo descreve detalhadamente o que teria sido a metodologia aplicada pelo pesquisador francês e suas minuciosas e preciosas observações.
Dr. Hernani no livro Reencarnação no Brasil, assim como no brilhante Renasceu por Amor também deixa explicito seu método de trabalho com protocolo de pesquisa de forma clara e acessível. Não podemos nos esquecer ainda das inúmeras pesquisas com caráter científico que são feitas com técnicas diversas. É o caso da Transcomunicação Instrumental - TCI, das Experiências de Quase Morte - EQM e da Terapia de Vidas Passadas - TVP. Todas elas, a sua maneira, contribuindo para que os postulados Espíritas possam ser aceitos nem que seja como um conjunto de evidências experimentais pelos mais céticos dos imortais.
Considerando que o pesquisador já tenha conhecimento suficiente da Doutrina Espírita e dos experimentos científicos realizados neste campo do conhecimento, através de revisão bibliográfica; que já tenha determinado o problema da pesquisa; que tenha conhecimento suficiente de Filosofia da Ciência, epistemologia e Sociologia do Saber. Considerando ainda que o pesquisador tenha plena clareza das questões éticas e morais envolvidas na pesquisa e na relação com o pesquisado; restaria ainda árduo trabalho de pesquisa onde a metodologia aplicada deveria sempre ser adaptada a cada caso concreto, muito antes de podermos afirmar quem é quem no processo reencarnatório.
Abaixo alguns poucos itens que fariam parte de um procedimento de pesquisa muito mais amplo e fundamentado:
Coleta de documentos (certidões/cartas/fotos/recorte jornais).
Registro dos dados coletados verbalmente com o pesquisado através de várias entrevistas e preenchimento de formulários (áudio, vídeo e relatórios).
Transcrição onde os dados serão classificados conforme: Experiências Iniciais. Informações Secundárias. Registros Físicos. Fatores Psíquicos.
Depoimento de terceiros - testemunhas da época, parentes e pessoas envolvidas (áudio e vídeo)
Visita aos locais envolvidos na memória extra-cerebrais para investigar depoimentos.
Consulta a pelo menos 3 fontes mediúnicas em locais diferentes, preferencialmente na mesma data e horário.
Detalhamento do Perfil Psicológico (comparativo presente/passado)
Cruzamento comparativo de dados segundo critérios cronológicos e qualitativos.
Depois do Histórico completo, partiria-se para a Análise das Evidências.
E, por final, a análise do caso pesquisado através de todas as Hipóteses Explicativas possíveis.
Para o bom caminhar e desenvolvimento das pesquisas com sua conseqüente aceitação pelo público alvo, restaria ainda algumas atitudes, como:
Desenvolvimento de Linguagem apropriada e relacionamento com a comunidade científica.
Publicação regular e sistemática em livros, jornais e revistas especializadas.
Participação em congressos acadêmicos internacionais.
Relacionamento com pesquisadores de áreas correlatas como Jim Tucker. Banerjee. Stevenson, etc.
Estudo sistemático das matérias técno-científicas que dão suporte à pesquisa.
Acompanhamento dos progressos científicos nesta área.
Parcerias com Centros de Pesquisa.
Ainda assim, em nossas conclusões deveríamos divulgar como um Caso que tem Fortes Evidências que Sugerem Reencarnação. Desta forma poderemos contribuir para a satisfação moral que naturalmente advém a todos aqueles que compreendem e praticam os conhecimentos adquiridos. Conhecimentos estes em inteligência, em saber e em moralidade que nunca se perdem; quer morramos jovens ou velhos, quer tenhamos ou não tempo de o aproveitar na existência presente, colheremos os frutos em existências subseqüentes. Estaremos assim colaborando para uma verdadeira revolução nas crenças e nas idéias, muito além das fronteiras de nossa casa Espírita.
Não esperemos que a pesquisa da reencarnação tenha o suporte de projetos governamentais com desembaraço alfandegário e liberação de taxas de importação para material científico; criação de leis de incentivo fiscal para aplicação de recursos privados em ciência; apoio do CNPq, Capes, Fapesp ou aprovação no congresso de investimento governamental para pesquisa da reencarnação.
A pesquisa da reencarnação deve ter antes de mais nada o apoio da própria comunidade espírita. Se faz urgente entendermos o caráter científico que deve ter o Espiritismo e a importância que este terá para a difusão de seu corpo doutrinário e compreensão da realidade espiritual para toda a sociedade. Enquanto as pesquisas não se desenvolvem satisfatoriamente, nossa opinião a respeito de qualquer reencarnação deverá ser sempre a dúvida, que é a opinião mais sábia e prudente.
"O Espiritismo deve ter existido desde a origem dos tempos; sempre nos esforçamos por provar que os seus traços são encontrados na mais alta Antiguidade."
Allan kardec , Revista Espírita, out. 1858.
A reencarnação é um fato!
Sabemos que Pitágoras havia haurido a idéia entre os hindus e os egípcios. Assim, não é de admirar que chegou aos nossos dias trazendo em seu bojo o conhecimento humano desenvolvido através dos milênios, comprovando não ser nenhuma teoria moderna. Com o desenvolvimento das ciências positivas a partir do século XIX a idéia da reencarnação deixou de ser uma crença para ter a força de uma verdade científica.
Mas por que via a idéia da reencarnação veio naqueles tempos imemoriais? Por intuição ou revelação? O conhecimento humano e a ciência tinham limitações infinitamente maiores. A reencarnação só poderia ser aceita por Espíritos de escol que preparavam o árduo caminho do progresso das inteligências. Nos dias de hoje temos a possibilidade de ser esclarecidos também pelos avanços científicos. Em que pese a grande quantidade de almas ainda reticentes e apegadas a interesses temporais.
E é também com a pesquisa científica que o Espiritismo pode derrubar as paredes que o prendem às casas Espíritas. Pode contribuir para a mudança de paradigma e a criação de uma consciência reencarnatória onde os postulados espíritas sejam aceitos por toda a sociedade, sendo difundido entre as massas e contribuindo para o esclarecimento humano, deixando de ser a reencarnação uma questão de crença. Desta forma serão compreendidos como princípios eminentemente lógicos e poderão ser aceitos sem nenhuma forma de violência à razão pois terão sido exaustivamente pesquisados e confirmados por inúmeros investigadores de qualidade.
Mas, e o esquecimento do passado? Não estaríamos agindo contrário aos ensinamentos Espíritas? Vamos deixar que nosso insigne codificador responda. "Deus permite a lembrança retrospectiva, de vez em quando, a fim de trazer os homens ao conhecimento da grande lei da pluralidade das existências, a única que explica a origem das qualidades boas ou más, mostra-lhe a justiça das misérias que suporta aqui e lhe traça a rota do futuro", conforme exposto na Revista Espírita de novembro de 1864.
Allan Kardec também pesquisou a reencarnação, conforme vemos na Revista Espírita de julho de 1860. Ali buscou compreender em detalhes a vida anterior do Sr. V..., oficial da marinha francesa, que teria sido São Bartolomeu. Em uma das perguntas deixa claro o móvel da pesquisa: "Não se trata de satisfazer uma vã curiosidade, mas de constatar, se possível, um fato interessante para a ciência Espírita, o da recordação de sua vida anterior". Fica evidente que devido ao gênero da morte as lembranças, apesar de muito raras, são possíveis e úteis para o estudo e a pesquisa.
Mas Kardec não parou por ai, como vemos na Revista Espírita de 1866 meses de junho e julho, onde estudou as vidas passadas do Dr. Cailleux, chegou novamente a conclusões reveladoras quando diz que "Essa lembrança é mais ou menos precisa ou confusa, às vezes nula, segundo a natureza do Espírito e segundo a Providência julga a propósito apagá-la ou reavivá-la, como recompensa, punição ou instrução". Mais adiante compara a diferença que existe no processo de consciência de vidas passadas e diz que "as coisas nele (Dr. Cailleux) se passaram de maneira diferente do que nos outros, sem dúvida por motivos de utilidade para ele e para nós é um motivo de ensinamento, pois nos mostra um dos lados do mundo espiritual".
Como bem demonstrou nosso codificador, a pesquisa da reencarnação não tem a preensão de tentar derrogar nenhuma Lei Natural. As lembranças reencarnatórias, ou insights, ou clarões são espontâneos assim como são naturais as BirthMarks e tudo que serve de indício de comprovação de vidas passadas. A pesquisa apenas a resgata, organiza com metodologia própria e busca na medida do possível compreender as Leis que regem o fenômeno. É pelo estudo positivo dos efeitos que se remonta a apreciação das causas.
A pesquisa da reencarnação deve organizar-se de forma que indique claramente critérios que possam ser aceitos pela comunidade científica. Achismos e meras opiniões pessoais nada esclarecem, muito ao contrário. Temos na literatura Espírita uma profusão imensa de exemplos que o codificador nos deixou do que seja uma mentalidade científica. Entre outras coisas ele nos diz que "na ausência de fatos a dúvida é a opinião sábia e prudente".
Também a comunicação mediúnica não pode ser, pela simples razão de ser mediúnica, considerada fonte confiável, conforme nos alerta Kardec na Revista Espírita em abril 1860: "São, por vezes, heresias científicas tão patentes, que seria preciso ser cego ou muito ignorante para não as perceber". E para evitar tamanha armadilha criou método próprio, exposto no Evangelho Segundo o Espiritismo denominado Controle Universal do Ensinamento dos Espíritos - CUEE. Alí, entre outras coisas, fica evidente a importância do uso da razão, do bom senso e a necessidade do consenso entre as comunicações recebidas.
Não se trata aqui de reproduzir mecanicamente metodologia de uma ciência que sabemos incompetente para pronunciar-se nas questões do Espírito. As observações requerem condições diferenciadas, especiais e um outro ponto de partida. A pesquisa espírita deve, excluindo-se o que não lhe convém e adaptando-se o que for necessário, apropriar-se de meios de observação, métodos de trabalho, critérios de análise comparativa e elaboração de resultados da ciência oficial; para que seu protocolo de pesquisa tenha a legitimidade do avanço científico de nossa época.
O pesquisamento Espírita da reencarnação deve ser a busca minuciosa para averiguação da realidade espiritual, com investigação e estudo minudente e sistemático, com o fim de descobrir fatos ou princípios relativos a este campo de pesquisa. A produção de resultados com a conseqüente formação de banco de dados para facilitar novas pesquisas é permitir a democratização das informações ali contidas para que um maior número de pesquisadores tenham a possibilidade de acessa-las.
Não cabe em nossas singelas reflexões elencarmos pesquisadores ou citarmos pioneiros em pesquisa da reencarnação. Mas seria imperdoável não lembrarmos de Albert de Rochas e do Dr. Hernani G. Andrade, que em nossas terras deixou alguns tímidos seguidores. Hermínio Miranda no livro A Memória e o Tempo descreve detalhadamente o que teria sido a metodologia aplicada pelo pesquisador francês e suas minuciosas e preciosas observações.
Dr. Hernani no livro Reencarnação no Brasil, assim como no brilhante Renasceu por Amor também deixa explicito seu método de trabalho com protocolo de pesquisa de forma clara e acessível. Não podemos nos esquecer ainda das inúmeras pesquisas com caráter científico que são feitas com técnicas diversas. É o caso da Transcomunicação Instrumental - TCI, das Experiências de Quase Morte - EQM e da Terapia de Vidas Passadas - TVP. Todas elas, a sua maneira, contribuindo para que os postulados Espíritas possam ser aceitos nem que seja como um conjunto de evidências experimentais pelos mais céticos dos imortais.
Considerando que o pesquisador já tenha conhecimento suficiente da Doutrina Espírita e dos experimentos científicos realizados neste campo do conhecimento, através de revisão bibliográfica; que já tenha determinado o problema da pesquisa; que tenha conhecimento suficiente de Filosofia da Ciência, epistemologia e Sociologia do Saber. Considerando ainda que o pesquisador tenha plena clareza das questões éticas e morais envolvidas na pesquisa e na relação com o pesquisado; restaria ainda árduo trabalho de pesquisa onde a metodologia aplicada deveria sempre ser adaptada a cada caso concreto, muito antes de podermos afirmar quem é quem no processo reencarnatório.
Abaixo alguns poucos itens que fariam parte de um procedimento de pesquisa muito mais amplo e fundamentado:
Coleta de documentos (certidões/cartas/fotos/recorte jornais).
Registro dos dados coletados verbalmente com o pesquisado através de várias entrevistas e preenchimento de formulários (áudio, vídeo e relatórios).
Transcrição onde os dados serão classificados conforme: Experiências Iniciais. Informações Secundárias. Registros Físicos. Fatores Psíquicos.
Depoimento de terceiros - testemunhas da época, parentes e pessoas envolvidas (áudio e vídeo)
Visita aos locais envolvidos na memória extra-cerebrais para investigar depoimentos.
Consulta a pelo menos 3 fontes mediúnicas em locais diferentes, preferencialmente na mesma data e horário.
Detalhamento do Perfil Psicológico (comparativo presente/passado)
Cruzamento comparativo de dados segundo critérios cronológicos e qualitativos.
Depois do Histórico completo, partiria-se para a Análise das Evidências.
E, por final, a análise do caso pesquisado através de todas as Hipóteses Explicativas possíveis.
Para o bom caminhar e desenvolvimento das pesquisas com sua conseqüente aceitação pelo público alvo, restaria ainda algumas atitudes, como:
Desenvolvimento de Linguagem apropriada e relacionamento com a comunidade científica.
Publicação regular e sistemática em livros, jornais e revistas especializadas.
Participação em congressos acadêmicos internacionais.
Relacionamento com pesquisadores de áreas correlatas como Jim Tucker. Banerjee. Stevenson, etc.
Estudo sistemático das matérias técno-científicas que dão suporte à pesquisa.
Acompanhamento dos progressos científicos nesta área.
Parcerias com Centros de Pesquisa.
Ainda assim, em nossas conclusões deveríamos divulgar como um Caso que tem Fortes Evidências que Sugerem Reencarnação. Desta forma poderemos contribuir para a satisfação moral que naturalmente advém a todos aqueles que compreendem e praticam os conhecimentos adquiridos. Conhecimentos estes em inteligência, em saber e em moralidade que nunca se perdem; quer morramos jovens ou velhos, quer tenhamos ou não tempo de o aproveitar na existência presente, colheremos os frutos em existências subseqüentes. Estaremos assim colaborando para uma verdadeira revolução nas crenças e nas idéias, muito além das fronteiras de nossa casa Espírita.
Não esperemos que a pesquisa da reencarnação tenha o suporte de projetos governamentais com desembaraço alfandegário e liberação de taxas de importação para material científico; criação de leis de incentivo fiscal para aplicação de recursos privados em ciência; apoio do CNPq, Capes, Fapesp ou aprovação no congresso de investimento governamental para pesquisa da reencarnação.
A pesquisa da reencarnação deve ter antes de mais nada o apoio da própria comunidade espírita. Se faz urgente entendermos o caráter científico que deve ter o Espiritismo e a importância que este terá para a difusão de seu corpo doutrinário e compreensão da realidade espiritual para toda a sociedade. Enquanto as pesquisas não se desenvolvem satisfatoriamente, nossa opinião a respeito de qualquer reencarnação deverá ser sempre a dúvida, que é a opinião mais sábia e prudente.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
CENTRO ESPÍRITA
Na visão de Bezerra de Menezes
O conhecimento espírita liberta o homem de superstições e preconceitos, pois é eminentemente racional, e deixa-o livre para pensar e agir.
Entretanto, essa liberdade pode ser utilizada plenamente dependendo da hora e lugar.
No Centro Espírita, por exemplo, alguns detalhes devem ser levados em consideração. Segundo aprendemos com os sábios mentores espirituais, para o Centro Espírita se deslocam espíritos com acentuado desequilíbrio e outros com o propósito de aprender. Outros, são levados pelos protetores desencarnados para serem doutrinados e aí permanecem para prosseguirem no tratamento de reequilíbrio espiritual ou no aprendizado.
Detendo-se aí, observam-nos o procedimento, a conservação, os pensamentos... Dessa forma, o Centro Espírita deve se transformar num verdadeiro santuário, de respeito e oração.
Não se pode, pois permitir em seu seio, festas, músicas de fundo não edificante, peças teatrais, aplausos, conversação tumultuada e não construtiva, discussões violentas, homenagens humanas, “comes e bebes”, reuniões sem disciplina, rifas, leilões, comércio, brincadeiras, competições, ataques a outras religiões, enfim, tudo aquilo que não se concebe num hospital, junto a um leito de dor ou num santuário de oração.
É necessário o mais digno procedimento no Centro Espírito, a fim de que Jesus não tenha que voltar para expulsar-nos dele, como procedimento no Centro Espírita, a fim de que Jesus não tenha que voltar para expulsar-nos dele, como procedeu com os mercadores do templo.
(Texto extraído do Jornal “Correio do Quilo” - Julho/2000 - n.º 110)
O conhecimento espírita liberta o homem de superstições e preconceitos, pois é eminentemente racional, e deixa-o livre para pensar e agir.
Entretanto, essa liberdade pode ser utilizada plenamente dependendo da hora e lugar.
No Centro Espírita, por exemplo, alguns detalhes devem ser levados em consideração. Segundo aprendemos com os sábios mentores espirituais, para o Centro Espírita se deslocam espíritos com acentuado desequilíbrio e outros com o propósito de aprender. Outros, são levados pelos protetores desencarnados para serem doutrinados e aí permanecem para prosseguirem no tratamento de reequilíbrio espiritual ou no aprendizado.
Detendo-se aí, observam-nos o procedimento, a conservação, os pensamentos... Dessa forma, o Centro Espírita deve se transformar num verdadeiro santuário, de respeito e oração.
Não se pode, pois permitir em seu seio, festas, músicas de fundo não edificante, peças teatrais, aplausos, conversação tumultuada e não construtiva, discussões violentas, homenagens humanas, “comes e bebes”, reuniões sem disciplina, rifas, leilões, comércio, brincadeiras, competições, ataques a outras religiões, enfim, tudo aquilo que não se concebe num hospital, junto a um leito de dor ou num santuário de oração.
É necessário o mais digno procedimento no Centro Espírito, a fim de que Jesus não tenha que voltar para expulsar-nos dele, como procedimento no Centro Espírita, a fim de que Jesus não tenha que voltar para expulsar-nos dele, como procedeu com os mercadores do templo.
(Texto extraído do Jornal “Correio do Quilo” - Julho/2000 - n.º 110)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Mais uma vez, a dor...
Muitos poderão perguntar como sorrir diante da dor? A questão é pertinente. Não é possível sorrir quando se está com dor. Mas a fisionomia dolorosa – a face dolorosa –demonstra, facilmente, o estado de espírito da pessoa. Coloca-se no semblante estampado o conteúdo íntimo que se tem interiormente.
Não é possível, é claro, sorrir ou mesmo rir, mas é possível, certamente, encontrar dentro de si a segurança de que a dor não é eterna, que é bem passageiro e, cedo ou tarde – na dependência das nossas condições interiores – irá se retirar e nos deixará de um modo ou de outro. Ainda mais: não há dor neste mundo que seja existente, sem motivo.
Não há dor sem causa. Sabendo que nossa dor guarda consigo um motivo, iremos iniciar um processo de entendimento na relação casual para as circunstâncias da vida.
Se para toda dor, há uma causa, então poderemos compreender que não sofremos à toa: há uma causa – a qual poucas vezes reconheço ou conheço, não importa, pois o importante é o presente. É o que faço dele e o que faço com ele.
Isto é importante. Assim, se a causa da dor está perdida no passado do eu não me lembro, sei que não há justiça falha ou injustiça. Aliás, sei que Deus me aprove com o que necessito, sem jamais me castigar, pois Ele é soberanamente justo, é bom, sem o que não seria Deus. Portanto, em não sendo eu castigado, minha dor me acompanha por minha necessidade. Desta maneira, posso confiar que não há motivo para reclamar dela ou da sua presença aqui comigo. Não porque não tenha o direito, mas, porque há uma lógica clara a respeito disso. Uma lógica intocável. Uma possibilidade para eu me ajustar diante da minha consciência diante de Deus.
Não irei, então, exibir em meu semblante a face dolorosa, mas sim a face serena de quem entende a necessidade da dor, de modo resignado, compreensivo e confiante.
Assim, irei transmitir para os demais que não estou em processo de revolta ou de irritação, ou de inconformismo, ou qualquer outra disposição diante do obstáculo. Direi com minha postura, com meus gestos que confio em Deus, que creio em Jesus e que tenho o que preciso ter, seja dor ou não. Olharei para meus irmãos serenamente, embora a dor me preocupe interiormente. Isto me fará bem e servirá de espelho para quem me acompanha, por não me afastar dos outros, graças a tudo que possa fazer de melhor.
R. Tagore
Psicografia NEPT – 26/05/06.
Não é possível, é claro, sorrir ou mesmo rir, mas é possível, certamente, encontrar dentro de si a segurança de que a dor não é eterna, que é bem passageiro e, cedo ou tarde – na dependência das nossas condições interiores – irá se retirar e nos deixará de um modo ou de outro. Ainda mais: não há dor neste mundo que seja existente, sem motivo.
Não há dor sem causa. Sabendo que nossa dor guarda consigo um motivo, iremos iniciar um processo de entendimento na relação casual para as circunstâncias da vida.
Se para toda dor, há uma causa, então poderemos compreender que não sofremos à toa: há uma causa – a qual poucas vezes reconheço ou conheço, não importa, pois o importante é o presente. É o que faço dele e o que faço com ele.
Isto é importante. Assim, se a causa da dor está perdida no passado do eu não me lembro, sei que não há justiça falha ou injustiça. Aliás, sei que Deus me aprove com o que necessito, sem jamais me castigar, pois Ele é soberanamente justo, é bom, sem o que não seria Deus. Portanto, em não sendo eu castigado, minha dor me acompanha por minha necessidade. Desta maneira, posso confiar que não há motivo para reclamar dela ou da sua presença aqui comigo. Não porque não tenha o direito, mas, porque há uma lógica clara a respeito disso. Uma lógica intocável. Uma possibilidade para eu me ajustar diante da minha consciência diante de Deus.
Não irei, então, exibir em meu semblante a face dolorosa, mas sim a face serena de quem entende a necessidade da dor, de modo resignado, compreensivo e confiante.
Assim, irei transmitir para os demais que não estou em processo de revolta ou de irritação, ou de inconformismo, ou qualquer outra disposição diante do obstáculo. Direi com minha postura, com meus gestos que confio em Deus, que creio em Jesus e que tenho o que preciso ter, seja dor ou não. Olharei para meus irmãos serenamente, embora a dor me preocupe interiormente. Isto me fará bem e servirá de espelho para quem me acompanha, por não me afastar dos outros, graças a tudo que possa fazer de melhor.
R. Tagore
Psicografia NEPT – 26/05/06.
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