Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mais uma vez, a dor...

Muitos poderão perguntar como sorrir diante da dor? A questão é pertinente. Não é possível sorrir quando se está com dor. Mas a fisionomia dolorosa – a face dolorosa –demonstra, facilmente, o estado de espírito da pessoa. Coloca-se no semblante estampado o conteúdo íntimo que se tem interiormente.

Não é possível, é claro, sorrir ou mesmo rir, mas é possível, certamente, encontrar dentro de si a segurança de que a dor não é eterna, que é bem passageiro e, cedo ou tarde – na dependência das nossas condições interiores – irá se retirar e nos deixará de um modo ou de outro. Ainda mais: não há dor neste mundo que seja existente, sem motivo.

Não há dor sem causa. Sabendo que nossa dor guarda consigo um motivo, iremos iniciar um processo de entendimento na relação casual para as circunstâncias da vida.

Se para toda dor, há uma causa, então poderemos compreender que não sofremos à toa: há uma causa – a qual poucas vezes reconheço ou conheço, não importa, pois o importante é o presente. É o que faço dele e o que faço com ele.

Isto é importante. Assim, se a causa da dor está perdida no passado do eu não me lembro, sei que não há justiça falha ou injustiça. Aliás, sei que Deus me aprove com o que necessito, sem jamais me castigar, pois Ele é soberanamente justo, é bom, sem o que não seria Deus. Portanto, em não sendo eu castigado, minha dor me acompanha por minha necessidade. Desta maneira, posso confiar que não há motivo para reclamar dela ou da sua presença aqui comigo. Não porque não tenha o direito, mas, porque há uma lógica clara a respeito disso. Uma lógica intocável. Uma possibilidade para eu me ajustar diante da minha consciência diante de Deus.

Não irei, então, exibir em meu semblante a face dolorosa, mas sim a face serena de quem entende a necessidade da dor, de modo resignado, compreensivo e confiante.

Assim, irei transmitir para os demais que não estou em processo de revolta ou de irritação, ou de inconformismo, ou qualquer outra disposição diante do obstáculo. Direi com minha postura, com meus gestos que confio em Deus, que creio em Jesus e que tenho o que preciso ter, seja dor ou não. Olharei para meus irmãos serenamente, embora a dor me preocupe interiormente. Isto me fará bem e servirá de espelho para quem me acompanha, por não me afastar dos outros, graças a tudo que possa fazer de melhor.

R. Tagore
Psicografia NEPT – 26/05/06.

Nenhum comentário: