Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Animais e Mediunidade





Há quem diga e quem escreva que os animais têm mediunidade, por conta de que eles percebem presenças espirituais à sua volta.

Mas nós precisamos fazer uma pequena reflexão a respeito disso.

Animais são irmãos nossos em fase anterior à nossa, em termos de evolução espiritual.

Constituem a vida como nós constituímos, fazendo parte do todo da criação, assim como todos os seres, animados e inanimados (veja Livro dos Espíritos).

Têm pensamentos em fase embrionária, têm possibilidades de escolher até certo ponto seu caminho, mas ainda não são atribuídos totalmente do livre arbítrio que o ser humano já tem.

A distância entre os seres do reino animal e os seres do reino hominal pode ser tão grande quanto é a distância entre o reino hominal e o reino angelical, isto é, aqueles dos quais fazem parte os Espíritos puros.

Mas, enquanto na carne, passando pelas provações e privações que o mundo oferece a todos, os animais vivenciam a experiência do aprendizado pela evolução, como é também para os seres humanos.

Cada degrau, cada espécie que constitui o reino animal, guarda consigo características e peculiaridades que favorecem o indivíduo para sua jornada e para a execução das tarefas determinadas no planejamento projetado pelas Entidades Espirituais responsáveis por aquela espécie em particular.

Nota-se, em cada espécie, características que chamam atenção, em função de suas necessidades e seus limites.

Por essa razão, os animais vivem na Terra com potenciais diferenciados dos potenciais humanos, justamente para a tentativa de preservar a espécie.

Os cães, a título de exemplo, têm um potencial auditivo muito mais amplo do que os seres humanos.

Têm um universo individual bem diferente do homem, assim como os felinos.

O olfato é muito mais apurado, assim como a audição.

A visão não respeita o nosso modo de ver o mundo.

Aliás, cada ser humano vê a vida ao seu modo e limite, também.

Podemos notar no comportamento de um animal que ele vive em uma “esfera” mental bem diferente da nossa, por se tratar de um Princípio Espiritual em evolução.

Não pensa como pensa o ser humano. Não tem o mesmo grau de escolha.

Mas vê, ouve e sente o que o ser humano pode não ver, ouvir e sentir, graças às características orgânicas das quais são atribuídas.

Têm alguma inteligência, muitas vezes surpreendente, mas não alcançam a humanidade, ainda.

Não agem por mal, não agem por bem, embora tenham em seu comportamento esboços do bem e do mal.

Podem, sim, ver, ouvir e sentir Espíritos, mas não são médiuns. É apenas característica da organização física da qual são constituídos que permite tal sensibilidade.

Este é o fato: mediunidade depende da inteligência existente a partir do reino hominal. Claro que a organização física do ser humano também pode ter características marcantes que facilitam a mediunidade. Mas essa já é outra história.



Militão Pacheco

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