Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Fazer o Bem


A grande síntese evolutiva e de religação da criatura humana com as leis do Criador, conforme ensinamento dos espíritos superiores, consiste no seguinte:

1 - Aquisição de conhecimento, através de nossa predisposição à busca pessoal de conhecimento;

2 - Trabalho no bem, como esforço persistente pela reforma íntima e conseqüente disseminação de valores e atitudes de conduta espiritualizadora.

Ao centro espírita cabe desenvolver e aplicar a didática estratégica e eficientemente afinada com essas duas alavancas de elevação.

É interessante o quanto a espiritualidade superior, através de mensagens enviadas à Terra, bate insistentemente nessas duas teclas: educação espiritual e autoconhecimento.

O estudo e a prática assimilativa dessas mensagens possui a peculiaridade de alterar nossas cogitações mentais, freqüentemente infelizes e limitadas. Quando adquirimos novos referenciais, pelo estudo e vivência, é como se espraiássemos o olhar interior pelas vastidões das próprias potencialidades. Não basta ser, é necessário ser mais e melhor, afirma Léon Denis, ao desdobrar a lógica existencial cartesiana.

Desde as "mesas girantes" à transcomunicação, a mensagem é automelhorar-se e praticar o Bem

Desde o surgimento das "mesas girantes" aos mais modernos contatos realizados pela transcomunicação, os espíritos não sugerem outra coisa aos homens senão a necessidade de aprimoramento de seu senso espiritual e a prática do bem, como resultante. Ou seja, cabe ao homem redirecionar sua vontade, auto-edificando-se, permitindo o despertamento da sensibilidade em agir amenizando o sofrimento alheio, o quanto possível, quer seja de natureza material, moral ou espiritual.

Embora ainda haja muita incompreensão e dores, afirma o espírito de Franz Liszt à célebre médium inglesa Rosemary Brown, estamos próximos do que ele chama o "raiar da compaixão", em que aqueles que não se preocupam com os outros perceberão que é apenas mais prático cuidar dos menos afortunados. E enfoca o problema que parece insistirmos não ver: "Qualquer parte de uma comunidade que sofre, ocasiona uma série de reações sobre a restante". O que equivale dizer: não há como viver, muito menos auto-realizar-se sozinho, isolado.

Para elevar-se, há que se aprender também a elevar o semelhante. Não é possível entender nada sobre realização espiritual sem que provoquemos, em nosso íntimo, uma motivação para o despertar da compaixão, para o sentido da caridade dinâmica, eficazmente consoladora, educativa e dignificante.

Certa vez, uma afortunada senhora, muito culta e "espiritualizada", criticava um entusiasmado praticante espírita ao saber de suas incursões semanais a uma determinada favela, na periferia de São José do Rio Preto, dando ensejo às suas pequeninas iniciativas de auxílio espiritual e material. Junto a um grupo de confrades de um centro espírita atento aos benefícios do estudo e do trabalho no bem, reunia-se para um sistematizado contato fraterno, de esclarecimento e afeto, com a criançada sofrida daquele local.

Advertiu a senhora: "(...) além de não resolver nunca o infortúnio deles, você não precisa ir fisicamente até lá. Basta fazer vibrações, evocar os grandes mestres espirituais, as poderosas falanges cósmicas e para lá projetar visualizações de luz, paz e amor".

Ao que o modesto praticante espírita explicou: "É bem verdade que nossas preces e intenções são aproveitadas pelos bons espíritos, mas o grande Mestre Jesus, quando nas esferas resplandecentes, não se limitou a visualizar e a desejar o bem aos terrícolas, mas veio e exemplificou, ensinando que não há outro meio de amar e consolar, em plenitude, senão amando e consolando, doando da própria presença física, compartilhando a dor alheia...

Lembrando das bênçãos da oportunidade presente, pensamos em nosso centro espírita. É essencial que ele esteja ajustado à essência doutrinária de Allan Kardec, sabendo promover benefícios consistentes, dentro e fora de suas dependências, com eficiência capaz de revitalizar a mente e o coração de seus trabalhadores e assistidos, encarnados e desencarnados, sempre atento a essas duas alavancas da reforma íntima: estudo superior e trabalho no bem.

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