Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
A conversão
Seria impossível mensurarmos a grandeza dos ensinamentos do Mestre Jesus, mas podemos afirmar que a Sua proposta é auxiliar o comportamento de cada um de nós, proporcionando-nos ensinamentos que provocam profundas reflexões e ensejam orientações que despertam para o desenvolvimento espiritual.
Para alcançar seus objetivos, a mensagem do Evangelho fundamenta-se em dois grandes aspectos: o moral e o espiritual.
O primeiro refere-se à exemplificação dos ensinamentos através dos atos; o segundo, além de denotar a grandeza moral do Cristo, que transcende aos atos e palavras, faculta a modificação do ser, pelo envolvimento fluídico que provoca a Sua superioridade espiritual.
A exemplo disso nos narra Lucas (19:1-10) a passagem de Jesus por Jericó:
‘‘E tendo Jesus entrado em Jericó, ele atravessava a cidade. Havia lá um homem chamado Zaqueu, era rico e chefe dos publicanos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, pois era de baixa estatura. Correu então à frente e subiu num sicômoro para ver Jesus que iria passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, levantou os olhos e disse-lhe: ‘Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa’.
Ele desceu imediatamente e o recebeu com alegria. À vista do acontecido todos murmuravam, dizendo: ‘Foi hospedar-se na casa de um pecador!’ Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: ‘Senhor, eis que dou a metade de meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, restituo- -lhe o quádruplo’. Jesus lhe disse: ‘Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido’.’’
O diálogo, aparentemente simplista, revela grandes ensinamentos, por muitos ainda despercebidos, mas que destacam o ensinamento moral e o ensinamento espiritual.
O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus revela predisposição à mudança dos atos, pois a simples presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões.
Outro ponto indiscutível é que a mudança de Zaqueu já fazia parte dos objetivos do Mestre, tanto que, ao entrar em Jericó, percebe-o facilmente em cima de uma árvore ansioso por um olhar, ao que Jesus corresponde, demonstrando profundos conhecimentos de psicologia transpessoal: levanta o olhar e a ele se dirige dizendo: ‘‘Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa’’.
O vocábulo casa, neste caso, adquire outra conotação, visto que vem antecedido de uma afirmativa verbal "pois hoje devo ficar em tua casa".
Na frase, o verbo devo é aplicado no sentido de certeza e não de hipótese.
Entendemos, com isso, que o Mestre se refere à casa mental de Zaqueu, pois a hospedagem que desejava Jesus não era apenas no lar físico, mas principalmente no seu coração, a fim de que este se modificasse.
Convém ressaltar a imensa facilidade com que Jesus manipula os fluidos, pois subentende- se que ele altera a psicosfera pessoal de Zaqueu, permitindo que este compreenda a mensagem de natureza espiritual na sua perfeita essência.
E ele a entende, como se Jesus a propusesse: "Desce depressa, pois hoje devo ficar em teu coração para sempre."
O envolvimento fluídico na questão é tão patente, que bastaram alguns momentos em contato com o Mestre para que se processassem profundas modificações morais em Zaqueu, não apenas pelo compromisso público de restituir quadruplamente (segundo a lei de Moisés), àqueles a quem prejudicou, mas por despertar nele o sentimento de caridade e desprendimento, levando-o a doar aos pobres metade dos bens que lhe pertenciam.
A autoridade espiritual de Jesus se faz presente, ao afirmar: "A salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido".
Ao demonstrar claramente que conhecia as mazelas que marcavam o caminho espiritual de Zaqueu, percebia nos seus pensamentos a vontade de mudar.
Se não fosse verdade estaria Jesus interferindo no livre-arbítrio daquele, modificando-o intimamente contra a sua vontade.
A receptividade de Zaqueu às sugestões fluídicas do Mestre modifica instantaneamente seu comportamento para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo, salvando aquela encarnação e por conseguinte reformando-se pela conversão, através de atos e não de promessas.
É oportuno recordarmos que a passagem de Zaqueu é de grande alcance e importância na condução de nossas ações.
Subir no sicômoro representa a predisposição para a mudança, que funciona como agente facilitador da reforma íntima, reforma esta que se constitui no preparo da morada de nossos corações, onde o Cristo com certeza pedirá pousada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário