Há, Espíritos obsessores sem maldade, que alguma coisa mesmo denotam de bom, mas dominados pelo orgulho do falso saber.
Têm suas ideias, seus sistemas sobre as ciências, a economia social, a moral, a religião, a filosofia, e querem fazer que suas opiniões prevaleçam.
Para esse efeito, procuram médiuns bastante crédulos para os aceitar de olhos fechados e que eles fascinam, a fim de os impedir de discernirem o verdadeiro do falso.
São os mais perigosos, porque os sofismas nada lhes custam e podem tornar cridas as mais ridículas utopias.
Como conhecem o prestígio dos grandes nomes, não escrupulizam em se adornarem com um daqueles diante dos quais todos se inclinam, e não recuam sequer ante o sacrilégio de se dizerem Jesus, a Virgem Maria, ou um santo venerado.
Procuram deslumbrar por meio de uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, eriçada de termos técnicos e recheada das retumbantes palavras caridade e moral.
Cuidadosamente evitarão dar um mau conselho, porque bem sabem que seriam repelidos.
Daí vem que os que são por eles enganados os defendem, dizendo: Bem vedes que nada dizem de mau.
A moral, porém, para esses Espíritos é simples passaporte, é o que menos os preocupa.
O que querem, acima de tudo, é impor suas ideias por mais disparatosas que sejam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário