Nas lides doutrinárias, do Espiritismo, nós encontramos, muitas vezes, oportunidade para praticar o discernimento, quando interagirmos com as pessoas que frequentem ou participem, eventualmente, das atividades da Casa Espírita.
Situações nos são colocadas, de variadas maneiras, mostrando como é complexo o raciocínio humano.
Diante de relatos de irmãos que se encontram em determinados estados mentais, que não lhes permita uma melhor condição para as reflexões diante das dificuldades que a vida lhes oferece, eles denotam uma razão diferenciada da nossa, vezes pertinentes com a realidade, vezes impertinentes com ela, dando vazão a elocubrações não imaginadas por nós outros diante de circunstâncias semelhantes, que tenham vivido ou imaginado para nós mesmos.
Quando ouvimos tais relatos, ficamos aturdidos e nos inspira um desejo ardente de dizer algo, no intuito evidente de auxiliar, mas é exatamente neste ponto que precisamos ter uma dose extra de cuidado com os nossos pensamentos e, principalmente, com as palavras que exteriorizamos.
Precisamos lembrar, sempre, diante destas experiências, que ao desferirmos a favor, contundentes ou não, estaremos gerando uma carga que poderá se opor às ideações daquele irmão que trouxe o relato que tenha, em nós, gerado aturdimento.
Em análise simples, é preciso lembrar algumas citações pré-existentes na área do conhecimento Espírita, para que possamos melhor produzir diante da vida.
Diz Amdré Luiz: “podemos controlar perfeitamente as palavras que não dissemos”.
Recomenda-nos o Mestre Amado: “faça ao próximo somente o que desejaria ter para si”.
Em duas frases, está sintetizada a diretriz para qualquer Espírita-Cristão, que esteja munido de boa-vontade e de boa-intenção em sua real proposta de auto-transformação progressiva.
Diante do irmão confuso, pacificar é palavra de ordem. Pacificar sempre.
Em qualquer circunstância, sem descansar, coloca as passagens do Evangelho, para o aflito, conduzindo-o a uma linha mais suave de raciocínio, para que possa compreender a necessidade de esclarecer-se para que ele também possa ir em direção à paz.
Disse, ainda, o Cristo: “não julgueis, para que não sejais julgados”.
Esta particularidade é fundamental. Não podemos, ou, pelo menos, não deveríamos julgar estas pessoas, sob pena de que possamos ter a inclinação de nos colocar em posição de superioridade, posição a qual, certamente não ocupamos.
Além do mais, se tivermos julgado, teremos fértil campo para que venhamos a nos indispor com esta pessoa, já que ele ou ela, poderão não concordar com nossas palavras, o que causará, certamente, alguma grande indisposição.
Se ele ou ela, ao contrário, concordar com a nossa disposição, estará disposto a ceder aos nossos apelos e, aí, então, a nossa proposta será a diretriz deste irmão, de modo que a responsabilidade pelos atos que ele ou ela venha a tomar, daí em diante será de nossa responsabilidade, parcial ou total, o que poderia ser evitado, com uma atitude mais cautelosa quanto aos problemas que, não nos digam respeito.
Em resumo: cuide do que fala para as outras pessoas, pois o que vier a dizer, será de sua responsabilidade assim como as consequências inerentes ao que disse.
O certo para nós, pode não ser o certo para outrem.
Evitemos o embate desnecessário na vida.
Saudações.
Albino Teixeira
nept julho de 2009
Um comentário:
Linda mensagem...que deveríamos colocar em prática!
Cada um tem o seu certo...o meu certo, pode não ser o seu certo!
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