“...a esquizofrenia é enfermidade muito complexa, nos estudos da saúde mental. As pesquisas psiquiátricas e neurológicas têm projetado grande luz nas terapêuticas de melhores resultados para as vítimas dessa terrível alienação. No entanto, há ainda muito campo a desravar, em razão de as suas origens profunda se encontrarem ínsitas no Espírito que delinqüe. A consciência individual, representando de algum modo a Cósmica, não se poupa quando se descobre em delito, após a libertação da forma física, engendrando mecanismos de auto-reparação ou que lhe são impostos pelos sofrimentos advindos da estância do além túmulo.”
“Afetando o equilíbrio da energia espiritual que constitui o ser terreno, a consciência individual imprime nas engrenagens do perispírito os remorsos e turbações , os recalques e conflitos que perturbarão os centros do sistema nervoso e cérebro, bem como os seus equipamentos mais delicados, mediante altas cargas de emoção descontrolada que lhe danificam o complexo orgânico e emocional.”
“Noutras vezes, desejando fugir à sanha dos inimigos, o Espírito busca o corpo como refúgio no qual se esconde, bloqueando os centro da lucidez e da afetividade, que respondem com indiferença e insensibilidade no paciente de tal natureza.” (textos de Bezerra de Menezes)
Não é fácil compreender a esquizofrenia, certamente. Trata-se de doença caracterizada por imensa perturbação do paciente portador, que “lhe tira” o equilíbrio e “o faz” viver em situação paralela totalmente diferente da que a maior parte das pessoas costuma viver. Vozes, sonhos, idéias perturbadoras ficam persistentemente entremeadas com a realidade fugidia da vida deste paciente.
Certamente, como em tudo na natureza, há nuances, quadros parciais, quadros mais intensos, alguns que podem passar despercebidos, enfim, uma imensa variedade de situações, sendo que algumas sequer são consideradas como sendo a própria doença, em decorrência da impossibilidade dos médicos compreenderem o todo, na atualidade.
Há, também, de se considerar a totalidade da situação, que envolve os aspectos espirituais e orgânicos, isto é, as causas anteriores, as ligações do paciente com indivíduos com os quais ele se vinculou em vidas passadas e as seqüelas físicas correspondentes implantadas pela consciência no seu corpo espiritual que exteriorizam as manifestações de uma mente com perturbações inclusive mediúnicas, na sua vida de relação e em sua integração cognitiva atual, assim como os desequilíbrios cerebrais decorrentes desses desequilíbrios evidentemente espirituais ou reeencarnatórios.
Nada ao acaso ou por acaso, a esquizofrenia é uma forma de resgate de erros, como o são todas as doenças, da alma e do corpo, pelas quais passamos.
A visão médica atual ainda parece bastante limitada, por apontar apenas para as origens cerebrais do quadro clínico riquíssimo que mostra essa doença tão antiga quanto a humanidade, por conta dos desajustes provocados pelos equívocos do próprio ser espiritual que passe pelo reajuste, como já citado. Mas, compreendendo as particularidades do ser imortal que habita o corpo, começa-se a compreender os detalhes, as causas e as conseqüências deste processo complexo.
A presença de Entidades Espirituais provocando situações constrangedoras, gerando ilusões, vozes, imagens, tirando o paciente da realidade da Terra, levando-o a um patamar de dificuldades surreal, aparentemente imaginárias, mas real para o doente e maltratando-o, mudando sua fisionomia, sua postura, suas palavras, interferindo em seu pensamento algumas vezes continuamente, enfim, hipnotizando-o para conduzi-lo a erros algumas vezes dantescos e mais graves do que se pode pensar em situações habituais, é algo que a medicina tradicional não consegue nem mesmo catalogar, por ainda não inferir a possibilidade de que há uma Vida diferente dessa que presenciamos na Terra.
Mas, em conseqüência dos próprios aprendizados aos quais estamos sujeitos em nossas existências, em nossas experiências sucessivas, certamente o esclarecimento virá para que toda a Ciência vivencie, com naturalidade a Vida Espiritual e compreenda que doenças como esta são o fruto das nossas próprias incoerências em outras vidas, em vidas sucessivas e, então, essa mesma Ciência indicará o adequado tratamento para tais patologias do Espírito, da Alma, através de recursos magnéticos, passes, instrução, esforço auto-iluminativo e o profundo trabalho de doar-se em benefício do próximo como recursos terapêuticos necessários para o desprendimento do Ser Espiritual de suas indeléveis dívidas, que tem na atualidade a expiação de um sofrimento não cerebral, mas espiritual, com conseqüências físicas e cognitivas.
Isso, que hoje prega a Doutrina Espírita, será o fundamento futuro para a Ciência, agregada à Filosofia e à Religião para o amparo de tantos seres humanos que sofrem e poderão vir a sofrer de doenças da Alma em decorrência dos equívocos do passado.
Enquanto isso, nós, que adotamos a Doutrina Espírita como diretriz para a Vida, podemos compreender que as doenças chamadas cármicas, ou encadeadas no mecanismo de ação e reação, não são um castigo, mas uma necessidade para o Espírito em evolução, para que este se transforme e se liberte dos erros impregnados em sua memória que o levem à evolução, à prosperidade, como é natural pelos desígnios superiores.
Compreender alguém que sofra deste problema, aprender a conviver, tentar transformar sua experiência em algo melhor, faz parte da educação da Alma em evolução, no intuito de se transformar em alguém melhor e de colaborar para que todos possamos caminhar próximos em direção ao Cristo: este o melhor propósito possível.
Augusto Militão Pacheco.
Psicografia NEPT 20 de agosto de 2010
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