Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 17 de agosto de 2010

QUEM É A CRIANÇA

Quando uma criança nasce, traz consigo, além de traços semelhantes aos de seus pais e outros membros da família, possíveis deficiências e aptidões, as peculiaridades inerentes à sua personalidade e um projeto de vida, que ela própria irá concretizar, de acordo com seus pendores e potencialidades, no contexto social a que será levada a viver.

Sendo a criança um espírito reencarnado, traz ínsito em seu inconsciente, o acervo de conhecimentos e conquistas anteriores, que assomam durante a vida terrena em forma de aptidões, tendências, preferências, limitações, bloqueios, traumas, que constituem todo o elenco de facilidades e dificuldades nas múltiplas áreas de sua atuação e que irão influenciar o processo de seu desenvolvimento, educação, formação de caráter para compor a sua personalidade atual.

Infere-se que, a cada encarnação, o espírito, sem perder a sua individualidade, assume uma nova personalidade, decorrente de suas necessidades mais prementes. Assim está sempre vivenciando novas experiências, como por exemplo, desenvolvendo, em determinada existência, uma aptidão artística para cuja atividade encontrará facilidades ou aprimorando uma propensão para a mecânica, para a matemática, para o exercício da medicina, da engenharia, para pesquisas cientificas,etc..,como também poderá renascer em um meio onde não tenha condições de exercer determinadas tendências, embora estejam latentes em seu íntimo, como uma prova necessária, por tê-las usado de forma prejudicial para si e para os outros.

O ser humano não é apenas o resultado do encontro de um espermatozóide e um óvulo, que dá origem ao zigoto, mas acima de tudo, um espírito que retorna ao cenário terreno com uma nova proposta de vida, com todo o seu cabedal de aquisições, conhecimentos e expectativas e que, após a fecundação, se liga, através do seu perispírito, à nova forma física que se inicia.

Milhares de transformações acontecem, num processo que nada tem de casual, evidentemente obedecendo às leis da genética, mas trazendo no seu bojo, no fulcro mais recôndito, a presença do espírito reencarnante, que influencia vibratoriamente, com toda a sua carga energética, a seqüência desencadeada.
Esta é a gênese da vida.
A presença do espírito é fator determinante e indica que o feto não é apenas um amontoado de células que se organizam de forma automatizada, mas, sim, um ser humano que regressa ao plano material, com seus sentimentos, virtudes e paixões e, acima de tudo, que necessita da sagrada oportunidade de um novo corpo físico.

Segundo, o autor espiritual André Luiz, no livro, Missionários da Luz, expressivo número de reencarnações são precedidas por um planejamento, meticuloso, que engloba desde a escolha dos pais, o meio em que acontecerá o retorno até minuciosas providências com relação ao corpo carnal que registrará as seqüelas, as distonias ou o equilíbrio, a harmonia que expressam as aquisições do espírito através de seu campo perispiritual.


Em “O Livro dos Espíritos”, na questão 385, nos esclarece o seguinte:
“A infância ainda tem outra utilidade. Os espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. Nessa fase é que lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores.Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão que dar conta.”

A infância é, pois, o período propício para que sejam introjetados no íntimo do espírito recentemente reencarnado os novos valores, através da aquisição de hábitos, condutas, vivências que enriquecem e preparam para o decurso de sua vida terrena.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.XIV, item9, Santo Agostinho nos esclarece:
“Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus:
Que fizeste do filho confiado à vossa guarda?
Se por culpa vossa ele se conservou atrasado tereis como castigo vê-lo entre os espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso.”


Trechos retirados dos livros:
Mediunidade e obsessão em crianças, Suely Caldas Schubert
Missionários da Luz, André Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier
O Livro dos Espíritos
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Colaboração de Magnólia Mamede

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