Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os Guias Espirituais das Casas Espíritas

Podemos afirmar que todas as Casas Espíritas têm seus Guias Espirituais, por conta de uma questão denominada intenção. Toda Casa Espírita tem, a princípio, uma boa intenção e isso, além de desejável, é venerável, por conta de que é nesse propósito que as pessoas podem se unir em favor de outrem para auxiliar, amparar, conduzir, orientar, alimentar, agasalhar, aconselhar, ouvir, recolher e tantas outras possibilidades que só teríamos a agradecer a Jesus por estas chances que temos de aprender em um Centro Espírita.

Bem, o propósito inicial, então, é servir, certamente. Ninguém se reúne em equipe para trabalhar em uma Instituição dessas se não for para o desiderato de servir, de ser útil e, claro, aprender e ser acolhido. Mas o serviço espiritual exige certas renúncias, que as pessoas que se dedicam a um Centro Espírita precisam estar prontas para elas, como por exemplo, a renúncia do tempo de diversão, a renúncia do afastamento familiar (parcial, claro), a renúncia da tolerância para com os companheiros neste propósito, dentro do Centro Espírita, enfim, essas apenas algumas das muitas renúncias desejáveis para que o trabalhador da Casa Espírita possa estar efetivamente integrado com os trabalhos comuns.

Mas a equipe de trabalho do Núcleo Espírita não se compõe apenas dos encarnados, tendo os Espíritos Amigos do Bem, envolvidos com toda a estruturação deles no correr de todo o tempo de existência deste Agrupamento de Amigos encarnados, isto é, há um comando que parte dos Espíritos desencarnados, por conta de sua mais ampla visão a respeito da Vida e dos necessários vínculos nos serviços propostos nesta Instituição.

Felizmente os Amigos Invisíveis estão nos inspirando continuamente, mas sempre é bom lembrar as palavras de Hermínio C. Miranda, quando fala sobre os Benfeitores do Invisível:

"São enormes as responsabilidades desses amigos invisíveis e as qualificações exigidas para as tarefas que desempenham junto aos encarnados são rígidas. Poderíamos dizer que cada grupo tem os guias e protetores que merece. Se o grupo empenha-se em servir desinteressadamente, dentro das propostas do Evangelho do Cristo, escorado na Doutrina Espírita, disposto a amar incondicionalmente, terá como apoio e sustentação uma equipe correspondente de companheiros desencarnados do mais elevado padrão espiritual, verdadeiros técnicos da difícil ciência da alma." - do Livro Diálogo com as Sombras.

A responsabilidade básica dos trabalhos, portanto, procede do plano espiritual, por isso o verdadeiro plano de trabalho é todo projetado pelos Espíritos, sempre em sintonia com as intenções dos encarnados. Os trabalhadores do plano invisível, entretanto, respeitam muito as aspirações dos encarnados, deixando a seu encargo uma série de providências correspondentes com a organização e funcionamento das tarefas, como, por exemplo, escolha do dia da semana para determinadas tarefas, escolha do horário, a designação da direção da Casa, a observância da assiduidade dos trabalhadores.

Quando essas atividades são adequadamente observadas, os Benfeitores do Invisível adaptam os planos do Mundo Espiritual, para adequar o intercâmbio dos dois níveis da Vida.

A esse respeito, mais uma vez, Hermínio afirma:

"Os Benfeitores Espirituais não irão ditar um breviário de instruções minuciosas. É preciso que fique margem suficiente para a iniciativa de cada um, para o exercício do livre-arbítrio, para que tenhamos o mérito dos acertos, assim como a responsabilidade pelos erros cometidos. Em suma, os Espíritos não nos tomam pelas mãos, mas não deixam de apontar-nos o caminho e seguir-nos amorosamente."

Temos, então, nossa parte para fazer, certamente.

Mas, um detalhe: se as qualificações exigidas para as Entidades Espirituais são tão rígidas, por qual razão não temos nós que exigir de nós mesmos o aprimoramento necessário para que tenhamos um desempenho mínimo em nossa proposta de servir, tendo por diretriz os ensinos da Doutrina Espírita?

A disciplina é fundamental para que o trabalho da Casa Espírita corra com a desejada harmonia, para que possamos manter a adequada sintonia com a equipe de trabalhadores espirituais que nos senhoreia nesse esforço.

3 comentários:

dedalo disse...

ANDRE LUIS NOS FALA TBEM MUITO BEM DO TRABALHADOR ESPIRITUAL.
EM UMA DE SUAS OBRAS NOS DIZ MUITO DA IMPORTANCIA DO TRABALHO CONJUNTO DOS DOIS LADOS.NOS OS REENCARNADOS E ELES OS ESPIRITOS.
LER E TER CONCIENCIA DO QUE [REALMENTE E UMA CASA ESPIRITA SERIA MUITO PROVEITOSO PARA NOS TODOS.
AINDA NÃO APRENDEMOS A TER POSTURA N CASA ESPIRITA,MAS NOS ACHAMOS ESPIRITAS???
TEMOS MUITO ,MUITO A APRENDER COM KARDEC,MUITO MESMO....

Unknown disse...

Olá amigo, gostei de seu post,tenho que apresentar um trabalho sobre o mentor espiritual da casa espírita e não sei qual livro procurar algo que fale sobre esse assunto..do tipo se devemos ou não pronunciar o nome do mentor da casa?, como fica a questão se ele já reencarnou??se tiver uma sugestão agradeço,,abraços..

Carlos Alberto Rey disse...

Não há uma obra que aborde de modo tão direto as questões dos mentores ou guias espirituais das Casas Espíritas. Será necessário realmente pesquisar e eu sugiro que a pesquisa comece com André Luiz e Herculano Pires.