Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa.
O arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se em processo de recorrência mental, perturbando-nos, pouco a pouco.
Toda pessoa carrega consigo uma aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca as condições íntimas, como um feixe de raios invisíveis que lança de si mesma.
É por essa aura que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade na Vida Espiritual.
Projetando as energias que correspondem ao nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos levará ao pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.
É nesse estado negativo que, dominados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, conduzindo corpo e alma para os caminhos da enfermidade.
A noção de culpa agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.
Jesus, não apenas como Mestre divino mas também como sábio médico, nos aconselhou a "reconciliação com os nossos adversários, enquanto nos achamos a caminho com eles", ensinando-nos a encontrar a verdadeira felicidade sobre o alicerce do amor e do perdão.
Militão Pacheco
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