O hábito é uma continuidade de reflexos mentais acumulados constantemente induzindo à rotina.
Herdeiros de milênios, temos reencarnado quase como embarcações ao bel-prazer da correnteza em um fluxo de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.
Até porque nos causam prazer e dão satisfação.
Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos coletivos pelo automatismo, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, afastando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor.
Esta atitude só serve para ferir o próximo e cicatrizar a nós mesmos.
Retemos apaixonadamente o instinto da posse e, assim, criamos os reflexos do egoísmo, do orgulho e da vaidade.
Não se pode, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva.
É por ela que o Ser se ergue no espaço e no tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.
A evolução, contudo, solicita a aquisição de novos costumes e abandonarmos as fórmulas inferiores.
É por essa razão que temos no Cristo o Divino marco da renovação humana.
Trouxe todo um programa de transformações profundas para o Espírito, chamado Boa Nova ou Evangelho.
Sem qualquer violência altera os padrões da expressão moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. E, apesar disso, ainda vive...
Oferece a prática do perdão.
Permeia a fraternidade legítima.
Dá a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.
Muda tudo para todos.
Reformula o modo de pensar.
Estabelece o hábito da simplicidade,
E mais: exemplifica!
Ainda hoje a nossa justiça tem o viés da vingança e o nosso Amor é egoísta por causa do reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem atualmente.
Precisamos adotar a bondade e o entendimento sobre as coisas da Vida.
É necessário conquistar o desejo de servir, habitualmente, colaborando para a segurança e felicidade de todos.
Ainda que seja à custa de nosso sacrifício.
Somente assim estaremos realizando uma transformação efetiva de nós para o futuro e para a evolução.
Júlio César
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