Realmente, a caridade é a chave do Céu, entretanto, não nos esqueçamos de que a boa vontade é o começo da sublime virtude, tanto quanto o alicerce é o início da construção.
Se encontrarmos a cólera no espírito do companheiro e não temos a boa vontade da paciência, indiscutivelmente, atingiremos lamentáveis conflitos.
Se o desânimo nos visita e não dispomos de boa vontade na resistência, dormiremos delituosamente na inutilidade.
Se a maldade nos persegue e não exercitamos a boa vontade da desculpa compreensiva, desceremos a deploráveis movimentos de reação com resultados imprevisíveis.
Se o trabalho nos pede sacrifício e não usamos a boa vontade da renúncia, o atraso e a sombra dominarão a vida que devemos iluminar e sublimar.
Se o insulto nos surpreende e não praticamos a boa vontade do silêncio, cairemos na desesperação.
Se a prova nos procura, em favor de nossa regeneração e fugimos à boa vontade da conformação e da diligência, demorar-nos-emos indefinidamente na brutalidade, adiando sempre a nossa elevação para a Vida Superior.
De todos os males que escravizam as nossas almas, na Terra, os maiores são a ignorância e a penúria.
Para combatê-los e extingui-los, tenhamos a precisa coragem de trabalhar e servir, auxiliando-nos reciprocamente, aprendendo sempre e semeando o bem, cada vez mais, porque, se a caridade é o nosso anjo renovador, devemos reconhecer que, nos variados problemas da jornada na Terra, sem a boa vontade não há solução.
Emmanuel
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