Havia uma Mestre de determinada localidade que ficara sabendo de um pequeno lugarejo onde as pessoas estavam se perdendo nas paixões e nos vícios.
Convocou determinando servidor profundo conhecedor das leis religiosas para que se movimentasse até o lugarejo e lá pudesse dar suporte e sustentação à todas aquelas pessoas que se envolveram em crimes e situações vexatórias.
Passado um período relativamente longo, tal Mestre mantinha-se ciente de que a situação do lugarejo não só não havia melhorado como havia se agravado.
Então convocara seu pupilo para que viesse lhe prestar contas sobre a sua tarefa de levar a paz e a harmonia ao local.
Uma vez convocado, o estudioso compareceu diante do mestre e vestido de roupa alva, clara, branca, se postou diante dele preparado para responder as interrogações que seriam feitas.
A primeira pergunta:
- O que fizeste em sua jornada?
- Em primeiro lugar eu me isolei num campo, em uma região que todos sabiam que eu estava para evitar de me contaminar com a impureza daquelas pessoas.
- Mas não fizeste nada?
- Eu me mantive calado, mudo, para não me comprometer com a eventualidade das palavras.
- Mas é lícito que você se isole e que você se cale, mas o isolamento não lhe permitiria estar diante deles para ajuda-los? E a falta da palavra não estimularia ninguém a se transformar. Não fizeste mais nada?
- Tenho me vestido de branco para demonstrar a pureza dos meus sentimentos.
- É, a expressão da roupa não é tão importante, porque se você tivesse estendido as mãos para ajudar e tivesse sujado a roupa com alguma nódoa, era só lavar a roupa e ela voltaria a ficar branca. Não tomaste nenhuma atitude?
- Me alimentei exclusivamente com elas, porque é muito importante que não nos contaminemos com as paixões e com os vícios da alimentação.
- Apesar de ser uma atitude digna, devemos recordar da importância de nos alimentarmos bem com carnes, ovos, leite de origem animal para protegermos a organização fisiológica.
- Ah! Mas eu também dormi ao relento, para demonstrar que não necessitamos de luxo ou de excessos para viver.
- Da mesma forma, se você se expõe, acaba adoecendo e não poderá ajudar a ninguém.
Ao terminar de falar, o Mestre entra no recinto, no amplo salão, num lindo cavalo branco, carregando em seu dorso um homem todo ferido, que o cavalo havia recolhido nas areias do deserto onde ele havia sido assaltado e ferido.
Imediatamente o Mestre se dirige a ele; ao cavalo e ao homem; e pede a intercessão de todos para que pudesse ajuda-lo no socorro.
Uma vez atendido o doente, afagando a crina do cavalo branco, ele se dirige ao pupilo e diz assim:
- Este animal também vive isolado na natureza, é todo branco, alvo, alimenta-se de ervas, não se comunica também através da expressão humana, mas nem por isso deixou de socorrer um enfermo e trazê-lo para o amparo.
Virou as costas e deixou o seu pupilo pensando no que deixara de fazer.
Que Jesus nos ampare.p
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