Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Conhecimento do Futuro – Profecias


Não desprezeis as profecias; Examinai tudo. Retende o bem.
Paulo (1o Tessalonicenses, 5:20 e 21)
Pode o futuro ser revelado ao homem?
Devemos aceitar todas as profecias?
Como podem os profetas predizer o futuro?
As respostas a estas e outras indagações encontramos nas questões de n.º 868 a 871 de "O Livro dos Espíritos" (1) que em essência esclarecem:
Em princípio, o futuro é oculto ao homem. Só em casos raros e excepcionais, permite Deus que seja revelado. Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não obraria com a liberdade com que o faz. Assim, o próprio homem prepara, ele mesmo, muitas vezes os acontecimentos que hão de sobrevir no curso de sua existência.
Ainda em síntese, resumimos as questões de n.º 280 a 290 de "O Livro dos Médiuns" (2), que sobre o assunto assim refere:
O conhecimento do futuro é conquista somente de Espíritos elevados. A eles interessa e muito o nosso futuro, razão pela qual cuidam de influenciar o nosso presente, aconselhando-nos, orientando-nos através dos ensinamentos que ministram.
A Misericórdia Divina permite certas revelações quando podem gerar o bem. Todavia deve-se ter muito cuidado com os impostores e charlatães.
A respeito das profecias, duvidar delas, seria atribuir a Jesus o título de embusteiro, pois ele ratificou as predições dos profetas e sempre as acatou e repetiu. Além disso o próprio Mestre profetizou, como se pode constatar consultando o Novo Testamento: (3)
Em Mateus, 24:6, 7 e 8, Jesus falando sobre o "fim do mundo":
"E ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso aconteça, mas ainda não é o fim.". Alhures, o Mestre acrescenta: "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino e haverá fome, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio das dores."
Ainda em Mateus, 24:14, fala Jesus: "E este Evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim."
Jesus profetizou o que acontecerá na era que se aproxima, previu também o arrasamento do templo de Jerusalém, a traição de Judas, a negação de Pedro, a sua própria ressurreição e a confusão que os homens fariam com os seus ensinos, no futuro, o que se realizou integralmente.
Alguns discípulos de Jesus também profetizaram como a seguir destacamos:
João Evangelista, na ilha de Patmos, aos 96 anos de idade, quando de seu desterro determinado pôr Domiciano, ouvindo a voz que vinha da esfera do Cristo, registrou suas impressões e descreveu a "Besta do Apocalipse". Isso nos demonstra a fonte divina de suas profecias. Ainda mais: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Marcos e João Evangelista anotaram, com ricos detalhes os eventos em questão.
O Apóstolo Paulo, em suas 2a. Ep. a Timóteo, 3:1, põe em relevo a angústia de "fins de tempos", quando adverte: "Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos."; na 2a. Ep. Aos Tessalonicenses, 2:12, diz: "Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade." E na 1a. Ep. aos Tessalonicenses, 5:20 e 21, recomenda: "Não deveis desprezar as profecias: Examinai tudo. Retende o bem.".
Entre muitos outros, foram profetas de sucessos comprovados nos livros sagrados, onde se diz que eram profundamente tocados pela graça do Senhor dos Mundos, citamos: Moisés, Samuel, Elias, Eliseu, Isaías, Ezequiel, Daniel, Joel, Jeremias, Amós, Zacarias, Malaquias. Vale ainda destacar o Monge Malaquias, Santa Odila , o Cura D’Ars , Catarina de Emmerick , o campônio Maximino, o profeta vidente e ocultista do século XVI, Michel Nostradamus, que oferece matéria mais aproximada dos eventos dos nossos próximos dias. Nostradamus, embora variem as interpretações acerca das suas "centúrias", realizaram-se até o momento todas as suas predições, com acentuada exatidão.
Salvo raras exceções o futuro permanece oculto e assim sendo porque permite Deus que seja revelado algumas vezes? Os Espíritos Reveladores responderam a Allan Kardec, na questão 870 de "O Livro dos Espíritos": (1)
"Permite-o , quando o conhecimento prévio do futuro facilite a execução de uma coisa, em vez de a estorvar, obrigando o homem a agir diversamente de modo pôr que agiria, se lhe fosse feita a revelação. Não raro, também é uma prova. A perspectiva de um acontecimento pode sugerir pensamentos mais ou menos bons. Se um homem vem a saber, pôr exemplo, que vai receber uma herança, com que não conta, pode dar-se que a revelação desse fato desperte nele o sentimento da cobiça, pela perspectiva de se lhe tornarem possíveis maiores gozos terrenos, pela ânsia de possuir mais depressa a herança, desejando talvez, para que tal se dê, a morte daquele de quem herdará. Ou, então, essa perspectiva lhe inspirará bons sentimentos e pensamentos generosos. Se a predição não se cumpre, aí está outra prova, consistente na maneira pôr que suportará a decepção. Nem pôr isso, entretanto, lhe caberá menos o mérito ou o demérito dos pensamentos bons ou maus que a crença na ocorrência daquele fato lhe fez nascer no íntimo."
Bibliografia:
1. Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos", 74a edição FEB, 1944;
2. Kardec, Allan - "O Livro dos Médiuns", 1a edição FEESP, 1984;

1 Também conhecida como Odilia, Ottilia e Othilia.

Nasceu em 660DC em Oberheim, nas Montanhas Vosges,Alsacia , filha do Lorde Alaric e Bereswinda de família nobre. Nasceu cega e sua família devido ao seu problema em vez de sacrifica-la, deu a criança a uma família que deseja uma filha para criar. Foi levada para um convento com a idade de 12 anos.Convertida ao cristianismo ela voltou a ver, milagrosamente, quando foi batizada por São Erhard de Regenburg. O seu irmão a quis de volta para compor um arranjo de um bom casamento. Quando o pai de Odília ficou sabendo das maquinações do filho e da cura milagrosa de Odilia, ficou tão furioso que deu tamanho surra no filho que o matou. Odilia fugiu do Convento para escapar do casamento arranjado e sua família desistiu da idéia. Ela entrou para a Abadia e eventualmente se tornou a Abadessa e mais tarde fundou o Monastério de Odilienberg, em Niedermunst.
Ela faleceu em 13 de dezembro de 720. Seu túmulo logo se tornou objeto de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Assim, mais tarde suas relíquias foram trasladadas para um Santuário ao lado da igreja do Convento de Odileinberg. Foi indicada como padroeira da Alsácia .
Na arte litúrgica da Igreja ela é representada com um livro no qual estão dois olhos ou ainda segurando um ramo com dois olhos.
Sua festa é celebrada no dia 13 de dezembro.

2 João Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a dez quilômetros ao norte de Lyon. Foi o quarto filho do casal Mateus e Maria Vianney, que tiveram 7 filhos.

Desde os quatro anos, ele gostava de freqüentar a Igreja. Quando isso se tornou impossível, pelas perseguições que o Estado desencadeou, ele fazia suas orações habituais, todas as tardes, na casa dos pais.

Quando foi aberta uma escola, Vianney, adolescente a freqüentou durante dois invernos, porque ele trabalhava no campo sempre que o tempo permitia. Foi então que aprendeu a ler, escrever, contar e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional.

Foi na escola que se tornou amigo do padre Fournier, e aos poucos foi crescendo nele o desejo de se tornar sacerdote. Foi necessário muita insistência, pois o pai, de forma alguma, desejava dispensar braços fortes de que a terra necessitava.

Aos 20 anos ele seguiu para Écully, na casa de seu tio Humberto. Sabia ler, mas escrevia e falava francês muito mal. Além de aprimorar a língua pátria, precisou aprender latim, pois na época os estudos para o sacerdócio eram feitos em latim, bem assim toda a celebração litúrgica.

Em 28 de maio de 1811, com 25 anos de idade, na catedral Saint-Jean tornou-se clérigo de diocese. Por ter fama de ignorante perante os superiores, foi-lhe confiada a paróquia de Ars-en _Dombes, ou talvez porque lhe conhecessem a grandeza de alma.Em Ars, não havia pobres, só miseráveis.

João Maria Vianney chegou a Ars em uma sexta-feira, 13 de fevereiro de 1818. Veio em uma carroça trazendo alguns móveis e utensílios domésticos, alguns quadros piedosos e seu maior tesouro: sua biblioteca de cerca de trezentos volumes.

Conta-se que encontrou um pequeno pastor a quem pediu que lhe indicasse o caminho. A conversa foi difícil, pois o menino não falava francês e o dialeto de Ars diferia do de Écully. Mas acabaram por se compreenderem.

A tradição narra que o novo pároco teria dito ao garoto: "Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu."Um pequeno monumento de bronze à entrada da aldeia lembra esse encontro.

Ele mesmo preparava suas refeições. Apenas dois pratos: umas vezes, batatas, que punha para secar ao ar livre. Outras vezes, "mata-fomes", grandes bolos de farinha de trigo escura. Um pouco de pão e água. Era o suficiente. Comia pouco.Quando lhe davam pão branco, trocava pelo escuro e distribuía o primeiro aos pobres.

Dizia: "Tenho um bom físico. Depois de comer não importa o quê e de dormir duas horas, estou pronto para recomeçar."

O que mais ele valorizava era a caridade e a gentileza. Grandes somas ele dispendia auxiliando os seus paroquianos. Dinheiro que vinha da pequena herança de seu pai, que lhe enviara seu irmão Francisco e de doações de pessoas abastadas, a quem ele sensibilizava pela palavra e dedicação.

Por volta de 1830, era muito grande o afluxo de pessoas que se dirigia a Ars. Os peregrinos não tinham outro objetivo senão ver o pároco e, acima de tudo, poder confessar-se com ele. Para conseguir, esperavam horas...às vezes, a noite inteira.

Esse pároco que dormia o mínimo para atender a todos, madrugada a dentro. Que vivia em extrema pobreza e austeridade, vendendo móveis , roupas e calçados seus para dar a outrem.

Comovia-se com a dor alheia. Quando se punha a ouvir os penitentes que o buscavam, mais de uma vez derramava lágrimas como se estivesse chorando por si próprio. Dizia: "Eu choro o que vocês não choram."

Tanto trabalho, pouca alimentação e repouso, foram cansando o velho Cura. Ele desejava deixar a paróquia para um pouco de descanso. Mas os homens e mulheres da aldeia fizeram tal coro ao seu redor, que ele resolveu permanecer.

Ele, que em sua juventude, fora ágil, agora andava arrastando os pés. Nos dias de inverno, sentia muito frio.

Em 1859, numa quinta feira do mês de agosto, dia 4, às duas da madrugada, ele desencarnou tranqüilamente.

Dois dias antes, já bastante debilitado fora visto a chorar. Perguntaram-lhe se estava muito cansado.

"Oh, não", respondeu. "Choro pensando na grande bondade de Nosso Senhor em vir visitar _nos nos últimos momentos."

João Maria Vianney comparece na Codificação com uma mensagem em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo VIII, item 20, intitulada "Bem-aventurados os que têm fechados os olhos", onde demonstra a humildade de que se revestia, o conceito que tinha das dores sobre a face da Terra e o profundo amor ao Senhor da Vida.

Fonte: Joulin, Marc. João Maria Vianney, o cura d'Ars. PAULINAS, 1990.
Kardec, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. FEB, 1987.

3 Ana Catarina Emmerick nasceu no dia 8 de Setembro de 1774, na comunidade de camponeses de Flamschen (Alemanha).
Desde a mais tenra infância sentiu-se atraída de modo particular pela oração e pela vida religiosa. Deste modo, ainda adolescente expressou o desejo de entrar num mosteiro, a fim de viver exclusivamente para o Senhor. Em 1802 entrou na comunidade de Agnetenberg e, já no ano seguinte, pronunciou os votos. Por causa da sua origem pobre, no início era pouco considerada pelas outras religiosas do mosteiro, mas Ana suportava tudo em silêncio.
Em 1811, em virtude do movimento de secularização, o seu mosteiro foi suprimido. Ana abandonou a comunidade e foi recebida como empregada doméstica na casa de um sacerdote francês. Nesse período, recebeu os estigmas, que lhe provocavam dores atrozes.
Uma característica especial da sua vida foi o amor pelas pessoas. Interessava-se sempre pelas necessidades das pessoas que a visitavam, encorajando-as e confortando-as nas dificuldades. De todas as personalidades que a visitaram nesses anos, de particular significado foi o encontro com Clemens Brentano que de 1818 a 1823 visitou a religiosa quotidianamente para descrever as suas visões, que depois publicou.
No Verão de 1823, a religiosa debilitou-se ainda mais, mas uniu as suas dores ao sofrimento de Jesus, oferecendo-as pela redenção de toda a humanidade. Ana Catarina faleceu no dia 9 de Fevereiro de 1824 e ainda hoje continua a indicar-nos o centro da nossa fé cristã, o segredo da Cruz.
A vida desta religiosa distinguiu-se por uma profunda união com Jesus Cristo. De facto, ela participou tão intimamente nas dores de nosso Senhor, que não é exagerado dizer que viveu, sofreu e morreu por Ele.
Além disso, nutriu sempre uma profunda e sincera devoção por Maria, que pode ser resumida nesta frase, por ela recitada em forma de oração: "Ó, meu Deus, permiti-nos servir a obra da Redenção, seguindo o modelo da fé e do amor de Maria".

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