Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Os Estados Neuróticos são herdados?


Em primeiro lugar, convém fazer uma distinção entre o que é genético, o que é constitucional e o que é hereditário:

1) Se uma doença é Genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza.

Cada um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa vá desenvolvê-la obrigatoriamente.

De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão.

2) É Constitucional a doença que faz parte da pessoa, sem necessariamente ter sido genética ou hereditária.

Constitucional significa ter nascido assim ou ter adquirido para sempre. Se a pessoa nasceu surda, essa surdez é constitucional, sem necessidade de ser genética.

As marcas de vacina que alguns têm nos braços, podemos dizer que são constitucionais (fazem parte da pessoa) mas não foram herdadas. Antes disso, foram adquiridas em tenra idade e não desapareceram mais.

3) Uma doença Hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos casos da doença na geração seguinte.
Um exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington.

Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade.
Até o momento, podemos considerar as Neuroses de natureza Constitucional e, algumas vezes, Genética.

Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se convertia, com o tempo, numa doença crônica e invalidante. Hoje em dia, felizmente, as pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e lavar uma vida normal como qualquer outra pessoa.

A questão da cura das neuroses, que é uma doença da personalidade, deve ser comparada à diabetes, pressão alta, miopia, reumatismo, alergia, asma e uma grande série de outras doenças. As pessoas portadoras dessas doenças, assim como os neuróticos, teriam uma péssima qualidade (e quantidade) de vida se não fossem os recursos da medicina.

A rigor, para as neuroses, recomenda-se um acompanhamento psicológico adequado, associado ao tratamento médico (com medicamentos quando necessário), juntamente com a cooperação apropriada do próprio paciente e da sua família, além, evidentemente, do tratamento espiritual em uma Casa Espírita.

Com essa conduta, felizmente, a grande maioria das neuroses podem ser perfeitamente controlada, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e inegável bem estar.

Em casos mais graves a medicação é inevitável, normalmente quando há componentes depressivos e ansiosos graves.

Estados Neuróticos sempre são acompanhados de envolvimentos espirituais, em graus variados, algumas vezes com desdobramentos dramáticos, quando proteladas as necessárias providências para o tratamento destes estados. Os equívocos de postura mental, com manutenção da prioridade egoística, mantendo as sensações individuais em primeiro plano, elevando ao alto o orgulho, a vaidade e o egoísmo, alimentam tais moléstias da alma e aprisionam o indivíduo em uma gaiola de viciação mental.

Tal aprisionamento, que nada mais é do que uma auto-obsessão, abre enormes brechas para que Entidades Espirituais dominem a mente do Ser gerando obsessões que podem levá-lo a graves estados.

Várias pessoas encarnam em uma mesma família com as mesmas disposições, por se tratarem de Espíritos com semelhanças de provas de afinidades de pensamento, que compartilharam equívocos em encarnações anteriores, para resgatarem, em conjunto, seus débitos e para que possam se amparar mutuamente, aproveitando o ensejo para aprenderem a amar, entre eles mesmos.

As marcas genéticas que naturalmente marquem os genômas destas pessoas, são resultado da carga de dificuldades que trazem consigo de outras experiências na carne, marcados em sua memória espiritual e em seu perispírito, para que, em sua jornada em direção às conquistas maiores, possam trabalhar o próprio íntimo em aprimoramento moral e espiritual.

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