Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 11 de outubro de 2008

Pensamento e Perispírito



Começamos por entender o que é pensamento: “Ato ou faculdade de pensar” , “Ato do Espírito ou operação da inteligência”, “Fantasia, imaginação, sonho”, “Cuidado, preocupação, solicitude”, “Idéia, lembrança”, “Alma, Espírito”, ”Conceito, moralidade”
O que é perispírito: “Intermediário entre o corpo e o Espírito”, “Envoltório semi-material”

O perispírito pode ser alterado pelo pensamento, graças à sua força idealizadora. O corpo espiritual está sendo, continuamente, submetido à ação do pensamento, recebendo suas cargas por conta do estado emocional e afetivo do indivíduo. No livro “Liberação”, de Salvador Gentile, temos um exemplo das forças criadoras do pensamento, citado na personagem Silvia, que, encarnada seria uma mulher bela e sedutora, mas ao se desprender do corpo fisiológico, no estado do desprendimento do sono, mostrava sua estrutura perispiritual de feições grotescas, assustadoras, que afastava outros desencarnados de sua presença.
Gabriel Delane, em um de seus estudos, fala sobre a ideoplastia, vocábulo provavelmente criado por Durant de Gros, em 1860 e retomado em 1864 por Ochorowics, para designarem determinados fenômenos nos quais algumas pessoas da época, mentalizavam e projetavam imagens visíveis de faces e fisionomias, que nada mais eram do que lembranças de retratos e imagens que elas haviam visto anteriormente. A matéria exteriorizada é viva – o ectoplasma, mas as imagens, são apenas projeções destar recordações e não materializações de Espíritos, como pode ocorrer para outros médiuns.
A ideoplastia, a projeção de imagens e de lembranças das pessoas ocorrem naturalmente em todos nós. Apenas que somente uma minoria, médium, consegue projetá-las de forma visível como estas pessoas já citadas. Mas tudo o que mentalizamos, irradiamos em torno de nós, de modo que, quem possa estar em sintonia, poderá captar as imagens, as palavras e até mesmo sabores ou aromas, embora, estas últimas sejam circunstâncias menos comuns.
Da mesma maneira, o perispírito é receptor de todas as nossas irradiações mentais, não excetuando nenhuma. Ele capta TUDO o que pensamos e sentimos e ARMAZENA estas emoções e sentimentos em seu interior, em seu conteúdo, como sendo uma espécie de mídia de armazenamento de informações, comparável nos dias atuais com um dvd, um cd, um pen-drive e, certamente, em futuro próximo, com outros recursos cada vez mais modernos e mais capazes de guardar informações, outras mídias.
A grande diferença é que estas mídias não têm as propriedades que o perispírito tem. Ele tem capacidades que nós ainda não compreendemos. Sabemos de algumas propriedades deste magnífico corpo intermediário, mas não o conhecemos a fundo, para entender realmente o que possa lhe acontecer, em função do conteúdo dos pensamentos que geramos incessantemente.
Mas podemos ter uma certa noção de que bons pensamentos geram equilíbrio – isto é natural de se concluir e que pensamentos desequilibrados irão gerar desequilíbrio, o que também é fácil de entender. O bem atrai o bem, o mal atrai o mal. Bem matemático e simples.
Talvez por isso, o exemplo da personagem Silvia do livro “Liberação” de Salvado Gentile, seja o mais adequado para entendermos a situação. Silvia seria uma mulher – um Espírito – de má índole, com postura dura, rígida, intolerante e exteriorizava isso claramente em sua estrutura perispitual. Isso pode acontecer com qualquer um de nós. Mas podemos ir mais longe: ao gerarmos ideoplastias adoecidas, iremos adoecer (daí a psicossomática) seguindo a lei de Causa e Efeito. Pode-se pensar a respeito disso nas questões dos processos obsessivos, nos quais o pensameto fixa sua idéia em algo e deixa de produzir não só para o próprio ser, mas também para a humanidade (em menor ou maior grau) e atrofia seu perispírito a ponto de perder a forma humana – caso também citado por Salvador Gentile, na mesma obra citada, dos ovóides. Ainda não tão profundas alterações, mas também entristecedoras, são aquelas nas quais o indivíduo toma corpo animalizado, no processo de “Licantropia” (Alienação mental) no qual o corpo espiritual toma a forma de um animal, sob as injunções hipnóticas de processos obsessivos.
NEPT – outubro de 2008

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