Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mediunidade

"E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu espírito derramarei sobre toda a carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terã visões e os vossos velhos sonharão sonhos." ATOS, 2:17


No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmia, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma em particular.

Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.

Não faltaram céticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação onbservada. Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da carne.

Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente. Até aí, o discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram a influências do meio, curam doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.

O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.

Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.

Contra seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda sobre ela que, dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo Cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.

Francisco Cândido Xavier
Caminho, Verdade e Vida
pelo Espírito de Emmanuel

terça-feira, 30 de março de 2010

TAREFAS E O TEMPO

Um dia, coloca-se a semente na Terra e deixamo-la para que no devido tempo, venha a florescer, dar folhas, desenvolver o caule, gerar folhas e flores para um dia frutificar.

Nenhum destes processos poderá antecipar ao outro, pois não se pode alterar a ordem natural dos acontecimentos da Natureza.

Um dia, entra o médium na Casa Espírita e permite que a Doutrina, o banhe de conhecimento e experiência até que possa vir a servir na Seara de Jesus. Nada disso pode sofrer perda de continuidade, para que todo o esforço de estruturação do médium e da mediunidade, não se percam, por falta do adequado desenvolvimento que precisam ter.

Entretanto o médium, como qualquer ser humano tem lá suas fraquezas e acaba por se permitir a perda da continuidade, e seu esforço que precisaria ser ininterrupto, se perde, infelizmente.

Mas a formação do médium envolve-se com uma grande série de aspectos importantes, a começar pela estrutura da personalidade que tem em sua formação o aprendizado desta e de outras vidas, sua formação ética e moral.

Esta personalidade, quando bem formada, busca, dentro da Doutrina o refúgio protetor que o aliviará e conduzirá a passos firmes em sua jornada terrena, no objetivo de produzir em benefício do próximo.

Entretanto, se as bases éticas e morais forem frouxas, certamente larga será a passagem para que o médium venha a se perder.

Em colocação mais prática, podemos ver muitos médiuns que se perdem às custas das dificuldades inerentes a ele mesmo, como a vaidade, o orgulho, o egoísmo.

Nada de novo, aliás, muito antigo, mas sempre muito vivo no íntimo de cada um de nós.

O tempo certo para cada médium é determinado pela própria pessoa, como resultado de sue esforço no sentido de se transformar em criatura melhor para melhor servir ao Cristo.

Ainda assim, muitos médiuns estão em trabalho cristão sem ainda a devida condição que o permita ser o melhor servidor. Mas por uma razão simples: se precisássemos aguardar a perfeição para poder servir, não serviríamos, pois o exercício de servir é um dos principais recursos de que dispomos para que possamos evoluir.

Mesmo diante das dificuldades, deve o médium tentar exercer a caridade de estender a mão ao próximo. Neste exercício, podemos ir corrigindo nossas dificuldades, que são tantas, ainda!

Sem ele - o exercício - ficaríamos estagnados e assim, impossibilitados de evoluir mais rapidamente.

Mas deve o médium que já está no aprendizado, aguardar ser chamado para o trabalho.

É melhor que evite de se apresentar pois ele mesmo não tem condição de perceber o tempo certo para servir.

Salvo raras exceções.

Quando não é chamado, é por conta de não precisar ou não poder trabalhar.

Então, é melhor que se disponha a trabalhar com o que pode de melhor.

Pode ser a prece, a higiene do local, ou outro trabalho qualquer.

Desde que seja de boa vontade e de coração.

Pois o que importa é como a tarefa é executada e seu resultado, medido na satisfação de quem a recebe.

Não importa tanto a satisfação de quem a executa.

Isto é uma verdade para quem sabe que a tarefa, seja ela mediúnica ou não, é um exercício de caridade, de doação, de abnegação.

Assim entendido, o caminho fica mais fácil para ser trilhado.

Saudações.

Péricles

Psicografia recebida no Nept em 19/03/2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

S U G E S T Õ E S D O C A M I N H O

Lamentar-se por quê?... Aprender sempre, sim.

Cada criatura colherá da vida não só pelo que faz, mas também conforme esteja fazendo aquilo que faz.

Não se engane com falsas apreciações acerca de justiça, porque o tempo é o juiz de todos.

Recorde: tudo recebemos de Deus que nos transforma ou retira isso ou aquilo, segundo as nossas necessidades.

A humildade é um anjo mudo.

Tanto menos você necessite, mais terá.

Amanhã será, sem dúvida, um belo dia, mas para trabalhar e servir, renovar e aprender, hoje é melhor.

Não se iluda com a suposta felicidade daqueles que abandonam os próprios deveres, de vez que transitoriamente buscam fugir de si próprios como quem se embriaga para debalde esquecer.

O tempo é ouro, mas o serviço é luz.

Só existe um mal a temer: aquele que ainda exista em nós.

Não parar na edificação do bem, nem para colher os louros do espetáculo, nem para contar as pedras do caminho.

A tarefa parece fracassar? Siga adiante, trabalhando, que, muita vez é necessário sofrer, a fim de que Deus nos atenda à renovação.

(Do livro "Sinal Verde", André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

sábado, 27 de março de 2010

O que é Obsessão?

A obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado.

Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doença.

É recomendado que se faça tratamento das obsessões em centros espíritas sérios, através dos passes, água fluidificada, sessões mediúnicas, orientação para o evangelho no lar e recomendação para leitura edificante; tudo com vistas à transformação moral do paciente, que, progressivamente, permitirá alcançar a cura da obsessão.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos.

1 - Disciplinar os próprios impulsos.

2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.

4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

6 - Evitar as conversações inúteis.

7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.

8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paz e Renovação.

Ditado pelo Espírito André Luiz.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Companheiros Mudos

Com excelentes razões, mobilizas os talentos da palavra, a cada instante, permutando impressões com os outros.

Selecionas os melhores conceitos para ouvidos de assembléias atentas.

Aconselhas o bem, plasmando terminologia adequada para a exaltação da virtude.

Estudas Filologia e Gramática no culto à linguagem nobre.

Encontras na frase exata, no momento certo, em que externas determinado ponto de vista.

Sabes manejar o apontamento edificante em família.

Lecionas disciplinas diversas.
Debates problemas sociais.
Analisas os processos diários.
Questionas serviços públicos.

Indiscutivelmente, o verbo é luz da vida, de que o próprio Jesus se valeu para legar-nos o Evangelho renovador.

Entretanto, nesta nota simples, vimos rogar-te apoio e consolação para aqueles companheiros a quem a nossa destreza vocabular não consegue servir em sentido direto.

Comparecem, às centenas, aqui e ali...

Jazem famintos e não comentam carência do pão.

Amargam dolorosa nudez e não reclamam contra o frio.

Experimentam agoniadas depressões morais, sem pedirem qualquer reconforto à idéia religiosa.

Sofrem prolongados suplícios orânicos, incapazes de recorrer voluntariamente ao amparo da Medicina.

Pensa neles e, de coração enternecido, quanto puderes, oferece-lhes algo de teu amor, por meio da peça de roupa ou da xícara de leite, da poção medicamentosa ou do minuto de atenção e carinho, porque esses companheiros mudos e expectantes que nos rodeiam são as criancinhas necessitadas e padecentes que não podem falar.

Emmanuel.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Alma também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

* * *

André Luiz

terça-feira, 23 de março de 2010

O CAMPO DA MEDIUNIDADE

Diz o Evangelho pela palavra de Jesus:
“E o semeador, saiu a semear”.
A mediunidade é campo de lavoura permanente.
Todo médium tem dentro de si o potencial de semear alguma coisa, para que possa vir a produzir algo.
O médium pode escolher o tipo de sementeira que queira escolher.
Entretanto, não deve se esquecer de que a semente que semear lhe dará os frutos esperados em acordo com a semente.
Para que o médium possa semear as melhores sementes, necessita conhecer melhor este fabuloso campo onde poderá semear a sua obra. E este campo da mediunidade, nada mais é do que a sua própria consciência, na qual poderá semear a semente do bem ou a semente do mal.
Mesmo que não queiram os grandes filósofos, hodiernos, reconhecer a existência do bem e do mal, haja vista a discrepância que existe das formas de pensar de bilhões das criaturas que habitam a Terra no campo terreno, devemos reconhecer que há posturas diferentes de outras que produzem a destruição ou a construção.
Desta forma, nos cabe compreender, que o médium que semeia a construção, estará ao lado do bem, porque estará construindo e permitindo que outras pessoas vivam melhor.
Enquanto o médium, que semear a destruição, certamente, estará colaborando com essa mesma destruição, afastando corações e dificultando o trajeto das pessoas que o sigam.
Para que o médium possa ter a escolha adequada ele necessita certamente, conhecer-se profundamente.
Então ele precisará fazer dentro de si mesmo muitas análises, que o permitam se conhecer, dia após dia, cada vez melhor.
Deverá questionar a sua consciência a respeito da sua postura no que diga respeito ao relacionamento com o próximo.
Deverá questionar a Deus e a Jesus, o que tem feito desta possibilidade mediúnica que recebeu por acréscimo da bondade, para que possa quitar os seus débitos de forma mais breve.
Questionando-se, perguntando a Deus, perguntando a Jesus, terá possibilidades melhores de produzir o bem.
Terá possibilidades melhores de construir em sua caminhada, amizades, bem querência, reconhecimento, gratidão.


Aquele médium, entretanto, que ignorar a necessidade do auto conhecimento;
aquele médium que venha a ignorar, a potencialidade Divina de Jesus que nos traz sempre o exemplo do Amor, abandonará a possibilidade de cultivar o bem e semeará em toda sua trajetória, a separação, a fissura, a quebra, a destruição,
a indolência, a preguiça, a mágoa, o ressentimento, o desejo de justiça, o inconformismo, a destruição.
Irá também cultivar entro de si, o egoísmo, o orgulho e a vaidade, recursos fundamentais para que perpetuem, dentro de si, o erro.
Todo médium pode ser o semeador que vai semear.
Mas, precisa escolher muito bem a qualidade da semente de que lançará ao solo da sua consciência, para que, no futuro, desprendido do corpo, vivo na pátria espiritual, não se lamente profundamente da obra que deixou.
Jesus é o Mestre.
Jesus é o exemplo.
E, só Ele, pode nos mostrar o Caminho para a Verdade e a Vida.
Que Ele nos abençoe.
Que assim seja.


Psicofonia recebida no NEPT em 17/03/2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

A LUZ SEGUE SEMPRE

"E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram." - (LUCAS,24:11.)



A perplexidade surgida no dia da Ressurreição do Senhor ainda é a mesma nos tempos que passam, sempre que a natureza divina e invisível ao olhar comum dos homens manifesta suas gloriosas mensagens.
As mulheres devotadas, que se foram em romaria de amor ao túmulo do Mestre, sempre encontraram sucessores. Todavia, são muito raros os Pedros que se dispõem a levantar para a averiguação da verdade.
Em todos os tempos, os transmissores de notícias de além-túmulo peregrinaram na Terra, quanto hoje.
As escolas religiosas deturpadas, porém, somente em raras ocasiões aceitaram o valioso concurso que se lhes oferecia.
Nas épocas passadas, todos os instrumentos da revelação espiritual, com raras exceções, foram categorizados como bruxos, queimados na praça pública, e, ainda hoje,
são tidos por dementes, visionários e feiticeiros. É que a maioria dos companheiros de jornada humana vivem agarrados aos inferiores interesses de alguns momentos e as
palavras da verdade imortalista sempre lhes pareceram consumado desvario. Entregues
ao efêmero, não crêem na expansão da vida, dentro do infinito e da eternidade, mas a luz da Ressurreição prossegue sempre, inspirando seus missionários ainda
incompreendidos.

Vinha de Luz - Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 19 de março de 2010

À Mãe Cristã

O mundo será feliz
quando a mulher, sem receio,
abrir a porta da casa
aos órfãos do lar alheio.
(Irene Sousa Pinto)

Mãe feliz, aguça o ouvido
ante os que vão sem ninguém...
Cada pequeno esquecido
é teu filhinho também.
(Rita Barém de Melo)

Não olvides que a criança,
no caminho, vida a fora,
vai devolver-te, mais tarde,
o que lhe deres agora.
(Casimiro Cunha)

Mãezinha - planta celeste,
anjo que chora sorrindo -,
teu filho é a flor que puseste
no ramo de um sonho lindo.
(Meimei)

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Questões de Orgulho

“O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades, que, sem ele seriam instrumentos excelentes e muito úteis.”
O Livro dos Médiuns, questão nº 228


O conhecimento é, com certeza, das mais preciosas aquisições da pessoa e quanto mais se adquire conhecimento maior o nosso potencial para a liberdade, para a mobilidade, para o crescimento, desenvolvimento, resolução das equações da vida e particularmente para o entendimento de o que é viver e quais as necessidade para que se viva em maior degrau de harmonia e paz interior.
Mas nem sempre o conhecimento facilita as coisas para nós, pois alguns de nós, portadores de enorme carga de conhecimento, tornam-se pessoas de difícil flexibilidade, por conta de que formam idéias e ideais diferenciados, fundamentados em seu próprio conhecimento.
Saber lidar com o conhecimento, então, passa a ser questão de sobrevivência. Se a pessoa adquire conhecimento em profusão e não sabe lidar com ele, com a devida maturidade, pode se perder por conta de tanta informação. Ter informações pode não ser, portanto, a solução para todos os nossos problemas.
Em Espiritismo não é diferente. Muitas pessoas afirmam ter lido toda a codificação kardequiana, todas as obras de André Luiz, etc. e tal, mas permanecem as mesmas, sem modificações interiores adequadas. A Doutrina Espírita fornece ferramentas suficientes para que o indivíduo se transforme em uma pessoa melhor, mais preparada para a vida, mais diplomática no trato com as demais pessoas, entretanto, se não houver disposição interior do leitor, para aplicar em si mesma as propostas espíritas de mudança de postura, de nada adianta a leitura contumaz destas obras. Perde-se o propósito da leitura, que passa a funcionar como “letra morta”, pois é ineficaz do ponto de vista prático.
O conhecimento pode funcionar como fonte de orgulho e vaidade, montando na mente do médium um panorama inadequado para a vivência da atividade e prática espírita. Se a pessoa não formular adequadamente os objetivos necessários para sua função como médium estará exposta a ser veículo de desequilíbrio, tornando-se perturbado e perturbador, em decorrência de posturas cristalizadas na própria posição, esquecendo-se de que é necessário estar aberto para o convívio com os demais trabalhadores da seara espírita.
A partir do ponto no qual este médium inicie o processo de excessiva valorização de si mesmo, estará cerrando as portas mentais para o intercâmbio com os demais encarnados, enquanto elas se abrirão para os espíritos que eventualmente o envolvam no intuito de sedimentar ideais descabidos e desencontrados com as finalidades do trabalho espiritual desenvolvido dentro de uma instituição espírita.
Pode-se entender, então, que há a formação de uma obsessão progressiva, mesmo que seja insidiosa, isto é, mesmo que aconteça de modo lento.
O orgulho exacerbado partindo de um médium leva-o a travar sua própria condição de avaliação dos fatores que o cercam, dificultando ou impossibilitando a aceitação de outras opiniões, de outras posturas, de modo que seu trabalho passe a ser refratário em função de suas posições de baixa flexibilidade. Pior do que isso é a presunção e entende-se por presunçoso o médium que nem mesmo sabe alguma coisa, mas julga saber o bastante para que ninguém possa dialogar com ele num mesmo nível, ou ainda, o médium que sabe, por ter adquirido certo conhecimento, mas, graças à sua vaidade, se perde por não permitir que outras opiniões ou colocações possam ter maior valor do que a dele mesmo.
É preciso recordar que o Espiritismo é totalmente pautado em uma base de Obras que o codificam, organizadas pelo Espírito da Verdade e seu preposto, Kardec. É preciso lembrar que no Espiritismo temos vasto campo de conhecimentos e que precisaremos de muito estudo para o verdadeiro conhecimento desta abençoada Doutrina que nos consola e que, embora possamos ter grande dose de esforço, não consigamos angariar bases sólidas e profundas em apenas uma reencarnação. Assim sendo, podemos concluir que opiniões pessoais são sempre discutíveis, por precisarem de um confronto natural com a Doutrina dos Espíritos, que traz em seu bojo a diretriz para o bom senso e para a clareza de entendimento quanto ao seu aprofundamento em seu entender.
Ninguém que livremente colocar sua opinião pessoal com relação à Doutrina Espírita poderá deixar de ser questionado, a não ser que firmemente embasado na própria Doutrina.
Emmanuel, por exemplo, é muito claro e afirma que se ele mesmo estivesse tendo postura contrária a Kardec, que ficássemos com Kardec.
O orgulho e a vaidade fazem parte dos escolhos mais importantes para o desenvolvimento da mediunidade séria neste Planeta e precisam ser combatidos com o trabalho objetivo, para manter a mente ocupada com pensamentos dignos e com o estudo sério e bem intencionado, pela mesma razão.
Quem não se dispõe a abrir mão dos próprios interesses em favor do próximo certamente está mais exposto às mazelas que tem guardadas dentro de si mesmo e poderá colher amargos frutos em decorrência deste posicionamento.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Questões Morais

“Aquele que deseja se esclarecer deve fugir das trevas e as trevas estão nas impurezas do coração.”

O Livro dos Médiuns – capítulo XX, questão 226, item 12

Mediunidade não é “dom” de Deus, no sentido de ser uma graça, ou seja, algo que venha “de graça” para que a pessoa possa se sentir privilegiada, pois se assim o fosse, o Criador teria filhos privilegiados que seria abastecidos com qualidades que os diferenciariam dos demais, o que nos faria pensar que Ele – o Criador – seria parcial, dando mais a uns do que a outros, de modo que isso O atingiria em sua perfeição, deixando de ser perfeito, para cair no erro da humanidade, pois é sabido que o homem pode realmente privilegiar alguns em detrimento de outros.
Mas Deus não o faz assim e dá a todas as suas criaturas o mesmo potencial de seguir adiante na estrada da existência, dependendo dela mesma – a criatura – escolher os instrumentos com os quais irá seguir sua jornada em suas experiências não só terrenas, mas também na Vida Maior do plano espiritual.
Ele – o Criador – nos deixa em condições de decidir qual rumo tomar em nossas diversas reencarnações, permitindo-nos administrar nossas próprias heranças, isto é, a cada reencarnação adquirimos débitos e créditos para as próximas e vamos, a cada vida, experimentando as venturas e as mazelas que cultivamos nas anteriores.
Não se leva de uma vida para a outra qualquer tipo de bem material adquirido, leva-se somente os bens de cunho moral e o conhecimento ou aprendizagem. Assim, de experiência em experiência, moldamos a personalidade, montamos a persona que somos, passo a passo, assumindo posturas, aprendendo sempre, mesmo que a contra-gosto e em alguns setores da vida acabamos por ter uma identidade um pouco maior, havendo, então, uma dedicação mais intensa neste ou naquele campo de conhecimento ou de experiência.
Quando um ser está em determinado grau de compreensão sobre determinada área do conhecimento e se reencarna em algum planeta no qual a imensa maioria dos seres humanos ainda não alcançou este patamar de conhecimento, este ser é tido à conta de gênio, como se fosse um privilegiado pela Natureza em função do destaque que tem pela carga de conhecimento ou de facilidade neste setor técnico ou mesmo artístico.
Mas seria realmente uma situação de privilégio? Certamente que não, pois se assim fosse, estaríamos caindo no mesmo erro de conceito citado anteriormente, isto é, o médium não é um privilegiado e o “gênio” também não o é. Trata-se apenas de um Espírito reencarnante que já adquiriu enormes experiências em determinado campo e que agora pode expressar de algum modo suas experiências diante de todos, sempre com algum tipo de missão, por menor que possa ser. E há permissão de instâncias espirituais superiores para que este Espírito venha a reencarnar em tais circunstâncias.
O médium vem como médium justamente por conta de suas dificuldades conquistadas no correr das reencarnações e da aquisição que obteve nas mesmas. Seu desenvolvimento no contato com a vida espiritual vem se aprimorando vida a vida e permite que aconteça este intercâmbio com maior aprimoramento em determinadas reencarnações.
Não é um “dom”, não é uma “dádiva” simplesmente que o faça ter maior facilidade de intercâmbio: é uma conquista, assim como o músico tem a facilidade para a música por conta deste mesmo aprimoramento.
As potencialidades humanas estão gravadas no íntimo do ser humano e ele pode desenvolvê-las no correr das inúmeras reencarnações que tenha. Cada um tem maior afinidade transitória com determinados setores do conhecimento e se aprimora neles. Cada um escolhe seu caminho, mas certamente no futuro deverá acontecer de aprender todas as ramificações das experiências pois este é o destino da humanidade.
No campo da mediunidade, quando o médium vem como tal está a disposição mais ou menos francamente para o contato com os seres humanos temporariamente desencarnados. A qualidade moral do médium ditará a qualidade moral das entidades espirituais com as quais ele fará esse contato.
Se for bem orientado moralmente, será acompanhado e acompanhará um séquito de Espíritos com a mesma razão de existir: o Bem. Se for o oposto, acontecerá proporcionalmente o mesmo. Se não for nem uma coisa nem outra, seus companheiros de jornada irão expressar os mesmo ideais, isto é, uma aparente neutralidade de objetivos.
Para que seja bem orientado moralmente o medianeiro deverá procurar esclarecimento, conhecimento, em uma palavra: Luz. Aquele que vive nas sombras da ignorância não poderá ter diretrizes para seguir com seus próprios passos, sem se colocar à mercê de entidades espirituais afins e criará para si mesmo obstáculos proporcionais aos seus ideais ensombrecidos.
Assim, o médium que desejar seguir passos firmes em direção a Jesus, precisará fazer sua parte estudando, aprendendo e adquirindo experiências, sob a luz do Evangelho de Jesus, pois Ele é o Caminho para a Verdade e a Luz.

terça-feira, 16 de março de 2010

Mediunidade e os obstáculos

“O escolho da maior parte dos médiuns principiantes é de terem de se haver com espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas espíritos levianos”
Livro dos Médiuns capítulo XVII questão 211

Mediunidade é fato consumado para o ser humano desde sempre, haja vista a imensa quantidade de relatos registrados das mais variadas maneiras a respeito do intercâmbio existente entre as duas esferas de Vida, o mundo material e o mundo espiritual, em todos os tempos e em todos os cantos do mundo, documentados por muitas expressões de registros.
A Bíblia, respeitada por muitos e, por conta do velho testamento, originadora de pelo menos três religiões fundamentais, tem em suas páginas muitas passagens que se referem a fenômenos mediúnicos.
Desde Kardec, entretanto, temos a oportunidade de aprender sobre a mediunidade de modo sistemático, ou seja, de modo prático, coerente e didático, já que o codificador obteve êxito em qualificar e ordenar a mediunidade para que possamos compreendê-la e assimilar ordenadamente o que a mediunidade realmente significa para cada um de nós.
E podemos entender que mediunidade é uma benção de oportunidade de serviço para auxílio do próximo e de si mesmo, não só no alívio de dores físicas e morais, mas também para o desenvolvimento moral de quem possa ser dotado das potencialidades mediúnicas das mais variadas expressões.
Mas esta benção é cercada de aspectos que podem transformá-la em obstáculo, se o médium não tiver discernimento adequado para desenvolvê-la adequadamente.
O fato de o médium lidar com aspectos desconhecidos em seu contato com o mundo espiritual pode levá-lo a desenvolver tanto capacidades construtivas como destrutivas, na dependência de suas predisposições interiores.
Se o médium tem em si tendências místicas certamente estará propenso ao misticismo; se é vaidoso em sua essência poderá se deixar levar por elogios; se tem consigo desejos de desfrutar de vantagens por conta da mediunidade poderá se aproveitar dela em benefício pessoal e assim por diante.
A ignorância é o fator fundamental na condução equivocada do médium: quanto mais acentuada ela for e quanto mais o médium fechar as portas mentais para o esclarecimento, mais suscetível de envolvimentos variados ele será. E isso acontece em qualquer setor de conhecimento e trabalho. Não há trabalhador que se estabeleça sem conhecimento de causa de seu ofício: é necessário um período de aprendizagem que lhe dê credenciais para exercê-lo.
Assim também precisa acontecer com a mediunidade, pois o médium é um trabalhador que poderá servir para a luz do saber ou para as sombras da ignorância, em acordo com escolhas e oportunidades que venha a ter durante sua vida.
O Livro dos Médiuns é, certamente, a diretriz para o médium, pois é através dele que se poderá adquirir bases e fundamentos para o bom serviço de intercâmbio entre as duas esferas da Vida com as quais convivemos continuamente.
Com esta obra o médium encontrará bases para seguir em sua jornada buscando a correção e o aprimoramento contínuos, tão necessários para a manutenção de sua integridade física e moral.
Por este caminho o praticante da mediunidade poderá caminhar, diminuindo os riscos e se afastando dos obstáculos naturais que poderá encontrar. O Livro dos Médiuns afasta o fator fundamental para o médium: a ignorância. É ela que aproxima os desavisados do erro, impedindo de se ver o que através do esclarecimento poderia parecer óbvio.
Espíritos que guardem semelhanças de ideais para com o medianeiro poderão se aproximar dele com intenções consideradas equivocadas para tirar proveito da sua habilidade de contato com a esfera espiritual, mas muitas vezes iludindo-o com recursos de seu próprio interesse, para conduzi-lo pela trilha que esses espíritos julguem adequado para a finalidade que queiram, isto é, o processo de degradação moral e posteriormente física do médium.
Seria de se estranhar que imagine que um médium pode estar assim, tão fragilizado somente por conta de sua mediunidade? Não. Não é de modo algum de se estranhar, pois na verdade o médium que não conhece as bases deste intercâmbio fica realmente à mercê de maiores obstáculos.
E o fundamento para que se possa manter equilíbrio dentro deste desenvolvimento e no contato com o plano espiritual é a questão moral.
Quando se fala de moral, não deve haver referência quanto à superfície do trato no relacionamento inter-humano, mas sim às questões de cunho íntimo, de princípios básicos na ordem e no respeito quanto ao que se deseja para outrem e quanto à postura para com as demais pessoas. O melhor caminho a ser seguido é o caminho proposto por Jesus, registrado em O Evangelho Segundo o Espiritismo, tanto como as passagens referidas no Novo Testamento, onde citam palavras do Cristo que podem nos dar diretrizes absolutas para o desenvolvimento adequado das potencialidades mediúnicas de que se possa dispor.
Basta lembrar vagamente algumas palavras do Cristo para que nos deixemos dissuadir pela Verdade que nos levará ao Caminho e à Vida propostos por Ele.
Já imaginou se seguíssemos as recomendações básicas que Ele nos deixou, como esta: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Não seria fantástico? Entretanto ainda nos debatemos com recomendações fundamentais e nos colocamos à mercê de nossos próprios problemas. Sim, há conflitos interiores que nos impedem de praticar esta recomendação. Mas isso é assunto para depois, na próxima etapa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

NOSSOS INIMIGOS

“Reconcilia-te com urgência com o teu adversário, enquanto ele está a caminho junto de ti, para que não te suceda o pior, e ele não te leve à presença do juiz e o juiz não te condene à detenção, pois de lá só sairás quando houverdes pago o ultimo ceitil”.

A recomendação de Cristo Jesus é de extrema urgência em decorrência das nossas necessidades terrenas atuais.
O nosso Planeta passa por uma convulsão transformadora, sucessiva e nas próximas décadas exigirá de cada um daqueles que habitem o planeta uma transformação para melhor, rápida e efetiva.
Não há motivo para perdermos mais tempo.
Não há motivo para nos lamentarmos de conviver com os nossos adversários em quaisquer circunstâncias que seja.
Há motivo sim, para reconsiderar e para mudar o próprio interior.
A abordagem Evangélica da transformação interior, recomendada desde os primórdios do Cristianismo, nos faz pensar que talvez nós estejamos equivocados, ao nos depararmos com pessoas e as encararmos como inimigos, como adversários.
Talvez não seja bem o caso, porque se na verdade somos todos filhos do mesmo Pai, como ter um inimigo no meu irmão.
Não meus irmãos, a mensagem do Cristo é clara.

“Vai e reconcilia-te com o teu adversário”.

Agora com o passar do tempo é necessário que seja às pressas, mas é necessário que seja com bom senso, para exigüir do coração todos os sentimentos destrutivos que possamos ter.
Vamos afastar do nosso intimo a insatisfação de ter alguém perto de nós,
a alegria de ver a derrota de alguém, a inveja daquele que tem o sucesso seja qual for.
Vamos rogar a Jesus pelos nossos adversários, por aqueles que nos caluniam, por aqueles que nos querem mal.
Vamos pedir ao Mestre que nos inspire, que nos intua, que os nossos passos sejam conduzidos no sentido de conviver pacificamente, mesmo com aqueles que pensam de forma diametralmente oposta à nossa.
Porque já fazemos isso, já respiramos o mesmo ar, e nós não somos capazes de imaginar quantas vezes respiramos as mesmas moléculas de oxigênio que o nosso adversário respirou e, vice-versa.
Compartilhamos o mesmo planeta, por que não fazê-lo com o espírito fraterno?
Por que não fazê-lo com a alegria de viver, com alegria de ver a vitória daqueles que nos querem mal?

O Cristo também recomendou:

“Orai por aquele que vos querem mal, porque se orardes somente por aqueles que vos querem bem, que mérito há nisso? Não fazem o mesmo os fariseus?”

E não façamos como os fariseus, dos lábios para fora, porque não é importante encenar.
È importante vivenciar.
Que Jesus nos abençoe!

Psicofonia recebida no NEPT em 10/03/2010

sábado, 13 de março de 2010

Chico Xavier – “O cisco de Deus”

Se queremos resgatar em nós a imagem do melhor exemplo para que possamos ter uma diretriz para nossa jornada terrena, podemos projetar em nossa tela mental a imagem da contemporânea personagem de Francisco Cândido Xavier.
Certamente humano, certamente com defeitos, mas também certamente um gigante em espírito que passou pela nossa Terra para servir de exemplo de esforço, dedicação, disciplina, boa vontade, inspiração, garra e tantos outros adjetivos mais que se queira pronunciar para caracterizá-lo.
Sua simplicidade, sua teórica ignorância – pois não era um homem de grande cultura aparente – fazem dele um enigma construtivo que intriga a todos para entender de algum modo como alguém pode saber tanto sem praticamente ter a oportunidade de estudar.
Assistindo a antigo programa “Pinga-fogo” da extinta Rede Tupi, vemos um Chico lúcido, objetivo, claro, direto, mas acima de tudo humilde.
O grau de compreensão, de clareza, de lucidez e conhecimento desse Espírito nada têm a ver com o ensino fundamental básico que teve a oportunidade de adquirir nesta última encarnação. Nada.
Trata-se de nobre entidade espiritual que reencarnou em nossa Terra com uma missão: divulgar a palavra de Kardec, a voz de Jesus e levar a caridade onde pudesse, através da escrita e dos exemplos.
Espírito que costumamos chamar “de luz” e que pode ser chamado de “santo”, dadas suas características morais e o potencial mediúnico diferenciado diante de nós.
Mas precisamos lembrar que todos nós, um dia, chegaremos nesse patamar de clareza. Ele é um exemplo. Apenas um. Houve muitos outros missionários do Cristo e haverão outros ainda, para divulgar seu amor, através do exemplo direto.
De qualquer forma, Chico Xavier foi uma referência do Cristo no Século XX que precisamos ter em mente para guiar nossas vidas isto é um fato.
Basta lembrar, por exemplo, o conteúdo doutrinário que esse nosso irmão nos deixou. Mais de quatrocentas obras psicografadas deixam herança fantástica para aprender e refletir.
Mão à obra, portanto.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Pode acreditar

Falará você na bondade a todo instante, mas, se não for bom, isso será inútil para a sua felicidade.
Sua mão escreverá belas páginas, atendendo a inspiração superior; no entanto, se você não estampar a beleza delas em seu espírito, não passará de estafeta sem inteligência.

Lerá maravilhosos livros, com emoção e lágrimas; todavia, se não aplicar o que você leu, será tão-somente um péssimo registrador.

Cultivará convicções sinceras, em matéria de fé; entretanto, se essas convicções não servirem à sua renovação para o bem, sua mente estará resumida a um cabide de máximas religiosas.

Sua capacidade de orientar disciplinará muita gente, melhorando personalidades; contudo, se você não se disciplinar, a lei o defrontará com o mesmo rigor com que ela se utiliza de você para aprimorar os outros.

Você conhecerá perfeitamente as lições para o caminho e passará, ante os olhos mortais do mundo, à galeria dos heróis e dos santos; mas, se não praticar os bons ensinamentos que conhece, perante as leis Divinas recomeçará sempre o seu trabalho e cada vez mais dificilmente.

Você chamará a Jesus; mestre e senhor...; se não quiser, porém, aprender a servir com ele, suas palavras soarão sem qualquer sentido.

* * *

André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Chico e as psicografias

Toda codificação espírita é fundamentada em psicografias, ordenadas e catalogadas em adequação com o trabalho, por Allan Kardec. Foi um trabalho gigantesco, iniciado pelo codificador a partir de seus cerca de cinqüenta anos de idade, até seu desencarne, aos sessenta e sete anos, de mal súbito.
Kardec recebia psicografias de todo o Mundo e lia, estudava e classificava as mensagens. Evidente que, instruído pelo Espírito da Verdade, construiu uma mensagem consistente e profunda como o é o Espiritismo que reverbera e continuará reverberando em nossos corações.
Mas o Espiritismo necessitaria de uma “continuação” deste imenso trabalho para sua divulgação e estabelecimento entre as almas terrenas no século seguinte, por se tratar de uma revelação recente, de um esclarecimento atual dos desdobramentos dos ensinos do Cristo, apesar de a proposta ser fundamentalmente antiga e já presente em a consciência de todos os seres humanos deste Planeta que nos acolhe.
É verdade que muitos médiuns de grande expressão puderam deixar obras de vulto e de grande importância para todos os que teriam olhos para ler sobre a divulgação da “nova” Doutrina que nos acolhe em seus braços amorosos, mas somente um, no século XX conseguiu parear com os fundamentos essenciais do codificador do Cristo do século anterior, em termos de fidelidade e de expressão, graças às diretrizes seguidas e orientadas por ilustra companheiro invisível que encontrou ressonância em seu coração para as disposições do trabalho, que foi profícuo e profundo.
Somente Chico Xavier pode deixar marca tão profunda em nossos corações, através de muitas obras psicografadas, em vários setores do pensamento humano, através de mensagens vindas de outras mentes, desencarnadas, que necessitavam mostrar para o Mundo que há outro mundo, paralelo, onde continuaremos vivendo, em nossa individualidade, no intuito de consolar corações e aliviar dores.
Foram muitos livros e muitas mensagens de cunho pessoal que puderam atestar e dar continuidade à Obra Espírita. Fico pensando, que, apesar de muitos médiuns de expressão estar, ainda, se manifestando até hoje, como ficaríamos se não tivéssemos tido o Chico em nossa vida? Claro, certamente Jesus enviaria outro mensageiro, para refletir sua Luz sobre as sombras da Terra. Mas, cá entre nós, o Chico foi uma referência, um luminar, um farol para todos nós.
Resta-nos um detalhe: seguir com a herança abençoada que ele nos deixou, assim como com toda abençoada herança que o Espiritismo nos dá continuamente.
Fazer o que temos aprendido com esses Irmãos que não só transmitem a palavra do Cristo-Jesus, mas também vivenciam-na em sua essência, em seus detalhes, em suas particularidades, enfim.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sinais de Alarme

...é sempre bom lembrar desta mensagem:

"Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:

quando entramos na faixa da impaciência;

quando acreditamos que a nossa dor é a maior;

quando passamos a ver ingratidão nos amigos;

quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;

quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;

quando reclamamos apreço e reconhecimento;

quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;

quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;

quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente;

quando julgamos que o dever é apenas dos outros.

Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou na luz do discernimento."


* * *

Vieira, Waldo; Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Ideal Espírita.
Ditado pelo Espírito Scheilla.
CEC.

terça-feira, 9 de março de 2010

A Língua

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada - favorece o juízo.

Leviana - descortina a imprudência.

Alegre - espalha otimismo.

Triste - semeia desânimo.

Generosa - abre caminho à elevação.

Maledicente - cava despenhadeiros.

Gentil - provoca reconhecimento.

Atrevida - traz a perturbação.

Serena - produz calma.

Fervorosa - impõe a confiança.

Descrente - invoca a frieza.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Preces e Mensagens Espirituais.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O MAU OBREIRO

“Aparta-te do mau obreiro.”
Esta é uma passagem de uma das escrituras de Paulo, dirigidas aos Filipenses, no capitulo III, versículo II:

Todo centro religioso fundamentado no bem, dirigido pelo bem, desejoso do bem, tem muitos servidores que desejam segui-lo, ao bem.

Entretanto, dentre os servidores do bem que são desejosos de servir com boa vontade, com disciplina, sem perguntar a quem servir, há, infelizmente, como o próprio Apóstolo refere à cerca de dois mil anos, o mau obreiro.

É a antítese do serviço do bem dentro da casa de Jesus, seja qual for a disposição religiosa a que venham a dispor as criaturas humanas que ali trabalham e que ali se dedicam.

Enquanto o bom obreiro luta, trabalha, serve; o mau obreiro se entrega à preguiça, ao descaso e estimula aos outros servidores, a seguirem o mesmo caminho, afastando-os da oportunidade de ser útil diante do próximo e diante da instituição a que servem.

O mau obreiro se apodera das leituras, dos textos, em beneficio de si próprio, ao questionar as afirmativas, hereditárias afirmativas do Cristo Jesus, colocando-as em cheque, mediante perguntas esdrúxulas e descabidas.

Qual o grande objetivo de gerar dúvidas e inseguranças?

O mau obreiro é muito detalhista e observa atentamente o que falam os bons obreiros para que no momento oportuno utilize as palavras destes últimos contra eles mesmos no sofisma equivocado e mal intencionado, mais uma vez com o objetivo de destruir.

O mau obreiro quando vê o trabalho se desenvolvendo de forma saudável e equilibrada, observa atentamente para as pequenas partes em formação deste trabalho, que evidentemente existem e, que contém falhas porque são trabalhos humanos, e aponta os erros com o objetivo muito evidente de destruir.

O mau obreiro dissemina entre os bons obreiros, a palavra da disenção, do desentendimento, da inveja, do orgulho e, porque não, da vaidade.

O mau obreiro se infiltra usando palavras doces, adocicadas, melosas, elogiando, mas por detrás do elogio tem consigo as piores intenções, porque o bom obreiro se deixa levar, acreditando que é melhor.

Por isso Paulo, com extremo bom senso e percebendo a situação dos Filipenses, recomenda a eles que se acautelem contra os maus obreiros.

Muitas vezes, os maus obreiros são aquelas criaturas frustradas que gostariam de ter uma posição destacada e que por inveja são veículos das sombras a combaterem contra a luz.

Mas, aqueles que são bons obreiros, não devem lutar contra as sombras.

Devem projetar ainda mais luz, através do exercício, do trabalho disciplinado e de boa vontade, que se faz necessário em todas as casas de Jesus.

É isso que o Cristo espera de nós.

Que Ele nos abençoe, hoje e sempre.

Psicofonia recebida no NEPT em 04/03/2010

sábado, 6 de março de 2010

A Bênção do Trabalho

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.

SENDA DE PERFEIÇÃO

Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda de perfeição.

* * *

Meimei

(Mensagem do livro "Pai Nosso", recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Origem e Natureza dos Espíritos

Perguntas de Allan Kardec aos Espíritos Superiores

76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”

77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus?

“Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos Seus filhos, pois que somos obra Sua.”

78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?

“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo porque nos criou e em que momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério.”

79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?

“Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.”

80. A criação dos Espíritos é permanente, ou só se deu na origem dos tempos?

“É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.”

81. Os Espíritos se formam espontaneamente, ou procedem uns dos outros?

“Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela Sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério.”

82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?

“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”

Comentário de Kardec. Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende as idéias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação.

83. Os Espíritos têm fim? Compreende-se que seja eterno o princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à massa donde saiu, como sucede com os corpos materiais. É difícil de conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim.

“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”

* * *

Kardec, Allan. Da obra: Livro dos Espíritos.
Rio de Janeiro, RJ: FEB.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O QUE FAZEMOS COM A NOSSA FÉ?

Qual a finalidade e qual a utilidade da nossa fé?
O que faz com que o ser humano se aproxime de uma religião?
Infelizmente, ainda na maioria das oportunidades, muitos seres humanos aproximam-se da religião com o intuito de ganhar o pão de um dia, ou seja, de ter algum beneficio material. E será que a finalidade da religião é fazer com que os seres humanos obtenham conforto, alimento, possibilidade de procriação?
Será que é essa a utilidade da religião?
Ainda não falamos de fé. Falamos de religião. A ligação do ser humano com o Alto, a re-ligação.
Os animais irracionais não obtém o mesmo tipo de beneficio, alimentação, abrigo, reprodução, independente de religião?
O que é que deveria fazer com que o homem desenvolvesse a sua fé?
O espírita cristão conhece uma nova faceta, uma nova função, por assim, dizer, da religião.
Por que o espírita procura dentro da religião, a reforma interior, a mudança de disposição íntima, a transformação, a eclosão de um novo ser que pode nascer por conta da religião.
O Espiritismo é isso! Ele fornece a matéria prima extensa, riquíssima, magnífica. Dá condições para que o espírita seja um novo homem, uma nova mulher, um novo ser humano a cada dia.
Abençoado seja o Centro Espírita que nos auxilia em nossa conversão.
Abençoado sejam as oportunidades em que podemos nos transformar verdadeiramente em criaturas melhores, porque fé é salvação.
E como Deus não quer que nós nos percamos, fé então, é evolução, é prosperidade espiritual e moral.
É conquista de um novo patamar. Fé é conquista!
A fé não é dádiva, não é dom, é uma conquista abençoada. O ser humano aprende a conquistá-la.
Fé é liberdade. Quem tem fé, acredita em Deus. Quem acredita em Deus, ama a Deus. E por amor a Deus, ama a tudo o que tem à sua volta, do mineral ao anjo.
Fé é liberdade!
Desse seu amigo, Albino Teixeira, com a Graça de Jesus.


Psicofonia recebida no Nept em 06/01/2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

E A TUA FÉ?

Jesus nos disse que se tivéssemos a fé do tamanho de uma semente de mostarda poderíamos dizer a esta montanha, mova-se, daqui para lá, e a montanha se moveria.
Por que Jesus se referiu à pequena semente da mostarda?
Para fazer comparações com a fé, quando na verdade, Ele tinha à sua disposição, magníficas paisagens do lago de Genesaré e de outras cercanias próximos a Betsaida, a Jerusalém e a outras áreas próximas, mesmo do lado oposto do lago de Genesaré?
Porque Jesus observava claramente que cada ser humano na verdade, é uma semente de mostarda, que quando colocada no solo em sua profundeza, seguindo a sua natureza intima, pode perfeitamente avançar por entre a terra, as imperfeições da aridez terrena, abrindo-se, rompendo os espaços e permitindo-se crescer em direção à luz para florescer em poucos dias, dando origem a pequena planta que crescerá, se desenvolverá e se transformará em frondosa arvore, frutífera e florífera.
Esta é a comparação real do Cristo com relação a nossa fé.
Nós somos a semente de mostarda.
A arvore da mostarda não é um arbusto pequeno, é uma arvore maior.
Quando bem nutrida é muito frondosa inclusive aromática.
Assim é o ser humano.
Ele tem gravado dentro dele, o seu destino, o seu potencial.
Exercendo a fé no Criador, no gerador de todas as coisas, poderá permitir que nasça de dentro de si, essa frondosa arvore da caridade, da fraternidade, do amor em uma só palavra.
É assim que precisamos nos enxergar meus irmãos, nos ver, como pequeninas, diminutas sementinhas de mostarda, preparados para florescer.
O que nos falta?
Falta o adubo.O adubo que é composto da força de vontade e do amor.
Vamos tentar aprender que no dia em que tivermos a fé verdadeira constituída em nossos corações seremos aqueles deuses que o próprio Cristo nos referiu:
“Sois deuses, farão o que faço, e, muito mais”.
Esse é o nosso destino.
É por isso que estamos aqui.
Para fazermos parte do processo de Criação Universal, que não cessa jamais.
Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.

Psicofonia recebida no NEPT em 03-02-2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Doação de órgãos

Respostas de Chico Xavier:

Que pensar da situação do doador de órgãos, no momento da morte, uma vez que seu instrumento físico se viu despojado de parte importante?

Chico Xavier:

– É o mesmo que sucede com uma criatura que cede seus recursos orgânicos a um estudo anatômico, sem qualquer repercussão no espírito que se afasta – vamos dizer, de sua cápsula material.

O nosso André Luiz considera, excetuando-se determinados casos por mortes em acidentes e outros casos excepcionais, em que a criatura necessita daquela provação, ou seja, sofrimento intenso no momento da morte, esta de um modo geral não traz dor alguma porque a demasiada concentração do dióxido de carbono no organismo determina anestesia do sistema nervoso central, diz ele.

Estou falando como médium, que ouve esses amigos espirituais: não que eu tenha competência médica para estar aqui, pronunciando-me em termos difíceis.

Eles explicam que o fenômeno da concentração do gás carbônico no organismo alteia o Ter da anestesia do sistema nervoso central provocando um fenômeno que eles chamam de acidose. Com a acidose vem a insensibilidade e a criatura não tem estes fenômenos de sofrimento que nós imaginamos.

O doador, naturalmente, não tem, em absoluto, sofrimento algum.


Jornal Evangelho e Ação – Janeiro de 2001.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nos Compromissos de Trabalho

Nunca se envergonhe, nem se lamente de servir.

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Enriquecer o trabalho profissional, adquirindo conhecimentos novos, é simples dever.

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Colabore com as chefias através da obrigação retamente cumprida, sem mobilizar expedientes de adulação.

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Em hipótese alguma diminuir ou desvalorizar o esforço dos colegas.

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Jamais fingir enfermidades ou acidentes, principalmente no intuito de se beneficiar das leis de proteção ou do amparo das instituições securitárias, porque a vida costuma a cobrar caro semelhantes mentiras.

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Nunca atribua unicamente a você o sucesso dessa ou daquela tarefa, compreendendo que em todo trabalho há que considerar o espírito de equipe.

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Sabotar o trabalho será sempre deteriorar o nosso próprio interesse.

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Aceitar a desordem ou estimulá-la, é patrocinar o próprio desequilíbrio.

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Você possui inúmeros recursos de promover-se ou de melhorar a própria área de ação, sem recorrer a desrespeito, perturbação, azedume ou rebeldia.

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Em matéria de remuneração, recorde: quem trabalha deve receber, mas igualmente quem recebe deve trabalhar.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
42a edição. Uberaba, MG: CEC, 1996.