Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 17 de março de 2010

Questões Morais

“Aquele que deseja se esclarecer deve fugir das trevas e as trevas estão nas impurezas do coração.”

O Livro dos Médiuns – capítulo XX, questão 226, item 12

Mediunidade não é “dom” de Deus, no sentido de ser uma graça, ou seja, algo que venha “de graça” para que a pessoa possa se sentir privilegiada, pois se assim o fosse, o Criador teria filhos privilegiados que seria abastecidos com qualidades que os diferenciariam dos demais, o que nos faria pensar que Ele – o Criador – seria parcial, dando mais a uns do que a outros, de modo que isso O atingiria em sua perfeição, deixando de ser perfeito, para cair no erro da humanidade, pois é sabido que o homem pode realmente privilegiar alguns em detrimento de outros.
Mas Deus não o faz assim e dá a todas as suas criaturas o mesmo potencial de seguir adiante na estrada da existência, dependendo dela mesma – a criatura – escolher os instrumentos com os quais irá seguir sua jornada em suas experiências não só terrenas, mas também na Vida Maior do plano espiritual.
Ele – o Criador – nos deixa em condições de decidir qual rumo tomar em nossas diversas reencarnações, permitindo-nos administrar nossas próprias heranças, isto é, a cada reencarnação adquirimos débitos e créditos para as próximas e vamos, a cada vida, experimentando as venturas e as mazelas que cultivamos nas anteriores.
Não se leva de uma vida para a outra qualquer tipo de bem material adquirido, leva-se somente os bens de cunho moral e o conhecimento ou aprendizagem. Assim, de experiência em experiência, moldamos a personalidade, montamos a persona que somos, passo a passo, assumindo posturas, aprendendo sempre, mesmo que a contra-gosto e em alguns setores da vida acabamos por ter uma identidade um pouco maior, havendo, então, uma dedicação mais intensa neste ou naquele campo de conhecimento ou de experiência.
Quando um ser está em determinado grau de compreensão sobre determinada área do conhecimento e se reencarna em algum planeta no qual a imensa maioria dos seres humanos ainda não alcançou este patamar de conhecimento, este ser é tido à conta de gênio, como se fosse um privilegiado pela Natureza em função do destaque que tem pela carga de conhecimento ou de facilidade neste setor técnico ou mesmo artístico.
Mas seria realmente uma situação de privilégio? Certamente que não, pois se assim fosse, estaríamos caindo no mesmo erro de conceito citado anteriormente, isto é, o médium não é um privilegiado e o “gênio” também não o é. Trata-se apenas de um Espírito reencarnante que já adquiriu enormes experiências em determinado campo e que agora pode expressar de algum modo suas experiências diante de todos, sempre com algum tipo de missão, por menor que possa ser. E há permissão de instâncias espirituais superiores para que este Espírito venha a reencarnar em tais circunstâncias.
O médium vem como médium justamente por conta de suas dificuldades conquistadas no correr das reencarnações e da aquisição que obteve nas mesmas. Seu desenvolvimento no contato com a vida espiritual vem se aprimorando vida a vida e permite que aconteça este intercâmbio com maior aprimoramento em determinadas reencarnações.
Não é um “dom”, não é uma “dádiva” simplesmente que o faça ter maior facilidade de intercâmbio: é uma conquista, assim como o músico tem a facilidade para a música por conta deste mesmo aprimoramento.
As potencialidades humanas estão gravadas no íntimo do ser humano e ele pode desenvolvê-las no correr das inúmeras reencarnações que tenha. Cada um tem maior afinidade transitória com determinados setores do conhecimento e se aprimora neles. Cada um escolhe seu caminho, mas certamente no futuro deverá acontecer de aprender todas as ramificações das experiências pois este é o destino da humanidade.
No campo da mediunidade, quando o médium vem como tal está a disposição mais ou menos francamente para o contato com os seres humanos temporariamente desencarnados. A qualidade moral do médium ditará a qualidade moral das entidades espirituais com as quais ele fará esse contato.
Se for bem orientado moralmente, será acompanhado e acompanhará um séquito de Espíritos com a mesma razão de existir: o Bem. Se for o oposto, acontecerá proporcionalmente o mesmo. Se não for nem uma coisa nem outra, seus companheiros de jornada irão expressar os mesmo ideais, isto é, uma aparente neutralidade de objetivos.
Para que seja bem orientado moralmente o medianeiro deverá procurar esclarecimento, conhecimento, em uma palavra: Luz. Aquele que vive nas sombras da ignorância não poderá ter diretrizes para seguir com seus próprios passos, sem se colocar à mercê de entidades espirituais afins e criará para si mesmo obstáculos proporcionais aos seus ideais ensombrecidos.
Assim, o médium que desejar seguir passos firmes em direção a Jesus, precisará fazer sua parte estudando, aprendendo e adquirindo experiências, sob a luz do Evangelho de Jesus, pois Ele é o Caminho para a Verdade e a Luz.

Nenhum comentário: