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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Estado de coma
Terry Wallis foi notícia no mundo inteiro porque abriu os olhos novamente depois de dezenove anos em estado de coma após sofrer um acidente de carro, nos Estados Unidos. Fato raro, segundo a Medicina, uma vez que a freqüência comum de reavivamento é de três meses. Terry acordou do longo sono bastante humorado. Primeiro falou com a mãe, depois pediu a terapeuta para fazer amor com ele. Outro caso interessante ocorreu com Patricia White Bull, uma bailarina que durante o parto de seu quarto filho desacordou para somente recobrar a consciência dezesseis anos depois, exatamente no natal de 1999. Embora a ciência tenha avançado bastante sobre o mecanismo de funcionamento do cérebro, especialmente nesta última década, não conseguiu desvendar o mistério para casos como estes de Terry Wallis e Patricia Bull. Não conseguiu porque ainda não levou em consideração a tese do princípio espiritual que anima cada ser vivente.
O ser humano não é tão-somente um animal racional, é, sobretudo, um ser espiritual que recebe um corpo de carne para passar por experiências de aprendizado no planeta Terra. Para ligar o espírito ao corpo físico existe um corpo específico, semimaterial, que encontra várias denominações como corpo bioplasmático, perispírito, corpo astral etc. A morte somente acontece quando as ligações do corpo físico com este corpo espiritual se efetiva. Um paciente em estado de coma mantém estes laços de vitalidade sem tempo determinado para desligamento. Por isso, a terminologia mais adequada para configurar este fenômeno seria a desencarnação, isto é, a ação de saída do corpo de carne. A miopia científica, porém, para as questões espirituais, faz atrasar os avanços necessários para o tratamento integral do ser humano.
Um paciente, em estado de coma, está presente no local onde seu corpo fica paralisado, presenciando o que ocorre ao seu redor ou em qualquer lugar, a semelhança do que atestam as pessoas que passaram por experiências de quase-morte. Se familiares, amigos ou médicos conversarem com o paciente podem ter a certeza que ele terá condições de ouvir e ver, sem, contudo, ter a capacidade de dar a resposta. Pode até aparecer normalmente em sonhos, pois quem está aprisionado na cama é o corpo e não o espírito. Mas, qual a razão para alguém passar tanto tempo ausente do mundo? Pode-se afirmar que cada caso é um caso, e compreendendo a Lei Divina como perfeita, é certo que aquela experiência deva servir de resgate de débitos cármicos provocados por ele noutras vidas.
O desaviso sobre a realidade espiritual pode, também, nos casos de coma profundo por longo período, levar ao raciocínio de abreviação dos sofrimentos do paciente e provocar a eutanásia. O termo eutanásia, proposto pelo filósofo Francis Bacon, em 1623, vem do grego, podendo ser traduzido como boa morte ou morte apropriada e teve a Holanda como o primeiro país do mundo a legalizá-la, em 2001. A eutanásia é outro equívoco. Equívoco porque parte do pressuposto de que a vida pertence à pessoa. A vida, na verdade, pertence a Deus que permite a cada um de nós usufruí-la para a nossa felicidade, não devendo ninguém abreviar a sua ou a de qualquer um, seja qual for a justificativa.
O sono profundo que necessitamos despertar é o da inconsciência daquilo que realmente somos. Acordar para a dimensão do espírito e vivermos em consonância com ela, modificando nossa forma de pensar e conseqüentemente de agir, sobretudo com os outros, sob a perspectiva da vida futura e da imortalidade que nos é inerente.
Carlos Pereira
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