Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 25 de agosto de 2012

As Obsessões




Uma obsessão é caracterizada por uma interferência de entidades espirituais sobre a mente humana, mas nada impede que a obsessão tenha caminho inverso e que se faça do ser humano encarnado para o ser humano desencarnado, afinal, a única situação que diferencia os encarnados dos desencarnados é estar transitoriamente mergulhado na matéria.

Ela evidentemente se apresenta em graus variados, das mais simples às mais complexas.

Kardec simplificou essa graduação e colocou-a em três graus, a saber:

Obsessão simples, que provoca perturbações mentais inconstantes, ora tirando o sono, ora passando sensações de insatisfação, de descontentamento, de infelicidade, de solidão, de revolta ou qualquer situação não construtiva episódica e não muito persistente.

Fascinação, que abrange a afetividade e a vontade daquele que é atingido, podendo causar falhas na memória, na atenção, na concentração, gesticulação estranha, tiques nervosos e comportamentos agressivos ou opressivos diante de pessoas mais próximas. Nesta etapa o doente não dá atenção a mais ninguém que não seja o obsessor, embora ainda possa escolher por qual caminho trilhar. Não escuta mais ninguém, não aceita opiniões diferentes das entidades que o envolvam, por conta da absoluta confiança que deposita neles, evidentemente por hipnose.

Subjugação, comumente chamada de possessão (termo inadequado), caracterizada por processos alucinatórios variados, auditivos, visuais ou simplesmente mentais e pela perda da identidade daquele que é afetado pelo processo, que perde, até certo ponto, a capacidade de decidir os próprios passos, estando sempre submetido às impressões de entidades que literalmente obrigam-no a certas atitudes, muitas vezes desconcertantes ou esdrúxulas.

Qualquer um desses estágios teve por princípio a facilitação da própria criatura humana, que abre campo mental, facilitando a aproximação de outras criaturas humanas em sintonia com a má qualidade de pensamentos originada pelo doente. Aí pode-se afirmar que a base de qualquer processo obsessivo á a auto-obsessão, ou seja a fixação de pensamentos não saudáveis que permeiam claramente a infestação por parte de afins.

Assim, pensamentos, palavras e atitudes que distanciem a criatura humana da paz interior são sempre agentes causais para a obsessão.

Podemos distinguir algumas dificuldades mais comuns que permitem a instalação das obsessões: medos, tendências viciosas, egoismo, ambição, aversão por pessoas, preconceitos, mágoa persistente, raiva, ódio, desejo de justiça pelas próprias atitudes ou clamando por ela, vaidade, usura, futilidades, comentários levianos, malícia, maldade nos pensamentos, julgamentos maldosos e assim por diante.

A lista de circunstâncias é grande, mas basta pensar em uma frase do Evangelho para entender o que e como evitar o princípio de todo esse processo: "não faça ao próximo o que não deseja para si mesmo".

A receita para evitar obsessões é simples, mas difícil de executar, em função de que somos atavicamente ligados às emoções e aos sentimentos mais endurecidos e por nos afastarmos do fundamento do AMOR implantado em nós, desde nossa criação enquanto Espíritos, simples e ignorantes.


Roberto Brólio

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