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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Não vim tazer a paz
- Mas ele é uma pessoa acima de qualquer suspeita!
- Posso até concordar, mas que ele tem uma postura arrogante, isso tem! E você não tem como discordar!
- Pois eu discordo! Acho que ele é ‘seco’, mas não arrogante! Arrogante é alguém que empina o nariz...
- Então! É o caso dele, ora!
- Ah, pára com isso! Ele só não é de aparências, é sincero, é transparente! É um bom sujeito, sempre disposto a ajudar! Eu gosto dele, pelo menos do que eu o conheço da Casa Espírita, certo! Não posso afirmar nada da vida pessoal, mas como companheiro de trabalho, como responsável por muitas coisas, ele é correto.
- Acho que você está hipnotizado pela atitude de aparências. Não consigo ver nada de bom naquele sujeito. Para mim não passa de alguém que adora aparecer. Sempre está certo, os outros estão errados em todas as situações. Lembra daquele dia da palestra?
- Aquele que você pediu um aparte? E falou umas coisas meio estranhas? Claro que lembro!
- Eu não falei nada de estranho! Só emiti minhas opiniões a respeito do assunto, ora! Será que a gente não pode ter opinião própria? Só a dele tem valor?
- Não é nada disso! O problema é que o que você estava colocando vai totalmente contra a Doutrina Espírita, meu amigo! Onde já se viu? Será que você não estava exagerando um pouco?
- Olha, eu acredito na Doutrina, mas para mim, em minha concepção, ela tem falhas aqui e acolá! Não é possível que a gente não possa expor as próprias ideias! Isso é uma espécie de ditadura do conhecimento!
- Nada disso, amigão! É racionalização da fé! É a fé raciocinada! Com lógica que não dá para discutir, quer dizer, dá para discutir, mas a conclusão é tão óbvia que não dá para refutar o que ali está. Se nosso palestrante lá está é em função de ter conhecimento mais profundo sobre esta Doutrina tão abençoada e nós ali estamos para aprender e compartilhar esse conhecimento tão bonito.
- Não sei... Acho que você também está aí cheio de empáfia! E repito: hipnotizado por essa Doutrina que não concordo tanto assim!
- Que pena...
- Pena o quê?
- Pena que você pensa assim. Parece meio radical, não sei explicar...
- Radical é você que teima em bater nessas mesmas teclas, ora! É só Doutrina Espírita, Doutrina Espírita! Não pensa em mais nada, caramba! Virou beato de Centro Espírita?
- De jeito nenhum, amigão! Você sabe que tenho minha vida, que curto músicas, festas e coisa e tal, mas agora, com mais cuidado! Quero deixar minha vida em ordem!
- Sim, deixando de viver?
- Como assim?
- Ora, você não tem mais aquele pique que tinha! A gente ia para as baladas sempre e agora você se esquiva, arruma uma desculpa... As meninas até sentem falta de você!
- Então... Eu gosto delas, mas a Doutrina...
- Olha aí! Tá vendo! “a Doutrina”! Tô falando, cara! Você tá virando beato! Que coisa!
- Nada disso! Só quero agir melhor, ter minha mente sossegada, ficar tranquilo para agora e para o futuro!
- É, meu camarada! Acho que a gente está começando a falar línguas diferentes. Já achei estranho você defender aquele sujeito, agora fala desse jeito tipo santo... Ah, deixa prá lá! A gente se vê! Até mais!
- Até mais, amigão! Até mais ver!
Psicografia recebida no NEPT em 14 de dezembro de 2012.
Militão Pacheco
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