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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sábado, 7 de novembro de 2015
A dor
Muitas vezes, pessoas nos perguntam se a dor é o único recurso para a evolução do espírito humano?
É uma pergunta que encerra em si certo grau de desconhecimento da Doutrina Espírita mas ao mesmo tempo, demonstra também que a pessoa está atormentada pela dor.
Devemos deixar claro que é evidente que a dor não é o único recurso para o aperfeiçoamento humano, para a evolução humana.
Entretanto sabemos que o amor, que seria a outra ferramenta, não é exatamente uma ferramenta muito utilizada pelos seres humanos na Terra, mas se conseguíssemos lançar mão do amor em detrimento do nosso egoísmo, do nosso orgulho e da nossa vaidade, a cada gesto de amor certamente quitaríamos muitas dividas, muitos débitos de um passado difícil que vimos construindo no decorrer de muitas reencarnações.
Como disse João em seu Evangelho: “Somente o amor apagará a multidão dos nossos pecados”.
É extremamente importante ter em mente que um gesto de amor em favor do próximo é um cheque ao portador para nos libertar das dividas do passado.
Quanto mais nós nos dispusermos a amar, a servir, mais rapidamente nós nos livraremos dos débitos que temos em nossa consciência.
O amor é a grande ferramenta, no entanto a dor também é.
O problema é que nós no estado de humanidade em que estamos reconhecemos que a dor é para nós uma espécie de tormento, de tortura, algo que nos faz sofrer imensamente.
Mas, se paramos para pesar um pouco, um pouco que seja, e lembrarmos da imagem do Cristo de Deus, Jesus, nós observaremos que Ele veio a Terra e na Terra sofreu.
Ninguém poderá dizer que esse sofrimento do Cristo foi em decorrência de situações cármicas, porque o Cristo é um Espírito puro, mas quando Ele veio à Terra sabia das circunstancias as quais Ele se submeteria e Ele se entregou como o Cordeiro de Deus na expressão católica por nós todos.
Ele não foi um teórico.
Ele não disse vá lá e sofra que é bom para você.
Ele mostrou na prática como é sofrer sem se revoltar.
Mas não precisa ir tão longe.
Francisco de Assis, que é sabido ser a reencarnação de João Evangelista, quando volta da segunda cruzada que tinha participado, retornando do Egito, volta com uma enfermidade ocular chamada tracoma e a única terapêutica da época era cauterizar os olhos.
Diante da dor que o ferro em brasa iria lhe causar, Francisco abre os braços e começa a cantar, dizendo “Benevuto fuego amigo” agradecendo a Deus a oportunidade de receber aquela dor, enquanto aqueles que estavam à sua volta chegaram até mesmo a desmaiar ao ver a cena.
Ele já aceitou a dor com naturalidade, não se tratava de um castigo, mas de uma necessidade para o espírito que poderia promovê-lo, e promoveu, ao grau de ainda maior pureza de si mesmo.
O mesmo aconteceu com Estevão, diante de Paulo que mandou apedrejá-lo sendo que Paulo naquela época era considerado um criminoso e era, perseguiu os cristãos mas em nome de uma causa e no entanto depois de sua conversão, depois de muitos apedrejamentos sem queixa, com o corpo cheio de cicatrizes, diante da morte quando soldado romano cumprindo ordens, iria desferir o golpe, disse ao soldado que tremia: “Cumpra a sua ordem”
E ele foi morto decapitado pela espada do soldado romano, entregou-se sem reagir.
Por infelicidade ou não, o primeiro golpe não foi o bastante, foi necessário um segundo golpe, mas a par disso, ele se encontra ao despertar na vida espiritual com Abigail e Estevão e logo em seguida com o Cristo, porque não era mais ele quem vivia mas o Cristo que nele vivia.
Que Deus nos abençoe.
Psicofonia recebida na Nept em 16/09/2015
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