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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 31 de março de 2016
Um dia de cada vez
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." Mateus 6:34
Sofrer por antecipação parece ser uma atitude habitual dos tempos modernos, mas a recomendação do Cristo, citada acima, parece ser bastante clara.
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a Vida resolva o seu problema, até mesmo sem qualquer esforço de sua parte.
Aliás, na imensa maioria das vezes, quando a aflição toma conta de quem passe por uma dificuldade, ela faz com que se perca a capacidade de enxergar uma saída que, quase sempre, está diante dos olhos.
Há duas classes de problemas: os que se pode resolver, pois estão ao "alcance das mãos" e os que não se pode resolver, pois estão "fora do alcance das mãos".
Quando se pode resolver, que se resolva na medida do possível.
Quando não se pode resolver, deixar a aflição tomar conta não ajuda a resolver, portanto, resta aguardar e permitir que a Vida solucione, sem inquietação.
Embora não seja fácil não desejar que os problemas sejam solucionados, é melhor tentar racionalizar um pouco para não se permitir ficar cego pela ansiedade e aprender que a confiança em Deus é sempre a ferramenta mais importante para superar os obstáculos internos que se constrói sem se dar conta.
Mensagem recebida em 31 de março de 2016
Elizabeth
quarta-feira, 30 de março de 2016
Conversando
Converse com serenidade e respeito, colocando-se sempre no lugar da pessoa que você ouve e que é ouvida por você.
Assim você terá possibilidade de educar suas palavras e colocá-las a serviço do Bem, com ainda mais segurança e bom proveito não só para você mesmo, mas também para seu interlocutor.
Mesmo que você esteja sendo provocado, mesmo que esteja chegando até você alguma dose de perfídia, sendo sua posição mais equilibrada, certamente sua postura servirá de exemplo para quem quer que seja que lhe aborde com quaisquer intenções.
Voz serena, olhar sereno, pensamento sereno são as bases para uma Vida serena.
Mensagem recebida em 30 de março de 2016
Izio
terça-feira, 29 de março de 2016
Ao despertar
Ao despertar, pela manhã, antes de sair para a execução de suas tarefas, recorde que é necessário, através da prece e das boas disposições de pensamento, abençoar a Vida, para que a Vida nos abençoe na mesma proporção.
Sem as primeiras boas disposições na mente, no coração, o pensamento fica enjaulado nas dificuldades que eventualmente já tenhamos enfrentado na véspera, o que dificulta até mesmo os primeiros passos da jornada diária.
Um sorriso, um pensamento de gratidão, um olhar elevado ao Alto, nascendo das entranhas da mente, tudo isso favorece ao fortalecimento da Alma para fazer do dia mais um daqueles dias de conquistas para a Eternidade.
Uma prece pode ser efetuada com um simples pensamento voltado para o Bem.
Um pensamento de gratidão pode acontecer sem quaisquer manifestações externas, forjadas no íntimo de cada um.
Tudo para acrescentar condições para a própria evolução da criatura.
Mensagem recebida em 29 de março de 2016
Anysio
segunda-feira, 28 de março de 2016
Mágoas
"Se você tem qualquer mágoa ou ressentimento que ainda resta da véspera, ao acordar, comece o dia recordando do Sol: esquece a sombra, aquece o coração e faça sua mente brilhar novamente!
Não permita que as mágoas façam sombras em sua Vida!
Após a tempestade, sempre há um arco-íris para embelezar o Céu!"
Mensagem recebida em 28 de março de 2016
Irineu
sábado, 26 de março de 2016
Amar não é muito simples
No Evangelho de Lucas nós temos uma frase muito importante do Cristo.
“Amai os vossos inimigos, porque se amardes somente aqueles que vos querem bem que recompensa terás nisso”.
Amar aqueles que nos apóia é fácil.
Amar aqueles que nos adulam, mais fácil ainda.
Amar aqueles que nos acompanham a trajetória e estão ao nosso lado nos apoiando é muito simples.
O difícil mesmo é amar aquele que nos calunia, aquele que nos deseja mal, aquele que nos despreza, que nos ofende, aquele que nos rouba, aquele que tira a nossa esperança, isso sim, é difícil de fazer.
Mas seguindo a recomendação do Cristo, que mérito tem amar somente aquele que nos ama?
Qual a nossa recompensa nisso ?
É o exercício da vida, nada mais nada menos do que aprender a amar.
Amar principalmente aqueles que nos querem mal.
“Amai os vossos inimigos e aqueles que vos caluniam e vos querem mal, pois se amardes somente aqueles que vos querem bem que mérito há nisso? Não fazem o mesmo os fariseus nas sinagogas, mostrando que oram da boca pra fora”.
Os adversários, os inimigos, nós temos dentro do lar, temos no trabalho, temos na rua, no trânsito, na escola, na vida social, na Casa Espírita, temos adversários em todos os lugares, mas a essência no ensinamento do Cristo é aprender a amar a todas essas pessoas.
E aprender a amar é aprender a respeitar, a não desejar o mal, a não desejar a justiça do nosso ponto de vista, enfim é aprender a conviver com as pessoas que ainda não aprenderam a conviver conosco, porque amar aqueles que nos ama é muito fácil, mas o exercício da vida é aprender a amar o adversário.
Procuremos fazer o melhor que nós pudermos fazer.
Que assim seja.
Psicofonia recebida no Nept em 20 de janeiro de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Vinde a mim
Queridos irmãos,
"Vinde a mim as crianças ou aquelas que a elas se assemelham".
Lembra-nos o Mestre nesta passagem de importância da Humildade como atributo a ser alcançado, caso queiramos percorrer os passos que nos conduzem ao Pai.
Em nossa reforma interior que é um processo contínuo e mister a predisposição para aprender sempre.
Esta predisposição para aprender é só possível a partir de uma atitude de humildade perante a vida e os semelhantes.
Quando começamos a descer dos "pedestais" do orgulho e da vaidade, quando abandonamos a arrogância que nos é usual é que podemos nos manter "abertos" ao crescimento através das experiências e oportunidades que recebemos a todo instante.
Momentos e vivências passam então a serem compreendidos como ensinos preciosos, colocados pelo Pai em nosso caminhar para patamares melhores de consciência.
O aprendizado intelectual e moral se dá com o convívio com os semelhantes, e se dá ininterruptamente.
Que possamos nós estar predispostos à educação e à auto-educação através de uma atitude de humildade perante a vida e aos fatos que nos acometem.
Abraços fraternos
Psicografia recebida no NEPT em 23 de março de 2016
Roberto Brólio
quinta-feira, 24 de março de 2016
O duelo
Hoje nós vamos falar sobre o duelo.
Você vai encontrar na obra básica do Espiritismo citações muito curiosas sobre o duelo porque naquela época os duelos eram bastante freqüentes.
As pessoas por qualquer desaforo, por qualquer razão, duelavam entre si.
E não só daquela época, isso vem de um costume da antiguidade.
O Espiritismo é totalmente contrário a essa disposição de duelar um com o outro principalmente quando se sabe que o outro está em condições inferiores para tal tipo de experiência.
Mas nós vamos falar de outro tipo de duelo.
O duelo que nós temos dentro do lar.
O duelo entre irmãos.
O duelo entre pais e filhos.
O duelo entre filhos e pais.
Seja qual for o tipo de duelo dentro do lar, se você for convidado para um, fuja, passe por covarde.
Não é o duelo da arma que eu me refiro, não é sacar um revolver para dar um tiro.
É muito mais sutil.
É o duelo das palavras.
As pessoas hoje em dia usam muito esse recurso de duelo, o duelo da calunia e da difamação, o duelo da intriga, da perfídia.
Fuja.
Fique em silêncio.
Lembre-se que nós vivemos com pessoas imperfeitas, não há como cobrar a perfeição de ninguém, nem de nós mesmos.
Mas nós podemos evitar o confronto.
Muitas vezes somos convidados ao duelo, mas em todas as ocasiões é melhor sermos covardes e nos afastarmos desse confronto, para que nós não nos comprometamos ainda mais, para com essas pessoas com quem, dentro da família, nós deveríamos reparar erros que já existem e não intensificarmos, agravá-los, piorá-los, fazer com que ainda fiquem mais intensos, mais profundos, causando cicatrizes que demorarão varias encarnações para resolver.
Foi convidado para um duelo verbal, abaixe a cabeça e se retire.
Que Jesus abençoe.
Psicofonia recebida no NEPT em 13/01/2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
Resignação
A resignação do ponto de vista Espírita decorre não de uma sujeição místico-religiosa a forças incontroláveis, mas de uma compreensão do problema da Vida.
Quando o Espírita se resigna, não está se submetendo pelo medo, mas racionalmente aceitando uma realidade à qual ele irá se sujeitar, exatamente para superá-la, para vencê-la.
Não é, pois, o conformismo que se manifesta nessa resignação, mas a inteligente compreensão de que a Vida é um processo em desenvolvimento, dentro do qual o homem precisa se equilibrar.
A resignação ou aceitação é ativa e consciente, enquanto o conformismo é passivo e inconsciente.
A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preventivo contra o desequilíbrio e o adoecimento.
É certo que grande parte dos casos de obsessão se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar.
Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com serenidade as dificuldades que poderiam desesperá-lo de modo mais comum, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos medos e das insatisfações, faz dele uma criatura mais plena e fortalecida.
Resignação não é comodismo, mas uma forma ativa de compreender a Vida e uma conquista para se alcançar a Fé.
Mensagem recebida em 23 de março de 2016
Herculanum
terça-feira, 22 de março de 2016
Estudo contínuo da Doutrina
É interessante a ideia de promover "cursos para médiuns" nas Casas Espíritas, mas tal ideia se confronta com a formulação deste cursos, isto é, a maneira como são elaborados, e, também a finalidade para a qual são executados.
A elaboração, por vezes, extrapola Kardec. Mas muitas vezes e, por questões de cunho até mesmo individual - pois alguns "professores" introduzem matéria extra-doutrinária por sua própria conta, no intento de "deixar sua marca" - o conteúdo foge do mais importante para o aprendizado doutrinário, que é nada mais nada menos do que a questão ético-moral da Doutrina dos Espíritos.
Divaga-se sobre questões pouco relevantes, tais como os UFOs, que de Espiritismo nada têm, por exemplo.
Há, ainda outras colocações ainda menos felizes dispersas em Casas que se dizem Espíritas que nem mesmo vale a pena abordar.
Quanto à finalidade de tais "cursos" seria "formar médiuns", como se se pudesse "formar médiuns". Não se pode!
Pode-se instruir médiuns, pois eles já são médiuns e não se tornarão médiuns.
Bem, importante ressaltar que o melhor caminho é exatamente este: instruir, isto é, educar médiuns, para que eles aprendam a lidar com sua mediunidade.
Para isso é fundamental que a Casa Espírita tenha estudos sobre 'O Livro dos Espíritos', 'O Livro dos Médiuns' e 'O Evangelho Segundo o Espiritismo'.
Estudos contínuos e persistentes no correr dos anos, sem parada!
Há sempre uma nova forma de se ler a mesma obra, particularmente quando se amadurece sobre a Doutrina.
Aí os olhos podem ver, as orelhas podem ouvir e a pele tem maior sensibilidade ao tato!
Questão de aprendizado, de tempo e de maturidade!
Sempre, mas sempre mesmo, à Luz da Doutrina Espírita!
Não é preciso 'montar um curso', mas sim manter estudos regulares e contínuos sobre as Obras Básicas do Espiritismo.
Mensagem recebida em 22 de março de 2016
Militão Pacheco
segunda-feira, 21 de março de 2016
Acho que...
Esta talvez seja a mais nova ciência dos homens.
Usada diariamente, com mais intensidade nestes tempos de dificuldades maiores, está presente em todos os lugares, famílias, grupos e cidades...
Sim, é a ciência do "acho que..." É, isso mesmo, eu acho que:
a) isto deveria ser feito assim,
b) poderíamos fazer isso,
c) isto ficaria melhor aqui,
d) isto ficaria mais bonito se...,
e) assim funcionaria melhor,
f) falta isso para melhorar,
g) alguém poderia tomar a iniciativa de..., etc., etc.
Na verdade todo mundo acha, mas poucos tomam a iniciativa de ...
Poucos são os que se expõem, muitos têm o medo de se comprometer, outros se escondem na suposta incapacidade ou timidez e muitos acabam achando que os outros é que deveriam fazer o que precisa ser feito...
Nesta avalanche do "eu acho que", surgem as críticas a governantes, autoridades e as sempre presentes pedradas em quem faz, pois quem faz se expõe, está a frente e como todo mundo está sujeito a erros e também pode errar, aí fica como fácil alvo daqueles que criticam e nunca agem.
Esta é a questão: todo mundo espera que alguém faça algo para melhorar a situação de dificuldades, acha que poderia ser desta ou doutra forma, mas permanecemos todos na acomodação, até indiferença, esperando que as coisas caiam do Céu e esquecendo o acerto da canção popular que diz que quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Estas considerações todas também podem ser levadas para o Centro Espírita, o Movimento Espírita ou no relacionamento entre os espíritas. Existe muita gente achando que, enquanto o tempo passa, as coisas deixam de acontecer, perdemos tempo adiando dias melhores... Veja alguns exemplos:
a) Acho que poderíamos convidar fulano para falar outra vez. Foi tão boa aquela palestra...
b) Acho que fulano poderia hospedar aquele orador. É uma noite só;
c) Acho que podemos preparar um lanche para as crianças;
d) Acho que se trocássemos as cadeiras do Centro, ficaria melhor... estas estão velhas;
e) Acho que se alugássemos uma Van para ir assistir aquela palestra na outra cidade;
f) Acho que os estudos ficariam melhor se fossem às 20 horas...;
g) Acho que se fulano fosse o Presidente, seria melhor...;
h) Acho que podemos organizar uma festinha para os assistidos...;
i) Ah, mas eu acho que se pintasse de amarelo ficaria melhor;
j) Mas, eu acho que uma Noite da Pizza resolveria nossa questão de caixa.
O fato é que precisamos agir.
Está à nossa espera a iniciativa, a decisão, o primeiro passo a ser seguido da perseverança. Há muito o que fazer no Centro, no Movimento.
Interessemo-nos, saindo da inércia e da acomodação.
Mesmo errando, mas deixando tanto de achar que...
Orson Peter Carrara
publicado no 'Jornal Mundo Espírita de Julho de 2001'.
sábado, 19 de março de 2016
Em diálogo
Em um diálogo, o melhor é ouvir com naturalidade, pois assim podemos estender a fraternidade.
Quando elevamos a qualidade do vocabulário para o intercâmbio com os outros, melhoramos a receptividade nos ambientes.
Ao carregamos as nossas frases com doses de compreensão e otimismo, conquistamos corações e mentes.
Se pudermos educar a voz para que ela seja um cartão de visitas, sem elevá-la em demasia, geraremos respeito diante dos outros.
Nas oportunidades de conversar, se motivarmos as pessoas para o bem a fazer, teremos mais oportunidades para construir a jornada na pauta da construção fraterna.
Ao ouvirmos alguém, não cortemos o assunto com anotações diferentes daquilo que interessa ao nosso interlocutor, para não gerar desconforto e insatisfação.
Quem aprende a ouvir com respeito fala sempre melhor.
Diante de problemas a solucionar, esclareça com serenidade sem destacar a perturbação de quem quer que seja.
Procuremos sempre que possível calar nossas mágoas, reservando-as para os nossos momentos íntimos e não destilando-as para todos os que nos cercam.
Recordemos: a palavra simples e espontânea é a chave da simpatia.
Mensagem recebida em 19 de março de 2016
Militão Pacheco
sexta-feira, 18 de março de 2016
A lei de Amor
Especialmente para as pessoas que só "passam os olhos" pelo Livro dos Espíritos, um trecho dos mais importantes a seguir!
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)
* * *
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
112a edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febrasil.org. Federação Espírita Brasileira, 1996.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Nos momentos difíceis
A vivência da dor é comum a todos as pessoas, isso não é sequer de se questionar; ela pode surgir a cada um de modo diferente, mas a todos visita em algum momento da Vida.
Os pobres sofrem pela incerteza quanto à manutenção de sua família; os doentes experimentam padecimento físico; os idealistas se angustiam pelo bem que tarda em se realizar...
Qualquer que seja a posição social de um homem, ele vive a experiência do sofrimento, seja rico, pobre, branco, negro, amarelo, culto, inculto, tanto faz.
A própria transitoriedade da vida terrena é fonte de angústias e incertezas - muitos gostariam de ser imortais e fazer de seus entes mais amados criaturas imortais também, para não terem de passar pela dor e pelo sofrimento das perdas, mas não tem jeito, pois a imortalidade não é do corpo físico, mas do Espírito que é imortal.
Pode-se muito fazer e muito angariar, mas a morte é uma certeza e a tudo transformará. Alguma perda é inerente do viver.
Ninguém ignora a possibilidade de seus afetos o sucederem no retorno à Pátria Espiritual. Nenhum ser humano sensato imagina que o vigor físico o acompanhará para sempre.
A experiência da Vida chama a atenção dos homens para o fato de que são essencialmente iguais. Mas, algumas pessoas acreditam ser melhores, por pura ingenuidade ou mesmo insanidade...
As pessoas ocupam diferentes posições e têm experiências pessoais peculiares a cada uma, mas ninguém é imune à ação do tempo. A vida material é transitória e isso não se pode negar.
Contudo, as pessoas evitam refletir sobre essa realidade. Quando pegas "de surpresa" pelos fenômenos próprios da transitoriedade da vida, costumam se revoltar. Todos sofrem... mas poucos compreendem a realidade da Vida.
Tão raro é o "bem sofrer" que geralmente não é sequer compreendido.
Quando, em face de alguma experiência de perda, a pessoa mantém a serenidade, as demais pessoas julgam que ela tem algum "problema". Confunde-se sensibilidade à dor com escândalos.
Se a pessoa não fica indignada e não procura culpados por sua dor, entende-se que ela tem algo de "errado".
Uma mãe capaz de suportar serenamente a dor da morte de um filho surge aos olhos alheios como insensível. Como se ausência de gritos significasse falta de amor!
A Terra, por algum tempo ainda, será morada de Espíritos em provas e expiações, justamente por conta de que por séculos, semearam dor nos caminhos alheios e não se interessaram exatamente em reparar os estragos.
Por isso, são atingidos pelos reflexos de suas atitudes, até que aprendam o código de fraternidade que rege a Vida, a conhecida lei de ação e reação. As experiências que o atingem visam a nos transformar em alguém melhor e mais sensível à dor do semelhante. Elas possibilitam nossa recomposição perante a Justiça Divina.
Então, pare com as reclamações, pois elas não ajudam em nada. Na verdade, só atrapalham e confundem! Não procure culpados e não se imagine vítima. Aproveite a dor para exemplificar sua condição de cristão, procurando, dentro de suas possibilidades - evidentemente - reagir com serenidade e resignação.
Quando o sofrimento o alcançar, procure ser um exemplo de dignidade, esforço e luta. Sua serenidade perante a dor poderá faze com que as outras pessoas repensem a forma de viver. Assim, sim, você estará colaborando na construção de um mundo melhor, com menos revolta e insensatez.
Mensagem recebida em 16 de março de 2016
Albino Teixeira
quarta-feira, 16 de março de 2016
Quando em prece, perdoar.
Quando em prece a Alma não deveria obedecer a atitudes mecânicas comuns, mas deveria exaltar em seu íntimo a mais profunda e respeitosa consciência e lucidez.
Já basta o cotidiano que é repleto de automatismos, o que transforma o tempo em algo fugaz e fugidio...
Ao encarar, entretanto, os santuários interiores, ela deveria colocar a consciência de si mesma e da existência do Criador em primeiro plano.
Que cada um possa, ao se colocar em postura de rogativa, gratidão ou adoração ao Alto, compreender que é indispensável concentrar-se no momento da prece, para justamente alcançar, através dela, o que mais necessita: a paz interior.
As Almas, mesmo quando não se conheçam entre si, no quadro das circunstâncias da matéria, acabam por comunicar-se por tênues fios das semelhanças de sentimentos que são manifestados durante a prece.
Em tais momentos, nos quais precisamos nos elevar às zonas mais elevadas do pensamento, enviamos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo propício, precisamos da sensibilidade o mais plena possível para aproveitar, para sorver com consciência o amparo que chega do Alto para aliviar nossas dores, para curar nossas chagas e gerar em nós mesmos a tão necessária esperança para o porvir.
Mas, acima de tudo, é muito importante que, no momento da prece, com o coração expandido por confiança possamos aproveitar o instante de possibilidades para recordar dos nossos adversários, daqueles que nos querem mal, daqueles que se perturbam com o recordar conosco, daqueles que desestabilizam nosso íntimo, para perdoá-los.
É esse um dos momentos mais apropriados para o perdão, quando estamos em sintonia com o Alto através da prece.
Lembrando o Cristo: “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem.” (Mateus 5,43-44)
Assim ficaremos livres para nossa jornada, sem embaraços e mais próximos do Criador!
Mensagem recebida em 15 de março de 2016
Militão Pacheco
terça-feira, 15 de março de 2016
"Queda" do Espírito
Quando criado como Espírito, em momento desconhecido para nós, o Ser humano é iniciado simples e ignorante, mas uma vez conquistada a consciência e os valores racionais, todos os Espíritos são investidos de uma responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação, ou seja, proporcionalmente à sua condição de conhecimento e moral; porém, são raros os que praticam seus legítimos deveres morais, fazendo escolhas invariavelmente corretas, aumentando os seus potenciais divinos no patrimônio universal.
Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a Alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador e, por conta de seu livre arbítrio, pode acabar caindo ...
pelo orgulho,
pela vaidade,
pela ambição
pelo egoísmo.
Provoca problemas para si mesmo quebrando a harmonia divina que tem dentro de si e penetrando em experiências penosas, estas a fim de restabelecer o equilíbrio de sua própria existência.
A Terra é um plano de vida e de evolução como outro qualquer, e, nas esferas mais variadas - no plano espiritual, a Alma pode cair, por assim dizer, já que entra em estagnação efetivamente, em sua rota evolutiva, porquanto precisamos compreender que a sede de todos os sentimentos bons ou maus, superiores ou indignos, reside no âmago do Espírito imperecível e não na carne que se irá se desfazer com o tempo.
segunda-feira, 14 de março de 2016
Mais uma vez as palavras...
Mais uma vez é preciso chamar atenção para o cuidado que é preciso ter com as palavras.
Elas são sempre um veículo que pode ser voltado para o bem ou para o mal, na dependência de como se a conduz.
E, ainda que não haja a evidente intenção de se fazer o mal, pode ocorrer que ingenuamente se faça o papel de condutor do erro, por conta da sincera ingenuidade.
A ingenuidade é, aliás, uma filha da inexperiência e, algumas vezes, da invigilância.
É preciso estar sempre atento a tudo o que se ouve e ao que se reproduz.
É preciso estar atento para com as opiniões, pois elas podem ser as sementes para a geração de vários problemas.
Opinar e expressar são circunstâncias complexas que demandam imensa responsabilidade, em detrimento da falta de vivência e da própria falta de vigilância ou de cuidado para com as circunstâncias ou situações.
É preciso ser sempre cauteloso quanto ao que se secreta pelos lábios sempre.
Para não cair no erro comum de iniciar situações constrangedoras ou mesmo provocar a perfídia em um dado ambiente.
É preferível falar pouco, expressar pouco, pois a única palavra sobre a qual tens controle é aquela que ainda não foi dita.
Militão Pacheco
11/março/2016
sábado, 12 de março de 2016
Rogativa pela Nação Brasileira
Há 50 anos atrás, nós vivenciávamos momentos bastante complexos, momentos difíceis em nossa nação.
Dois anos antes havia acontecido uma mudança geopolítica importante com a introdução dos militares no governo.
Um grande numero de Espíritos se mobilizou com a intenção de auxiliar a nação brasileira no reequilíbrio e na re-harmonização.
A tarefa incessante desses Espíritos permitiu que aos poucos a Nação conseguisse retomar algum grau de equilíbrio para experimentar por alguns anos a tão desejada prosperidade que todos anseiam ter.
Agora passamos por momentos difíceis novamente.
Evidente que vocês devem imaginar um grande número de Espíritos mobilizados por Ismael, coordenados por Bezerra de Meneses já se agitam, com a intenção de trazer para a Nação Brasileira a harmonia para esse povo essencialmente tão pacifico, de tão pacifico que parecem ser ingênuo, mas que vem sendo dominado por emoções e sentimentos difíceis de revolta, de indignação e de insatisfação de tal forma, que uma onda de pensamentos vêm corroendo e consumindo as instituições, desde a família que é uma base da sociedade, até as instituições públicas e privadas.
A nossa rogativa de hoje vai exatamente para a Nação Brasileira, para nós todos encarnados e desencarnados, que experimentamos momentos de turbulência.
Não se trata de um momento, de uma fase de convulsão social de maneira alguma.
Eu tenho escolhido as palavras da melhor maneira possível.
A palavra turbulência representa melhor esta pequena fase pela qual temos passado.
Seria interessante que apesar de toda crise material que todos tenham experimentado, todos se recordassem aqui que são Espíritos vivendo em um mundo material, que não são corpos materiais exclusivamente, e que todas as experiências experimentadas aqui na Terra servem para o aprendizado e valorização de todos, de tal forma que cultivar a revolta e a insatisfação, só trará ainda mais desarmonia e desequilíbrio.
O papel do Espírita precisa ser diferente, precisa ser o papel da harmonização.
Claro, é necessário ter conscientização e ciência dos fatos.
Isso é uma coisa, mas daí partir para qualquer grau de violência, seja verbal ou física, é um grande equivoco.
Então, Espíritas, eu convido à todos para refletirem neste momento e ao invés de alimentarem a revolta no coração, elevarem a prece a Deus e a Jesus por todos àqueles que ainda não entenderam que o melhor para todos é a paz.
Espíritas, nós que aqui estamos e todos que possam nos ouvir, nós lhes convidamos para a prece coletiva em prol da nossa Nação.
Nós os convidamos para a ação no Bem, a ação na harmonia pelo bem de todos.
Que assim seja!
Psicofonia recebida no Nept em 09/03/2016
sexta-feira, 11 de março de 2016
Prejuízos
O que são os prejuízos reais que podemos verificar em nossa caminhada?
Aqueles que nos afetam como algo de ordem natural?
Pensemos melhor sobre isso.
Aqui estamos vinculados a um Planeta de provas e expiações com a tarefa também de transformá-lo a partir da somatória das nossas transformações individuais.
Nosso microcosmo e o macrocosmo de que somos parte se interligam e intercomunicam a todo o tempo.
Ganhos e perdas nesse panorama são oportunidades reais para estas transformações.
Esqueçamos esta óptica da vantagem verso desvantagem em nossas ações e nos eventos em que somos chamados a participar.
Podemos agir e raciocinar sobre ganhos que obtemos em nossa reforma para o Bem no quadro de abundância de oportunidades que nos oferece a Vida, dom, por assim dizer, bendito do Pai.
Não pré julgarmos portanto os acontecimentos que nos acometem sob a visão do "prejuízo" mas sob a perspectiva do aprendizado, da transformação e do incremento de virtudes e serem cultivadas.
Esse, sim o Bem precioso que devemos sempre bendizer e agradecer.
Abraços fraternos
psicografia recebida no NEPT em 09 de março de 2016
Roberto Brólio
quinta-feira, 10 de março de 2016
Nossos Equívocos - quarta parte: a Ira
A Ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar sentimento de vingança.
É uma emoção que conflita o agente causador da ira e o irado.
A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada com o desejo de destruir aquilo que provocou sua ira, que é algo que provoca a pessoa.
Ela não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração.
Mas o Espírita precisa ter em mente que as penas em decorrência do erro do causador pertencem a Deus.
quarta-feira, 9 de março de 2016
Nossos Equívocos - terceira parte
Luxúria
Luxúria (do latim luxuriae) é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material.
Não se restringe somente às questões sobre a sensualidade, é bom saber.
Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.
Consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade.
A conquista oposta é, também, a temperança, bendita conquista que mostra o potencial humano do auto-controle, tão necessário para que tenhamos o necessário equilíbrio que conduz ao caminho da harmonia.
terça-feira, 8 de março de 2016
Nossos Equívocos - segunda parte
Avareza...
É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus em segundo plano.
É considerado o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades.
Ela demonstra materialismo, pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com a Vida Espiritual.
Neste sentido, o equívoco da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse deus.
A oposição da avareza é a caridade, aquela que permite ao Ser humano doar-se ao próximo!
segunda-feira, 7 de março de 2016
Nossos equívocos
Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida, mas que abrange outros aspectos da vida, nos quais cometemos exageros.
Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça.
Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança.
Tal virtude, certamente é, como as outras todas, uma das conquistas da humanidade.
Para conquistá-la deveremos trabalhar muito intimamente, buscando as necessárias disposições e transformações que permitam alcançar tal nível de equilíbrio, para não conduzir o organismo físico à enfermidade em função dos excessos.
O egoísmo é uma das maiores dificuldades para a humanidade em todos os tempos.
sábado, 5 de março de 2016
Ser honesto
Disse Jesus "seja o seu dizer, sim, sim, não, não".
É simples.
Não é necessário fazer grande esforço para compreender o que nos disse o Cristo.
Ou se é, ou não se é.
Ninguém pode ser muito honesto, pois esta conquista, esta aptidão do ser humano tem a característica fundamental de não apresentar gradações.
Não é plausível ser muito ou pouco honesto, já que a honestidade é uma potencialidade de extensão, quer dizer, ou se é honesto ou não se é honesto.
Assim se pode afirmar com relação às demais conquistas da humanidade, como, por exemplo a paciência.
Ou se é paciente ou se é impaciente.
Por esta razão "paciência não tem limites", pois quem já a conquistou simplesmente é paciente e ponto final.
A partir do instante em que alguém se coloca como muito paciente está incorrendo no mesmo equívoco que aquele que diz ser muito ou pouco honesto.
A verdade é que essas conquistas, todas como a bondade, a caridade, a fraternidade, a humildade, estão todos na forma de germen em nosso íntimo.
Elas têm algum grau de desenvolvimento, então apresentamos uma espécie de "flash" de cada uma delas, ou mesmo momentos mais prolongados de comportamento dentro deste contexto, mas, ainda, por conta de sermos falíveis, caimos no erro e falhamos, por conta de ainda não termos conquistado efetivamente tal potencial.
E o que importa, nesses casos é a nossa predisposição para tentar sempre conquistar cada uma delas.
Portanto, ao cairmos no erro, em seguida devemos retornar à jornada com o intuito de retroceder de onde paramos.
Não do zero, mas daquele ponto onde estávamos antes da queda.
Assim a vida irá nos conduzir com presteza para a efetiva evolução, em função do nosso próprio esforço.
Façamos, então, a nossa parte para alcançarmos nossa prosperidade espiritual.
Psicografia recebida no NEPT em 04 de março de 2016
Manoel
quinta-feira, 3 de março de 2016
Vamos aprender sobre o Roustainguismo?
Roustainguismo (A Verdade revelada através da Mentira) – Revelação da Revelação fundada por Jean Baptist Roustaing, em 1865 na França.
O autor das obras os Quatro Evangelhos, julgou seguir um outro caminho.
Ao invés de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto.
Já dito muitas vezes, para nós a opinião de um Espírito, seja qual for o nome que traga, tem apenas o valor de sua Opinião Individual.
Convém, pois, até mais ampla confirmação (Os Quatro Evangelhos), não podem (nem devem) ser consideradas como partes integrantes da Doutrina Espírita.
Nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar com os próprios olhos.
Existem milhares de diferenças entre o Espiritismo e a Crença fundada por Roustaing - "Revelação da Revelação".
Nunca jamais devemos confundir ou aludir qualquer semelhança entre estes dois pensamentos (Espiritismo e Roustainguismo) totalmente antagônicos entre si.
Se você quiser ser Roustainguista que seja, mas nunca se diga Espírita, pois entre estes dois pensamentos nada existe de comum, há não ser as partes e os textos que o Sr. Roustaing roubou descaradamente e os distorceu ao seu prazer dos livros de Kardec.
Os supostos “ministros de Deus” que orientavam Roustaing em seus extensos textos eram forças das trevas e um abuso a inteligência racional humana.
Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo.
Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.
Quem conhece um pouco sobre religiões e mitologias, ao ler qualquer uma das obras de Roustaing, perceberá logo de início que o suposto nascimento fluídico de Jesus tão pregado e divulgado pela suposta “revelação da revelação” é pura e simplesmente uma cópia mal feita dos nascimentos dos semi-deuses greco-romano.
Leia-se sobre a religião grega e romana, principalmente no que concerne ao nascimento dos semi-deuses.
Quando Zeus coabitava com alguma mortal, todas as gravidez e nascimentos eram diferentes dos nascimentos comuns dos mortais, mas igual em número e grau ao apresentado pelo roustainguismo.
Esse feito se dava para diferenciar os semi-deuses dos pobres mortais.
O que Roustaing fez em suas obras foi reviver nada menos e nada mais que o docetismo do século I ou II d.C. pregado por Dociteu e Saturnino que negavam o corpo carnal de Jesus.
Seria o senhor Roustaing a reencarnação de um dos fundadores do docetismo?
Sabemos que todos trazemos de forma inconsciente resquícios e traços de existências que vivemos outrora e se Roustaing prega e afirma com tanta veemência que o corpo de Jesus era apenas aparente, deve ter tido em algum momento de suas existências contato com o pensamento docetista, se não foi um de seus fundadores.
Leonardo Arantes Marques
O trabalho de Paulo, segundo Emmanuel
No trabalho de redação dos Evangelhos, que constituem, sem dúvida, o portentoso alicerce do Cristianismo, verificavam-se, nessa época, algumas dificuldades para que se lhes desse o precioso caráter universalista.
Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde de seus gloriosos ensinamentos; mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão, precisamos considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do Mestre, sofrendo as influências do meio a que foram conduzidos.
Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo.
É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina.
De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece-se entre ele e os demais Apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza.
Emmanuel - A Caminho da Luz
quarta-feira, 2 de março de 2016
Como reconhecer um Bom Espírito?
Não há outro critério, senão o bom-senso, para se aquilatar do valor dos Espíritos. Absurda será qualquer fórmula que eles próprios dêem para esse efeito e não poderá provir de Espíritos superiores.
Apreciam-se os Espíritos pela linguagem de que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.
Admitido que os bons Espíritos só podem dizer e fazer o bem, de um bom Espírito não pode provir o que tenda para o mal.
Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros. A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas. Toda expressão que denote baixeza, pretensão, arrogância, fanfarronice, acrimônia, é indício característico de inferioridade e de embuste, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.
Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que se ostente o Espírito.
A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo lugar.
Podem ser mais ou menos desenvolvidos, conforme as circunstâncias, as necessidades e as faculdades que encontrem para se comunicar; porém, jamais serão contraditórios.
Se duas comunicações, firmadas pelo mesmo nome, se mostram em contradição, uma das duas é evidentemente apócrifa e a verdadeira será aquela em que nada desminta o conhecido caráter da personagem.
Sobre duas comunicações assinadas, por exemplo, com o nome de São Vicente de Paulo, uma das quais propendendo para a união e a caridade e a outra tendendo para a discórdia, nenhuma pessoa sensata poderá equivocar-se.
Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com desassombro, sem se preocuparem com a verdade.
Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.
Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento.
Os bons Espíritos fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas. A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.
Os Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm o estilo conciso, sem exclusão da poesia das ideias e das expressões, claro, inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com exatidão.
Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento, ou a ênfase, o vazio de suas ideias. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.
Os bons Espíritos nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se.
Os maus são imperiosos; dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam, haja o que houver.
Todo Espírito que impõe trai a sua inferioridade.
São exclusivistas e absolutos em suas opiniões; pretendem ter o privilégio da verdade. Exigem crença cega e jamais apelam para a razão, por saberem que a razão os desmascararia.
Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva. Os maus prodigalizam exagerados elogios, estimulam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.
Os Espíritos superiores desprezam, em tudo, as puerilidades da forma. Só os Espíritos vulgares ligam importância a particularidades mesquinhas, incompatíveis com ideias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de inferioridade e de fraude, da parte de um Espírito que tome um nome imponente.
Deve-se desconfiar dos nomes singulares e ridículos, que alguns Espíritos adotam, quando querem impor-se à credulidade; fora soberanamente absurdo tomar a sério semelhantes nomes.
Deve-se igualmente desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não lhes aceitar o que digam, senão com muita reserva. Aí, sobretudo, é que uma verificação severa se faz indispensável, porquanto isso não passa muitas vezes de uma máscara que eles tomam, para dar a crer que se acham em relações íntimas com os Espíritos excelsos. Por esse meio, lisonjeiam a vaidade do médium e dela se aproveitam freqüentemente para induzi-lo a atitudes lamentáveis e ridículas.
Os bons Espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam aconselhar. Elas, qualquer que seja o caso, nunca deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil.
Devem, pois, ter-se por suspeitas todas as que não apresentam este caráter, ou sejam condenáveis perante a razão, e cumpre refletir maduramente antes de tomá-las, a fim de evitarem-se mistificações desagradáveis.
Também se reconhecem os bons Espíritos pela prudente reserva que guardam sobre todos os assuntos que possam trazer comprometimento.
Repugna-lhes desvendar o mal, enquanto que aos Espíritos levianos, ou malfazejos apraz pô-lo em evidência.
Ao passo que os bons procuram atenuar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia, por meio de insinuações pérfidas.
Os bons Espíritos só prescrevem o bem.
Máxima nenhuma, nenhum conselho, que se não conformem estritamente com a pura caridade evangélica, podem ser obra de bons Espíritos.
Jamais os bons Espíritos aconselham senão o que seja perfeitamente racional.
Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom-senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.
Os Espíritos maus, ou simplesmente imperfeitos, ainda se traem por indícios materiais, a cujo respeito ninguém se pode enganar. A ação deles sobre o médium é às vezes violenta e provoca movimentos bruscos e intermitentes, uma agitação febril e convulsiva, que destoa da calma e da doçura dos bons Espíritos.
Muitas vezes, os Espíritos imperfeitos se aproveitam dos meios de que dispõem, de comunicar-se, para dar conselhos pérfidos. Excitam a desconfiança e a animosidade contra os que lhes são antipáticos. Especialmente os que lhes podem desmascarar as imposturas são objeto da maior animadversão da parte deles.
Alvejam os homens fracos, para os induzir ao mal. Empregando alternativamente, para melhor convencê-los, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até demonstrações materiais do poder oculto de que dispõem, se empenham em desviá-los da senda da verdade.
Os Espíritos dos que na Terra tiveram uma única preocupação, material ou morai, se se não desprenderam da influência da matéria, continuam sob o império das ideias terrenas e trazem consigo uma parte dos preconceitos, das predileções e mesmo das manias que tinham neste mundo. Fácil é isso de reconhecer-se pela linguagem de que se servem.
Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal da superioridade deles. A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira pedra de toque.
Não basta se interrogue um Espírito para conhecer-se a verdade. Precisamos, antes de tudo, saber a quem nos dirigimos; porquanto, os Espíritos inferiores, ignorantes que são, tratam frivolamente das questões mais sérias. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem, para que, no mundo espírita, se ache de posse da soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o, aproximá-lo de Deus e dilatar-lhe os conhecimentos.
Da parte dos Espíritos superiores, o gracejo é muitas vezes fino e vivo, nunca, porém, trivial. Nos Espíritos zombadores, quando não são grosseiros, a sátira mordaz é, não raro, muito apropositada.
Estudando-se cuidadosamente o caráter dos Espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral, reconhecem-se-lhes a natureza e o grau de confiança que devem merecer. O bom-senso não poderia enganar.
Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é preciso, primeiro, que cada um saiba julgar-se a si mesmo.
Muita gente há, infelizmente, que toma suas próprias opiniões pessoais como paradigma exclusivo do bom e do mau, do verdadeiro e do falso; tudo o que lhes contradiga a maneira de ver, a suas ideias e ao sistema que conceberam, ou adotaram, lhes parece mau. A semelhante gente evidentemente falta a qualidade primacial para uma apreciação sã: a retidão do juízo. Disso, porém, nem suspeitam. E o defeito sobre que mais se iludem os homens.
terça-feira, 1 de março de 2016
Melindre
O melindre é uma emoção curiosa, pois coloca a pessoa em situação até mesmo vexatória, ainda que ela mesma não reconheça, o que é absolutamente comum...
É possível se dizer que quem se sujeita a ele é orgulhoso e pode estar sob influência espiritual de tal monta que pode chegar à fascinação, já que não aceita eventuais incursões e detalhes sobre seu comportamento e postura, ligando as críticas a um subjeto surreal e mesmo inexistente.
Mas, a visão dos que o cercam é diferente: há erro em suas atitudes.
A sugestão toda vez que você receba uma interferência, nem é preciso citar uma crítica, basta uma interjeição ainda que positiva, não se deixe levar por ressentimento e avalie a possibilidade de que exista uma boa vontade na observação a seu respeito, mesmo que o crítico ou o observador não seja exatamente polido em suas colocações.
Tente não permitir que as brumas do orgulho interfiram em suas disposições e analise a crítica como algo efetivamente construtivo, sem abalar seu íntimo com querelas desnecessárias.
Seja superior ao seu orgulho.
Não seja vítima de si mesmo.
Recebeu crítica? Interprete como uma lição para sua própria evolução.
Melindre é, no mínimo, o primeiro passo para a obsessão!
Faça o possível para evitá-lo!
Mensagem recebida em 1º de março de 2016
Militão Pacheco
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