Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Melhora antes do desencarne


Em caso de doença, o processo de desligamento do doente ocorre mais lentamente. 

Por vezes acontece que as equipes socorristas iniciam o processo de desligamento, mas os parentes estão junto ao doente e vibram tão intensamente para que este fique bom, que dificultam muito o seu processo de desligamento. 

Para resolver esta situação, os socorristas fazem com que o doente tenha uma repentina melhora, utilizando os passes magnéticos para esta finalidade.

Desta forma os familiares ficam aliviados e afastam-se, continuando as suas tarefas diárias. 

Neste momento, os socorristas podem retomar o processo de desligamento e o doente vem a falecer em pouco tempo.

Num velório costuma haver uma nuvem cinzenta de tanta tristeza que paira no local.

Às vezes o Espírito está ausente, já desligado da matéria. 

Outras vezes o Espírito está confuso no local e por vezes está a dormir junto ao corpo. 

O que dificulta nestes lugares é a tristeza e a "choradeira" das pessoas.

Seria tão maravilhoso se todos compreendessem a desencarnação como ela verdadeiramente é, e aceitassem a ausência fisica, ajudando o desencarnado com pensamentos de estimuko, amir, carinho, orando por ele com Fé, ajudando-o em seu desligamento e em sua ida a sua nova jornada no Plano Espiritual!!!

O melhor desencarne é de uma pessoa que foi espiritualizada em Vida, pois, normalmente desencarna de uma maneira mais tranquila, como que dormindo e acordando entre Amigos!!! 

É um regressar tranquilamente à verdadeira casa!!


O próximo



Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos.

Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.

Do item 16, do Cap. X, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Companheiros da Terra, à frente de todas as complicações e problemas do sexo, abstende-vos de censura e condenação.

Todos nós - os Espíritos em aperfeiçoamento nos climas do Planeta - estamos emergindo de passado multimilenar, em que as tramas da alma se entreteciam em labirintos de sombra, para que as bênçãos do aprendizado se nos fixassem no espírito.

Ainda assim, achamo-nos todos muito longe da meta por alcançar.

Se alguém vos parece cair, sob enganos do sentimento, silenciai e esperai!

Se alguém se vos afigura tombar em delinqüência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!...

Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã.

Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.

Somos todos peças integrantes de uma só família, operando em dois mundos, simultaneamente - aquele das inteligências corporificadas no plano físico e aquele outro das inteligências desencarnadas que se domiciliam nas regiões da mesma Terra que habitais, disputando convosco, tanto quanto igualmente entre si, a aquisição de recursos substanciais da evolução.

Não dispomos de recursos para examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão.

Á vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!...

Abençoai e amai sempre.

Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo:

“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Morte encefálica 


Antes de se ter a morte encefálica como parâmetro para a constatação da morte efetiva, era o coração quem tinha a função sine qua non de determinar a hora do óbito, e a questão 69 do Livro dos Espíritos já alertava para que tal órgão não fosse tido como único capaz de fazer cessar a vida:


69 – Por que uma lesão do coração, de preferência que a dos outros órgãos, causa a morte?

Resposta: O coração é máquina de vida; mas o coração não é o único órgão em que a lesão causa a morte; não é mais que uma das peças essenciais.

 A morte encefálica foi discutida pela primeira vez na França, no ano de 1950, significando que “as estruturas vitais do encéfalo, necessárias para manter a consciência e a vida vegetativa, encontram-se lesadas irreversivelmente”. 

De forma simplificada, significa dizer que o cérebro não funciona mais, não há mais atividade e um eletroencefalograma mostrará o silêncio elétrico cerebral.

 Há 20 anos, o Conselho Federal de Medicina, por intermédio da Resolução nº 1.346 de 1991, estabeleceu que “a morte encefálica corresponde a um estado definitivo e irreversível de morte”. 

Atualmente em vigor, a Resolução 1.480 de 1997, também do Conselho Federal de Medicina, “estabelece critérios clínicos para diagnóstico e recomenda para pacientes acima de dois anos de idade, a realização de exame complementar dentro os que analisam a atividade circulatória cerebral ou sua atividade metabólica. 

Para pacientes acima de uma semana de vida, até 2 anos de idade, sugere-se a realização de um eletroencefalograma, com intervalos variáveis de acordo com a idade”.

 Do ponto de vista espiritual, não se pode dizer que a morte encefálica seja o momento exato do desenlace do espírito de seu corpo físico. É o que explica a questão 155 do Livro dos Espíritos:

 155 – Como se opera a separação da alma e do corpo?

Resposta: Rompidos os laços que o retinham, ela se liberta.

 155 - a) A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação bem nítida entre a vida e a morte?

Resposta: Não, a alma se liberta gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que ganha subitamente a liberdade. Esses dois estados se tocam e se confundem; assim o Espírito se libera pouco a pouco de seus laços: os laços se desatam, não se quebram.

 Em nota à questão mencionada, Kardec explica ainda:

“Durante a vida, o Espírito se liga ao corpo por seu envoltório semimaterial ou períspirito. A morte é apenas a destruição do corpo e não desse segundo envoltório que se separa do corpo quando cessa neste a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desligamento do períspirito não se completa subitamente; ele não opera senão gradualmente e com uma lentidão que varia muito segundo os indivíduos. Para alguns ele é muito rápido, e pode-se dizer que o momento da morte é aquele do desligamento, algumas horas após. Para outros, aqueles, sobretudo, cuja vida foi toda material e sensual, o desligamento é muito menos rápido e dura, algumas vezes, dias, semanas, e mesmo meses, o que não implica existir no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre em razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria.

Com efeito, é racional conceber que quanto mais o Espírito se identifica com a matéria, mais ele sofre ao se separar dela. Ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de libertação mesmo durante a vida do corpo e, quando chega a morte, ela é quase instantânea. 

Tal é o resultado dos estudos feitos sobre todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é algumas vezes muito penosa porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e particular a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte; ele se apresenta entre alguns suicidas”.

 Adiante, a questão 156 nos esclarece um pouco mais acerca do momento da morte:

 156- A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes da cessação completa da vida orgânica?

Resposta: Algumas vezes, na agonia, a alma já deixou o corpo e não há mais que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo e, entretanto, lhe resta ainda um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração movimenta; existe enquanto o coração faz circular o sangue nas veias; e para isso não necessita da alma.

 Verifica-se que aqui, nesta questão, fica claro o comentário inicial de que o coração era o ponto que determinava a morte do corpo físico, antes da morte encefálica, conforme se preceitua atualmente.

 Conclui-se, portanto, mencionando que nosso patamar de conhecimento atual permite que a morte cerebral represente apenas uma impossibilidade de vida, mas não significa que esse seja o exato momento em que ocorre o desencarne, não garantindo, também, que o espírito já tenha partido de forma definitiva.

Ainda precisamos aguardar mais um tempo pelo surgimento de maiores informações que esclareçam tal assunto, demandando que tenhamos paciência e prudência até que esse novo patamar de conhecimento nos seja permitido.

Fascinação 


Há, Espíritos obsessores sem maldade, que alguma coisa mesmo denotam de bom, mas dominados pelo orgulho do falso saber. 

Têm suas ideias, seus sistemas sobre as ciências, a economia social, a moral, a religião, a filosofia, e querem fazer que suas opiniões prevaleçam. 

Para esse efeito, procuram médiuns bastante crédulos para os aceitar de olhos fechados e que eles fascinam, a fim de os impedir de discernirem o verdadeiro do falso. 

São os mais perigosos, porque os sofismas nada lhes custam e podem tornar cridas as mais ridículas utopias. 

Como conhecem o prestígio dos grandes nomes, não escrupulizam em se adornarem com um daqueles diante dos quais todos se inclinam, e não recuam sequer ante o sacrilégio de se dizerem Jesus, a Virgem Maria, ou um santo venerado. 

Procuram deslumbrar por meio de uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, eriçada de termos técnicos e recheada das retumbantes palavras caridade e moral. 

Cuidadosamente evitarão dar um mau conselho, porque bem sabem que seriam repelidos. 

Daí vem que os que são por eles enganados os defendem, dizendo: Bem vedes que nada dizem de mau. 

A moral, porém, para esses Espíritos é simples passaporte, é o que menos os preocupa. 

O que querem, acima de tudo, é impor suas ideias por mais disparatosas que sejam.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

As tarefas das equipes de desencarne



Somente alguns Espíritos encarnados têm a capacidade de auto desligamento, ou seja, de desligar os laços que o prendem ao corpo físico. 

A grande maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta. 

Por esse motivo existem na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. 

Elas realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão desencarnando.

Quando o Espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo", eles realizam as seguintes tarefas:

1 - PREPARAÇÃO

O ambiente doméstico, os familiares e o próprio Espírito que desencarnará em breve recebem visitas quase que diárias para auxílio magnético e preparação. 

Alguns recebem uma aparente melhora para consumação das sua últimas tarefas e para o último contato com os que lhe são queridos.

2 - PROTEÇÃO

Existem vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em "vampirizar" os recém-desencarnados. 

A equipe espiritual tem como tarefa proteger o corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o espírito contra as investidas das trevas.

3 - ENCAMINHAMENTO

Os Espíritos recém-desencarnados são auxiliados para o encaminhamento ao local onde serão amparados, seja um Posto de Socorro, uma Colônia Espiritual. 

Ninguém pode ser levado para planos superiores do Astral sem estar preparado.

4 - CORTANDO OS LAÇOS

É comum a presença de Espírito amigo ou familiar da última encarnação durante o desligamento. 

A maior parte dos espíritos de nível "médio" de evolução se mantém mais ou menos conscientes do que acontece (depende o grau de desprendimento e evolução). 

Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc, tranquiliza o espírito em processo de desencarnação.

5 - O ROMPIMENTO DO CORDÃO DE PRATA

A grande maioria dos Espíritos em processo de desencarne ainda se acha ligada de alguma forma à matéria física, seja por amor à família, aos bens, preocupações com os que vão deixar, etc. 

Em vista disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do cordão de prata, última etapa no processo de desligamento, só é realizado (na maioria dos casos) após algum tempo.

Nos livros "Voltei" e "Obreiros da Vida Eterna" (ambos de Francisco Candido Xavier) os Espíritos são amparados por familiares, mãe e filha, respectivamente.

O tamanho das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de Espíritos que desencarnarão em um período específico. 

Junto a equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de outras vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns), etc .

domingo, 26 de novembro de 2017

Doenças da Alma 


A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da Alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.

Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na Alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.

Do ponto de vista mental, os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.

Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.

Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.

A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.

Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no Lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo:

“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Reencarnação e Ciência


Presente nas mais diversas culturas, a reencarnação desafia o tempo, permanecendo viva na mente e nas crenças do ser humano. Desde a mais remota antigüidade até os nossos dias, ela vem sendo a forma mais completa de explicar os diversos e complexos fenômenos da experiência humana.

Sua credibilidade vem de evidências experimentais, de provas sob rigoroso controle científico.

A reencarnação é hoje um fato cientificamente provado. Com fortes evidências sob o ponto de vista da ciência, já alcançou a atenção dos institutos de pesquisas das universidades.

Não é difícil demonstrar, através de provas científicas, que a Reencarnação é uma lei universal e que a evolução humana se processa através dela.

Reencarnar é o retorno a um novo corpo, através de um novo nascimento, via fecundação, da personalidade individualizada do ser humano. Retornar significa voltar com a mesma individualidade anterior. Apesar de mudar-se de nome não se passa a ser outra pessoa.

A personalidade anterior se modifica a partir do nascimento, com um novo ambiente, porém o espírito é o mesmo. Encontramos como sinônimo de reencarnação o termo palingênese, que significa nascer de novo e o termo metempsicose, de origem grega, cujo significado aproxima-se do de

reencarnação, porém, ao contrário do conceito espírita, que só admite o retorno a um corpo humano, aceita também o regredir às formas animais.

Os mais antigos livros onde encontramos a doutrina da reencarnação são os Vedas, de cuja matriz surgiram grande parte das religiões e sistemas filosóficos da Índia, e que contêm hinos sagrados cuja origem remonta há muitos anos antes de Cristo.

No Egito, as dinastias mais antigas creditavam na preexistência da alma, antes do seu nascimento, assim como na sua pós-existência depois da

morte, e nos muitos nascimentos da alma neste e em outros mundos.

Religiões significativas da Pérsia, principalmente o Zoroastrismo, na sua forma genérica popular e dinâmica, seguiam doutrinas contendo a reencarnação, sendo que no Zoroastrismo (século VII a. C.) há a concepção de uma espécie de justiça cósmica de que as almas recebiam os

seus prêmios ou castigos merecidos nas vidas futuras. Há registros de que da Pérsia a crença da reencarnação foi levada à Grécia.

A religião ortodoxa Islâmica não aceita nenhuma doutrina de reencarnação. Apesar disso, algumas escolas esotéricas dentro do Islamismo – tais como os Sufis e os Drusos, defendem fortemente a reencarnação. Alguns místicos islâmicos e poetas sufis como Rumi, Hafiz e outros, defendiam abertamente a reencarnação.

De acordo com Flavius Josephus, o 1º historiador judeu do século I d. C., as três escolas antigas de pensamento e prática da religião judaica – os Saduceus, os Fariseus e os Essênios – diferenciavam-se acerca do destino da alma após a morte do corpo. Os Saduceus defendiam que a alma morre juntamente com o corpo. Os Fariseus mantiveram a imortalidade da alma, o renascimento das almas das pessoas boas noutros corpos e o castigo eterno das almas dos mais fracos. Os Essênios aceitavam a imortalidade e rejeitavam a reencarnação.

O Velho Testamento contém passagens (Provérbios 8:22-31; Jeremias 1:4-5) nas quais o autor professa que teriam existido anteriormente ao nascimento físico, com destaque para Malachias (4:2-6) que previu o retorno de Elias à Terra.

No Alasca, entre os índios da tribo Tlingits, é crença geral que os mesmos sinais e cicatrizes podem reaparecer no corpo do renascido. Entre os Esquimós, há inúmeros casos de pessoas que se recordam de suas vidas pregressas.

Diversas tribos americanas, dentre elas os Peles-Vermelhas, aceitam a reencarnação. Os Winnibagos crêem na reencarnação. Crença idêntica existe entre os índios Chippeway. Eles estão certos de que, em seus sonhos, podem reviver acontecimentos de encarnações passadas.

A principal corrente do Cristianismo ortodoxo, o Catolicismo, nunca acolheu abertamente a doutrina da reencarnação nas suas crenças, enquanto pensadores importantes e seitas dinâmicas abraçaram uma ou outra versão da doutrina dos renascimentos terrestres. Um conselho Ecumênico importante (o 2º de Constantinopla, em 553 d. C.), de acordo com a crença comum anatematizou todas as concepções da preexistência da alma

e do renascimento, que faziam parte das teses de Orígenes (185 – 254 d. C.), excomungado em 232 d. C. por adotar a reencarnação. Um dos expoentes máximos da Igreja, Clemente de Alexandria (preceptor de Orígenes) aceitava a reencarnação e, ainda mais, afirmava que São Paulo também professava tal crença.

Nos Diálogos de Platão - Fedon, Banquete e República a reencarnação é apresentada como um dos ensinos de Sócrates. Em República, livro X, p. 614 à 620, há o episódio de Er, filho de Armênio, originário da Panfília, que, após 12 dias de morte aparente, recupera-se e conta o que viu no mundo dos mortos. Relatou como se dá o retorno das almas para o renascimento.

Anteriormente a Sócrates, pelo menos Pitágoras, Heráclito e Empédocles expressaram explicitamente idéias de reencarnação. Em Fedro, Platão atribuiu a Sócrates a doutrina da existência da alma antes de entrar neste mundo, assim como a sua sobrevivência.

A despeito da Filosofia e em pleno século XX, as investigações sobre o tema tomaram novo impulso. Na França, com Albert Des Rochas, na Índia com Hamendras Nat Banerjee, nos Estados Unidos, com Ian Stevenson. Cada um à sua época desenvolvendo diferentes métodos de pesquisas, a partir de fatos concretos, trouxeram nova luz a respeito da reencarnação, principalmente introduzindo-a como objeto de investigação científica.

As pesquisas em torno da reencarnação virificam-se em vários campos; dentre eles tem-se a Regressão de Memória e as Lembranças Espontâneas na Infância. Entre os estudiosos de regressão de memória destaca-se Albert Des Rochas, Edith Fiore, Denis Kelsey, Morris Netherton,

Helen Wambach e Hermínio Miranda. Todos eles desenvolveram experiências em torno da regressão de memória com resultados surpreendentes, que extrapolaram os espaços científicos, penetrando nos consultórios de psicólogos como técnica terapêutica.

Nas pesquisas de Lembranças Espontâneas na Infância, destacam-se os trabalhos de Ian Stevenson, H. N. Banerjee e Hernani G. Andrade. São pesquisas de grande credibilidade pelas características da espontaneidade e da insuspeição em se tratando de crianças. Há milhares de casos catalogados com a confirmação das informações sobre vidas passadas que não se resumem a vagas memórias, mas, sim, a dados precisos, com nomes, datas, locais e detalhes importantes. Em tais pesquisas verificou-se que, o intervalo de tempo entre uma e outra encarnação pode variar de dias a séculos.

A necessidade de se estabelecer um princípio diretor, justo e equânime para justificar a sociedade e suas complexas relações, coloca a reencarnação como o mecanismo capaz de exercer a justiça divina e de possibilitar o crescimento da sociedade. Nada poderia justificar as contingências do existir com a precisão com que a reencarnação o faz. As dificuldades e conflitos humanos passam pela necessidade de uma justificativa filosófica e até mesmo do ponto de vista do equilíbrio energético. A reencarnação é a chave para desvendar os mistérios provocados pelo vazio do conhecimento parcial que o homem tem sobre si mesmo.

Nem sempre a justiça que se processa pela via da reencarnação, dá-se imediatamente na encarnação seguinte do espírito. Os mecanismos educativos podem ocorrer na mesma existência, sem a necessidade da reencarnação, como também podem se dar após várias encarnações. O tempo que leva para que o processo educativo se instale, dependerá da ocorrência de fatores que propiciem o aprendizado do espírito. Às vezes, há a necessidade de se

reunir pessoas várias num processo único, o que poderá levar séculos ou milênios. Deve-se salientar que ninguém, nenhum ser humano, estará isento do processo de educação.

A reencarnação é mecanismo obrigatório no nível de evolução em que se encontra a humanidade terrestre. Ninguém está isento dela. Não há privilégios nem privilegiados.

Reencarnar sem a lembrança do passado é o mecanismo que possibilita a convivência de contrários e daqueles que elevaram a paixão ao seu grau máximo. Sem o esquecimento das experiências anteriores não é profícua a reencarnação. Reencarna-se para aprender, para educar-se.

Para crescer a partir de novos elementos, de uma nova oportunidade, num novo ambiente, onde se possa construir ou reconstruir seu próprio crescimento. Tal esquecimento não significa a perda do conhecimento adquirido nas existências anteriores. O espírito não involui. Não se perde

o que já se sabe. Esquece-se temporariamente o que não é relevante para o crescimento do espírito. As qualidades, os defeitos, as emoções, os amores, os ódios, ficam latentes e participam, de forma subjacente nas relações do reencarnado, atuando de forma inconsciente.

Muitos espíritos que estiveram juntos em encarnações anteriores se separam para se reencontrarem mais adiante. Alguns desafetos quando se vêem se “lembram” do passado. Pode ocorrer que a inimizade retorne. Como também os afetos quando se reencontram refazem a mesma ligação que tiveram no passado. O espírito “enxerga” o outro espírito, independente do corpo que tem e do grau de parentesco que possuem. Alguns espíritos não reencarnam na mesma época que seus afetos e ficam a velar por eles para que obtenham sucesso naquela encarnação. Ao libertar-se do corpo, seja durante o sono ou com a morte, o espírito vai aos poucos retomando sua memória integral.

O retorno através da reencarnação se dá para o crescimento do espírito. É um processo educativo, e não punitivo. Encarado dessa forma, não há um número definido de encarnações para um espírito. Os processos não se dão de forma linear, isto é, não se passa pelo que se causou a outrem na mesma proporção. As circunstâncias a que um espírito está sujeito numa encarnação expiatória são sempre atenuadas pela Misericórdia Divina. A Lei de Causa e Efeito não é “olho por olho dente por dente”. Não se deve interpretar as doenças e outros sofrimentos senão como processos educativos. Errou-se no passado porque não se sabia como agir corretamente. Retorna-se para aprender até não mais se precisar reencarnar.

As idéias inatas, as simpatias e antipatias gratuitas, os gênios, de alguma forma parecem denunciar uma experiência anterior. O conhecimento não se produz de forma mágica. A reencarnação explica tais conhecimentos “inatos”, como oriundos de existências anteriores. Tudo então é aprendido pelo espírito. Nada lhe é “dado” de graça.

Se no passado alguém adquiriu uma aptidão qualquer, ela hoje se manifestaria de alguma maneira.

Em muitos casos os reencarnantes retornam com marcas de nascença. Trazem cicatrizes denunciadoras de experiências pregressas. Marcas que, quando não são creditadas a fatores genéticos, reproduzem-se de uma a outra existência por mecanismos psíquicos. As experiências que produziram as marcas foram de tal forma intensas que gravaram o corpo físico, denunciando a existência de uma matriz comum onde ficam “guardadas” as impressões do espírito. Essa matriz é o perispírito. Da mesma forma que essas marcas, surgem fobias, traumas, que se revelam logo na primeira infância.

O conceito de reencarnação transcende ao aspecto da mera crença que está presente nas mais antigas culturas, tornando-se a base para a compreensão da razão de viver do homem. A reencarnação não foi concebida como uma teoria para explicar a realidade, mas é uma realidade que explica e suscita muitas teorias. As relações humanas estão carregadas das emoções do passado. Impulsos, estímulos, reações emotivas, atitudes diversas, não são apenas fruto da vontade e do meio ambiente, mas principalmente das experiências pregressas gravadas no psiquismo.

A personalidade integral, que sobrevive à morte, já possui experiências diversas em matéria de profissões, de línguas aprendidas, de tipos de sexo, de classe social, de condição econômica. O fato, por exemplo, de já ter experienciado viver nos dois tipos de sexo, concede ao ser

humano habilidades para habitar nesse ou naquele corpo, sem que isso lhe cause qualquer problema quanto à sua relação com o sexo do corpo escolhido.

Uma nova encarnação representa a construção de uma nova personalidade no novo meio em que se vai renascer. Os traumas e conflitos, dessa forma, aparecem tendo como uma das causas, talvez a principal, essa realidade interna, anterior, que contracena com a realidade externa.

A solidão e as repetidas e constantes desilusões afetivas podem ser encaradas como resultantes de processos educativos, oriundos de experiências mal sucedidas no passado.

O Espiritismo, com Allan Kardec, trouxe de volta a reencarnação como conhecimento fundamental de sua doutrina (entenda-se doutrina dos Espíritos).

Através do Espiritismo a reencarnação é analisada sob o ponto de vista sociológico e moral. A doutrina das vidas sucessivas é o alicerce da evolução. A frase “Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei” resume o significado da reencarnação para o Espiritismo.

Fonte - Da obra; Conhecendo o Espiritismo de Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Reflexões 

Queridos amigos,

Nem sempre nos consideramos suficientemente preparados para as tarefas a que somos chamados a participar. 

Mas não nos esqueçamos que a vida é uma escola e que a vida na matéria não é mais que uma oportunidade de aprendizado bendito em todas as suas circunstâncias.

Se a dor te visita, mesmo que não te ache preparado para ela, experimenta recebe-la como amiga benquista. 

A aceitação será uma doce anfitriã. Permitirá que as energias se concentrem no foco das realidades objetivas a serem enfrentadas.

Revolta é filha da imaturidade.

Aceitação é resignação são meio caminho andado para o aprendizado que cada experiência nos possibilita. 

Gratidão pela dor já é um pequenino passo adiante. Quem já pode agradecer a dor tem a compreensão maior do que de nós pede a providência na direção da evolução e do Amor.

Sejamos então, perante as dores que nos procuram em primeiro lugar resignados, em segundo lugar gratos e encaremos com Alegria as doces oportunidades e portas que essa mensageira da evolução consegue nos comunicar.

Cada passo na direção do Amor maior é um suave passo mesmo que o caminho por vezes possa se apresentar para nós como tomado de espinhos. 

Com Amor

Roberto

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O desencarne em um acidente aéreo


"Não pense que sofro outra espécie de angústia senão essa que me vem de sua ternura torturada e de nossa família amorosa e inesquecível.
Se me lembrarem tranquilo, estarei seguro de mim.
Se me recordarem conformado, a resignação estará comigo.
Não julguem que vim para cá fora de tempo.
Hoje sei que o meu tempo terrestre era curto".

Por coincidência, na semana da ocorrência do desastre aéreo com o time da cidade de Chapecó, tive a oportunidade de ler um texto psicografado por Chico Xavier em fevereiro de 1993 que descreve as circunstâncias de um acidente aéreo ocorrido em junho de 1992. Nessa carta, o Espírito Celso Maeda descreve seu último instante como encarnado antes do acidente que culminou na queda - por colisão com o mar - da aeronave Beech F 90-1 King Air, que carregava quatro ocupantes.

Os detalhes técnicos do acidente, eu consegui encontrar na internet. O avião havia partido do aeroporto de Itumbiara (GO) com destino a Blumenau (SC), mas sua queda se deu no mar, na altura da cidade de Navegantes (SC). A causa do acidente foi reconhecida como as péssimas condições meteorológicas, o que está descrito em detalhes na carta enviada:

“Subimos céus acima ou tentamos subir… Não era fácil raciocinar ante o perigo maior que se aproximava. Tentou-se a elevação da máquina, mas o vento prosseguia implacável qual se fosse um conjunto de forças maléficas interessadas em derrubar-nos”.

Não temos dúvidas quanto ao desespero e apreensão que toma conta de todos os envolvidos nesses momentos:
“Estávamos à mercê dos acontecimentos que o furacão nos impunha. O piloto e o companheiro que o assessorava estavam pálidos, agravando-nos as dúvidas e o desconforto de que nos sentíamos possuídos. Debalde procurávamos alguma nesga de céu azul. Achávamo-nos como que trancados por dentro de uma nuvem que parecia guardar o vento furioso que não encontrava uma saída a fim de expandir-se. Por dentro éramos a aflição de quem não se eximiu da morte compulsória e por fora de nós vimos claramente que um enorme banco de areia nos aguardava, asfixiando-nos a todos”.

E, finalmente, a descrição do grande despertar:

“A água marinha encharcada de areia nos penetrava os pulmões e quando me vi totalmente esmagado nada sabendo de meu irmão e dos companheiros que nos guardavam a viagem, quando no auge do meu desespero íntimo, vi que uma senhora caminhava naturalmente sobre as águas e, ao abraçar-me, solicitou-me concentrar na fé em Deus e me disse: Meu filho, você está conosco. Sou a sua avó Ai, que venho retira-lo da areia. Seu avô Tsunezaemon retirará seu irmão. Haverá socorro para vocês todos. O piloto e o copiloto serão resguardados”.
Em acidentes desse tipo, quando um grupo de pessoas acaba retornando mais cedo à vida real, é plenamente natural que os que ficam sintam a fragilidade não só da vida humana, mas de todas as perspectivas e planos que se faz ao se viver.

Se a vida humana (a presente) pode ser considerada frágil - e de fato é porque existem leis materiais que determinam de forma rigorosa seus limites - a condição de paternidade espiritual indica outra coisa bem diferente. Nossa vida material é frágil porque ela não é a vida verdadeira do Espírito, que não está sujeito a esses limites severos impostos pela condição de materialidade, mas depende de laços facilmente rompidos com as influências do ambiente. O instante da morte, em momento como esse se assemelha a um novo despertar, a partir do qual novos planos e diretrizes serão feitos pela alma imortal. Os que ficam, se não se prepararem, guardarão por muito tempo as impressões da saudade, mas a verdade é que eles apenas partiram alguns instantes antes de nós.
Fonte: Laboratório Espírita

Ademir Xavier

Profundo Universo e o Ser humano


É interessante notar como o Universo é profundo e desconhecido para a humanidade que o assiste através de recursos ópticos, recursos indiretos e aparelhos dos mais variados, inclusive através de sondas enviadas por entre corpos astronômicos que recolhem sinais, imagens e outras informações para formar uma biblioteca de informações acerca dos inúmeros apontamentos já recolhidos.

É interessante, pois, ainda assim, observando-se a imensa limitação que a humanidade tem para compreender efetivamente o que é o Universo, e só fazendo uma vaga ideia do que ele é através de métodos indiretos e cálculos matemáticos, o Ser humano ainda guarda dentro de si um certo grau de empáfia ou de arrogância, como se queira.

Arrogância que faz com que alguns se sintam melhores ou superiores a outras pessoas, tudo fundamentado em ilusões que a matéria causa a todos, sem qualquer exceção.

A Vida humana é de fato perene, desde que foi criada, não sabemos como, mas o Ser humano é imortal, independentemente da carne, da reencarnação.
O Espírito, que é o Ser humano, ele é imortal.

Tem longa, longuíssima jornada, em muitas esferas, na qual transita em várias fases, praticamente infinitas, de aprendizado.

A grandeza do Universo mostra a pequenez de cada ser espiritual.

Não é possível viver mergulhado na vaidade, no orgulho ou no egoísmo por muitas encarnações.

É necessário despertar para uma realidade: somos pequenos, muito pequenos.

Ainda assim somos importantes para o Criador. E para nós mesmos.

Somos unidade individual, mas fazemos parte de um todo, que está o tempo todo em busca de harmonia, como estão os átomos de uma molécula e assim por diante.

Harmonia é a chave para tudo.

Sem ela não é possível algum grau de estabilidade.

Que as ilusões da matéria não limitem ainda mais nossos limites, através da consciência de nossas próprias limitações, afastando as três grandes chagas que ainda carregamos em nós : o orgulho, a vaidade e o egoísmo.

Queiram ou não. Queiram todos, o caminho para tal harmonia é Jesus.

Não o "Cristo" criado por poderosos da transitoriedade, mas o verdadeiro Cristo, que é Amor. Somente.



Albino Teixeira

Dualidades


Homem e Mulher;

Positivo e negativo;

Alto e baixo;

Quente e frio;

Claro e escuro;

Yin e yang;

Yang e yin;

Dualidades sim, entre eles um “degradé”, um matiz, mas um matiz natural, vindo pela própria expressão que a vida fornece.

O arco-íris é bem a expressão deste matiz. Nasce pelo jogo das luzes que refletem em gotas de água. Fenômeno natural.

O homem tenta criar seus "fenômenos naturais", mas eles são a expressão de suas limitações.

Como o ser humano é limitado, certamente sua criação é limitada, ambos ele mesmo não consiga compreender tal situação.

Com o tempo todos entenderemos.

Anitta

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Encontro entre encarnados na Vida Maior 


Do princípio de emancipação da alma durante o sono parece resultar que temos, simultaneamente, duas existências: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta. 

É isso exato? 

No estado de emancipação, a vida do corpo cede lugar à da alma, mas não existem, propriamente falando, duas existências; são antes duas fases da mesma existência, porque o homem não vive de maneira dupla. 

Duas pessoas que se conhecem podem visitar-se durante o sono?

Sim, e muitas outras que pensam não se conhecerem se encontram e conversam. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. 

O fato de visitardes, durante o sono, amigo, parentes, conhecidos, pessoas que vos podem ser úteis, é tão freqüente que o realizais quase todas as noites.


Qual pode ser a utilidade dessas visitas noturnas, se não as recordamos?

Ordinariamente, ao despertar, resta uma intuição que é quase sempre a origem de certas idéias que surgem espontaneamente, sem que se possa explicá-las, e não são mais que as idéias hauridas naqueles colóquios.

O homem pode provocar voluntariamente as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “Esta noite quero encontrar-me em espírito com tal pessoa; falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?”

Eis o que se passa: o homem dorme, seu Espírito desperta, e o que o homem havia resolvido o Espírito está, muitas vezes, bem longe de o seguir, porque a vida do homem interessa pouco ao Espírito, quando ele se liberta da matéria. 

Isto para os homens já bastante elevados, pois os outros passam de maneira inteiramente diversa a sua existência espiritual: entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode acontecer, portanto, que, segundo o motivo que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja: mas o fato de o haver desejado quando em vigília não é razão para que o faça.

Certo número de Espíritos encarnados pode então se reunir e formar uma assembléia?

Sem nenhuma dúvida. Os laços de amizade, antigos ou novos, reúnem assim, freqüentemente, diversos Espíritos que se sentem felizes de se encontrar.

Pela palavra “antigos” é necessário entender os laços de amizade contraídos em existências anteriores. Trazemos ao acordar uma intuição das idéias que haurimos nesses colóquios ocultos, mas ignoramos a fonte.

Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, que na realidade não o estivesse, poderia encontrar-se com ele em espírito e saber, assim, que continuava vivo? Poderia, nesse caso, ter uma intuição ao acordar?

Como Espírito pode certamente vê-lo e saber como está. Se não lhe foi imposto como prova acreditar na morte do amigo, terá um pressentimento de que ele vive, como poderá ter o de sua morte!


Fonte: Livro dos Espíritos,

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Um Espírita no umbral 


Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio, tétrico, com energias muito negativas.

Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que chegaram, o homem perguntou:

– Que lugar é esse?

– Aqui é o que vocês espíritas chamam de umbral – disse um dos espíritos. 

O homem ficou chocado com aquela informação. Mal podia acreditar que estava no umbral. 

Considerou que talvez estivesse ali para participar de alguma atividade socorrista aos espíritos sofredores. 

O espírito negativo, que lia seus pensamentos, respondeu que não. Ele estava ali porque o umbral era a zona cósmica que mais guardava sintonia com suas energias.

– Mas isso é impossível!!! – disse o espírita em desespero. – Não posso estar no Umbral. Deve haver algum erro… Em primeiro lugar eu sou espírita, faço parte dessa religião maravilhosa que é considerada o consolador prometido por Jesus. Realizo também projetos sociais de doação de sopa aos pobres. Ministro o passe magnético duas vezes por semana a uma multidão de pessoas lá no centro. Também ajudo financeiramente instituições de caridade muito necessitadas, além de dar palestras no centro para os iniciantes no Espiritismo. Definitivamente há algo errado…

Não há nenhum erro – disse o espírito das sombras – Em seu atual estágio de evolução, você tem que ficar aqui mesmo. É verdade que você é espírita e faz parte desta doutrina consoladora, mas intimamente você julgava pessoas de outras religiões inferiores por não serem espíritas. Sim, você realizava projetos sociais dando sopa aos pobres, mas em seus pensamentos sentia-se o máximo praticando a caridade e julgava que os pobres não eram tão evoluídos por estarem amargando a pobreza, quando na verdade muitos deles eram mais puros que você. Sim, você ministrava o passe, mas considerava que seu passe era mais “poderoso” e mais curador do que o passe de outros passistas. Sim, você ajudava financeiramente instituições de caridade, mas dentro de ti sempre dava o dinheiro esperando receber algo em troca e sentindo-se alguém muito “caridoso”. E finalmente… Sim, você dava palestras aos iniciantes na doutrina, mas acreditava ter mais conhecimento que eles e se colocava numa posição de destaque e vaidade intelectual. Tudo isso suscitando uma das maiores chagas da humanidade, o “orgulho” e a “vaidade”.

O homem ficou impressionado com as revelações daquele espírito. De fato, revendo suas atitudes e sua perspectiva, intimamente havia quase sempre um sentimento de superioridade, de orgulho em relação aos outros, diante de tudo o que foi feito.

O espírita então olhou para dentro de si e começou a se arrepender de tudo aquilo, reconhecendo seu erro e sentindo-se mais humilde. Nesse momento, ele sentiu uma luz brilhando dentro dele e começou a se elevar. Ao perceber que estava se elevando e deixando o umbral, avistou outros espíritos ainda presos à condição umbralina e novamente lhe veio um orgulho e uma sensação de superioridade em relação aos mesmos. Após sentir isso, caiu novamente no umbral, e a queda dessa vez foi ainda mais dolorosa. Um dos espíritos trevosos disse:

– Você caiu novamente porque, no momento em que se elevava, começou a sentir uma certa superioridade em relação aos espíritos que aqui estavam, suscitando mais uma vez uma condição de orgulho. Além disso, “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lucas 12:48).

O homem ficou muito triste com tudo aquilo. Entrou dentro de si mesmo e com toda a sinceridade pensou: Sim, é isso mesmo. Eu fui uma pessoa arrogante por ser espírita e por tudo o que eu fazia. Esse orgulho neutralizou todo o mérito de minhas ações. Mas tudo bem, eu mereço estar aqui no umbral. Vou ficar por aqui mesmo, quem sabe eu aprendo alguma coisa. Não me importo mais comigo e entrego minha vida a Deus… Como disse Jesus, “Que seja feita a vontade de Deus e não a minha”.

O homem caiu no chão e apenas se entregou a Deus com fé. Nesse momento, não tinha mais nenhum sentimento de autoimportância. Fechou os olhos e deixou tudo fluir…

Nesse momento, seu corpo começou a se tornar um corpo de luz e, sem nem perceber, começou a se elevar novamente. Assim que chegou a uma zona mais elevada, abriu os olhos e, para sua surpresa, havia se libertado do umbral. Dessa vez, nem percebeu que estava se elevando e se libertando.

Um dos espíritos trevosos estava esperando por ele nesse plano mais elevado. Tirou a capa preta e uma luz maravilhosa começou a brilhar. O espírita percebeu que esse espírito não era negativo, mas um espírito de luz que o estava ajudando desde o início. O espírito disse:

– Tua renúncia de ti mesmo no último momento te salvou do umbral. Que tudo isso sirva de lição para você, meu filho. Toda essa experiência que você passou serve para os membros de qualquer religião. E não se esqueça jamais do que disse Jesus:

“Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” (Mateus 6:3)

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Veja bem...


Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes. 

Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos. 

Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente. 

Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

As palavras são de ouro


As palavras são de ouro, mas podem, também ser de pedra.

O pensamento é materializado nas palavras.

Podemos pensar livremente, mas neste caso só poderão compartilhar conosco em nossos pensamentos os Espíritos livres da matéria que guardarem conosco a necessária sintonia.

Sendo assim, por guardarem sintonia, não seremos julgados equivocadamente, ou não, por causa da equivalência de ideais.

Entretanto, uma vez materializado o pensamento, seja através das palavras ditas, escritas ou mesmo das atitudes, colocaremos nosso modo de pensar à disposição para que todos possam analisar e julgar.

Por esta razão, é necessário que tenhamos o maior zelo possível por aquilo que venhamos a externar, pois, num mundo como a Terra é alto o preço de se emitir opiniões, sugestões ou, até mesmo, "conselhos".

Pior ainda se nós mesmos fizermos julgamentos, defesas ou ataques públicos.

Aí nossa exposição será ainda mais sujeita a verdadeiros bombardeios por parte ou, da parte, de todos os que pensam diferente da nossa posição.

O mundo sempre foi conturbado.

Não é agora que está.

O que ocorre nos momentos contemporâneos é que há, todos sabem, uma enorme facilidade na área das comunicações.

Isto carrega palavras, escritos e imagens em velocidade estrondosa e está velocidade é o fator que pode causar menores problemas para uma pessoa ou para várias.

Ainda mais quando entra em cena a questão da livre interpretação que pode causar ainda mais problemas em determinadas circunstâncias.

Sendo assim, somos da opinião de que toda expressão de comunicação precisa ser cautelosa, cuidadosa, respeitosa, equilibrada e sensata.

Para alcançar tais ingredientes na formulação da comunicação interpessoal, precisamos ter em mente a recomendação do Divino Mestre Jesus:"Façamos ao próximo somente aquilo que você gostaria que o próximo lhe faça".

Anitta

domingo, 12 de novembro de 2017

Ler é essencial 


Ler é essencial.

Quem não lê tem maior dificuldade para aprender. 

Não basta somente ouvir outras pessoas, pois quando fazemos isto, estamos captando um formador de conhecimento e/ou opinião.

É preciso desenvolver a própria opinião, através do conhecimento próprio registrado em alfarrábios anteriores.

A leitura é, portanto, essencial para a evolução do ser humano. 

Quem não pode ler não consegue aprender. 

Quem não quer ler se recusa a aprender. 

O primeiro é inocente, mas o segundo não o é. 

O orgulho, a vaidade e a preguiça são os fatores mais comuns que fazem a pessoa julgar que não é necessário ler. 

É preciso rever este modo de pensar. 

Militao Pacheco 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A paz em nós 


A paz em nós não é resultado de circunstâncias externas e sim das nossas escolhas, das nossas atitudes.

A tranqüilidade de consciência e do dever cumprido gera, em nós, a paz.

E é preciso notar que o dever cumprido é fruto da compreensão. 

Compreender, desculpar e perdoar as pessoas que nos cercam em todas as circunstâncias que seja possível.

Nas oposições que nos façam é fundamental relevar as ocorrências que nos mostrem adversas.

Pois só assim é  que nos manteremos fiéis à tarefa que se nos indica em nossa reencarnação atual.


Militão Pacheco 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Esoterismo e Exoterismo 


Há certa tendência das pessoas não repararem a diferença existente entre as palavras Exotérico e Esotérico, pretendendo dar a ambas o mesmo significado.

Exoterismo vem do grego: exotéricos e, pelo latim: exotericu, que quer dizer: conhecimento passível de ser divulgado para o público.

Já Esoterismo também vem do grego: esotericos, que quer dizer: conhecimento complexo e entendimento restrito a um círculo de especialistas. 

Relacionamos com interno, oculto e reservado. Para passarmos de nível utilizamos as iniciações.

Assim, Exotérico é tudo que se fala abertamente sobre: uma filosofia, uma corrente de pensamento, uma religião, etc., ou seja: todo ensinamento dado publicamente, sem reservas. 

É representado pelas grandes religiões: Cristianismo Popular – igreja católica, protestante, ortodoxa, etc., Budismo, Judaísmo, Islamismo, etc. 

É por isso que cada religião possui três elementos imprescindíveis:

Uma Doutrina sobre o Criador: de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos;

Um conjunto de Rituais (ajudam a incorporar a Doutrina)... A Doutrina Espírita não apresenta esta característica.

Um conjunto de Símbolos, que também não fazem parte da Doutrina Espírita!

Observemos que o Cristianismo em si não é exclusivamente esotérico: é uma religião dada por Cristo para o esclarecimento de todos e comunicável a todos!



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O passe


O passe foi incluído nas práticas do Espiritismo como um auxiliar dos recursos terapêuticos ordinários. 

É, portanto, um meio e não a finalidade do Espiritismo. 

No entanto, muitas pessoas procuram o Centro Espírita em busca somente da cura ou melhora de seus males físicos, psicológicos e dos distúrbios ditos "espirituais". 

Geralmente, as pessoas que assim procedem são nossos irmãos que desconhecem os fundamentos do Espiritismo. 

Muitos vêem no Espiritismo mais uma religião, criada por Kardec. 

Outros ligam-no somente à mediunidade, temendo sua prática, que envolveria o relacionamento com "almas do outro mundo".

Ainda outros associam-no a curas, e mesmo à fórmulas místicas para a solução de problemas financeiros, conjugais, etc. 

Há aqueles que, sem nada conhecer, tomam passes freqüentemente, por hábito, mesmo sem estarem necessitando. 

Isso tudo resulta do desconhecimento doutrinário, de interpretações pessoais, da disseminação de conceitos errôneos. 

É dever do Centro Espírita, por meio do seu corpo de trabalhadores, esclarecer os que o procuram acerca dos objetivos maiores do Espiritismo, que gravitam em torno da libertação da criatura das amarras da ignorância das leis divinas, alçando-a à perfeição.

O trabalhador espírita que atua na transmissão do passe deve considerar a tarefa como uma oportunidade de servir ao próximo. 

Entende que, primeiramente, toda competência e especialização no mundo, nos setores de serviço, constituem desenvolvimento da boa vontade. 

Bastam o sincero propósito de cooperação e a noção de responsabilidade para que sejamos iniciados, com êxito em qualquer trabalho novo.

Em segundo lugar, conseguida a qualidade básica, o candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua elevação urgente, para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. 

Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. 

Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. 

Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. 

A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. 

Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. 

A fiscalização dos elementos destinados aos armazéns celulares é indispensável, por parte do próprio interessado em atender as tarefas do bem. 

O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como as saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a intimidade das células. 

O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares.

É importante que os colaboradores, ligados a esse tipo de atividade, adquiram conhecimentos para saberem agir com acerto. 

Certamente o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não sendo médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. 

O investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção de ordens e avisos dos instrutores que propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias forças de reação.

O passista deve estar ciente que o êxito do trabalho reclama experiência, horário, disciplina, segurança e responsabilidade do servidor fiel aos compromissos assumidos.

Podemos considerar ainda como orientações gerais para a aplicação do passe na Casa espírita:

  • Utilizar, a rigor, a imposição de mãos, evitando a gesticulação excessiva. 
  • A aplicação do passe deve ser feita de forma muito simples, sem ritual e cacoetes de qualquer natureza

Todos os passistas são médiuns. 

A capacidade de absorção de energias espirituais somada à de doação fluídica, varia de pessoa para pessoa, em função das condições individuais, próprias de cada pessoa, assim como do nível de sintonia mental que o passista mantém com os benfeitores espirituais.

O melhor local para o passe é a Casa Espírita.

Somente em casos excepcionais devem ser ministrados passes fora do Centro Espírita, a fim de não favorecer o comodismo e a indisciplina, devendo a tarefa ser realizada por dois médiuns, no mínimo; e é de bom senso aconselhar o passe à distância, no caso do enfermo não poder comparecer à Casa Espírita.

O passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, não sendo obrigatório contato físico na sua aplicação.

Mas, também não é proibido tocar!

É necessário fazer uma preparação espiritual antes da aplicação do passe - ainda que breve -, buscando, pela prece, a devida sintonia com os benfeitores espirituais.

O passista não precisa receber passe depois que fez doação fluídica ao necessitado.

O auxílio espiritual repõe, automaticamente, os gastos energéticos. 

Se o passista sentir que estão ocorrendo perdas de energia, após a aplicação do passe – caracterizadas, em geral, por um estado de fraqueza, dores ou mal-estar –, é aconselhável avaliar as causas geradoras, procurando corrigi-las.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A criança tem mágoa ou raiva dos pais?


Esta é uma situação delicada, na qual, sem razão aparente, a criança manifesta sentimentos e emoções difíceis no relacionamento com os pais

Damos a seguinte sugestão...

Quando a criança estiver dormindo, que os pais tentem conversar com ela, que falem com ternura, procurem dizer-lhe que a amam, .porque embora o corpo esteja repousando, o "Espírito está vigilante".

Também é recomendado que se faça leitura do Evangelho junto ao leito dela, para lançar mensagem amorosa e esclarecedora, favorecendo a melhor compreensão deste Espírito que retorna junto aos pais para a reconstrução do relacionamento.

Pode tal situação ter origem no passado espiritual ou na atualidade carnal.

Outras vezes, ao nascer do filho ou da filha, utilizamos de palavras impróprias. Podemos ter uma reação negativa dizendo que o menino é feio ou que guardávamos um ser mais -Quando estiver dormindo, que os pais tentem conversar com ela, que falem com ternura, procurem dizer-lhe que a amam, porque embora o corpo esteja repousando, o "Espírito está vigilante".

Pode tal situação ter origem no passado espiritual ou na atualidade carnal.

Muitas vezes, quando nasce o nosso filho, utilizamos de palavras impróprias, temos uma reação negativa dizendo que a criança é feia ou que guardávamos um ser mais bonito; queríamos uma filha, ou vice-versa.

O Espírito ouve, magoa-se e pode criar ressentimento.

Então, a melhor terapêutica, no caso, é envolver essa criança em vibrações de ternura, de amor, e quando esteja dormindo falar-lhe de que a ama e amá-la realmente.bonito; queríamos uma filha, ou vice-versa.

O Espírito ouve, magoa-se e pode criar ressentimento.

Então, a melhor terapêutica, no caso, é envolver essa criança em vibrações de ternura, de amor, e quando esteja dormindo falar-lhe de que a ama e amá-la realmente.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Doenças e o pensamento 


Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é.

 De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. 

O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. 

Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. 

Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. 

A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

Tipos de doenças


Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. 

As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. 

O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica.

Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.

As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. 

Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. 

Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.

Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. 

O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? 

Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. 

Aí, a pessoa vai ao médico e este pode nada encontrar.

André Luiz afirma que “se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança, insatisfações, medos), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença”.


domingo, 5 de novembro de 2017

Carta de André Luiz 


Caro companheiro.

Você quer saber algo de sua verdadeira situação na Terra.

Compreendo.

Quando a pessoa entra nessa grande colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.

A memória deve funcionar na dose justa.

É natural.

A permanência aí poderá ser longa e, por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.

Atende às instruções do internato e não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.

Não se prenda aos seus apetrechos de uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades observarem você no ponto de retorno.

Se algum colega de vivência estima criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se .

Ninguém ou quase ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.

Viva alegre, com a sua consciência tranqüila.

Em se achando numa estância de refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe confie.

Procure ser útil, deixando o seu lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.

Quanto ao mais, considere você e os demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos numa instituição de tratamento oportuno e feliz.

Aí você consegue dormir mais tempo, distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita atividade nobre para o futuro.

Aproveite.

O ensejo é dos melhores.

Descanse e reajuste as próprias forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.


André Luiz

(Do livro: “Vida em Vida”, Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Crianças diferentes 


Nair Bello – Chico, um filho excepcional é um carma, uma prova para os pais?

Chico Xavier – Nair, a criança excepcional sempre me impressionou pelo sofrimento de que ela é portadora , não somente em se tratando dela mesma, mas, também, dos pais e isso tem sido o tema de várias conversações minhas com nosso Emmanuel, que é o guia espiritual de nossas tarefas, e ele, então, diz que, regra geral, a criança excepcional é o suicida reencarnado, reencarnado depois de um suicídio recente, porque a pessoa quando pensa que se aniquila, está apenas estragando ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite de que ela se sirva durante a existência, que é o corpo físico.

A verdade é que ela em si é um corpo espiritual; então, os remanescentes do suicídio

acompanham a criatura que praticou a autodestruição para a vida do Mais Além.

Lá ela se demora algum tempo amparada por amigos que toda criatura tem, afeições por toda parte, mas volta à Terra com os remanescentes que ela levou daqui mesmo, após o suicídio.

Se uma pessoa espatifou o crânio e se o projétil atingiu o centro da fala, ela volta com a mudez. Se atingiu apenas o centro da visão, ela volta cega, mas se atingiu determinadas regiões mais complexas do cérebro, ela vem em plena idiotia e aí os centros fisiológicos não funcionam.

A Endocrinologia teria de fazer um capítulo especial para estudar uma criança surda, muda, cega, paralítica, porque aí a criatura feriu a vida no santuário da vida que é a parte mais delicada do cérebro.

Se ela suicidou-se, mergulhando-se em águas profundas, ela vem com a disposição para o enfisema, um enfisema infantil ou da mocidade, ou dos primeiros dias da vida.

Se ela, por exemplo, se enforcou, ela vem com a paraplegia, depois de uma simples queda que toda criança cai do colo da ama, do colo da mãezinha; então, quando o processo é de enforcamento, a vértebra que foi deslocada, no enforcamento, vem mais fraca e, numa simples queda, a criança é acometida pela paraplegia.

E nós vamos por aí.

Outras crianças que vêm completamente perturbadas; a esquizofrenia, por exemplo, diz-se que é o suicídio, depois do homicídio. 

O complexo de culpa adquire dimensões tamanhas que o quimismo do cérebro se modifica e vem a esquizofrenia como uma doença verificável, porque através dos líquidos expelidos pelo corpo é possível detectar os princípios da esquizofrenia. 

Mas a esquizofrenia é o homicida que se fez suicida, porque o complexo de culpa é tão grande, o remorso é tão terrivel que aquilo se reflete na própria vida física da criatura durante algum tempo.

Fonte: Entrevista de Chico Xavier ao Programa de Hebe Camargo, com a participação de Nair Bello. TV Bandeirantes, 20 de dezembro de 1985.

Livro – Jesus em Nós. Pelo espírito Emmanuel / psicografia de Chico Xavier – editora Geem.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Abrigo 


No mundo físico, debatem-se hoje as criaturas sob múltiplas tempestades. 

O armamentismo domina o orçamento das Nações. 

Conflitos enxameiam no Oriente, enquanto a vida ocidental sofre a expectativa de confrontações bélicas de resultados imprevisíveis. 

Lutas de classes, desvinculações contundentes, processos de angústia, moléstias de etiologia obscura e inusitadas explosões de violência invadem comunidades inteiras, estabelecendo a insegurança e o medo em todas as direções. 

Onde estão os recursos defensivos? 

Procura-se ansiosamente um refúgio de socorro que alivie mentes e corações. 

Todos nós encarnados em evolução na Terra, temos um abrigo seguro e único em Jesus, com a prática dos ensinamentos que ele nos deixou em seu testamento de Luz inextinguível e de Amor imortal.