O Rei da Lídia chamava-se Cresus, que viveu entre 560 e 546 AC, e estava decidido a atacar os Persas, mas, mesmo assim, resolveu consultar um oráculo grego.
“Você está destinado a destruir um grande império”, disse o oráculo.
Contente, Cresus declarou guerra, e após dois dias de luta o seu país foi derrotado pelos Persas, a sua capital foi saqueada, e o próprio Cresus foi preso.
Revoltado, pediu ao seu embaixador na Grécia que voltasse ao oráculo para dizer que ele havia se enganado.
“Não, vocês não foram enganados; vocês destruíram um grande império, a Lídia”.
O que podemos entender dessa pequena história: muitas vezes somos enganados por atitudes, fatos e palavras das pessoas que nos cercam.
Tomamos por corretas certas explanações, julgando que é verdade porque assim as
entendemos.
História da pergunta sobre execução: podemos executá-lo?
Respondeu o chefe: não me incomoda esta execução, pois o povo está feliz. Se colocarmos uma vírgula após a palavra não, alteramos profundamente o sentido da frase, ao ponto de salvar uma vida:
Não, me incomoda esta execução, pois o povo está feliz.
Quantas vezes Deus nos manda alguns problemas, algumas doenças, alguns desacertos, e nós, rapidamente interpretamos estes acontecimentos como resultados da ira divina pelo nosso comportamento.
Temos que passar a aceitar os fatos de nossa vida como resultados de atos anteriores nossos, senão desta encarnação, de outras anteriores.
Deus é justo e bom. Devemos então entender que tudo que nos acontece tem uma razão de
ser justa e boa.
A partir deste entendimento, passamos a aceitar com mais facilidade as agruras de nossas vidas, ao ponto de darmos graças a Deus pelos “sofrimentos” que nos assediam.
O perfeito entendimento da Doutrina Espírita, através do estudo e do raciocínio executado sobre as obras de Allan Kardec, nos traz a certeza de que vivemos no mundo que merecemos ao lado daqueles que precisamos, e no contexto social que nos é ideal, segundo a visão de Deus.
Precisamos prestar muita atenção nos sinais que Deus nos envia em todos os momentos de nossa vida, e interpretá-los com muita atenção, para que não passemos a fazer algo que julgamos bom, mas que, na realidade, pode nos trazer tristezas muito grandes.
Temos que saber diferenciar entre sofrimento real e o sofrimento que inventamos; o
sofrimento real: a perda de um ente amado, quando não entendemos a continuação da vida. O sofrimento que inventamos: temos a certeza de que não poderemos viver sem a pessoa que morreu.
Nada é sofrimento, tudo é experiência para o futuro.
DALTON RENATO HEIM LASS, da Revista do GEAE, maio de 2010.
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