Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A psicografia como recurso mediúnico.







A mediunidade de psicografia foi o grande recurso mediúnico utilizado pelos Espíritos Superiores para promover a reintegração com o Verdadeiro Consolador prometido por Jesus, no advento do Espiritismo, no século XIX, tendo como codificador desta abençoada Doutrina o Mestre de Lion, Allan Kardec.
Certamente a escolha da Espiritualidade Maior foi a necessária para a instituição doutrinária, não somente por conta de que a documentação poderia ser analisada extensamente, mas também por conta de que as fontes poderiam ser variadas, como foram realmente, facilitando o melhor resultado para codificação do Espiritismo.
Até então, as mesas girantes eram o recurso utilizado para obter respostas dos Espíritos às perguntas nem sempre pertinentes para esclarecer sobre a Vida Maior. Os efeitos físicos sempre estiveram presentes na vida das pessoas, mas com a vinda do codificador, houve uma lógica mudança de diretriz, optando pela psicografia como recurso mediúnico que prescreveria o necessário com sérios objetivos para a formação de Obras que deixaram uma fantástica herança para a humanidade.
Inspirado pelo Espírito da Verdade o professor Hippolyte Leon Denizard Rivail traduziu em essência, por conta de sem número de mensagens psicografadas, o que seria a Doutrina de Consolo e Esperança para todos nós.
A psicografia deu continuidade em instalar o Espiritismo, mas saindo de França para o Brasil, em abençoadas mãos de um médium das Minas Gerais que, em sua simplicidade pode psicografar mais de quatrocentas obras de variados cunhos, que ampliaram ainda mais a herança Espírita para a humanidade. Assim, Chico Xavier pode dar continuidade na construção do edifício cristão do Espiritismo em terras brasileiras.
A mediunidade mais uma vez dando mostras de ser o grande veículo de transmissão de idéias dos desencarnados (Espíritos Errantes) para os encarnados.
Muitos médiuns tentam seguir esse modelo de trabalho, fundamentando seu esforço em psicografar material que seja útil para todos em estabelecer ainda mais os princípios e propósitos doutrinários, não só no Brasil, mas pelo mundo todo.
Nunca se pode ler tantas obras psicografadas como se tem lido desde o século passado. A profusão de livros é tamanha, que torna-se impraticável ler tudo o que venha a ser publicado. Entretanto, evidentemente, pode ser que venhamos a perder alguma coisa em termos de qualidade.
Se tivermos a disposição para ler as publicações que saíram da mão de Chico Xavier, Yvonne Pereira, Divaldo Franco e alguns outros “autores”, teremos obras primas de conteúdo e contexto, mas se nos pusermos a ler alguns “autores” mais contemporâneos, podemos notar a perda de compromisso com a manutenção das linhas fundamentais da Doutrina Espírita, a enxertia de “novidades” que absolutamente não condizem com o Espiritismo, perdendo o direcionamento proposto pelo codificador, que foi inspirado por Jesus.
A introdução e a intromissão de conteúdo esotérico, sincrético, místico faz papel de contra-ponto, buscando “inovar” o que ainda não foi sequer aprendido desde há dois mil anos, após a passagem do Cristo-Jesus. Inovação dispensável, já que não se tem real vivência da base fundamental cristã.
Idéias e ideais avessos à própria proposta cristã, citações de conhecimentos propostos sem fundamentação real. Colocações pessoais, individuais, subjetivas, que não podem – não têm como ser contestadas, incrustadas como apêndices no conhecimento sedimentado e experimentado da Doutrina dos Espíritos, tentando ganhar validade, apesar da “insubstância” que são características.
Livros inteiros que são comprometidos por uma frase, por uma idéia que “jogam” em seu interior são relativamente comuns nos dias atuais.
Porém, para analisar e entender um livro, é preciso ter algumas diretrizes fundamentais em mente, seja obra da área que venha a ser. É preciso que se saiba o que procurar numa leitura. É necessário ter em mente um projeto básico que dê linha a ser seguida para alcançar melhor compreensão, melhor análise e aproveitamento da leitura do texto. Tudo na Vida é assim: precisa ter um direcionamento, uma regra, uma técnica, um objetivo. Para ler não é diferente.
Ainda que a psicografia seja a mediunidade mais propagada e mais divulgada no meio espírita, ela precisa ser crivada pela razão, pela lógica e pelo respeito à Doutrina para que seja abalizada com dignidade e objetividade, para que não caia na vala comum dos desperdícios humanos. Sem método não se tira proveito das experiências da Vida e nesse caso não pode ser diferente.

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