Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

terça-feira, 31 de março de 2015

Para os que têm pensamentos suicídas


O suicídio sempre esteve presente em todas as sociedades e em todas as épocas da história da humanidade, idependentemente das circunstâncias econômicas, das possibilidades materiais e/ou financeiras.

Muitas vezes, inclusive, acontece no seio de famílias bastante ricas, fazendo pensar que a fartura material efetivamente não é a solução para problemas de ordem existencial ou moral.

Parece evidente que em algumas regiões do Planeta é um fenômeno mais frequente e parece que os fatores climáticos são preponderantes nas instalações de tais tendências.

Assim, em regiões com menor insolação e mais frias, parece que o Ser humano guarda consigo alguma maior tendência para os pensamentos suicidas.

Nas áreas da atividade humana, muitas vezes, surgem para a criatura determinados topos de provação para cuja travessia, nem sempre bastará o conhecimento superior ou o profundo conhecimento espiritual, ou mesmo o conhecimento do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É necessário que a Alma se apóie no bastão invisível da paciência, a fim de não resvalar em sofrimentos maiores.

Eis porque nos permitimos endereçar reiterados apelos aos irmãos domiciliados no Plano Físico a fim de que se dediquem ao cultivo da compreensão.

Se a criatura se encontra sob o impacto de conflitos domésticos, ante aqueles que se façam campo de vibrações negativas, usa a tolerância, quanto possível, em auxílio à segurança da equipe familiar a que se vincula.

Nas decepções, sejam quais forem, reflita no valor da ponderação em teu próprio benefício, não permeando em sua mente o desespero gerador de maiores dores do que aquelas que já experimenta.

Diante de golpes que lhe sejam desfechados, esqueça as injúrias e agravos e pense apenas nas oportunidades do trabalho que lhe darão o apoio defensivo contra o desespero.

Aliás, o trabalho é semore um dos maiores recursos terapêuticos de que dispomos.

Sob acusações que reconhece imerecidas, esqueça do mal e não se alimente com o fogo da discórdia.

Quando lhe falte atividade profissional, continue agindo, tanto quanto possa, nas tarefas de auxílio espontâneo aos outros, aprendendo que atividade nobre atrai atividades nobres e, com isso, para breve, você se reconhecerá em novos posicionamentos de serviço, segundo as suas necessidades.

Se é o desânimo que ameaça por esse ou aquele motivo, recorde a importância de seu concurso fraterno, em apoio de alguém, e não se dê ao luxo de paradas improdutivas.

Movimente-se fisica e intelectualmente: leia obras de elevado teor moral para fortalecer seu íntimo!

Em qualquer obstáculo a transpor no caminho, conserve a paciência por escora e guia e, de pensamento confiante na Divina Providência, você seguirá adiante, afastando para longe a tentação da fuga e reconhecendo, rapidamente, que há sempre um futuro melhor para cada um de nós e que, em todas as tribulações da existência, vale a pena esperar pelo socorro de Deus.



Mensagem recebida em 30 de março de 2015
Militão Pacheco

segunda-feira, 30 de março de 2015

Evangelho no Lar


Cultivar o Evangelho no Lar auxilia a aperfeiçoar a criatura.

Ela, aperfeiçoada, ilumina a família.

A família iluminada auxilia na comunidade.

A comunidade melhorada fortalece a nação.

O homem evangelizado adquire compreensão e amor.

A família iluminada conquista entendimento e harmonia.

A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.

A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.

Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.

O fenômeno deslumbra.

O raciocínio indaga.

Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.

Imprescindível conhecer o próprio destino.

Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.

É necessário clarear o caminho.

Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.

Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.


Teoria das manifestações físicas


É fácil conceber a influência moral dos Espíritos e as relações que possam ter com a nossa alma, ou com o Espírito em nós encarnado. Compreende-se que dois seres da mesma natureza possam comunicar-se pelo pensamento, que é um de seus atributos, sem o concurso dos órgãos da palavra. Já é, entretanto, mais difícil dar-nos conta dos efeitos materiais que eles podem produzir, tais como os ruídos, o movimento dos corpos_sólidos, as aparições e, sobretudo, as aparições tangíveis. Vamos tentar dar a explicação, segundo os próprios Espíritos e segundo a observação dos fatos.

A idéia que fazemos da natureza dos Espíritos torna à primeira vista incompreensíveis esses fenômenos. Diz-se que o Espírito é a ausência completa da matéria e, pois, que ele não pode agir materialmente. Ora, isto é errado. Interrogados sobre se são imateriais, assim responderam os Espíritos:

"Imaterial não é bem o termo, porque o Espírito é alguma coisa; do contrário seria o nada. É material, se se quiser, mas de uma matéria de tal modo etérea que para vós é como se não existisse".

Assim, o Espírito não é uma abstração, como pensam alguns; é um ser, mas cuja natureza íntima escapa aos nossos sentidos grosseiros.

Encarnado no corpo, o Espírito constitui a alma. Quando o deixa com a morte, não sai despojado de todo o envoltório. Dizem-nos todos que conservam a forma que tinham quando vivos; e, realmente, quando nos aparecem, em geral é sob a forma por que os conhecíamos.

Observemo-los, atentamente, no instante mesmo em que deixam a vida: acham-se em estado de perturbação. Ao seu redor tudo é confuso, vêem o próprio corpo, inteiro ou mutilado, conforme o gênero de morte. Por outro lado vêem-se e sentem-se vivos. Algo lhes diz que aquele é o seu corpo, mas não compreendem como estejam separados. O laço que os unia ainda não está, pois, rompido completamente.

Dissipado esse primeiro momento de perturbação, o corpo se torna para eles como uma roupa velha, da qual se despojaram sem pesar, mas continuam a se ver em sua forma primitiva. Ora, isto não é um sistema: é o resultado de observações feitas com inúmeros sensitivos. Poderemos agora nos reportar ao que nos contaram de certas manifestações produzidas pelo Sr. Home e por outros médiuns do mesmo gênero: aparecem mãos que têm todas as propriedades das mãos vivas, que tocamos, que nos seguram e que se desfazem repentinamente.

Que devemos concluir disso? Que a alma não deixa tudo no caixão: leva algo consigo.

Assim, haveria em nós duas espécies de matéria: uma grosseira, que constitui o envoltório exterior; a outra sutil e indestrutível.

A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação da primeira, daquela abandonada pela alma; a outra destaca-se e segue a alma que, assim, continua tendo sempre um invólucro. É a este que denominamos perispírito. Essa matéria sutil, por assim dizer extraída de todas as partes do corpo a que estava ligada durante a vida, conserva a forma daquele. Eis por que todos os Espíritos são vistos e por que nos aparecem tais duais eram em vida.

Mas essa matéria sutil não tem a tenacidade nem a rigidez da matéria compacta do corpo: é, se assim podemos dizer, flexível e expansiva. Eis por que a forma que toma, muito embora calcada sobre a do corpo, não é absoluta: dobra-se à vontade do Espírito, que lhe dá, conforme queira, esta ou aquela aparência, enquanto que o envoltório sólido lhe oferece uma resistência intransponível. Desembaraçando-se desse entrave que o comprimia, o perispírito distende-se ou se contrai, transforma-se e, numa palavra, presta-se a todas as metamorfoses, de acordo com a vontade que sobre ele atua.

Prova a observação - e insistimos sobre o vocábulo observação, porque toda a nossa teoria é conseqüência dos fatos estudados - que a matéria sutil, que constitui o segundo envoltório do Espírito, só pouco a pouco se desprende do corpo, e não instantaneamente. Assim, os laços que unem alma e corpo não se rompem de súbito pela morte. Ora, o estado de perturbação, que observamos, dura todo o tempo em que se opera o desprendimento: somente quando esse desprendimento é completo o Espírito recobra a inteira liberdade de suas faculdades e a consciência clara de si mesmo.

A experiência ainda prova que a duração desse desprendimento varia conforme os indivíduos. Em alguns opera-se em três ou quatro dias, ao passo que noutros não se completa senão ao cabo de vários meses. Assim, a destruição do corpo, a decomposição pútrida não bastam para que se opere a separação. Eis a razão por que certos Espíritos dizem: Sinto que os vermes me roem.

Em algumas pessoas a separação começa antes da morte: são as que em vida se elevaram pelo pensamento e pela pureza de seus sentimentos acima das coisas materiais.

Nelas a morte encontra apenas fracos liames entre a alma e o corpo e que se rompem quase instantaneamente. Quanto mais materialmente viveu o homem, quanto mais seus pensamentos foram absorvidos nos prazeres e nas preocupações da personalidade, tanto mais tenazes são aqueles laços. Parece que a matéria sutil se identifica com a matéria compacta e que entre elas se estabelece uma coesão molecular. Eis por que só se separam lentamente e com dificuldade.

Nos primeiros instantes que se seguem à morte, quando ainda existe união entre o corpo e o perispírito, este conserva muito melhor a impressão da forma corpórea, da qual, por assim dizer, reflete todas as nuanças e mesmo todos os acidentes.

Eis por que um supliciado nos dizia, alguns dias após a sua execução: Se me pudésseis ver, ver-me-íeis com a cabeça separada do tronco.
Um homem que tinha sido assassinado nos dizia: Vede a ferida que me fizeram no coração. Pensava ele que poderíamos vê-lo.

Estas considerações conduzir-nos-iam ao exame da interessante questão da sensação dos Espíritos e de seus sofrimentos. Fá-lo-emos em outro artigo, a fim de que aqui nos limitemos ao estudo das manifestações físicas.

Imaginemos, pois, o Espírito revestido de seu envoltório semi-material, ou perispírito, tendo a forma ou aparência que possuiu quando vivo. Alguns até se servem desta expressão para se designarem. Dizem: minha aparência está em tal lugar. Evidentemente são estes os manes dos antigos.

A matéria desse invólucro é suficientemente sutil para escapar à nossa vista em seu estado normal, mas não é completamente invisível. Para começar, vemo-lo pelos olhos da alma, nas visões produzidas durante os sonhos. Mas não é disto que nos queremos ocupar. Nessa matéria eterizada pode haver uma modificação, o próprio Espírito pode faze-la sofrer uma espécie de condensação que a torna perceptível aos olhos do corpo. É o que ocorre nas aparições vaporosas. A sutileza dessa matéria lhe permite atravessar os corpos sólidos, razão por que tais aparições não encontram obstáculos e por que tantas vezes se extinguem através das paredes.

A condensação pode chegar ao ponto de produzir a resistência e a tangibilidade. É o caso das mãos que podemos ver e tocar. Mas essa condensação - e esta é a única palavra de que nos podemos servir, para dar uma idéia, embora imperfeita, de nosso pensamento - esta condensação, íamos dizendo, ou ainda essa solidificação da matéria etérea é apenas temporária ou acidental, porque esse não é o seu estado normal. Eis por que, em um dado momento, as aparições tangíveis nos escapam como uma sombra. Assim, do mesmo modo que um corpo se nos apresenta em estado sólido, líquido ou gasoso, conforme o grau de condensação, assim a matéria etérea do perispírito pode aparecer-nos em estado sólido, vaporoso visível ou vaporoso invisível. Veremos, a seguir, como se opera essa modificação. (Ver: Levitação - Teoria da alavanca)

A mão aparente tangível oferece uma resistência: exerce pressão, deixa impressões; opera uma tração sobre os objetos que seguramos. Nela há, pois, uma força. Ora, estes fatos, que não são hipóteses, podem levar-nos à explicação das manifestações físicas. (Ver: Materialização)

Notemos, antes de mais nada, que essa mão obedece a uma inteligência, pois age espontaneamente, dá sinais inequívocos de uma vontade e obedece a um pensamento. Pertence, pois, a um ser completo, que só nos mostra essa parte de si mesmo, e a prova é que deixa impressões das partes invisíveis, os dentes deixam marcas na pele e produzem dor.

Entre as diversas manifestações, uma das mais interessantes é, sem dúvida, o toque espontâneo de instrumentos de música. Os pianos e acordeons são aparentemente os instrumentos prediletos. Este fenômeno é explicado muito naturalmente pelo que precede. A mão que, tem a força para apanhar um objeto também a pode ter para fazer pressão sobre as teclas e faze-las soar. Aliás, por diversas vezes vimos os dedos em ação, e quando a mão não é vista, vêem-se as teclas em movimento e o fole a distender-se e fechar-se. As teclas só podem ser movidas por mão invisível, a qual dá mostra, de inteligência, tocando árias perfeitamente ritmadas e não sons incoerentes.

Desde que essa mão pode enfiar-nos as unhas na carne, beliscar-nos, arrebatar aquilo que temos na mão; desde que a vemos apanhar e transportar um objeto, assim como nós o faríamos, também nos pode dar pancadas, erguer e derrubar uma mesa, tocar uma campainha, puxar uma cortina e até mesmo nos dar uma bofetada invisível.

Perguntarão talvez como essa mão, no estado vaporoso invisível, pode ter a mesma força que no estado tangível. E por que não?

Vemos o ar derrubar edifícios, o gás lançar projéteis, a eletricidade transmitir sinais, o fluido do ímã levantar massas.

Por que seria menos poderosa a matéria do perispírito? Mas não a queiramos submeter às nossas experiências de laboratório e às nossas fórmulas algébricas. Principalmente pelo fato de havermos tomado os gases como termo de comparação, não lhes vamos atribuir propriedades idênticas, nem computar sua força do mesmo modo por que calculamos a do vapor. Até agora ela escapa a todos os nossos instrumentos. É uma nova ordem de idéias, fora da competência das ciências exatas. Eis por que estas ciências não nos oferecem a aptidão especial para as apreciar.

Damos esta teoria do movimento dos corpos sólidos sob a influência dos Espíritos apenas para mostrar a questão sob talos os seus aspectos e provar que, sem nos afastarmos muito das idéias recebidas, é possível dar-nos conta da ação dos Espíritos sobre a matéria inerte. Há, porém, uma outra, de alto alcance filosófico, dada pelos próprios Espíritos, e que lança sobre este problema uma luz inteiramente nova. Será melhor compreendida depois que a tiverem lido. Aliás, é útil conhecer todos os sistemas, a fim de poder compará-los.

Resta agora explicar como se opera esta modificação da substância etérea do perispírito, por que processo o Espírito opera e, em conseqüência, o papel dos médiuns de influência física na produção desses fenômenos; aquilo que em tais circunstâncias neles se passa, a causa e a natureza de suas faculdades, etc. É o que faremos no próximo artigo.

Revista Espírita, Maio de 1858 - Allan Kardec

sábado, 28 de março de 2015

O homem e o mal


Evidente que obwervamos polarizações em todo o Universo e de todas as espécies.

A luta do Bem contra o mal também faz parte desta polarização e ela é manifesta como um grande conflito sob as mais diversas formas e em seu bojo muitas Almas sensíveis se conservam ainda na atitude de evocação de Entidades espirituais para que elas compareçam para o combate aos inimigos que as incomodam, facultando ainda maior desarmonia, por envolver mais personalidades em tal conflito.

O pedido de auílio a instâncias superiores, quanto às investidas de Entidades sofredoras, perturbadas e perturbadoras é justo para o Espírito que se encontra, ainda, nos círculos da fragilidade humana.

Contudo, a insistência para que a "representação" de outrem que façam a substituição, de modo a se ausentar dos processos de enfrentamento com a realidade, demonstra falta de lucidez, falta de maturidade ou mesmo covardia para enfrentar a si mesmo nos panoramas da Vida.

Isso conduz à comodidade e à estagnação.

A representação do mal através de variadas expressões mitológicas certamente terá um fim, já que todos os Seres têm uma destinação efetiva ligada à felicidade e à participação na criação e geração Universais.

Mas, para que cada criatura alcance tais elevações, ela necessitará se entregar ao Bem de alguma forma, abandonando o egoísmo primário e aprendendo sobre a grandeza de sua própria posição de Espírito imortal que, em dado momento, atingirá a Vitória sublime em si mesmo, alcançando estágios superiores da Existência.

O Criadro jé se entregou à criatura, mas a criatura ainda não se entregou ao Criador...

É fundamental recoradar que o mal cederá de modo focal, quer dizer, sob os nossos olhares e não à esmo em algum local indeterminado, sem a nossa participação.

Mas, para isso, é fundamental que cada um compareça para exingui-lo.




Mensagem recebida em 27 de março de 2015
Militão Pacheco

sexta-feira, 27 de março de 2015

Em algum momento


Muitos se utilizam da palavra do Evangelho com finalidades não necessariamente apropriadas.

Um governante poderá instigar interesses peculiares, defendendo ideias egoísticos através dele.

Um legislador fará comparações entre as leis morais do Cristo e as leis humanas, sem alcançar, entretanto o paralelo desejado, graças à imperfeição que as leis transitórias conseguem abraçar.

Um adminitrador pode tentar fazer algumas combinações para tentar comparar as exposições do Cristo ao gerenciamento das nobres, mas falíveis, Instituições humanas.

Um escritor viajará nas imagens captadas pelas palavras de Jesus, mas sem alcançar sua essência divina enquanto não o vivenciar efetivamente eu seu próprio íntimo.

Um poeta poderá tentar alcançar a compreensão da sublimidade cristã, mas só a tangenciará quando a tiver tocado com o próprio coração espiritual.

Um artista plástico idealizará imensidões em telas, em esculturas ou outras obras, com todos os ensinamentos do Mestre, mas só expressará a realidade da moral cristão quanto já houver sido sensibiliado realmente por ela.

Até mesmo um revolucionário pode repetir as expressões do Nazareno com intenções de hipnotizar as massas, mas será completamente falso em seus propósitos se não tiver por princípio a caridade, a fraternidade e a Unidade do Ser com o Criador.

O pedinte, nas ruas, usa o nome do Senhor Jesus para sensibilizar os corações, mas com o próprio coração endurecido não será mais do que um alto-falante expressando palavras sem qualquer expressão para ele mesmo.

Qualquer um deles será, um dia, tocado pelo Mestre Divino, sem qualquer dúvida!

Em algum momento de sua existência...

Assim como nós que estamos lendo este texto!

Aí, sim, serenos felizes de verdade!




Mensagem recebida em 27 de março de 2015
Militão Pacheco

quinta-feira, 26 de março de 2015

Você e Jesus em seu coração



O processo de materialização da criatura humana, pela proximidade dela para com as sensações inerentes à sua própria constituição física leva-a a encontrar em circunstâncias habituais a inteira negação da espiritualidade nos acontecimentos atuais na Terra.

Não se consegue observar a sublimidade das revelações que o Espiritismo Cristão pode trazer para a própria iluminação e consciência.

Muitos argumentam que as dádivas do Céu são estórias esquivas que foram amortecidas com o passar dos séculos e ficaram perdidas no imagiário dos povos antigos.

A crença de pessoas entregues às feras, por Amor ao Nazareno Amorável não passaria de ilusão para distrair o povo e conduzí-lo para o bem de poderosos, como fazem muitosm poderosos na atualidade, utilizando-se de outros recursos, confrontando com a circunstância do pão e circo do antigo império romano.

A Fé não passaria de artigo religioso de conveniência para a contenção dos impulsos bestiais de uma população faminta de alimento material e espiritual...

Os milagres, as curas, os fenômenos mediúnicos seriam apenas ficções produzidas pela imensa imaginação de escritores hábeis com as palavras e nada mais...

Porém, a misericórdia do Criador em nada mudou e a Providência Divina é, também, invariável em todos os tempos, ainda que os corações se enregelem nas ilusões materialistas.

Embora pareça que não, muitos cristãos estão efetivamente despertando através do Espiritismo Cristão e seus Mensageiros de Amor.

Repene, portanto, em qual direção caminham seus pensamentos e não aplauda os mais dispersos pelas paixões!

Direcione sua vontade e seu desejo para A Verdade que o Senhor Jesus pode lhe oferecer, concitando em seu íntimo as ardentes necessidades de harmonia, paz, equilíbrio e prosperidade espiritual, pois, somente através d'Ele você encontrará a Luz de que tanto necessita para a Verdadeira liberdade do Espírito!

Persevere na Doutrina da comunhão com o Evangelho de Jesus para que possa ser alimentado em corpo e Alma para a eternidade.



Mensagem recebida em 26 de março de 2015
Militão Pacheco

quarta-feira, 25 de março de 2015

Sirva com dignidade


Nunca tenha vergonha de servir alguém, pois o próprio Cristo exemplificou a importância deste gesto através de inúmeras atitudes.

Servir é ato nobre que exige, também, ordem e disciplina, para que não se torne escravidão ou exploração.

Não é o caso de abaixar a fronte diante de comandos irracionais, mas de ser útil com o devido respeito de quem serve para quem é servido e de quem é servido para quem serve.

Servir não é ser humilhado, mas doar-se por Amor.

Servir não é ser servil, sem utilidade, mas útil por caridade.

Servir não é fazer papel de tolo, mas de cristão.

É, antes de qualquer coisa, um gesto elevado, mas justo e honesto, caso contrário não é correto.

Sirva de consciência tranquila em prol daqueles que possam ser dignos de seus serviços.

Faça do seu servir um gesto de Amor, acima de qualquer suspeita.



Menasgem recebida em 18 de março de 2015
Militão Pacheco

terça-feira, 24 de março de 2015

Reencarnação


Não há como fugir

Não há como escapar

Ainda que não se peça

Ainda que não se tenha consciência

É através dela que se alcança

A verdadeira liberdade

Após os equivocos cometidos

Após as dívidas acumuladas

Mesmo que se tenha consciência na Vida Maior

Desprendido da matéria

Volta-se a ela

Para cumprir com o que é necessário

E libertar-se dos compromissos

Indevidamente assumidos

A reencarnação é o meio para a Vida

Onde se aprende sobre ela

Sobre a matéria

Sobre o Amor

Até que em um momento

Se possa por ela optar

Apenas para executar

Tarefas elevadas e dedicadas

Para quem ainda transite

Nas dúvidas, nas paixões

Por tanto amar

A estes que caminham

No transe equivocado

Das iluões materiais

Vida é muito mais

Do que o momento na Terra

E só se aprende sobre isso

Vivendo em sua superfície

Em várias encarnações




Mensagem recebida em 18 de março de 2015
Fratelo

segunda-feira, 23 de março de 2015

Esperança, palavra de força


Pode ser considerada como o primeiro degrau para se conquistar uma das mais importantes qualidades humanas: a Fé!

Esperança é palavra de peso, que carrega consigo a vibração da Fé.

Ela é, na verdade, a expressão inicial dela, da Fé.

Graças à Esperança a criatura humana consegue sorrir, consegue abstrair o momento da dor e imaginar que ele passará.

Por conta dela o Ser hunano aspira um momento melhor, para respirar profundamente.

Em função dela caminha para a Eternidade com mais segurança e determinação.

Sem a Esperança paira na mente do homem a dúvida que degrada e esvai, drenando as energias e condições para a luta.

Pode-se dizer que a partir dela faz-se o primeiro laço firme com o Criador.

Por isso, por maior que seja o obstáculo a superar, evoca-se a Esperança, em suas variadas expressões, para se adquirir forças para a luta, dia a dia, momento a momento, de modo que se erga a fronte e segue-se em frente sem esmorecer, sem desanimar e confiante na conquista e na vitória.

Seguir ao lado dela é essencial para a Vida.



Mensagem recebida em 18 de março de 2015
Militão Pacheco

sábado, 21 de março de 2015

Premonições


Os Espíritos de nossa esfera não podem devassar o futuro, considerando essa atividade uma característica dos atributos do Criador Supremo, que é Deus.

Temos de considerar, todavia, que as existências humanas estão subordinadas a um mapa de provas gerais, onde a personalidade deve movimentar-se com o seu esforço para a iluminação do porvir, e, dentro desse roteiro, os mentores espirituais mais elevados podem organizar os fatos premonitórios, quando convenham à demonstração de que o homem não se resume a um conglomerado de elementos quimicos, de conformidade com a definição do materialismo dissolvente.

Um caso de premonição de morte acidental

Exemplo de “premonição de morte acidental”, donde ressalta, mais que nunca, indubitável a existência de uma fatalidade na vida, mediante a qual unicamente se podem explicar as reticências e os simbolismos que manifestamente objetivam não embaraçar a execução dos decretos do Destino.

O vaticínio de morte que vou relatar se mostra de grande importância, sobretudo pelo lado probante, visto ter sido formulado por dois sensitivos, sem nenhuma ligação entre um e outro. Dá-se ainda que um deles insistiu sobre o mesmo acontecimento durante 14 sessões, depois de tê-lo anunciado 31 meses antes que se realizasse. Acrescente-se que, por uma ironia da sorte e por ordem supranormal, esse vaticínio de morte foi comunicado à vítima pelo sensitivo percipiente, que ignorava quem fosse o que teria de morrer. A vítima designada, ignorando, por sua vez, que o fato lhe dizia respeito, tomou dele nota cuidadosa, com o fim de lhe pesquisar de forma científica o desenvolvimento. Era o Dr. Gustave Geley, diretor do Instituto Metapsíquico de Paris.

O primeiro de tão memoráveis vaticínios ocorreu, sem ser procurado, nas experiências de “metagnomia” a que o Dr. Eugênio Osty procedia com diversos sensitivos. Escreveu ele:

“Ponho fim à presente enumeração de premonições de morte acidental, citando fragmentariamente as frases de um vaticínio, cujo desenvolvimento acompanhei por três anos, sem me aperceber, até verificar-se o fato, de quem era a pessoa a que ele se referia.”

(Extratos dos relatórios das sessões hebdomadárias de premonições, com a sensitiva-clarividente Mme. Peyroutet).

18 de março de 1922 – “... O senhor toma parte regularmente num jantar em que só homem se senta à mesa. Um deles empreenderá uma viagem e sofrerá um acidente seguido de morte...” (Eu participei regularmente de um só jantar periódico – o de 13 de cada mês – ao qual unicamente homens compareciam. Esse jantar foi combinado em junho de 1914 e éramos quinze os comensais, todos interessados nas pesquisas psíquicas e, na sua maioria, amigos. O Dr. Geley, diretor do Instituto Metapsíquico, era do número).
24 de abril de 1922 – “... Morte de um amigo seu, por desgraça acidental. Haverá queda e morte. É um homem de ciência...”
21 de maio de 1922 – “... O senhor saberá da morte de um amigo seu, devida a acidente grave. Serão duas as mortes...” (O Dr. Geley era o único passageiro do aeroplano que no dia 14 de julho de 1924 se precipitou ao solo, na Polônia. Ele e o piloto morreram imediatamente).
15 de julho de 1922 – “... Vejo sempre ao seu derredor a morte de um homem de ciência, seu amigo. Mas, em que consistirá a catástrofe?... Haverá duas mortes...”
23 de setembro de 1922 – “... Oh! doutor, vejo sempre ao seu lado este acontecimento de morte por acidente, que poderá dar lugar a um oferecimento que lhe será feito e que mudará a sua carreira profissional...” (Para os que o ignoram, direi que foi em seguida à morte do Dr. Geley que me propuseram assumisse eu a direção do Instituto Metapsíquico).
20 de janeiro de 1923 – “... O senhor virá a saber da morte, por acidente, de um homem de ciência... Morte súbita. Dupla morte, depois de uma viagem a país distante.”
17 de fevereiro de 1923 – “... Sempre acidente e morte de um homem de ciência muito seu conhecido. Acidente e morte por ocasião de uma partida.”
17 de março de 1923 – “... Oh! ser-lhe-á comunicada uma morte acidental, por fratura do crânio... Vejo uma morte que será para o senhor causa de alguma coisa como uma nova tarefa, um trabalho novo...”
21 de abril de 1923 – “... Oh! essa morte de um homem de ciência está sempre ao seu lado! Doutor, o senhor certamente não tem a intenção de subir num aeroplano, não é?”
1º de dezembro de 1923 – “... Oh! que triste notícia de morte o espera! Morte acidental por uma queda! Duas mortes. Aproxima-se o dia do senhor a receber. É sua amiga essa pessoa...”
22 de março de 1924 – “... Não tardará muito que saberá da morte de um homem de ciência, a quem o senhor conhece muito. Um doutor dará uma queda. Acidente de automóvel, ou de qualquer outra coisa, longe, longe, durante uma viagem...”
04 de abril de 1924 – “... Em torno do senhor há um fato de morte, que continuo a ver sempre. Morte acidental, no estrangeiro; qualquer coisa como uma embarcação que afundará...”
31 de maio de 1924 – “... Morte acidental de um homem muito seu conhecido. Morte por ocasião de uma partida, em pais estrangeiro...”
09 de julho de 1924 – “... Será uma morte que surpreenderá grandemente. Morte acidental. Partida durante uma viagem. Morte de um homem de ciência, que revolucionará a sua existência...”
Observa neste ponto o Dr. Osty:

“Cinco dias depois desta última sessão (14 de julho de 1924) o Dr. Geley partia de Varsóvia em aeroplano e logo depois a máquina se precipitava, causando-lhe a morte, assim como ao piloto. No dia 19 de julho, a vidente, Mme. Peyroutet, tornou a falar, pela última vez, da morte acidental, que a obsediava em todas as sessões, comigo, mas dessa vez assinalou a morte como ocorrida.” (Revista Metapsíquica. 1930, pág, 50-52).

Antes de comentar o inolvidável episódio exposto, cumpre-me reproduzir um outro relativo ao mesmo caso de premonição de morte acidental ainda distante e que, como o primeiro, ocorreu espontaneamente, mas de forma “auditiva”, tendo por percipientes o conhecido escritor, metapsiquista e também sensitivo-clarividente Pascal Forthuny. Numa conferência que fez, em maio de 1926, no Instituto Metapsíquico, tratou ele do caso nos seguintes termos:

“Sim, tenho a certeza absoluta de que, em muitas circunstâncias, o futuro é previsível para o clarividente... Se todos os clarividentes tivessem o cuidado, que hei tido sempre, de datar e conservar os textos de suas profecias, depositando-as em lugar seguro, para depois, a seu tempo, confrontá-las com os pormenores do acontecimento realizado, poderiam todos testificar, com plena consciência, que a previsão do que há de dar-se não é uma hipótese, porém realidade indiscutível, porque cem vezes verificada. Limitar-me-ei agora a divulgar um de tais documentos-prova, referente a uma profecia trágica, da qual, desventuradamente, me tocou a mim ser o comunicante.

Um dia, no silêncio e na solidão do campo, estava eu no meu escritório, absorto numa composição poética, quando, de improviso, me ressoou ao ouvido uma voz autoritária a me ordenar fosse sem demora ao Instituto Metapsíquico, em Paris, comunicar ao Dr. Gustave Geley que eu fora prevenido da morte próxima de um médico francês na Polônia, vítima de um desastre de aviação. Obedeci, partindo imediatamente para Paris, onde me dirigi à residência do Dr. Geley, que era na própria sede do Instituto. Ele acabara, naquele momento, de jantar com a família e se achavam todos na respectiva sala. Fui acolhido com a costumada gentileza e expus sem demora o motivo da minha visita, narrando o que a “voz autoritária” me revelara. Faço notar que, então, o diretor do Instituto Metapsíquico nenhuma intenção tinha de ir à Polônia. Perguntou-me ele bruscamente: “E de quem e trata?” Foi-me dito depois que, a essa pergunta, eu visivelmente empalidecera. Como quer que seja, eu não sabia de quem se tratava, pois que não me fora declinado o nome da vítima. Mas aquela pergunta me deixou confuso. Procurei despertar as minhas faculdades pré-cognitivas. Pareceu-me que conseguia e mencionei um nome: o de um doutor ilustre. Enganei-me no que dizia respeito à pessoa; o Destino não me quis revelar completamente o seu segredo. Decorridos três meses o Dr. Geley se achava em Varsóvia; propuseram-lhe regressar de aeroplano a Paris e ele aceitou. Após um quarto de hora de vôo, o aeroplano se precipitou ao solo, ficando horrivelmente esfacelados os dois que nele viajavam. Da minha trágica profecia, verídica, se bem que incompleta, fora feito um registro por escrito, no momento em que a participei ao Dr. Geley, e esse documento encontramos entre os papéis do nosso desditoso amigo.” (Revue Métapsichique, 1926, página 368).

O trágico acontecimento de que se trata, percebido 31 meses e 3 meses antes por dois videntes, com todas as particularidades necessárias a assinalar infalivelmente a vítima designada, mas somente depois que o fato ocorresse, pode considerar-se conclusivo para demonstrar a existência de uma classe de premonições capazes de indicarem as vítimas de catástrofes acidentais, portanto, imprevisíveis, o que, do ponto de vista da hipótese fatalista, adquire enorme importância.
Procedamos, porém, com ordem. Antes de tudo, importa acentuar que o vaticínio em questão corresponde, de modo irrepreensível, a todas as exigências da documentação científica:

De um lado, há 14 relatos do Dr. Osty, por ele escritos em face dos apontamentos tomados durante as sessões;
do outro lado, há o relato de Pascal Forthuny, comprovado pelo testemunho de membros da família da vítima, bem como por um documento no qual a profecia foi registrada, na ocasião, pela própria vítima que o vaticínio designava.

Deve-se, pois, concluir que, do ponto de vista probante, o caso em apreço é positivamente “crucial” em todos os seus minuciosos pormenores, dado que todas as particularidades que o constituem foram registradas muito tempo antes que o acontecimento se desse.

O professor Richet, citando o caso em seu livro L’Avenir et la Prémonition (O futuro e a premonição), conclui com a observação seguinte: “Verdadeiramente, a mim me parece que, depois da leitura desse íntimo episódio, deveria ser logicamente impossível duvidar ainda da existência da lucidez premonitória”. Assim é, com efeito, e a ninguém escapará a enorme importância teórica que apresenta o fato de possuir-se ainda que um só caso de “premonição de morte por acidente em longo prazo”, mas que corresponda às mais severas exigências científicas e se demonstre literalmente invulnerável, não só a todas as objeções legítimas, como também a todas as sutilezas sofísticas dos opositores misoneístas.

[111 - páginas 222 / 226] - Ernesto Bozzano

sexta-feira, 20 de março de 2015

Paixões



O egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria;

O que o homem que, já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual,

A paixão confunde o raciocínio e rebaixa o sentimento.

Nossa vida mental é a nossa vida verdadeira e, por isso, quando a paixão nos ocupa a fortaleza íntima, nada vemos e nada registramos senão a própria perturbação.

Se nos libertamos das paixões inferiores perdemos peso espiritual, habilitando-nos à elevação de nível. Nossas paixões inferiores ímantam-nos à Terra, como o visco prende o pássaro a distância das alturas...

Se nossa paixão nos impele a fazer alguma coisa, esquecemos o nosso dever: como apreciamos um livro, lemo-lo quando deveríamos fazer outra coisa.

Mas para nos lembrar-mos, é preciso que nos proponhamos fazer algo que odiamos; então, escusamo-nos por termos outra coisa a fazer e lembramo-nos assim de nosso dever.

Conhecendo a paixão dominante de cada um, temos a certeza de agradar-lhe; e, no estanto, cada qual tem suas fantasias, contrárias a seu próprio bem, na própria ideia que tem do bem, e trata-se de uma singularidade que desafina.

fonte: fragmentos de estudos

quinta-feira, 19 de março de 2015

Qualidades dos Espíritos


Podem resumir-se nos princípios seguintes os meios de se reconhecer a qualidade dos Espíritos:

Não há outro critério, senão o bom-senso, para se aquilatar do valor dos Espíritos. Absurda será qualquer fórmula que eles próprios dêem para esse efeito e não poderá provir de Espíritos superiores.

Apreciam-se os Espíritos pela linguagem de que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.

Admitido que os bons Espíritos só podem dizer e fazer o bem, de um bom Espírito não pode provir o que tenda para o mal.

Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros. A dos Espíritos_inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas. Toda expressão que denote baixeza, pretensão, arrogância, fanfarronice, acrimônia, é indício característico de inferioridade e de embuste, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.

Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que se ostente o Espírito.

A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidos, conforme as circunstâncias, as necessidades e as faculdades que encontrem para se comunicar; porém, jamais serão contraditórios. Se duas comunicações, firmadas pelo mesmo nome, se_mostram_em_contradição, uma das duas é evidentemente apócrifa e a verdadeira será aquela em que nada desminta o conhecido caráter da personagem. Sobre duas comunicações assinadas, por exemplo, com o nome de São Vicente de Paulo, uma das quais propendendo para a união e a caridade e a outra tendendo para a discórdia, nenhuma pessoa sensata poderá equivocar-se.

Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com desassombro, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.

Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem_o_futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento. Os bons Espíritos fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas. A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.

Os Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm o estilo conciso, sem exclusão da poesia das ideias e das expressões, claro, inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com exatidão. Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento, ou a ênfase, o vazio de suas ideias. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.

Os bons Espíritos nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se. Os maus são imperiosos; dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam, haja o que houver. Todo Espírito que impõe trai a sua inferioridade. São exclusivistas e absolutos em suas opiniões; pretendem ter o privilégio da verdade. Exigem crença cega e jamais apelam para a razão, por saberem que a razão os desmascararia.

Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva. Os maus prodigalizam exagerados elogios, estimulam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.

Os Espíritos superiores desprezam, em tudo, as puerilidades da forma. Só os Espíritos vulgares ligam importância a particularidades mesquinhas, incompatíveis com ideias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de inferioridade e de fraude, da parte de um Espírito que tome um nome imponente.

Deve-se desconfiar dos nomes singulares e ridículos, que alguns Espíritos adotam, quando querem impor-se à credulidade; fora soberanamente absurdo tomar a sério semelhantes nomes.

Deve-se igualmente desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não lhes aceitar o que digam, senão com muita reserva. Aí, sobretudo, é que uma verificação severa se faz indispensável, porquanto isso não passa muitas vezes de uma máscara que eles tomam, para dar a crer que se acham em relações íntimas com os Espíritos excelsos. Por esse meio, lisonjeiam a vaidade do médium e dela se aproveitam freqüentemente para induzi-lo a atitudes lamentáveis e ridículas.

Os bons Espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam aconselhar. Elas, qualquer que seja o caso, nunca deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil. Devem, pois, ter-se por suspeitas todas as que não apresentam este caráter, ou sejam condenáveis perante a razão, e cumpre refletir maduramente antes de tomá-las, a fim de evitarem-se mistificações desagradáveis.

Também se reconhecem os bons Espíritos pela prudente reserva que guardam sobre todos os assuntos que possam trazer comprometimento. Repugna-lhes desvendar o mal, enquanto que aos Espíritos levianos, ou malfazejos apraz pô-lo em evidência. Ao passo que os bons procuram atenuar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia, por meio de insinuações pérfidas.

Os bons Espíritos só prescrevem o bem. Máxima nenhuma, nenhum conselho, que se não conformem estritamente com a pura caridade evangélica, podem ser obra de bons Espíritos.

Jamais os bons Espíritos aconselham senão o que seja perfeitamente racional. Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom-senso, ou das leis_imutáveis_da_Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.

Os Espíritos maus, ou simplesmente imperfeitos, ainda se traem por indícios materiais, a cujo respeito ninguém se pode enganar. A ação deles sobre o médium é às vezes violenta e provoca movimentos bruscos e intermitentes, uma agitação febril e convulsiva, que destoa da calma e da doçura dos bons Espíritos.

Muitas vezes, os Espíritos imperfeitos se aproveitam dos meios de que dispõem, de comunicar-se, para dar conselhos pérfidos. Excitam a desconfiança e a animosidade contra os que lhes são antipáticos. Especialmente os que lhes podem desmascarar as imposturas são objeto da maior animadversão da parte deles. Alvejam os homens fracos, para os induzir ao mal. Empregando alternativamente, para melhor convencê-los, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até demonstrações materiais do poder oculto de que dispõem, se empenham em desviá-los da senda da verdade.

Os Espíritos dos que na Terra tiveram uma única preocupação, material ou morai, se se não desprenderam da influência da matéria, continuam sob o império das ideias terrenas e trazem consigo uma parte dos preconceitos, das predileções e mesmo das manias que tinham neste mundo. Fácil é isso de reconhecer-se pela linguagem de que se servem.

Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal da superioridade deles. A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira pedra de toque.

Não basta se interrogue um Espírito para conhecer-se a verdade. Precisamos, antes de tudo, saber a quem nos dirigimos; porquanto, os Espíritos inferiores, ignorantes que são, tratam frivolamente das questões mais sérias. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem, para que, no mundo espírita, se ache de posse da soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o, aproximá-lo de Deus e dilatar-lhe os conhecimentos.

Da parte dos Espíritos superiores, o gracejo é muitas vezes fino e vivo, nunca, porém, trivial. Nos Espíritos zombadores, quando não são grosseiros, a sátira mordaz é, não raro, muito apropositada.

Estudando-se cuidadosamente o caráter dos Espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral, reconhecem-se-lhes a natureza e o grau de confiança que devem merecer. O bom-senso não poderia enganar.

Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é preciso, primeiro, que cada um saiba julgar-se a si mesmo. Muita gente há, infelizmente, que toma suas próprias opiniões pessoais como paradigma exclusivo do bom e do mau, do verdadeiro e do falso; tudo o que lhes contradiga a maneira de ver, a suas ideias e ao sistema que conceberam, ou adotaram, lhes parece mau. A semelhante gente evidentemente falta a qualidade primacial para uma apreciação sã: a retidão do juízo. Disso, porém, nem suspeitam. E o defeito sobre que mais se iludem os homens.

Todas estas instruções decorrem da experiência e dos ensinos dos Espíritos.


fonte: Allan Kardec

quarta-feira, 18 de março de 2015

Buscai e achareis


A impaciência não constrói coisa alguma;

A pressa não contribui para a educação;

A inquietude não permite a serenidade;

A indignação não favorece a paz;

A revolta não contribui para o equilíbrio;

A inveja não permite a conquista das aquisições morais;

O mau humor afasta as pessoas mais próximas;

A teimosia pode levar à obsessão;

A não aceitação causa a depressão;

O inconformismo encaminha para a ansiedade;

A fixação do pensamento carrega o Ser para a demência;

Não seria o momento de mudar tudo isso para que se possa ser livre para evoluir?

Construa com paciência;

Eduque-se com calma;

Alcance a serenidade afastando a inquietude;

Pacifique tudo ao seu redor para gerar resignação;

Eleve-se moralmente para não permitir em seu íntimo o nascimento de sentimentos inferiores como a inveja;

Lute para ser agradável e conquistar amigos: é muito melhor!

Seja coerente e aberto para outras posições, diferentes da sua, evitando a obsessão;

Aceitar as dificuldades e sobrepujá-las é um ótimo exercício para a própria evolução e para afastar as enfermidades do organismo;

Busque a liberdade através do BEM!



Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Úrsula


terça-feira, 17 de março de 2015

Seu investimento


É somente seu

Um tesouro inestimável

Que ninguem pode alcançar

Nos momentos mais duros

Você pode lançar mão de seus recursos, sem receio

Quando enfrente alguém que lhe ofenda

Pode mostrar para você o quanto você pode ser Nobre

Quando se sinta abandonado, ou abandonada

Será como uma benção para lhe fortalecer

Nas experiências da Vida social

É o seu passaporte para o convívio em Paz e Harmonia

É, também, e na verdade um imenso investimento

Que você realiza sem qualquer risco ou prejuízo

Este verdadeiro tesouro é seu sorriso

Que se irradia ao derredor

Para servir de cartão de visitas

Por onde quer que você transite

E que irradia a sua luz interior

Para iluminar seus passos

Em sua jornada terrena

Em direção à Luz

Do Evangelho de Jesus





Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Ilza

segunda-feira, 16 de março de 2015

Cada filho é uma história



Cada filho é uma história, uma experiência diferente, uma vivência toda peculiar.

Desde a gestação (e mesmo antes dela) trata-se de um Espírito com identidade única que vem para junto dos seus para compartilhar a experiência da Vida mergulhado na matéria.

Personalidade única;

Opinião própria;

Pensamentos oriundos da própria experiência em muitas Vidas;

Reações íntimas características de sua individualidade...

Evolução que traduz suas posturas interiores;

Crescimento em conformidade com suas necessidades espirituais;

Aprendizado impulsionado pela própria vontade...

Necessidades educativas particulares, que impulsionam os educadores, pais ou não, a dar uma diretriz que lhe caiba adequadamente.

Cada filho é um filho e não se pode tratar um exatamente igual ao outro, justamente por tudo o que já foi declarado.

Os pais e os educadores precisam ter consciência de que cada filho necessita de uma diretriz específica, mas que, ao mesmo tempo não podem praticar injustiças para com eles.

Por não serem iguais, precisam de métodos educativos diferentes, mas sob os mesmo princípios que lhes ofereçam condições para uma evolução justa e correta.

Esta uma indicação para reduzir a margem de erro na condução dos filhos.

Acima de tudo, é fundamental olhar para eles com ternura, com doçura, mas sempre com a necessária energia educativa que conduz suavemente para as claridades do Evangelho do Cristo.

Ser enérgico não implica, de modo algum, ser agressivo.

Ser doce não implica, de modo algum, ser condescendente.

Ambos devem conduzir ao equilíbrio na educação para ter como resultado um filho ou uma filha bem educados.



Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Militão Pacheco

sábado, 14 de março de 2015

A todo momento


Tem muita gente que adoraria fazer um trabalho voluntário em algum lugar específico.

Mas não faz, por não surgirem oportunidades...

Entretanto, é preciso considerar que as oportunidades para a Caridade estão aí, a todo momento na Vida de cada um!

Pode-se praticar a Caridade nos pensamentos mais elevados com relação aos que sofrem, por exemplo;

Assim como se pode praticá-la nas palavras consoladoras que geram alívio, consolo e esperança!

A cada momento é possível exercitar os Dons da Bondade, sem que seja necessário haver alguma vinculação com alguma Instituição.

Nas ruas, nas conduções coletivas, nos pátios, nos bancos, nos cartórios, nos hospitais, nos postos de atendimento médico, nos fóruns, nos ambientes de trabalho, no convívio social, na experiência escolar, enfim em qualquer lugar!

Quer doar-se de alguma forma?

Faça assim, de modo espontâneo e natural, pois, certamente quanto mais você dispuser a praticar o Bem, mais ele se aproximará de você!





Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Júlio César

sexta-feira, 13 de março de 2015

De si mesmo


É sempre muito fácil ter a postura de um juiz.

Examinar as consciências alheias;

Apontar os erros dos outros;

Avaliar a fraqueza dos vizinhos;

Identificar, no próximo, a inveja, o ciúme, o despeito...

Porém, enquanto a distração toma conta, em função de cuidar do que não é justo,

Esquece-se de cuidar da própria leviandade,

De aplicar, na própria Vida, a verdade

E de vivenciar o que se aprende na Doutrina de Jesus!

Melhor é cuidar de si mesmo, para arrancar do próprio íntimo as viciações sobre o alheio,




Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Humberto

quinta-feira, 12 de março de 2015

Pessoas difíceis


Você tem uma pessoa "difícil" no trabalho?

Na escola?

Em casa?

Então: essa é a pessoa com quem você pode aprender!

Aprender sobre tolerância...

A cerca da compreensão...

Em torno da compaixão...

A respeito da fraternidade...

Por conta da indulgência...

Enfim, você pode aprender sobre o Amor!

Quer coisa mais importante?

Pense bem se não vale a pena aproveitar este convívio mais complexo para que você se aprimore para a Vida!

Afinal, se tudo for "muito fácil", demora mais para que se adquira virtudes!

É com a "pessoa difícil" que se pode aprender mais sobre o que é "mais difícil".

Evidentemente, se você estiver disposto a isso...



Mensagem recebida em 11 de março de 2015
Lyvia

quarta-feira, 11 de março de 2015

Onde?


Onde estamos com a cabeça que não nos permitimos amar como deveríamos?

No apego à matéria?

Na satisfação imediata?

Nos projetos fugidios?

Nas viciações enfermiças?

Nas ilusões pelo poder?

Então é hora do despertar

Ter em mente a necessidade de amar.

E do desnecessário desapegar para em paz viver.

Sem a si mesmo corroer.

E para isso só há um caminho: o Mestre Jesus acompanhar.

Para poder se libertar

Do jogo das aparências

E da hipnose das ilusões.

Poia Ele é o caminho para a verdade e para a vida.

Que Ele nos possa acompanhar por nossa vontade, além da necessidade.


psicografia recebida no NEPT em 06 de março de 2015
Ursula

terça-feira, 10 de março de 2015

Eu e minhas palavras


Senhor, recebi a palavra como recurso de Luz para minha jornada.

Envolva-me com Seu Amor, para que eu sempre a use com finalidades nobres, elevadas e com o intuíto de amparar, auxiliar, corrigir, consolar e levar a esperança.

Inspira-me para que eu possa falar sempre após uma reflexão e para não ser impulsivo com minhas palavras, pois eu sei que após desferi-las, elas, de algum modo deixarão marcas.

Ajuda-me em minhas conversações, para que elas sejam sempre produtivas e elevadas, sem que eu caia na tentação de proferir impropérios de qualquer espécie.

Senhor, que eu possa, diante das inverdades, expressar o que penso de modo sensato, equilibrado e condutor da Paz.

Que eu possa, diante das agressões, reagir com equilíbrio verbal, como reflexo de minhas buscas íntimas pela Harmonia.

Que possa o meu coração ser conduzido pelo raciocínio, de modo sincero e sem aspereza, suave e pacífico, fraterno e indulgente e permita, Senhor, que a minha palavra Te obedeça a vontade, hoje e sempre.


Mensagem recebida em 05 de março de 2015
Ilza

segunda-feira, 9 de março de 2015

Reparações


A ação do mal pode ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia soberana da vida, quebrada por nossas atitudes contrárias ao bem...

Por isso mesmo, recomendava Jesus às criaturas encarnadas: "reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele..."

É que Espírito algum penetrará o Céu sem a paz de consciência, e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e retificar nossos desacertos, enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos criminosos enigmas, quando já nos achamos mergulhados nas brumas das reencarnações.



Textos recolhidos de leituras das Obras de André Luiz
05 de março de 2015

sábado, 7 de março de 2015

Juventude Cristã


A mocidade cristã é a primavera bendita de luz anunciando o aperfeiçoamento da Terra.

Através dela pode o Espiritismo florecer potenciais para o amanhã, já que o jovem será, certamente, a continuidade, assim como o adulto de hoje já desempenhou este papel anteriormente.

A juventude, por conta de sua mais ampla flexibilidade na forma-pensamento, permeia a aceitação do roteiro no Divino Mestre, seu Evangelho, para a condução das Almas em suas jornadas necessárias para o desenvolvimento e evolução.

Para isso, o jovem se dispõe de coração aberto, consciência preparada para o amanhã, conduta cristã, atitude valorosa e disposição fraternal e pró-ativa.

O sentimento enobrecido orienta a conduta, mantendo-a nos caminhos retos.

Coração aberto à influência de Jesus para enriquecer a vida...

Este é o roteiro com que a mocidade cristã colaborará no aprimoramento do mundo.



Mensagem recebida em 05 de março de 2015
Manolo

sexta-feira, 6 de março de 2015

Viva plenamente com Jesus


Jesus nasceu entre os hebreus em época na qual seu povo aguardava o grade Messias, aquele que os libertaria do jugo romano.

Foi reconhecido, de alguma forma, como sendo um Emissário do Criador para um povo que seria o "escolhido", em função de ser o único a cultuar um Deus único.

Mas, aguardavam-no empunhando uma espada ou uma lança, preparando o povo para sua "libertação".

Não poderiam imaginar os hebreus da época que a linguagem do Amor do Cristo era a ferramenta mais poderosa que alguém poderia empunhar para conquistar todo o Planeta, para libertar toda a humanidade não do jugo romano, mas do jugo das paixões inferiores que até hoje ainda dominam grande parte da humanidade embevecida com a respeitável Vida transitória terrena.

Mesmo derramando Amor por onde passasse, foi visto como "invasor" pelas autoridades religiosas e políticas, sendo rejeitado graças ao medo que tais autoridades implicitamente guardavam consigo diante da prossível instalação de seu reinado, de Amor, na Terra; algo que destituiria os homens de seus poderes ilusiórios e transitórios.

Como hoje, sempre a ilusão do poder é o grande "ópio" para a criatura humana...

Se as percepções pudessem se voltar para a realidade da Vida Eterna do Espírito tudo seria diferente.

Aliás, será diferente em algum momento para cada um.

Mas, cada um, a seu tempo!

Despertar em Jesus requer um pré-requisito: a vontade de se transformar.

E somente Ele pode perceber qual o momento de conversão de cada um!

E Ele percebe...

Quando isso acontece, de alguma maneira, por algum recurso, Ele toca o coração espiritual do Ser Espiritual e seu olhos incorpóreos se abrem para a realidade da Vida!

Tudo, então, se transforma!

Tudo fica mais claro, a mente mais lúcida, o raciocínio mais lógico e as emoções passam a ficar sob controle!

A Fé, que até então era claudicante, passa a ser firme, propositada, gerando profunda serenidade no íntimo do Espírito!

A vivência do Cristo em seu interior passa para um nível de naturalidade que gera em suas atitudes uma modificação que não terá mais fim.

Parafraseando Paulo de Tarso, "o Cristo viverá no íntimo do Ser" e ele viverá, então, em plenitude, em liberdade, com Amor e realidade, abandonando as ilusões transitórias e permeando para si mesmo a convicção em a Vida Imortal.

O Cristo não passou nem por acaso, nem sem finalidade por entre nós.

Passou para deixar uma cicatriz!

E esta cicatriz é o Amor Divino que irá nos tocar em algum momento!

Ainda que não tenha sido compreendido por todos até agora, em algum instante da existência de cada um Ele será absorvido e possibilitará uma nova jornada sobre a superfície planetária: uma experiência diferente e realmente libertadora.

Uma experiência que permitirá viver Seu Evangelho em plenitude.

Assim, sim, pode-se dizer que se vive plenamente!



Mensagem recebida em 05 de março de 2015
Herculanum

quinta-feira, 5 de março de 2015

Ubiquidade dos Espíritos


Os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço ou um espaço, mas fazem-no com a rapidez do pensamento.

A matéria não opõe obstáculo aos Espíritos; eles passam através de tudo.

O ar, a terra, as águas e até mesmo o fogo lhes são igualmente acessíveis.

Os Espíritos não tem o dom da ubiqüidade.

Um Espírito não pode dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo.

Não pode haver divisão de um mesmo Espírito; mas, cada um é um centro que irradia para diversos lados.

Isso é que faz parecer estar um Espírito em muitos lugares ao mesmo tempo.

A força de irradiação depende do grau de pureza de cada um.

Cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fracione para tal efeito.

Nesse sentido unicamente é que se deve entender o dom da ubiqüidade atribuído aos Espíritos.

Dá-se com eles o que se dá com uma centelha, que projeta longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte; ou, ainda, o que se dá com um homem que, sem mudar de lugar e sem se fracionar, transmite ordens, sinais e movimento a diferentes pontos.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Milagres


Milagres? Não existem...

Não aqueles que contrariam as Leis Universais, como gostaríamos.

Por exemplo: um membro amputado não "renasce"!

Afinal, não temos o poder da regeneração celular tão acentuado assim.

E sabemos disso, obviamente.

Curas espirituais certamente existem!

A intervenção espiritual no mundo corpóreo é contínua e procede que tais curas ocorram até mesmo sem que se perceba, de modo natural, afinal das contas, as equipes de assistência do mundo invisível é contínua.

Mesmo que não se acredite...

Essas curas também ocorrem por ação de médiuns, conscientes ou não de suas tarefas.

A atuação mediúnica é fundamental para o intercâmbio permanente entre as duas esferas da Vida: a material e a espiritual.

Ainda que não saiba, por um gesto de carinho o médium poderá ser o agente de doação de energias curadoras para os enfermos com os quais se encontre em sua jornada.

E não é algo incomum, ao contrário, é bastante frequente.

É nisso que reside um dos fatores da beleza da mediunidade: sua naturalidade e sua espontaneidade.

Não avisa, não demonstra, não provoca vaidade: simplesmente acontece!

Por isso, os "milagres" da Vida são bastante comuns.

Mas, é preciso lembrar de que em sua totalidade tais fenômenos mediúnicos acontecem pela intervenção do Amor.

Ele, o Amor, é verdadeiramente o médium para os milagres da Vida!

É com ele que a Vida é valorizada, pois ele permeia o permanente intercâmbio entre as duas faces da Vida, para sua construção e evolução.




Mensagem recebida entre 28 de fevereiro e 01 de março de 2015
Júlio César

terça-feira, 3 de março de 2015

Futuro melhor


Desejo é como uma espécie de planejamento para uma realização.

Ao desejar algo, mentalizamos sua concretização; em função disso iniciamos alguma ação que atrai potencialidades para a realização daquilo que desejamos.

Tudo tende a se tornar fato a partir do sincero desejo alimentado.

Em nossa história de vida o passado desejou o presente, que deseja o futuro.

Por isso existe a necessidade do cuidado para com aquilo que se projete para si mesmo.

Assim, pode-se dizer que tanto para o Bem, como para o mal, aspiramos o que queremos para nós.

Pensar no mal, de certa forma, é criá-lo.

Pensar no Bem também é assim!

Portanto, ao "criarmos" estamos traçando a própria jornada.

Então, para quê desejar o mal se podemos fazer um planejamento saudável e mais ameno para o futuro?

Desejo é construção?

Que construamos um futuro melhor!



Mensagem recebida em 01 de março de 2015
Lyvia

segunda-feira, 2 de março de 2015

Poderes mágicos e talismãs


Trechos de estudos...

O que devemos pensar da crença no poder, que certas pessoas teriam, de enfeitiçar, é o seguinte: algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por outros Espíritos maus.

Não creia, porém, num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza.

Os fatos que citam, como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos.

Aqueles a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de boa-fé, gozam de certas faculdades, como sejam a força magnética ou a dupla vista.

Então, como fazem coisas geralmente incompreensíveis, são tidas por dotadas de um poder sobrenatural.

Os vossos sábios não têm passado muitas vezes por feiticeiros aos olhos dos ignorantes?

O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação.

O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.

Algumas pessoas, verdadeiramente, têm o poder de curar pelo simples contacto.

A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio.

Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural.

Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.

Houve em todas as épocas médiuns naturais e inconscientes que,só porque produziam fenômenos insólitos e incompreendidos, foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem com o diabo.

Ocorreu o mesmo com a maioria dos sábios que possuíam conhecimentos acima do vulgar.

A ignorância exagerou seu poder e, eles mesmos, freqüentemente, abusaram da credulidade pública, explorando-a; daí a justa reprovação de que foram objeto.

Basta comparar o poder atribuído aos feiticeiros e a faculdade dos verdadeiros médiuns, para estabelecer-lhes a diferença, mas a maioria dos críticos não se dão a esse trabalho.

O Espiritismo, longe de ressuscitar a feitiçaria, a destruiu para sempre, despojando-a do seu pretenso poder sobrenatural, de suas fórmulas, de seus livros de magia, amuletos e talismãs, reduzindo os fenômenos possíveis ao seu justo valor, sem sair das leis naturais.

A semelhança que certas pessoas pretendem estabelecer, provém do erro em que se encontram, de que os Espíritos estão às ordens dos médiuns; repugna à sua razão crer que possa depender de alguém, fazer vir à sua vontade e chamado, o Espírito de tal ou tal personagem mais ou menos ilustre; nisso estão perfeitamente com a verdade, e se, antes de atirar pedra ao Espiritismo, tivessem se dado ao trabalho de dele se inteirar, saberiam que ele diz positivamente que os Espíritos não estão ao capricho de ninguém, e que ninguém pode, à vontade, fazê-los vir a contragosto; do que se segue que os médiuns não são feiticeiros.

Aquele que, com ou sem razão, confia no que chama a virtude de um talismã, pode atrair um Espírito, por efeito mesmo dessa confiança, visto que, então, o que atua é o pensamento, não passando o talismã de um sinal que apenas lhe auxilia a concentração.

Mas, da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos depende a natureza do Espírito que é atraído.

Ora, muito raramente aquele que seja bastante simplório para acreditar na virtude de um talismã deixará de colimar um fim mais material do que moral.

Qualquer, porém, que seja o caso, essa crença denuncia uma inferioridade e uma fraqueza de ideias que favorecem a ação dos Espíritos imperfeitos e escarninhos.