Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Hipnotismo


No exame dos sucessos devidos ao reflexo condicionado, é importante nos detenhamos, por alguns instantes, no hipnotismo vulgar.

Há quem diga que o ato de hipnotizar se filia à ciência de atuar sobre o espírito alheio, e, para que a impressão provocada, nesse sentido, se faça duradoura e profunda é imperioso se não desenvolva maior intimidade entre o magnetizador e a pessoa que lhe serve de instrumento, porqüanto a faculdade de hipnotizar, para persistir em alguém, reclama dos outros obediência e respeito.

Reparemos o fenômeno hipnótico em sua feição mais simples, a evidenciar-se, muita vez, em espetáculos públicos menos edificantes.

O operador pede silêncio, e, para observar quais as pessoas mais suscetíveis de receber-lhe a influenciação, roga que todos os presentes fixem determinado objeto ou local, proibindo perturbação e gracejo.

Anotamos aqui a operação inicial do «circuito fechado».

Exteriorizando-se em mais rigoroso regime de ação e reação sobre si mesma, a corrente mental dos assistentes capazes de entrar em sintonia com o toque de indução do hipnotizador passa a absorver-lhe os agentes mentais, predispondo-se a executar-lhe as ordens.

Semelhantes pessoas não precisarão estar absolutamente coladas à região espacial em que se encontra a vontade que as magnetiza. Podem estar até mesmo muito distanciadas, sofrendo-lhe a influência através do rádio, de gravações e da televisão.

Desde que se rendam, profundamente, à sugestão inicial recebida, começam a emitir certo tipo de onda_mental com todas as potencialidades_criadoras da ideação_comum, e ficam habilitadas a plasmar as formas-pensamentos que lhes sejam sugeridas, formas essas que, estruturadas pelos movimentos de ação dos princípios mentais exteriorizados, reagem sobre elas próprias, determinando os efeitos ou alucinações que lhes imprima a vontade a que se submetem.

Temos aí a perfeita conjugação de forças ondulatórias.

Quando você está relaxado e sua concentração é tão intensa que não se deixa distrair por ruídos externos e outros estímulos, você está num estado superficial de hipnose. Toda hipnose é na verdade auto-hipnose, pois o paciente controla o processo. O terapeuta é meramente um guia. Quase todos nós entramos freqüentemente em estado hipnótico - quando estamos concentrados num bom livro ou filme, quando dirigimos nos últimos quarteirões a caminho de casa sem perceber como chegamos, sempre que ligamos o "piloto automático".

Um objetivo da hipnose, bem como da meditação, é ter acesso ao subconsciente. Esta é a parte da mente que fica debaixo da consciência comum, sob o constante bombardeio de pensamentos, sensações, estímulos externos e outros ataques à nossa consciência. O subconsciente funciona em um nível mais profundo que o nosso nível de consciência usual. No subconsciente os processos mentais ocorrem sem que notemos. Vivenciamos momentos de intuição, sabedoria e criatividade quando estes processos subconscientes cintilam em nossa percepção consciente.

Mas, é nesse nível que os obsessores encontram, pelas fragilidades morais dos obsedados, as necessárias brechas para instalar processos hipnóticos de culpa, orgulho, vaidade, medo, remorso e outras mazelas que levam a vítima a variados graus de obsessão.



passagens de André Luiz e Emmanuel

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