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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Manifestações espirituais que necessitam de ajustes
Com relação às manifestações de caboclos, pretos velhos e afins, como fica o médium num caso destes em uma sessão mediúnica?
Será que são "normais" estas manifestações em uma Casa Espírita?
A Casa Espírita não DEVE "acolher todos as Entidades" indistintamente?
Vamos lá!
Todas estas Entidades são, na verdade, Espíritos profundamente ligados às religiões de origem africana. O fenômeno em si é considerado uma forma de mediunismo, ou seja, a mediunidade em seu estado primitivo, como refere Emmanuel, o que não invalida o trabalho mediúnico, de modo algum, mas que deve ser considerado como um dos primeiros degraus da escala de trabalhos mediúnicos, perfeitamente plausíveis com a dignidade e o Amor necessário para auxiliar a outrem.
A diferença entre Mediunismo e Mediunidade está no problema de conscientização do problema mediúnico, isto é, saber lidar com a mediunidade e fazer o trabalho com responsabilidade e consciência de que é necessário cumprir com seu papel de modo racional, saindo do lugar comum das personagens mitológicas para a realidade de que todos os Espíritos desprendidos da matéria têm como se manifestar como o homem comum, aquele que permeia as realidades da Vida atual com suas consciências atávicas pregressas.
Muitos podem se ofender - sem qualquer precisão - pelo fato de que citamos as religiões afro-brasileiras como sendo mitológicas e a prática mediúnica nestes casos ser classificada como mediunismo, mas é necessário recordar que somente no Espiritismo (dizer cristão é redundância) é que iremos encontrar a mediunidade praticada dentro de conceitos harmônicos, sem resquícios de figuras que poderiam nos conduzir à crença de que um preto-velho é mais "humilde" e mais "abençoado" do que um branco-velho ou um amarelo-velho.
Ou ainda, levar a crer que um "caboclo" teria poderes diferenciados, pelo simples fato de ter tido uma reencarnação como indígena brasileiro...
Quando estas manifestações vierem a acontecer na Casa Espírita, mister se faz que o médium e o Espírito sejam corretamente orientados para que a Entidade em si venha a conversar com a mesma clareza que qualquer outra Entidade tem, sem trejeitos, sem "maneirismos", sem a necessidade de bebidas alcoólicas ou tabaco em suas "incorporações".
Nem mesmo o modo de falar deve ser diferente do nosso habitual, evidentemente, claro, excetuando as expressões regionais da última reencarnação do Espírito comunicante.
Não haveria qualquer problema em conversar com um Espírito que se manifeste com seu sotaque carioca, ou mineiro, ou nordestino.
O que precisa ser entendido é que o Espírito só precisa colocar suas palavras dentro de contexto plausível da atualidade, nada mais, sem os trejeitos já citados.
Isso é consciência mediúnica para o trabalho e deve partir do próprio médium psicofônico que deve controlar muito bem as manifestações que por ele acontecem, ainda que seja um médium inconsciente propriamente falando.
Aquele que não é assim orientado passa ainda pela Fé que necessita ser educada e aproximada da razão, pois não há necessidade de recursos cênicos para que o Espírito se manifeste, por maior que seja a boa vontade que parte dele.
Assim, para toda manifestação com traços místicos ou míticos ou desejosa de misturar as crenças afro-brasileiras com o Espiritismo, é necessário educar para que adquira tonalidade desprendida de cores desnecessárias e passe a manifestar claramente apenas o que é necessário.
Toda mediunidade necessita ser precedida de boa vontade e de disciplina. Sem elas a mediunidade se transforma em objeto sem responsabilidade e somente dentro do Espiritismo, à luz do Cristo, é que se alcança a mediunidade em sua plenitude.
Mensagem recebida em 09 de janeiro de 2016
Herculanum
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