Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Algumas vezes...


Algumas vezes a gente pensa que está certo de tudo o que faz. Pensa que faz tudo certo. Pensa que os outros estão errados...

Esta convicção pode ser, entretanto, um equívoco. E dos grandes...

As estruturas internas, o pensamento, a forma de se expressar são pertinentes, entretanto. Tão pertinentes que os pensamentos alheios destoam dos nossos de forma bastante marcante. Observamos algumas pessoas até com alguma piedade, com compaixão mesmo, certos de que elas estão cometendo erros crassos em suas atitudes diante das circunstâncias da Vida.

Nada abala nossa forma de pensar. Pensamos com Jesus, queremos serví-lo firmemente e nosso propósito é um propósito superior, nobre, elevado. Só queremos o Bem alheio, nada além disso!

Ficamos constrangidos com os embaraços que algumas pessoas passam, como uma espécie de "vergonha pelo erros dos outros". A infelicidade infelicita não somente as pessoas em si mesmas, mas também aquelas pessoas que com elas convivem.

Veja num trabalho voluntário, numa Casa Espírita, como é comum ver pessoas assim, equivocadas! É de dar pena! Compaixão mesmo! Em algumas ocasiões essas pessoas podem colocar todo o trabalho a perder por tão pouco... Configura-se-nos que sejam alvos de obsessão complexa!

Nós, nestes casos, nos isolamos. Ou não! Podemos tomar atitudes francamente voluntariosas, como, por exemplo, tentar ajudar frontalmente esses companheiros enfermos. Claro, por qual razão não ajudar? São irmãos em uma frente de trabalho única, em prol do Bem! Temos que nos ajudar reciprocamente!

Assim aprendemos com o Cristo! Dar-nos as mãos em todas as circunstâncias!

Mas, e nós? Como tem sido nossa própria postura? Será que somos nós mesmos quem estamos certos em todas as circunstâncias? Não seremos nós os equivocados? Não estaremos nós entrelaçados com pensamentos atravessados que nos fazem ver as coisas não exatamente como elas são?

É preciso que exista uma certificação de nós mesmos! Sempre! O tempo todo! Ninguém é tão absoluto que não possa estar, por alguma razão, equivocado eventualmente ou mesmo na maioria das ocasiões!

É preciso verificar os próprios pensamentos constantemente. Analisar se toda essa nossa "compaixão" pelo sofrimento alheio não passa de uma boa dose de pretensão pessoal, como se estivéssemos em patamar superior de posição ética, moral e intelectual.

Ninguém, mas ninguém mesmo, está acima dos demais! Pouquíssimas são as criaturas que se encontram em patamar superior de moralidade e, ainda assim, quando estão, jamais se mostram como sendo superiores e tampouco se colocam como sendo assim, mas as suas conquistas, como a humildade, por exemplo, faz com que eles se diminuam diante de todos para que possam exercer suas tarefas com simplicidade produtiva.

Portanto, se você está "penalizado" pelos comportamentos alheios, antes de mais nada, avalie seus próprios comportamentos para que a soberba não tome conta de você.

Não generalize os equívocos e faça da discrição sobre as mazelas alheias sua maior diretriz.

Discrição, aliás, é a ferramenta mais importante para poder servir na Seara do Mestre em todas as ocasiões.

Assim, sim, poderemos ser fiéis servidores em Sua Seara.


Mensagem recebida entre 24 e 25 de fevereiro de 2016
Militão Pacheco


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