Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 2 de junho de 2016

As provas dos médiuns 7 Maledicência


Não há como contestar: falar dos outros é um hábito em todos os setores da Vida humana. É um fato!

Um hábito desnecessário, mas é um hábito, o que é uma pena, pois cada criatura humana mal da conta de cuidar da própria Vida, imagine cuidar da Vida das outras pessoas.

Fala-se muito que "isso é feio", mas ainda assim tal costume é absolutamente comum e, infelizmente isso também ocorre dentro das Casas Espíritas. E muito!

Parece que as enfermidades da Alma transitam bastante dentro dos Centros Espíritas, não é verdade? Afinal, é ali dentro que as pessoas com as suas imperfeições morais e éticas costumam buscar ajuda para seus problemas, que não têm muitas vezes, suas razões reais reconhecidas, quer dizer, as pessoas não reconhecem que sofrem em função de que guardam dentro de si mesmas problemas de conduta, tanto nos pensamentos, como nas palavras e nas atitudes!

E é fato: o Centro Espírita é, verdadeiramente, um foco de encontro de Almas em tortura íntima não reconhecida pelos próprios enfermos. Daí, para dar vazão aos problemas não é necessário que façam esforços muito grandes. Então, seja pela razão que for, por inveja, por ciúme, por maldade pura, ou algo mais que não se consegue entender, como a vingança, a maledicência vai tomando conta dos corações progressivamente e os médiuns se deixam levar à larga por esta verdadeira onda de pensamentos e palavras, na maioria enorme das vezes, sem fundamento mínimo ou mesmo com inverdades claras.

A maledicência é mãe da calúnia, da difamação, da fofoca, do falatório improdutivo e da destruição. Humberto de Campos cita em um de seus muitos contos, através das benditas mãos de Francisco Cândido Xavier, uma estória, de fundo real, que emociona profundamente, ao contar que um homem pratica o suicídio em função da difamação caluniosa que sofre, por absoluta falta de responsabilidade e leviandade de uma senhora que trata de sua Vida com descaso completo, diante das demais pessoas.

A maledicência encontra farto terreno produtivo nas mentes adoecidas que favorecem o intercâmbio com Entidades Espirituais levianas e descompromissadas com a verdade. Ela pode gerar, dentro de uma Casa Espírita, uma verdadeira obsessão coletiva que pode conduzir a Instituição até mesmo à destruição, como enormes prejuízos para a economia cármica de todos os envolvidos.

Para combatê-la é necessária a vigilância permanente com relação à qualidade dos pensamentos, que precisam ser coerentes com a compaixão e indulgência.

É necessário, também, que cada frequentador de uma Casa Espírita se analise diariamente, seguindo as instruções de Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos:

Conhecimento de si mesmo

919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”


O autoconhecimento é fundamental para que se saiba o que se guarda na "caixa de Pandora" da mente. Se seu conteúdo for expressivamente equivocado, certamente irá ter potencial transtornador. Se seu conteúdo for coerente com a Doutrina de Jesus, certamente seu potencial será transformador, para o Bem.

Aquele discípulo que tem em si as potencialidades para a transformação para o Bem, estarão muito mais dispostos a desfazer o trabalho da maledicência e, por outro lado, aqueles que ainda guardam consigo os potenciais equivocados do mal, podem ser veículos deste mesmo mal, a tirar da trajetória sua própria existência, como também daqueles que os acompanhem.

É fundamental para o trabalho na Casa Espírita que se guarde sintonia com o trabalho voltado ao Bem, em benefício do próximo e que se resguarde de envolvimentos infelizes nas conversações improdutivas.

"Quando você fala de alguém, você não expõe o caráter da pessoa em questão, mas o seu próprio caráter!"



Mensagem recebida em 02 de junho de 2016
Militão Pacheco

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