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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
terça-feira, 16 de maio de 2017
A glândula pineal
De acordo com os estudos médicos tradicionais a epífise, ou glândula pineal, não é órgão de grande importância para a economia orgânica.
Segundo os orientadores clássicos, circunscrevem-se suas atribuições ao controle sexual no período infantil.
Não passa de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana.
Depois, decresceria em força, relaxaria-se, quase desapareceria, para que as glândulas genitais a sucedam no campo da energia plena.
Entretanto, as disposições da Vida Espiritual são outras e a importância da pineal é bem superior à suposta pela ciência humana da Terra.
Segregando “unidades-força”, pode ser comparada a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe.
Os materialistas da razão pura, senhores de vastos patrimônios intelectuais, perceberam de longe semelhantes realidades e, no sentido de preservar a juventude, a plástica e a eugenia, fomentaram a prática do esporte, em todas as suas modalidades.
Contra os perigos possíveis, na excessiva acumulação de forças nervosas, como são chamadas as secreções elétricas da epífise, aconselharam aos moços de todos os países o uso do remo, da bola, do salto, da barra, das corridas a pé.
Desse modo, preservavam-se os valores orgânicos, legítimos e normais, para as funções da hereditariedade.
A medida, embora satisfaça em parte, é, contudo, incompleta e defeituosa.
Incontestavelmente, a ginástica e o exercício controlados são fatores valiosos de saúde; a competição esportiva honesta é fundamento precioso de socialização; no entanto, podem circunscrever-se a meras providências, em benefício dos ossos, e, por vezes, degeneram-se em elástico das paixões menos dignas.
São muito raros ainda, na Terra, os que reconhecem a necessidade de preservação das energias psíquicas para engrandecimento do Espírito eterno.
O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como esporte da Alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da substância e sim a substância em si mesma.
Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições.
É a glândula da vida mental.
Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos_psíquicos da criatura terrestre.
O neurologista comum não a conhece bem.
O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos.
Os psicólogos vulgares ignoram-na.
Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da “libido”, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade.
Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.
Aos quatorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado.
O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento.
A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional.
Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.
A epífise preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo.
Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na seqüência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.
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