Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Divulgação Espírita de dentro do Centro Espírita,

"Uma publicidade, numa larga escala, feita nos órgãos mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-las, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião."
ALLAN KARDEC - (Obras Póstumas, Projeto 1868)

Toda Instituição Espírita tem, nas fileiras de seus propósitos, a Educação Espírita (para crianças e adultos), o Tratamento Espiritual (para problemas físicos e espirituais propriamente ditos), a Assistência Material (local e a comunidades circunstantes) e a Divulgação Doutrinária (interior e exterior).

Há atividades internas que dizem respeito à manutenção da Instituição, como a instalação de uma lanchonete, bazar, livraria e outras que poderiam ser citadas, todas dando oportunidade de trabalho a freqüentadores que não tenham compromissos mediúnicos ou que tenham, mas, em acréscimo, têm a oportunidade de servir em duas frentes de trabalho: a espiritual e a material.

Há, também, atividades internas, que não se compromissam com a aquisição e manutenção de bens, mas que têm o objetivo de manter a higiene e as condições de suporte para o trabalho da própria Casa. Estas atividades também ensejam chances de servir para vários participantes.

De todos os trabalhos, um dos que se costuma dar pouco valor, mas que guarda valor inestimável, inclusive sendo uma das maiores preocupações de Kardec, é a Divulgação Doutrinária, e é dela que iremos conversar um pouco mais de detalhes.

No quesito Divulgação Interna, a estruturação é relativamente menos preocupante, pois todos temos absoluta convicção de que dentro da Casa Espírita devemos aprender e discutir sobre o Espiritismo, então todos procuram o Centro Espírita para construir idéias, ideais e conhecimento doutrinário. Não há qualquer dúvida quanto a isso.

Mas, e com relação à Divulgação Externa? Paira alguma dúvida de que qualquer órgão de qualquer Instituição Espírita DEVE divulgar O ESPIRITISMO? Talvez alguém inseguro possa cogitar que um JORNAL, por exemplo, deveria evitar a abordagem da própria DOUTRINA ESPÍRITA, por ter o intuito de quê? Por ter a intenção de quê?

Vamos observar o que temos na História do Espiritismo e perceber que os grandes representantes de Jesus, todos, de alguma maneira tiveram a preocupação de divulgar a Doutrina “in natura”.

Podemos lembrar de Cairbar Schutel, que fundou a Revista Internacional de Espiritismo e o Jornal O Clarin, Jésus Gonçalves, que, em Pirapitingui, criou um jornal para os internos e um programa de rádio que falava sobre o que? Espiritismo. Em plena época de dificuldades plenas pois a imensa e preconceituosa maioria era composta de católicos rabugentos que criavam muitas dificuldades para a manutenção de atividades espíritas em qualquer lugar no Brasil.

Podemos recordar de Eurípedes Barsanulfo, que não só criou mecanismos de divulgação Espíritas, como fundou o Educandário Allan Kardec, escola que tinha por diretriz o Espiritismo, em época árida para os espíritas, enfrentando muitas dificuldades.

Atualmente, temos muitos veículos de comunicação espíritas que encontramos nas bancas de jornal. Muito procurados.

Há tantos outros exemplos de que poderíamos lembrar, mas começo a pensar que seria repetir raciocínio de forma desnecessária.

Nada me convence de que, por qualquer razão, um jornal de um Centro Espírita, um veículo de comunicação, não possa ou não deva ter em seu conteúdo as questões levantadas, abordadas, comentadas, discutidas unicamente sob a ótica Espírita. Nada me convence.

Qualquer Instituição Espírita que se disponha a divulgar seus trabalhos, suas propostas, DEVE ter, como objetivo PRINCIPAL, divulgar a Doutrina Espírita. Sem medo, sem medo, sem cuidado.

Só por questão de paralelismo, leia a “Folha Universal”, publicada em enorme número de exemplares pela Igreja Universal e analise seu conteúdo. Veja se seus editores têm alguma preocupação em “maquilar” suas propostas.

Leia os folhetos levados de porta em porta pelas “Testemunhas de Jeová” e veja se seu conteúdo é “mascarado” por algum recurso de linguagem.

Nada disso. São claros, objetivos, diretos. Seguem um propósito, têm um objetivo: divulgar sua doutrina.

É assim que qualquer veículo de comunicação Espírita deve ser: DIRETO, divulgando a DOUTRINA ESPÍRITA em toda sua beleza, razão, ciência e filosofia. Sem meias palavras, sem subterfúgios.

Diz André Luiz: "Quanto mais se agiganta a evolução na Terra, mais amplos se fazem os órgãos informativos." (Opinião Espírita, prefácio) e ainda: "O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza." (Idem).

Ele ainda acrescenta: “A imprensa espírita cristã representa um veículo de disseminação da verdade e do bem." (Conduta Espírita, 14, FEB)

Nada mal para refletir, certo?

Uma coisa é fundamental para ser entendida: se nós, Espíritas, não fizermos a nossa parte de divulgação, quem fará? Os católicos? Os Protestantes? Os Judeus? Claro que não!

Não temos motivo para ter qualquer receio de divulgar a Doutrina Espírita. Ela é rica, completa, lógica, abrangente, coerente, amorosa, esclarece as dúvidas existenciais e promove a fé racional. Nada, mas nada mesmo, melhor do que isso para um Espírita.

Militão Pacheco (Espírito) 05 de junho de 2009

Um comentário:

Unknown disse...

Concordo com ele. Um Jornal Espírita, tem que divulgar o Espiritismo totalmente e não abordar outros assuntos...senão para que, ter um jornal que se diz Espírita? Quem vai à uma Casa Espírita, quer ler espiritismo, não outra coisa. Outros assuntos se adquirem numa banca de jornal...Jornal Espírita, o próprio nome já diz...quem vai à uma Casa Espírita, quer aprender espiritismo.