Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nós e Kardec


"Solicitando essa modificação, pediria a conservação do texto, da humilde exposição relativa à tese das "almas gêmeas, ainda que, em consciência, sejam os amigos da Casa de Ismael compelidos à apresentação de uma ressalva, em obediência à lealdade de respeitável ponto de vista.

A tese, todavia, é mais complexa do que parece ao primeiro exame, e sugere mais vasta meditação às tendências do século, no capítulo do "divorcismo" e do "pansexualismo" que a ciência menos construtiva vem lançando nos espíritos, mesmo porque, com a expressão "almas gêmeas" não desejam dizer "metades eternas", e ninguém, a rigor, pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis c ompromissos assumidos na escola
redentora do mundo, sob pena de aumentar os próprios débitos, com difíceis obrigações à frente da Lei.

No caso de Cristo, devemos invocar toda a veneração para o trato de sua personalidade divina, motivo pelo qual apenas tratei do assunto com referência aos homens, para considerar que as uniões, em toda vida, são orientadas por ascendentes de amor mais profundos que aqueles entrosados nas humanas concepções, que se modificam na esteira evolutiva.

Se possível, eis o que me permito solicitar, renovando ao querido irmão o meu agradecimento sincero e a minha afeição de todos os dias".


Esta é uma resposta dada por Emmanuel, na Obra "O Consolador", com relação à afirmação da existência da "Almas Gêmeas" confirmada na questão de número 378 da mesma Obra.

Ela desmente a resposta por ele mesmo dada através das mãos de Chico Xavier.

Podemos pensar tratar-se de um artifício do autor espiritual para deixar claro que os princípios herdados por Kardec são fundamentais para a formação da Doutrina Espírita e que não podem simplesmente ser "alterados", sem que haja uma retórica plena de lógica e razão que conteste e demonstre uma nova afirmação, um novo olhar sobre a Doutrina, que afinal de contas, foi deixada sob a égide do Espírito da Verdade, que não ninguém mais do que o próprio Cristo.

Assim, quando verdadeiramente Espíritas, seguimos Kardec, não cegamente, mas logicamente, pelas suas demonstrações claras de lógica e raciocínio que exalta a Fé de modo a respeitar os limites da compreensão humana, já que o Mestre de Lion era claramente um preposto do próprio Jesus.

Desta forma, o Espírita, em suas afirmações, não diz "eu penso", ou "eu acho", mas sim, "segundo Kardec", sempre.

Não que o Espírita não possa ter opiniões próprias, mas até que se possa provar alterações efetivas nas disposições doutrinárias, Kardec é a referência, até mesmo para Espíritos de nível elevado, como consta a todos nós ser Emmanuel, a quem devemos todo o respeito e admiração.


Mensagem recebida em 10 de julho de 2015
Militão Pacheco

Um comentário:

Unknown disse...

Explicação clara, como sempre, não deixa dúvidas. Algumas pessoas tendem a tentar achar, pensar, emitir opiniões sobre o que ensinou Kardec, ao passo que deveriam sim era tentar aprender com Kardec. Não obstante ao direito de filosofar de cada um, mas acredito que o ideal; ao se posicionar sobre quaisquer assuntos; seria fundamentar as opiniões, pois, para tudo há uma base, e não simplesmente se "acha". Quem "acha" é por que está procurando e precisa encontrar.